sexta-feira, 1 de abril de 2016

Obesidade afeta 641 milhões de adultos no mundo

A obesidade afeta 641 milhões de adultos ou 13% da população mundial adulta e pode chegar a até 20% em 2025 se o ritmo atual da epidemia continuar, mostra estudo divulgado hoje (1º). “Em 40 anos, passamos de um mundo onde as pessoas obesas são mais do que aquelas que estão com baixo peso”, disse o professor Majid Ezzati, do Imperial College de Londres, que coordenou o estudo divulgado na revista médica britânica The Lancet.

Segundo o estudo, um em cada oito adultos é obeso, número que mais do que duplicou desde 1975 e que deve aumentar para um em cada cinco até 2025. 

O trabalho, considerado um dos mais abrangentes feitos até agora, teve como base dados de cerca de 19 milhões de pessoas com 18 anos ou mais, residentes em 186 países.
O coordenador do estudo alertou para a ameaça de uma crise de “obesidade severa” e de doenças provocadas pelo alto teor de gordura, de dietas ricas em açúcar, que provocam aumento da tensão arterial e do colesterol. “Haverá consequências para a saúde de uma magnitude que não sabemos”, afirmou Majid Ezzati.

O trabalho mostra ainda que nos homens a obesidade triplicou de 3,2% da população em 1975 para 10,8% em 2014 (cerca de 266 milhões de pessoas). Nas mulheres, a obesidade cresceu de 6,4% em 1975 para 14,9% em 2014 (cerca de 375 milhões). Em 2014, as pessoas mais gordas do mundo viviam nos países da Polinésia e Micronésia, onde 38% dos homens e mais de metade das mulheres são obesos, revela o estudo.

Cerca de 118 milhões dos obesos do mundo vivem nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Irlanda, Austrália, no Canadá e na Nova Zelândia. No outro extremo, segundo o estudo, o Timor-Leste, a Etiópia e a Eritreia são os países onde vivem as pessoas com menos peso.
Créditos: Agencia Brasil 

Disputas internas do PMDB vêm à tona após romper com governo

Menos de dois dias após a decisão do PMDB de desembarcar do governo da presidente Dilma Rousseff, as disputas internas do partido começaram a vir à tona nesta quinta-feira, especialmente no momento em que peemedebistas começam a perder seus cargos no segundo e terceiro escalões do governo e ministros do partido brigam para permanecer em seus postos.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificou, em entrevista, de "pouco inteligente" e precipitada a decisão do partido de sair do governo neste momento. "Evidente que isso precipitou reações em todas as órbitas. No PMDB, no governo, nos partidos da sustentação, nos partidos da oposição. O que significa dizer em bom português que não foi um bom movimento, um movimento inteligente", disse o senador.
A aceleração do processo de desembarque irritou o PMDB do Senado. Durante a convenção do partido, em 12 de março, foi tomada a decisão de apreciar as moções pelo rompimento em um encontro do diretório nacional da legenda em 30 dias.
Renan, outros senadores peemedebistas e os ministros tentaram convencer o vice-presidente Michel Temer --também presidente do partido-- de marcar a reunião para 12 de abril. Temer, no entanto, escudado em um grupo de 30 deputados que pressionavam a Executiva, manteve a reunião para a última terça-feira.
Nenhum dos ministros, a maior parte dos senadores e alguns deputados nem mesmo participaram do encontro que selou o rompimento e durou apenas três minutos. Uma fonte de alto escalão no partido havia assegurado à Reuters que já havia votos suficientes para aprovar o desembarque. A decisão de fazê-lo por aclamação teria sido para evitar desgastes.
Fontes ligadas ao alguns dos ministros do partido, no entanto, avaliaram que a rapidez no processo foi para esconder que o PMDB continua dividido.
Segundo um importante parlamentar peemedebista, que falou sob a condição de anonimato, a maneira como foi tomada a decisão do rompimento, "mais até do que seu mérito", causou desconforto para algumas pessoas dentro do partido.
"Não houve uma discussão ampla. A decisão foi tomada por algumas pessoas da cúpula do partido e anunciada naquela rápida reunião na terça-feira", disse.Segundo essa fonte, mesmo entre aqueles que defendem o desembarque do governo Dilma, houve quem questionasse a maneira como o processo foi conduzido no partido.  
Renan defende que o PMDB mostrou uma "unidade férrea" em concordar com a chapa única que reelegeu Michel Temer presidente e que pode "construir uma unidade na adversidade".
De acordo com uma fonte do governo, o Palácio do Planalto aproveita esse momento ainda de disputa interna no PMDB para tentar conseguir assegurar alguns votos no partido - conversa que está a cargo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E também usa os cargos que o partido perdeu para tentar obter no varejo apoios necessários para evitar o impeachment.
Nesta quinta-feira, a presidente iniciou o processo de demissão de centenas de peemedebistas que ocupam cargos de segundo e terceiro escalões no governo. Entre eles, o diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rogério Luiz Abdalla, que foi indicado pela bancada do PMDB no Senado, mas teria também ligações com Temer, e Walter Gomes de Sousa o diretor-geral do Departamento de Obras contra a Seca (Dnocs), indicado pelo ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.
Houve ainda demissões de postos nas superintendências regionais de alguns ministérios, como a Agricultura, que eram ocupados por peemedebistas.
Em mais uma sinalização das divisões internas no PMDB após a decisão de romper com o governo, a ministra da Agricultura, a peemedebista Kátia Abreu, usou o site da pasta para anunciar que recebeu convite do PR para trocar de partido.
A ministra é próxima de Dilma e, na quarta-feira, usou sua conta no Twitter para afirmar que seguiria no governo e no PMDB. O PR é um dos partidos que o governo busca atrair com mais espaço dentro da Esplanada dos Ministérios na busca por votos para barrar o pedido de impeachment da presidente na Câmara dos Deputados.(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello/Reuters)
Créditos: DCI

Contas de luz ficam mais baratas a partir de hoje

Começa a valer nesta sexta-feira (1º) a bandeira tarifária verde nas contas de luz. Com isso, não haverá custo adicional para os consumidores. Até março, estava em vigor a bandeira amarela, que estabelece uma cobrança extra de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia elétrica consumidos. Esta é a primeira vez desde o início do sistema de bandeiras, em 2015, que não haverá a cobrança extra. A mudança significa que a situação da produção de energia do País está mais favorável.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), alguns fatores contribuíram para esta situação: houve aumento de energia disponível com redução da demanda, a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro e boa quantidade de chuva nos locais onde existem reservatórios, próximos a hidrelétricas. Conforme a Aneel, existem três cores de bandeiras que podem ser aplicadas, dependendo das condições da geração de energia.
Vermelha: cobrança extra de R$ 3, no patamar 1, ou R$ 4,50 (patamar 2), a cada 100 kWh consumidos. Termelétricas são acionadas.
Amarela: cobrança extra de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos.
Verde: não há cobrança adicional.

A Aneel afirma que o sistema de bandeiras tarifárias não significa um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que já era incluído na conta de energia, sem acréscimo no reajuste tarifário anual das distribuidoras. 
Créditos: DC

Identidade Jovem vai beneficiar 18,4 milhões de brasileiros de baixa renda

O programa “Identidade Jovem”, que vai fornecer documento de identificação para jovens de 15 a 29 anos com renda familiar de até dois salários mínimos e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), foi lançado na tarde desta quarta-feira (31). O novo documento estará disponível em até quatro meses e vai alcançar 18,4 milhões de pessoas de baixa renda.

A disponibilização da Identidade Jovem amplia direitos e assegura as conquistas do Estatuto da Juventude, compromissos do governo para inclusão social, como a garantia a meia-entrada no acesso a eventos artístico-culturais e esportivos. O documento, criado pela presidenta Dilma Rousseff (Decreto n° 8.537, de 5 de outubro de 2015), é passo importante para o funcionamento do Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve) e a implantação do Plano Nacional de Juventude.

A ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, e a presidente da Caixa, Miriam Belchior, firmaram parceria para lançar o programa. 
A Caixa será responsável pela disponibilização do documento e gerenciamento de cadastro. O banco, que tem capilaridade nacional, acumula experiência na concessão de benefícios sociais, como Bolsa Família e Bolsa Verde e na concessão de créditos para a população de baixa renda como o financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida e pagamento de benefícios.

A Identidade Jovem será um documento de emissão virtual, acessado por meio de aplicativo para smartphones e pela Internet. O documento também terá emissão em cartões plásticos para as localidades onde há dificuldade no acesso à rede mundial de computadores.
O jovem apresentará a Identidade Jovem em salas de cinema, teatros, estádios de futebol ou empresas de transporte interestadual, que poderá fazer a verificação da validade por meio de QR CODE. Todas as informações de cadastro são sigilosas e o sistema da Identidade Jovem é inviolável.

A elaboração da Identidade Jovem e a definição dos modelos do documento foram discutidas e validadas com a sociedade civil, como movimentos de juventude organizados, entidades estudantis, a União Nacional dos Estudantes (UNE), além dos empresários do setor cultural e gestores de clubes de futebol. Dentro do governo, a preparação da Identidade Jovem envolveu ministérios, (como Casa Civil, Secretaria de Governo e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, entre outros), além de agências reguladoras (como a ANTT e a ANTAQ).
Créditos: Portal Brasil

quinta-feira, 31 de março de 2016

Impeachment sem respaldo jurídico “transparece como golpe” afirma ministro do STF


Mello: Impeachment sem respaldo jurídico “transparece como golpe”O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse, nesta quarta-feira (30), que o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff pode “transparecer como golpe” se não houver fato jurídico para justificar o impedimento. De acordo com o ministro, o eventual afastamento de Dilma não vai resolver a crise política instalada no país. O ministro conversou com jornalistas na tarde desta quarta-feira, antes da sessão do Supremo.

Marco Aurélio repercutiu a declaração da presidenta Dilma durante cerimônia de lançamento da terceira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida, no Palácio do Planalto, na manhã de hoje. No evento, Dilma reafirmou que o processo de impeachment aberto contra ela na Câmara dos Deputados é golpe porque não há crime de responsabilidade. 

“Acertada a premissa, ela tem toda razão. Se não houver fato jurídico que respalde o processo de impedimento, esse processo não se enquadra em figurino legal e transparece como golpe. Agora, precisamos aguardar o funcionamento das instituições. Precisamos nesta hora é de temperança. Precisamos guardar princípios e valores e precisamos ter uma visão prognostica”, disse o ministro.

Para Marco Aurélio, o eventual afastamento da presidenta não vai resolver a crise política. “Nós não teremos a solução e o afastamento das mazelas do Brasil apeando a presidenta da República. O que nós precisamos, na verdade, é de entendimento, de compreensão e de visão nacional”, argumentou.  No entendimento do ministro, se o Congresso decidir, durante o processo de impeachment, que a presidenta cometeu crime de responsabilidade o STF poderá discutir o caso.

“O Judiciário é a última trincheira da cidadania. E pode ter um questionamento para demonstrar que não há fato jurídico, muito embora haja fato político suficiente ao impedimento. E não interessa, de início, ao Brasil apear esse ou aquele chefe do Executivo nacional ou estadual. Porque, a meu ver isso gera até mesmo muita insegurança. O ideal seria o entendimento entre os dois poderes, como preconizado pela Carta da República, pela Constituição Federal para combater a crise que afeta o trabalhador”, concluiu Marco Aurélio.

Confiança da Indústria avança para 75,1 pontos em março

O Índice de Confiança da Indústria avançou 0,4 ponto em março, passando de 74,7 para 75,1 pontos, de acordo com a Fundação Getulio Vargas. Em termos trimestrais, o índice recuou de 75,5 pontos, na média do quarto trimestre de 2015, para 75,3 pontos no primeiro trimestre de 2016. O aumento da confiança em março tem relação com a melhora das avaliações do setor sobre a situação atual, apesar da piora nas expectativas para os próximos meses.

O Índice da Situação Atual registrou alta e chegou em 78,6 pontos – o maior índice desde abril de 2015. Houve redução da proporção de empresas com estoques excessivos, que passou de 17,7% para 17% de fevereiro para março, o menor desde abril de 2015 (16,3%). A parcela de empresas com estoques insuficientes aumentou de 5,7% para 6,2% – a maior desde agosto de 2013 (6,7%).

O Índice de Expectativas recuou para 72 pontos, o menor da série histórica. A maior contribuição veio das expectativas quanto à evolução da produção física nos três meses seguintes. O indicador de produção prevista recuou 2 pontos em março, alcançando 72,5 pontos, o menor nível da série histórica. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada registrou relativa estabilidade em março, atingindo 73,7%, ou seja, 0,1 ponto percentual acima do mês anterior, quando havia alcançado o mínimo histórico.
Créditos: Agencia Brasil

Em sete anos, Minha Casa Minha Vida entrega mais de 1.000 casas por dia

O ritmo de entregas de moradias do Minha Casa Minha Vida desde seu lançamento, há sete anos, reforça o programa como a maior iniciativa para enfrentar a questão habitacional da história do País. Desde seu lançamento, em 25 de março de 2009, foram contratadas mais de 4,2 milhões de casas. Dessas, mais de 2,6 milhões já foram entregues.

Isso representa uma taxa de entrega de mais de 1.000 casas por dia; pelo menos 17 a cada hora. Em 2.562 dias de existência do programa, foram beneficiadas mais de 10,4 milhões de pessoas, que realizaram o sonho da casa própria. 

O sucesso do programa enquanto ferramenta de redução do déficit habitacional do País foi reconhecido em pesquisa recentemente divulgada pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Levando em consideração apenas o período entre 2010 e 2014, o estudo apontou que a redução mais acentuada da falta de moradias ocorreu nas regiões Norte (-6,4% ao ano) e Nordeste (-3%), mas incluiu todas as regiões do País. Entre os Estados, a Bahia se destacou, respondendo sozinha por 115,6 mil das famílias que compraram ou receberam moradias, ou 16% do total.

"Esse é o viés social do Minha Casa Minha Vida, o de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Pelo lado econômico, o programa já se mostrou capaz de gerar empregos e movimentar a cadeia produtiva da construção", apontou o diretor do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Fiesp, Carlos Eduardo Auricchio. "É necessário criar condições para sustentar os investimentos e manter o ritmo de contratações, para continuar eliminando o déficit, ainda alto", destacou.

"Isso garantirá a sua continuidade até que a carência de moradias no País seja sanada, traria a regularidade e segurança necessárias para que os investimentos ocorram. A indústria da construção possui grande capacidade de atuar nesse processo, se houver condições financeiras", observa Auricchio.

Ao estimular a adoção de novas tecnologias, argumenta ele, o Minha Casa Minha Vida garantiria obras de melhor qualidade e menor tempo de execução. Além disso, haveria impacto positivo em toda a economia, uma vez que o setor de construção emprega 13% da força de trabalho e representa 10% do PIB brasileiro. Com informações da Caixa Econômica Federal
Créditos: Portal Brasil