segunda-feira, 4 de abril de 2016

Aleitamento materno não transmite zika vírus

O Ministério da Saúde (MS) confirmou, no final do ano passado, a relação entre o zika vírus e os casos de microcefalia na região Nordeste. Desde então, diversos boatos surgiram, principalmente nas redes sociais, sobre estas doenças. Uma dessas notícias falsas informava que o zika vírus poderia ser transmitido pelo aleitamento materno. 

Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alertam que esta informação não é verdadeira e seguem orientando as mães sobre a importância da amamentação.
De acordo com o MS, o surto de microcefalia no País não alterou a recomendação em relação à importância do aleitamento materno desde o primeiro dia de vida dos bebês.

“As mulheres podem ficar tranquilas em relação à amamentação. Não há problema delas permanecerem amamentando. Não existem estudos que comprovem que o vírus da zika possa ser transmitido pelo leite materno, nem que vai causar nenhuma alteração no bebê que já está formado e já nasceu”, destacou a coordenadora do Núcleo de Educação Permanente em Aleitamento Materno (Nepam) do Instituto Cândida Vargas (ICV), Bruna Grasiele.

Ainda de acordo com a coordenadora, apenas sob a orientação médica é que a amamentação da criança pode ser suspensa. “Pode haver casos específicos, mas geralmente a única contra indicação é quando a mãe possui o vírus HIV”, explicou.

Até os 6 meses de vida o bebê não precisa de nenhum outro alimento, para crescer e se desenvolver, além do leite materno. O leite produzido pelo organismo da mãe sacia a criança, pois possui a quantidade adequada de carboidratos, proteínas, gorduras e água, entre outros elementos para desenvolvimento e proteção que o recém-nascido necessita.

“Vale ressaltar que, a não ser que exista alguma contra indicação médica, é muito importante que o bebê seja alimentado, nos primeiros 6 meses, exclusivamente com leite materno e depois continue amamentando e complementando a alimentação. O leite materno é sempre o melhor e mais completo alimento, porque possui células imunológicas, proteínas, vitaminas e minerais, que além de alimentar, vão nutrir e proteger a criança de doenças”, complementou Bruna Grasiele.
Créditos: WSCOM

Concursos com inscrições abertas reúnem 24,5 mil vagas no país

Pelo menos 156 concursos públicos no país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (4) e reúnem 24.553 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 27.500,17 no Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Os órgãos que abrem inscrições para 506 vagas na segunda são os seguintes: Prefeitura de Conquista (MG), Prefeitura de Indaial (SC), Prefeitura de Paracatu (MG), Prefeitura de Santa Maria de Itabira (MG), Prefeitura de São João do Oriente (MG), Prefeitura de Teresina e Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Créditos: MaisPB

Dilma reafirma que jamais renunciará

A presidenta Dilma Rousseff reafirmou ontem (3) que jamais renunciará ao cargo, em texto publicado na sua página oficial do Facebook. A afirmação é uma resposta ao editorial publicado na edição deste domingo do jornal Folha de S. Paulo, segundo o qual a presidenta perdeu as condições de governar o país e, por isso, deve renunciar.

O texto postado no perfil da presidenta diz: “Setores da sociedade favoráveis à saída de Dilma, antes apoiadores do impeachment, agora pedem sua renúncia. Evitam, assim, o constrangimento de respaldar uma ação "indevida, ilegal e criminosa". Ao editorial da Folha de S. Paulo publicado neste domingo, fica a resposta da presidenta: "jamais renunciarei".

Em seguida ao texto, foi postado um vídeo de quase um minuto que reúne trechos de entrevista e de um discurso de Dilma em que ela diz frases como “Não cometi nenhum crime previsto na Constituição e nas leis para justificar a interrupção de meu mandato. Eu jamais renunciarei”, e “Não cabem meias palavras, o que está em curso é um golpe contra a democracia e posso assegurar a vocês que não compactuarei com isso, por isso, não renuncio em hipótese alguma”.

No editorial intitulado Nem Dilma nem Temer, o jornal Folha de S. Paulo diz que, enquanto Dilma permanecer no cargo, a nação seguirá paralisada e que hoje ela representa obstáculo à recuperação do país. O texto cita também o vice-presidente Michel Temer, afirmando que ele deveria ter a consciência de que não dispõe de apoio suficiente na sociedade e seria uma bênção que o poder retornasse logo ao povo para que fosse eleito alguém com a legitimidade requerida. A assessoria do vice-presidente informou que Temer não vai comentar o editorial daFolha de S. Paulo.
Créditos: Agencia brasil

Esposas de vítimas do trabalho escravo cuidam sozinhas dos filhos

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A pobreza extrema e falta de perspectiva de empregos em Codó, um município com 118 mil habitantes no Maranhão, leva semanalmente dezenas de trabalhadores a deixar suas casas e cruzar o país em busca de trabalho. 
Quem fica são as mulheres – esposas e irmãs dos migrantes –, que cuidam sozinhas, por meses ou anos, dos filhos que ficam para trás. 
Como o dinheiro enviado pelos homens para casa é pouco, o principal meio de sobrevivência destas famílias é o Bolsa Família, que alcança dois terços das 27 mil famílias do município.
"Um dia tem só arroz, outro dia não tem nada pra comer. A vida aqui é dura demais", lamenta Andreia Pires da Conceição, que vive em uma pequena casa na periferia de Codó. O pai de cinco dos seus seis filhos mudou-se para São Paulo em busca de emprego e acabou ficando. Depois que o casal se separou, ele só entra em contato por telefone e não envia dinheiro para os filhos.
Na casa de Andreia, hoje, são 17 pessoas que compartilham o espaço de seis cômodos e dependem do Bolsa Família que ela, sua cunhada e sua mãe recebem por manter as crianças na escola. Além da frequência escolar, a renda mensal também é critério no programa federal e não pode ultrapassar os R$154 por pessoa da família.
Além do Bolsa Família e do arroz plantado pelo pai de Andreia, a renda em casa é complementada pelo que dois dos três irmãos de Andreia, que estão no interior do Mato Grosso, conseguem mandar. Eles trabalham descarregando caminhões de soja, em jornada exaustiva que começa ao meio-dia e às vezes termina só depois das 23h, segundo contam à mãe, Tereza, de 57 anos.
As longas viagens feitas por estes trabalhadores deixa saudade aos que ficam e reduzem a rede de proteção dos que vão. No caso de Tereza, a mãe de Andreia, o contato com os filhos que partiram para o Mato Grosso é difícil. Valdivino, um dos rapazes, não dá notícias desde dezembro de 2015, quando teve seu celular roubado."Ele ficou só, enquanto os companheiros vieram tudinho. Depois que os outros vieram foi que a gente teve notícia que ele tá lá, trabalhando. Faz mais de três meses que nós conversamos com ele da última vez", conta Tereza.
A casa de Andreia e Tereza fica em Codó Novo, um dos bairros mais vulneráveis da cidade, em que o esgoto atravessa a céu aberto as ruas de barro. Antes de migrar para o bairro periférico, a família vivia na zona rural, onde o cultivo da terra garantia um mínimo de comida na mesa. Mas a família foi expulsa por um latifundiário e, por R$50 por mês, alugam hoje a casa onde estão há três anos. "Estamos nesse bairro porque não temos casa em lugar nenhum", diz Tereza.
Apesar da expulsão do local onde moravam, José Rocha, pai de Andreia, caçou um pequeno pedaço chão a 60 quilômetros de casa, onde cultiva o arroz que garante o sustento mínimo da família. Flávia Moura, pesquisadora da Universidade Federal do Maranhão e autora da dissertação de mestrado "Escravos da Precisão: economia familiar e estratégias de sobrevivência de trabalhadores rurais em Codó", explica que a população de Codó, apesar de estar em uma cidade grande, é composta por trabalhadores muito atrelados à terra: "Por mais que tenha havido uma predominância do latifúndio, os trabalhadores insistem em manter a roça de subsistência. A migração é muito mais estratégica porque não circula dinheiro na cidade. Há só algumas pequenas empresas na cidade, mas elas não seguram a economia".
O bairro de Andreia é um dos que mais recebe novas famílias, as quais são forçadas a sair da zona rural para a cidade e que, sem mais espaço para a agricultura de subsistência, vêm seus homens viajando para garantir a sobrevivência com o dinheiro que sobrar. No município, de acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, a população em área urbana subiu de 56% para 68% entre 1991 e 2010, apesar de um crescimento populacional de 0,86% no período. O dado mostra que, com uma população quase estagnada, o aumento de pessoas na cidade vem principalmente da migração de famílias do campo.
São estas novas famílias da cidade que mais concentram os migrantes de Codó que serão escravizados pelo Brasil. Cerca de um terço dos 413 trabalhadores resgatados que eram do município declararam aos fiscais Ministério do Trabalho e Emprego residirem em Codó Novo ou em Santa Teresinha, um bairro vizinho.
Quando viviam na zona rural, o pai de Andreia trabalhava com a ajuda dos filhos e netos cultivando a terra e fazendo crescer os alimentos que sustentariam a família pelo ano. Já Andreia e Tereza, além de cuidar da casa, se ocupavam da retirada dos cocos de babaçu, presentes nas terras de toda a região de Codó. Com o fruto, elas faziam azeite e carvão. A atividade é tradicional para as mulheres do campo desta parte do Maranhão, que costumam usar os produtos do babaçu em casa ou vendê-los na cidade, complementando a renda da família. Por Stefano Wrobleski  FOTO LILO CLARETO/REPÓRTER BRASIL
Créditos: Rede Brasil Atual

Balança comercial tem o melhor março da história, com superávit de US$ 4,4 bi

Foto: Divulgação APPAO Brasil registrou superávit comercial de US$ 4,435 bilhões em março. É o melhor resultado para meses de março desde o início da série histórica da balança, em 1989. O resultado reflete US$ 15,994 bilhões em exportações e US$ 11,559 bilhões em importações. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Com o resultado de março, a balança acumula saldo positivo de US$ 8,398 bilhões no ano, revertendo o déficit de US$ 5,549 bilhões registrado no primeiro trimestre de 2015. Segundo o MDIC, as vendas externas caíram 5,8% sobre março de 2015 e subiram 3,5% em relação a fevereiro de 2016 segundo o critério de "média diária". Do lado das compras do Brasil no exterior, houve queda de 30% no volume diário negociado na comparação com março de 2015, e de 3,1% na comparação com fevereiro de 2016.

No acumulado do primeiro trimestre de 2016, as exportações somaram US$ 40,585 bilhões e as importações US$ 32,186 bilhões, valores 5,1% e 33,4% menores, respectivamente, que os registrados no mesmo período do ano passado (pela média diária). A corrente de comércio totalizou US$ 72,771 bilhões, uma queda de 20,1% sobre o mesmo período de 2015 (US$ 91,100 bilhões), pela média diária. No primeiro trimestre, a balança comercial acumula um superávit de US$ 8,398 bilhões, revertendo o déficit registrado em igual período de 2015 (US$ 5,549 bilhões).
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil e do MDIC

domingo, 3 de abril de 2016

Paraíba dribla crise e registra abertura de 2,3 mil novos negócios só em janeiro

Mesmo com a crise financeira, a Paraíba registrou crescimento no número de novas empresas criadas no mês de janeiro, com 2.319 novos negócios. Em comparação com o mesmo período de 2015, o estado conseguiu crescer 4,3% no número de empresas criadas, ocupando a 13ª posição nacionalmente. Os dados foram divulgados na quinta-feira (31) pela Serasa Experian.

O resultado da Paraíba acompanha a tendência nacional de nascimento de novas empresas. Ainda segundo a pesquisa, as novas empresas surgem a partir do aumento do número de microempreendedores individuais, que abrem pequenos negócios no comércio local.

Além da Paraíba, também registram aumento no número de novas empresas, liderando o ranking, os estados de São Paulo, com 45,5 mil novas empresas em janeiro; Minas Gerais, com 19,4 mil novas empresas; e o Rio de Janeiro, com 19 mil novos empreendimentos comerciais.

No total, em todo o Brasil foram criadas 166,6 mil novas empresas em janeiro de 2016, 10,4% a mais do que o mesmo período de 2015. Em comparação entre janeiro de 2016 e janeiro de 2015, apenas os estados de Roraima; Acre; Goiás; Piauí; Mato Grosso; Rondônia; Bahia; Rio Grande do Norte; e Ceará tiveram queda na criação de empresas.
Créditos: Portal Correio

Documentos indicam grampo ilegal e abusos de Moro, afirma portal

STF irá julgar nas próximas semanas se Moro continuará ou não julgando os crimes relacionados à Operação Lava Jato
Nas últimas semanas, a operação Lava Jato levantou polêmica ao divulgar conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a atual presidente Dilma Rousseff (PT). Os questionamentos sobre a legalidade da investigação, entretanto, surgem desde sua origem, há quase dez anos. Documentos obtidos pelo UOL apontam indícios da existência de uma prova ilegal no embrião da operação, manobras para manter a competência na 13ª Vara Federal de Curitiba, do juiz Sergio Moro, e até pressão sobre prisioneiros.
Esses fatos são alvo de uma reclamação constitucional, movida pela defesa de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, no STF (Supremo Tribunal Federal). A ação pede que as investigações da Lava Jato que ainda não resultaram em denúncias sejam retiradas de Moro e encaminhadas aos juízos competentes, em São Paulo e no próprio STF. Para ler a íntegra do documento, clique aqui.
A reportagem ouviu nove profissionais do Direito, dentre advogados sem relação com o caso e especialistas de renome em processo penal, e a eles submeteu a reclamação constitucional e os documentos obtidos. Os juristas afirmam que a Operação Lava Jato, já há algum tempo, deveria ter sido retirada da 13ª Vara Federal de Curitiba, além de ter sido palco de abusos de legalidade.
O portal também questionou o juiz Sergio Moro sobre o assunto, mas o magistrado preferiu não se pronunciar (leia mais ao final desta reportagem). 
A Lava Jato foi deflagrada em 2014, mas as investigações já aconteciam desde 2006, quando foi instaurado um procedimento criminal para investigar relações entre o ex-deputado José Janene (PP), já falecido, e o doleiro Alberto Youssef, peça central no escândalo da Petrobras. Entretanto, um documento de 2009 da própria PF (Polícia Federal), obtido pelo UOL, afirma que o elo entre Youssef e Janene e a investigação surgiram de um grampo aparentemente ilegal.
A conversa grampeada em 2006, à qual a reportagem também teve acesso, é entre o advogado Adolfo Góis e Roberto Brasilano, então assessor de Janene. Seu conteúdo envolve instruções sobre um depoimento, exercício típico e legal da advocacia. Os desdobramentos dessa ligação chegaram, anos depois, a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e o primeiro delator da Lava Jato. 
Créditos: UOL