O Ministério da Saúde (MS) confirmou, no final do ano passado, a relação entre o zika vírus e os casos de microcefalia na região Nordeste. Desde então, diversos boatos surgiram, principalmente nas redes sociais, sobre estas doenças. Uma dessas notícias falsas informava que o zika vírus poderia ser transmitido pelo aleitamento materno.
Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alertam que esta informação não é verdadeira e seguem orientando as mães sobre a importância da amamentação.
De acordo com o MS, o surto de microcefalia no País não alterou a recomendação em relação à importância do aleitamento materno desde o primeiro dia de vida dos bebês.
“As mulheres podem ficar tranquilas em relação à amamentação. Não há problema delas permanecerem amamentando. Não existem estudos que comprovem que o vírus da zika possa ser transmitido pelo leite materno, nem que vai causar nenhuma alteração no bebê que já está formado e já nasceu”, destacou a coordenadora do Núcleo de Educação Permanente em Aleitamento Materno (Nepam) do Instituto Cândida Vargas (ICV), Bruna Grasiele.
Ainda de acordo com a coordenadora, apenas sob a orientação médica é que a amamentação da criança pode ser suspensa. “Pode haver casos específicos, mas geralmente a única contra indicação é quando a mãe possui o vírus HIV”, explicou.
Até os 6 meses de vida o bebê não precisa de nenhum outro alimento, para crescer e se desenvolver, além do leite materno. O leite produzido pelo organismo da mãe sacia a criança, pois possui a quantidade adequada de carboidratos, proteínas, gorduras e água, entre outros elementos para desenvolvimento e proteção que o recém-nascido necessita.
“Vale ressaltar que, a não ser que exista alguma contra indicação médica, é muito importante que o bebê seja alimentado, nos primeiros 6 meses, exclusivamente com leite materno e depois continue amamentando e complementando a alimentação. O leite materno é sempre o melhor e mais completo alimento, porque possui células imunológicas, proteínas, vitaminas e minerais, que além de alimentar, vão nutrir e proteger a criança de doenças”, complementou Bruna Grasiele.
Créditos: WSCOM
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