O 1º vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), anunciou ontem (19) que as investigações do Conselho de Ética, que vem se reunindo para votar o parecer favorável à cassação do mandato do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sofrerão limitações.
Entre os pontos da decisão, que foi lida em Plenário e responde a questionamentos de aliados de Cunha, Waldir Maranhão anunciou que o Conselho de Ética não poderá fazer uso de documentos e provas que não sejam relacionadas à acusação (o fato de o presidente da Câmara ter mentido na CPI da Petrobras em março de 2015, ao negar a existência de contas suas no exterior).
Aliado de Cunha, Maranhão já havia anulado aprovação de parecer por cassação em fevereiroEm sua decisão, Maranhão, também aliado de Eduardo Cunha, esclareceu que o uso de provas alheias ao tema pelo relator na elaboração do parecer a ser submetido à apreciação do colegiado pode provocar a declaração de nulidade do processo contra o peemedebista.
A ação de Waldir Maranhão reforça a tese aventada nos últimos dias pela imprensa e por diversos deputados governistas e do Psol, autor da representação contra Cunha no Conselho de Ética, a de que o presidente da Câmara seria premiado com a absolvição caso conseguisse conduzir com rapidez a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Plenário.
Créditos: Nossa Política
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