"A CNBB tem se preocupado com uma espécie de intolerância política. Uma intolerância na capacidade de dialogar, quase uma intolerância, digamos assim, em relação ao diálogo. Como o tom tem subido muito nos últimos tempos, e tem havido manifestações, eu diria quase que raivosas, é um momento de nos manifestarmos também como sociedade, dizermos a todas as pessoas que assim não chegaremos a lugar nenhum", afirmou o o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência, domLeonardo Ulrich Steiner.
“Ninguém pode agredir um filho e uma filha de Deus”, disse dom Leonardo Steiner. Ele ressaltou a necessidade de diálogo nas diferenças de pensamento e de respeito à pessoa humana. “Temos voltado a discutir questões importantes do nosso Brasil, questões constitucionais, a importância dos partidos e da política. Nós temos visto manifestações de rua, o que pode contribuir muito para a democracia brasileira, mas todas essas manifestações, às vezes, vêm junto com uma determinada violência que nós não gostaríamos que impedisse a democracia brasileira, a nossa jovem democracia brasileira”, disse o bispo.
Para o ministro Eugênio Aragão, o discurso de ódio que tem sido aflorado por causa da divergência política e de opiniões tem levado a sociedade brasileira a conviver com um sentimento de raiva, algo considerado extremamente preocupante. "A divergência não pode fazer de ninguém um inimigo.
A divergência é legitima e necessária numa sociedade plural, e nós temos de preservar essa divergência como uma riqueza do nosso pluralismo", avaliou Aragão.
Também presente no encontro, o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Veiga Rios, afirmou que esse documento da CNBB vai ajudar na luta contra a intolerância de todo o tipo, inclusive a de discurso. "Não há nenhum cunho partidário ou governista nesse ato. Estamos todos aqui é para fazer um alerta sobre os perigos da intolerância", afirmou.
O presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Técio Lins e Silva, também foi um dos signatários do texto e avaliou positivamente a iniciativa. "Estamos absolutamente comprometidos com as linhas gerais dessa conclamação, que busca a paz. Devemos buscar um entendimento, ser contra a intolerância, possibilitar que pais, no momento de crise gravíssima, encontre o caminho para a pacificação nacional", destacou.
Créditos: Portal Brasil
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