quarta-feira, 30 de maio de 2018

Desemprego e informalidade aumentam

A taxa de desemprego subiu para 12,9% no trimestre encerrado em abril, ante 12,2% em janeiro, segundo o IBGE. Nesse intervalo de três meses, são 723 mil desempregados a mais (crescimento de 5,7%), para um total estimado em 13,413 milhões, e 969 mil ocupados a menos (-1,1%). Na comparação com abril do ano passado, a taxa recua (era de 13,6% há um ano), mas apenas com aumento do trabalho informal. Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e foram divulgados na terça-feira (29).
O desemprego só não foi maior porque houve diminuição do número de pessoas na força de trabalho, ou seja, menos gente à procura de emprego (245 mil). O país tem estimados 90,733 milhões de ocupados, ante 91,702 milhões três meses atrás. 
Na comparação anual, 860 mil pessoas entraram no mercado (aumento de 0,8%), que abriu 1,495 milhão de vagas, crescimento de 1,7%. Com isso, o total de desempregados diminuiu em 4,5% em 12 meses (menos 635 mil).
Mas desse quase 1,5 milhão de postos de trabalho a mais, nenhum foi formal. O total de empregados com carteira assinada no setor privado (32,729 milhões) caiu 1,7% tanto no trimestre como em 12 meses (menos 567 mil e 557 mil, respectivamente). Já o número de empregados sem carteira (10,095 milhões), praticamente estável no trimestre, cresceu 6,3% em um ano, com mais 647 mil pessoas.
O trabalho por conta própria (23,025 milhões) também aumentou, segundo o IBGE: em comparação com abril de 2017, cresce 3,4% (acréscimo de 747 mil). Em relação a janeiro, a pesquisa mostra relativa estabilidade. Sobe ainda o número de empregadores e de empregados no setor público.
Entre os setores de atividade, nenhum cresceu no trimestre. A pesquisa apurou retração de 2,7% na construção (menos 186 mil empregados), de 2,5% no comércio/reparação de veículos (menos 439 mil) e de 2,7% no serviço doméstico (menos 172 mil). Na comparação com abril de 2017, a maioria mostra estabilidade, com alta na administração pública e em algumas categorias de serviços (como arte, cultura, esportes, informática) e queda na agricultura/pecuária. 
Estimado em R$ 2.182, o rendimento médio ficou estável nas duas bases de comparação. O mesmo acontece com a massa de rendimentos, calculada em R$ 193,013 bilhões. Foto: EBC.
Créditos: RBA

Petroleiros iniciam greve em refinarias, plataformas e terminais de todo o país

Resultado de imagem para PETROLEIROS INICIAM GREVE
 Funcionários da Petrobras iniciaram greve de 72 horas nesta quarta-feira em diversas refinarias, terminais e plataformas da Bacia de Campos, apesar de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) na véspera ter declarado que o movimento dos petroleiros é ilegal, informaram sindicatos.
Na terça-feira, petroleiros afirmaram que a greve não deve trazer riscos para o abastecimento do país e que têm a responsabilidade de atender as necessidades básicas da população.
Além disso, a Petrobras conta com grandes estoques de combustíveis em suas refinarias para enfrentar o movimento, após os protestos de caminhoneiros reduzirem fortemente as saídas dos produtos das unidades desde o início da semana passada, disse à Reuters na terça-feira uma fonte da empresa.
A greve nacional tem como objetivo uma redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. Também é contra a privatização da Petrobras e busca a saída do presidente da petroleira Pedro Parente, segundo sindicatos.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que os trabalhadores não entraram para trabalhar nas refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX).
Além disso, a FUP informou que também não houve troca dos turnos da zero hora nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR).
"Na Bacia de Campos, as informações iniciais eram de que os trabalhadores também aderiram à greve em diversas plataformas. O movimento prossegue pela manhã, quando estão previstas paralisações nas demais bases do Sistema Petrobras", disse a FUP. Fonte: Reuters. Foto: Mídia Ninja.
Créditos: Brasil 247

Petrobras importa 82% do diesel dos EUA

 "O aumento expressivo das importações de derivados de petróleo sob o governo golpista de Michel Temer (MDB) tem sido o foco das críticas da oposição ao papel do governo no processo que levou às greves de caminhoneiros por todo o país", informa Cristiane Sampaio, no site Brasil de Fato.
"Os números indicam que os protestos estão corretos. A compra de gasolina junto a multinacionais, por exemplo, saltou 53% em 2017. Já a importação de diesel subiu 63,6 % no mesmo período. A participação dos Estados Unidos é central nesse processo: entre 2015 e 2017, as importações de diesel norte-americano dobraram, passando de 41% para 82% do total importado".
Créditos: Brasil 247

terça-feira, 29 de maio de 2018

Temer estuda aumentar impostos para dar subsídios aos empresários do transporte

Após o acordo, o governo já começa seus estudos de como fazer os trabalhadores pagarem por esses subsídios, aumentando impostos e reonerando a folha de pagamentos, respeitando religiosamente a Lei de Responsabilidade Fiscal, não mudando um dígito na sua política de preços para gasolina e gás de cozinha. Ou seja, garante que os valores retirados do diesel não toque um centavo dos lucros dos acionistas privados da Petrobrás, entusiastas com a política de preços a serviço da privatização da empresa.

Uma prova de que o movimento de caminhoneiros possui uma barreira em relação aos interesses populares, de modo que não passou de uma demagogia o seu discurso contra o aumento da gasolina e do gás de cozinha. Pelo contrário, quando tem como reivindicação o “combate a corrupção” na estatal, se colocam a serviço desses interesses privatistas, portanto são incapazes de se opor à política de preços. A única forma de limpar a casta corrupta do estado da Petrobrás, a serviço dos lucros imperialistas, e acabar com a política de preços de Temer é com uma Petrobrás 100% estatal controlada pelos petroleiros.

Uma mobilização, portanto, anti-popular, e que fortalece a candidatura de Bolsonaro quando suplica aos militares que derrubem o governo Temer, além de os receberem calorosamente mesmo sabendo que foram designados para acabar com o movimento e reprimir qualquer tipo de greve ou paralisação.

Quem pagará a conta será o próprio trabalhador. A CUT e o PT tem grande responsabilidade de terem traído há muito tempo a insatisfação com o governo Temer e sua política ainda mais subserviente ao imperialismo do que a de seus anos no poder. Impediram que se desenvolvessem greves gerais por todo um ano e que a classe trabalhadora se apresentasse como alternativa à crise nacional com uma política e programa próprios, abrindo uma avenida à direita. O movimento de caminhoneiros é expressão disso, o que torna ainda mais escandaloso o seu chamado à "greve de advertência" em petroleiros e em apoio a esse movimento reacionário que bloqueia as estradas.
Créditos: Esquerda Diário

Brasil tem mais de 100 mil pessoas em situação de rua

Brasil tem mais de 100 mil pessoas em situação de rua, aponta IPEA
Elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o ‘Texto para Discussão Estimativa da População em Situação de Rua no Brasil‘ aponta que, em 2015, o país tinha 101.854 pessoas em situação de rua.

Só na cidade de São Paulo, um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) contabilizou 15.905 pessoas em situação de rua no ano de 2015.
Com o aumento do desemprego, que atinge atualmente 13,7 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e com a crise do país, é possível que o número de pessoas em situação de rua em São Paulo e em outras cidades já seja bem maior. Além disso, situações como a queda do edifício Wilton Paes de Almeida, onde havia uma ocupação, mostram a urgência de se debater o déficit habitacional da cidade de São Paulo.

CUT/Vox Populi: com 39%, Lula venceria no primeiro turno

Lula em São Bernardo
Com 39% das intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria a eleição ainda no primeiro turno, segundo nova pesquisa CUT/Vox Populi, divulgada nesta segunda-feira (28).

Mesmo se houvesse segundo turno, Lula – preso há 52 dias em Curitiba – também derrotaria qualquer adversário.
Na pesquisa estimulada – em que os nomes são apresentados –, Lula tem 39%, ante 30% da soma dos adversários. Entre eles, Jair Bolsonaro (PSL), que aparece com 12%, Marina Silva (Rede), com 6%, Ciro Gomes (PDT), com 4%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 3%, e Álvaro Dias (Podemos), com 2%.
Com 1% das intenções aparecem Henrique Meirelles (MDB), João Amoedo (Novo) e Manuela d´Ávila (PCdoB). Cinco pré-candidatos não pontuaram, de acordo com a pesquisa: Flávio Rocha (PRB), Guilherme Boulos (Psol), João Vicente Goulart (PPL), Rodrigo Maia (DEM) e Paulo Rabelo de Castro (PSC). O total dos que disseram não votar em ninguém, em branco ou nulos foi de 21%, enquanto 9% não sabem ou não responderam. A margem de erro é de 2,2%. Foram ouvidas 2 mil pessoas de todas as regiões, em 121 municípios.
Já na pesquisa espontânea, Lula aparece com 34%, ante 10% de Bolsonaro. Ciro e Alckmin têm 3% cada. Em seguida, vêm Marina e Joaquim Barbosa (que anunciou sua desistência), com 2%. Álvaro Dias tem 1%. Segundo o instituto, 5% disseram que votarão em outros candidatos, enquanto 25% falaram que não votarão em ninguém, ou em branco ou nulo, e 16% não sabem/não responderam.
O desempenho de Lula é melhor na região Nordeste, onde ele aparece com 56% das intenções de voto . Vai a 38% no Centro-Oeste, a 32% no Sudeste a a 31% no Sul, onde Bolsonaro tem 18%. O petista recebe 35% entre o público masculino e 43% no eleitorado feminino. No recorte por escolaridade, chega a 50% no ensino fundamental e cai pela metade no ensino superior. Também fica com 50% entre eleitores com renda de até dois salários mínimos. Entre os que ganham mais de cinco mínimos, a situação é quase de empate técnico: 23% a 18%.
Lula também venceria em qualquer simulação de segundo. Contra Marina, por exemplo, por 45% a 14%. Se o adversário fosse Alckmin ou Bolsonaro, o petista ganharia com 47% dos votos, ante 11% e 16%, respectivamente.
Créditos: Rede Brasil Atual

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Greve prossegue e desorganiza a vida dos brasileiros

DENILTON DIAS / O TEMPO
Embora o governo afirme que a greve foi encerrada, nenhum veículo de mídia – dessa vez – foi capaz de cravar que a greve acabou. Isso porque o movimento dos caminhoneiros se pulverizou e se transformou em um labirinto de humores diversos. A greve continua a desorganizar a vida do brasileiro nesta segunda-feira.
“A greve dos caminhoneiros não havia se encerrado até o fim da noite, aprofundando a desorganização da economia, embora vários trechos de rodovias tenham sido desbloqueados. Há desabastecimento generalizado de combustíveis nos postos de todo o país, aeroportos parados, funcionamento precário de alguns hospitais por falta de insumos e, em várias cidades, cancelamento de aulas nas escolas públicas hoje.
Em grupos de WhatsApp, motoristas planejam manter a paralisação até amanhã. Para complicar a situação, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou greve por 72 horas a partir da quarta-feira, reivindicando a redução dos preços dos combustíveis e a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente.”Leia mais aqui.
Créditos: Brasil 247