domingo, 26 de abril de 2020

Alemanha aprova primeiros testes clínicos de vacina contra o novo coronavírus.

O governo da Alemanha aprovou os primeiros testes clínicos de uma vacina contra o novo coronavírus. A droga será testada em pacientes voluntários.

Duzentas pessoas saudáveis vão participar na primeira fase. Os cientistas querem verificar o desenvolvimento da imunidade e incluir mais gente nos testes num segundo momento.

Mas o presidente do Instituto de Vacinação alertou que vai levar meses até que qualquer vacina seja aprovada e chegue aos postos de saúde.

Em um primeiro momento, esses ensaios clínicos serão realizados em 200 voluntários saudáveis de 18 a 55 anos, acrescentou o órgão.
Créditos: Mídia Ninja

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Brasil registra recorde de vítimas de covid-19 em 24 horas

Ontem (23) o país registrou oficialmente 407 casos fatais pela covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, são 3.313 óbitos. Depois de manter menos de 200 mortes por dia desde o início da semana passada, o número de óbitos mais do que dobrou. O número de casos segue igualmente em expansão, segundo boletim do Ministério da Saúde.

São Paulo segue como o epicentro da infecção pelo novo coronavírus no país e, proporcionalmente, hoje o estado também registrou recorde de mortes em 24 horas. Foram 211 óbitos, totalizando 1.345 vítimas da covid-19 desde o início do surto. Foram mais de oito mortos por hora. 

O Sudeste tem também o segundo estado com maior número de casos e mortos, o Rio de Janeiro, que registra 6.172 infectados e 530 mortos pelo novo coronavírus. Em seguida vem o Ceará, com 4.598 doentes e 266 mortos; Pernambuco, com 3.519 casos e 312 mortos; e Amazonas, com 2.888 casos e 234 mortos. Amazonas e Ceará vivem com o sistema de saúde fragilizado, em situação de colapso ou pré-colapso. (Editado).
Créditos: Rede Brasil Atual

Pastoral da Terra alerta para aumento de conflitos contra povos do campo

O maior número de conflitos e violência contra trabalhadores do campo, em 2019, se concentra na Amazônia.

A Amazônia Legal, que compreende nove estados do Brasil, é a região que concentra o maior número de conflitos e violência contra os povos do campo no país. Os dados fazem parte do último relatório sobre o tema da Comissão Pastoral da Terra (CPT), de 2019, divulgado na sexta-feira, 17 de abril, Dia Mundial de Luta Camponesa e data que lembrou os 24 anos do assassinato de 21 trabalhadores sem-terra, em Eldorado dos Carajás, no Pará.
Dom José Ionilton, vice-presidente da Comissão e bispo de Itacoatiara/AM, comenta os dados recentes divulgados no relatório produzido pelo Centro de Documentação “Dom Tomás Balduino” – e publicados anualmente pela CPT desde 1985, com o título: “Conflitos no Campo Brasil”:
“Neste caderno são apresentados dados bem concretos sobre a nossa Amazônia, por exemplo: 84% dos assassinatos que aconteceram no ano passado, 27 de 32 se deu aqui na Amazônia; 73% das tentativas de assassinato, ou seja, 22 das 30 tentativas aconteceu na Amazônia; 79% dos ameaçados de morte, isto é, 158 de 201 pessoas ameaçadas foram aqui na Amazônia; e 84% das famílias que sofreram alguma invasão de terra ou casa se deu aqui na Amazônia.”

Relatório já está disponível online

relatório anual é um serviço pastoral que está na sua 34ª edição e pode ser acessado pela internet através do site e da página no Facebook da CPT. O Centro de Documentação cumpre as normas e procedimentos estabelecidos cientificamente para a coleta, o tratamento e a organização de documentos e dados.
Devido à pandemia do Covid-19, a publicação teve lançamento online pelo site e redes sociais da Comissão. No mesmo horário foi realizada uma live com a participação do coordenador nacional, Paulo César Moreira; da professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Maria Cristina Vidotte; e eo jornalista e colaborador da CPT, Antônio Canuto. 
Conflitos e violência no campo crescem em 2019, os dados revelaram que, além da situação na Amazônia Legal ter se agravado, os conflitos no campo e as violências sofridas pelos trabalhadores em 2019 – que incluem indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais – sofreram aumento em todo o país em relação ao ano anterior: 14% mais assassinatos, 7% mais casos de tentativas de homicídio e 22% mais ameaças de morte.
De acordo com os dados do Centro de Documentação, o ano de 2019 também registrou o maior número de assassinatos de lideranças indígenas dos últimos 11 anos. De 9 indígenas assassinados em conflitos no campo, 7 eram líderes de comunidades. Os conflitos pela água bateram novamente recorde: foram registrados 77% casos a mais em relação a 2018. 
“2019 foi marcado por grandes tragédias no campo. Isso é também outro dado que aparece aqui no caderno: em janeiro de 2019, 272 pessoas foram enterradas vivas em Brumadinho e isso a gente considera também uma violência no campo; em 10 de agosto, aquela tragédia do fogo aqui na Amazônia, também é considerado um ato de violência contra o trabalhador no campo; e, no final do ano, óleo invade o litoral do nordeste e isso também aparece como sendo uma violência, porque esse óleo se espalhou por diversas comunidades ribeirinhas e de pescadores artesanais, prejudicando enormemente as pessoas que viviam no campo. Portanto, pessoas que sofreram nesse caso aí também, um ato de violência e isso está constando nesse caderno que hoje foi lançado pela CPT.”(Editado). Imagem: CPT. Créditos: Vatican News

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Mutações agressivas do coronavírus são 270 vezes mais potente

Imagem rastreada de microscópio eletrônico mostra o SARS-CoV-2 (objetos redondos azuis), também conhecido como novo coronavírus, emergindo da superfície de células cultivadas no laboratório que foram isoladas de um paciente nos Estados Unidos
A patogênese da COVID-19 pode variar dependendo da estirpe de seu patógeno, o SARS-CoV-2, descobriram pesquisadores da Universidade de Zhejiang, China, que publicaram uma versão preliminar da pesquisa no site MedRxiv.
Os cientistas estudaram amostras de diferentes mutações do coronavírus de 11 pacientes aleatórios de Hangzhou, e analisaram a rapidez com que diferentes estirpes penetram em células humanas e as destroem.
Anteriormente, um geneticista da Escola de Medicina de Icahn no Monte Sinai, em Nova York, disse que a maioria dos casos de infecções com coronavírus na cidade, que se tornou o epicentro da infecção nos Estados Unidos, veio da Europa. Um grupo da Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York chegou a conclusões semelhantes, relata o portal Washington Post Examiner.
Os autores do estudo da Universidade de Zhejiang argumentam que foram os primeiros a conseguir provar que uma mutação do coronavírus pode mudar a patogênese da doença. Assim, as estirpes mais agressivas do agente causador da COVID-19 podem atingir 270 vezes mais carga viral do que as estirpes mais fracas.
Como exemplo, dois pacientes de Zhejiang de carca de 30 e 50 anos de idade foram infectados com um vírus de mutação mais fraca, após o que sofreram gravemente com a COVID-19. Mais tarde ambos se recuperaram, mas o paciente mais velho teve que ser internado na unidade de terapia intensiva.
O coronavírus SARS-CoV-2, originalmente registrado na China, se espalhou praticamente por todo o mundo. De acordo com os últimos dados da Universidade Johns Hopkins (EUA), o número de infectados chegou a quase 2,5 milhões e mais de 171.000 pessoas morreram. Imagem: Reuters.
Créditos: Sputnik

quarta-feira, 15 de abril de 2020

195 milhões de empregos serão perdidos pelos efeitos do coronavírus

A crise econômica acelerada pelos efeitos da pandemia a nível global provocará graves consequências que ainda não desconhece os prazos e a profundidade, mas que muitos analistas afirmam que será pior que a recessão de 2008.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou um informe que adverte que a pandemia se acelerou e ampliou seu alcance a nível mundial e que a paralisação total ou parcial já afetam quase 2,7 bilhões de trabalhares, que representam ao redor de 81% da força de trabalho mundial.

O documento alertou que existe um alto risco de que o incremento do número de desempregados no mundo no fim de 2020 seja muito maior que a projeção inicial (25 milhões) publicada no primeiro comunicado da OIT. “É a pior crise mundial desde a Segunda Guerra Mundial”, avisou o informe. 

Frente à crise as patronais em vários países decidiram demitir, suspender e cortar salários. A OIT sinalizou que já começou uma queda do “emprego em grande escala (e muitos casos, sem precedentes)”. A OIT utilizou a variação das horas de trabalho, que reflete tanto as demissões como outras diminuições temporais de tempo de trabalho. 

Com este método a partir do primeiro de abril de 2020, estimaram que no segundo trimestre de 2020 haverá uma queda no emprego de ao redor de 6,7%, o equivalente a 195 milhões de trabalhadores em tempo integral (considerando uma jornada de 48 horas semanais). Também foi feito o cálculo com 40 horas semanais e a perda e emprego alcançaria 230 milhões de pessoas de tempo integral.

O documentou afirmou que “muitos destes trabalhadores deverão encarar uma perda de renda e mais pobreza, inclusive no caso de encontrarem outras atividades (voltar para a agricultura nas zonas rurais, por exemplo)”.

A maior parte das perdas de emprego e redução de horas de trabalho acontecerão nos setores mais afetados. A OIT calculou que 1,25 bilhões de trabalhadores, o equivalemnte a 38% da população ativa mundial, estão empregados em setores que na atualidade tem uma baixa na produção e um alto risco de deslocamento da força de trabalho. Esses setores incluem comércio varejista, serviços de acomodação e serviços de alimentação e indústrias de transformação. 

Segundo as projeções da OIT, na Europa haveria uma queda de 7,8% nas horas trabalhadas, o equivalente a 15 milhões de empregos de tempo integral se consideramos uma jornada semanal de 40 hoas; nos Estados árabes, a queda será de 8,1 %, e na região da Ásia e do Pacífico, 7,2%; e América, 6,3%.
Publicado originalmente no Izquierda Diario Argentina, integrante da Rede Internacional La Izquierda Diario, assim como o Esquerda Diário.
Créditos: Esquerda Diário

Brasil tem mais recuperados da Covid-19 do que doentes, diz governo

O Ministério da Saúde informou na terça-feira (14) que ao menos 14 mil pessoas diagnosticadas com a Covid-19 já se recuperaram no Brasil. O número equivale a 55% do total de pacientes que tiveram resultado positivo em exames para o novo coronavírus.

De acordo com o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, foram registrados até o momento 25.262 pacientes com Covid-19. Desse total, 1.532 morreram em decorrência da doença e 9.704 continuam internados.

Gabbardo rebateu as críticas de que o ministério se recusava a divulgar esse dado, afirmando que a pasta realizou questionamentos a outros países para decidir qual seria a melhor forma para trabalhar com esses números.

"Até se criou uma narrativa um tanto estranha, que eu tenho percebido nas redes sociais de que o Ministério da Saúde propositadamente não apresenta um dado de recuperação, tentando criar uma imagem de que o bicho é pior do que ele é realmente. Não é nada disso", disse o secretário-executivo.

O ministério, no entanto, frisa que o número de recuperados está dentro do número atual de casos comprovados -ou seja, pode haver variações. A pasta admite que há subnotificação nos dados, o que também pode influenciar o cálculo. "Hoje alguns pesquisadores falaram que para cada caso confirmado tem 12 não confirmados. Pode ser que sim. O inquérito vai nos dizer isso", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Ele se refere a uma pesquisa que visa dar estimativas do total da população que tem anticorpos para o novo coronavírus. O trabalho deve ser conduzido pela Universidade Federal de Pelotas, em parceria com outras instituições. Atualmente, a maioria dos testes são oferecidos apenas a casos graves e a uma parte dos pacientes com síndrome gripal, o que dificulta um controle maior de casos no país. Por isso, o ministério avalia que o percentual de recuperados possa ser maior.

Na tentativa de ampliar a testagem, a pasta abriu um chamamento público na terça-feira (14) para empresas que queiram realizar o serviço de amostra respiratórias de testes RT-PCR, que visam verificar o material genético do vírus, em total de 3 milhões de exames. A expectativa é que sejam realizados 30 mil testes rápidos para a detecção do Covid-19 por dia.

Em geral, esse tipo de teste usa um swab, uma espécie de cotonete grande, para coletar amostras das vias respiratórias. "É aquele que coloca dentro do nariz e dentro da garganta de quem está no primeiro dia, no segundo dia de sintoma. Ele [o teste] é o que faz o diagnóstico precoce", explicou Mandetta.

A ideia é fazer parcerias público-privadas com laboratórios, e usar máquinas de doações. "Isso vem acoplado a um aplicativo. A nossa ideia é de remeter todos pra São Paulo, gerar uma usina de exames e devolver no aplicativo, procurando trabalhar com 24 horas entre o exame e resposta", completou. 
Créditos: Folha PE

sábado, 11 de abril de 2020

Mais de 600 mil pequenas empresas fecharam as portas por causa do Coronavírus

Segundo pesquisa feita pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às micro e pequenas Empresas) pelo menos 600 mil micro e pequenas Empresas fecharam as portas e 9 milhões de funcionários foram demitidos em razão dos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. É o que mostra o levantamento exibido com exclusividade pela CNN.

A pesquisa também mostra que 30% dos empresários tiveram que buscar empréstimos para manter seus negócios, mas o resultado não tem sido positivo: 29,5% destes empreendedores ainda aguarda uma resposta das instituições financeiras e 59,2% simplesmente tiveram seus pedidos negados.

Mais da metade (55%) dos micro e pequenos empresários terão que pedir empréstimos para manter os negócios funcionando sem gerar demissões. O levantamento foi feito de forma online e ouviu 6.080 microempreendedores individuais, micro Empresas e Empresas de pequeno porte entre os dias 3 e 7 de abril.

Apesar de empresários procurarem por empréstimos, a pesquisa também mostra que 29% deles desconhecem as linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões e 57% apenas ouviram falar a respeito, mostra a pesquisa. 

Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae, 10,1 milhões de Empresas pararam de funcionar durante a pandemia, sendo 2,1 milhões por decisão da empresa, enquanto a paralisação de 8 milhões de companhias foi determinada pelo governo. Empresas podem ficar em média 23 dias fechadas e ainda assim ter capital para pagar as contas.
Créditos: Jornal Contábil