terça-feira, 15 de setembro de 2020

Estados reagem ao desmonte da Petrobrás

 Governos estaduais resistem à venda de ativos da Petrobrás, que está saída das regiões Norte, Nordeste e Sul do País. A estatal afirmou que vai concentrar investimentos no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde está o pré-sal. 

Existem 164 áreas de produção de petróleo e gás da empresa sendo vendidas em todo o Brasil, de acordo com mapeamento divulgado pela agência de notícias especializada epbr, atualizado em agosto deste ano. Do total, 148 áreas estão localizadas fora do eixo Rio-São Paulo. 

A saída da Petrobrás de alguns estados brasileiros aprofundará as desigualdades regionais no Brasil, que fechará 2020 em recessão e já enfrenta uma agenda marcada pela retirada de direitos sociais. Para sair de alguns locais, a Petrobrás terá que negociar uma série de dívidas ambientais, tributárias e trabalhistas. 

A estatal também está se desfazendo de infraestrutura logística, fábricas de fertilizantes, terminais de importação de gás natural líquido e usinas térmicas, eólicas e de biocombustíveis, apontou uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo

Representantes dos governos e deputados de seis estados têm se reunido virtualmente com a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobrás, do Congresso, que lançou há pouco mais de um mês a campanha 'Petrobrás, fica!'. 

"É um clamor para que a empresa explique por que está deixando o resto do Brasil e se concentrando no Rio e em São Paulo", afirmou o presidente da frente parlamentar, Jean Paul Prates (PT-RN). "O que ela vai fazer com os incentivos fiscais e passivos de anos?", questionou. Foto: EBC.

Créditos: Brasil 247

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A fome bate na porta

Política econômica neoliberal que privilegia os ricos, governo sem projetos e sem programa de recuperação da economia, durante e pós pandemia, volta da infração; o Brasil caminha para uma das piores crises sociais da história.

Aumento de preço dos combustíveis, gás de cozinha, e aumento absurdo no preço dos alimentos, sem  uma política de preço nos produtos da cesta básica, as famílias de baixa renda terão grandes dificuldades para se alimentar.

Se não bastasse tudo isso a economia do país está em recessão com enorme queda do PIB (Produto Interno Bruto) e o desemprego bate recordes, segundo pesquisas mais da metade da população está sem trabalho. Tudo isso contribui para aumentar a situação de fome e miséria que cresceu demais depois do golpe parlamentar de 2016. Por Zito Bezerra.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

75% dos incêndios florestais são provocados por ações humanas

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), nos primeiros meses de 2020, o índice de desmatamento na Amazônia chegou a 307 mil hectares, 26% a mais em comparação com o mesmo período em 2019. 

O número de incêndios também cresceu e atingiu o índice mais alto em 13 anos. Apenas no mês de julho, 6.803 incêndios foram registrados na Amazônia. O número representa um crescimento de 28% em relação ao último ano.

Um estudo realizado pelo Boston Consulting Group (BCG) em parceria com a organização ambiental WWF mostra que as ações humanas são responsáveis por 75% dos incêndios florestais em todo o mundo, que apresentaram um crescimento de 13% neste ano.

Intitulado “Fire, Forests and the Future: a crisis raging out of control?”, o relatório ressalta ainda que, de forma geral, as queimadas são maiores e mais intensas do que costumavam ser, o que resulta em uma maior emissão de toneladas de carbono e danos mais significativos à biodiversidade, aos ecossistemas e gera consequências na economia e nas pessoas ao ameaçar propriedades.

Os incêndios causam também graves problemas de saúde a longo prazo. De acordo com o estudo, cerca de 340 mil mortes são provocadas anualmente por problemas respiratórios e cardiovasculares atribuídos à fumaça de incêndios florestais.

O BCG afirma que é fundamental alinhar os esforços dos setores público e privado para responder às questões ligadas ao desmatamento. Uma das medidas mais eficazes é definir e implementar compromissos que tenham o objetivo de reduzir a pegada da empresa no meio ambiente.

Mas a batalha contra as mudanças climáticas é de todos. Indivíduos podem também provocar impactos significativos no meio ambiente ao tomar precauções simples para evitar incêndios e fazer escolhas de consumo mais sustentáveis, por exemplo. Ao ter mais consciência sobre pequenos e grandes impactos de escolhas no ecossistema, todos podem se tornar parte da solução. Por: Júlia Pereira. Foto: Peter J. Wilson 

Créditos: Observatório do Terceiro Setor

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Vacina russa é segura e produz alta imunidade contra covid-19

Imunização produziu anticorpos em cerca de 21 dias após a primeira aplicação, segundo a revista científica "The Lancet".

A vacina russa Sputnik V é segura, bem tolerada e não causa eventos adversos graves. De acordo com estudo publicado nesta sexta-feira (4), pela prestigiada revista científica The Lancet, a vacina é altamente imunogênica e induziu fortes respostas imunes humoral e celular, em todos voluntários adultos saudáveis.

Os resultados publicados são de dois testes feitos com 38 voluntários cada, sendo 76 ao todo. Os participantes eram pessoas saudáveis, com idades entre 18 e 60 anos, testados em duas formulações da Sputnik V: rAd26-S e rAd5-S.

A revista científica aponta ainda que a vacina russa produziu anticorpos em cerca de 21 dias após a primeira aplicação. Depois de 28 dias, os pesquisadores também detectaram a produção de células T, outro produto do sistema imunológico que tem um papel importante no combate à doença. 

As reações foram leves, de acordo com o The Lancet. Dores no local da aplicação, hipertermia e dor de cabeça foram os únicos sintomas. A Rússia ainda trabalha num ensaio clínico de fase 3, com o envolvimento de 40.000 voluntários de diferentes idades e grupos de risco. 

Apesar dos avanços, o Brasil enfrenta outro problema para vacinar a população: o presidente Jair Bolsonaro. O governo federal tem realizado campanhas públicas anti-vacina, que buscam desestimular a imunização na sociedade. Imagem: Google.

Créditos: Rede Brasil Atual

sábado, 29 de agosto de 2020

Pesquisadores criam novo método para combater epidemias

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criaram uma nova metodologia para auxiliar no combate a epidemias, que são uma manifestação coletiva de determinada doença que rapidamente se espalha, por contágio direto ou indireto, até atingir um grande número de pessoas em um território e que depois se extingue após um período. 

Esse novo método estabelece níveis de prioridade que podem ajudar os gestores públicos a tomar decisões. Os níveis de prioridade são estes: não prioritário, tendência a não prioritário, prioritário e tendência a prioritário. Esses níveis de prioridade são baseados em especialistas e na literatura científica da área, com ajuda de tecnologias de geoprocessamento, estatística lógica e matemática. 

Os próximos passos da pesquisa são criar um software que implemente essa metodologia e estudar sua adequação a outros tipos de doenças, já que os testes foram referentes aos nascidos vivos com anomalias congênitas do sistema nervoso, no período de 2013 a 2017, no estado da Paraíba, provenientes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). 

Esta nova metodologia poderá ser aplicada por gestores em saúde nos níveis federal, estadual ou municipal, para qualquer tipo de doença, em qualquer região geográfica do país. O novo método para combater epidemias foi criado pela pesquisadora Luciana Moura, com o suporte do professor do Departamento de Estatística, Ronei Moraes, e Rodrigo Vianna, docente do Departamento de Nutrição da UFPB. 

“A pesquisa possuiu um caráter interdisciplinar e, portanto, tem contribuições de várias áreas do conhecimento. O aprimoramento no planejamento implica na melhoria dos serviços de saúde para lidarem com o problema, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população”, garante Luciana Moura. 

O projeto de pesquisa foi parcialmente financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq-PB). Interessados no estudo devem entrar em contato pelo e-mail lumouramendes@gmail.comReportagem e Edição: Pedro Paz / ASCOM UFPB.  . Imagem: EBC.

Créditos: UFPB

Vem aí nova CPMF?

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem
, 28, que “não vai aumentar impostos” e defendeu um imposto sobre “base ampla, nos moldes da CPMF”, que serviria para “desonerar outros setores”. 

Reportagem do Portal IG destaca a fala de Guedes: “essa ideia de queremos criar um  imposto novo, para aumentar imposto, para fazer populismo, está totalmente equivocada. É fake news mesmo, é guerra política, é um equívoco, um erro. Só se fala em um imposto de base ampla para desonerar, para tirar o mais cruel de todos os impostos, que é o imposto sobre folha de pagamento.” 

Segundo Guedes, um  imposto que onere amplamente a economia serviria para reduzir, além da folha de pagamento, até outros sete impostos: “quando se fala num imposto de base ampla, de transações digitais, tem que se entender o seguinte: se um imposto desse surgir é basicamente para desonerar a folha e outros impostos. Se for para tirar 3,4,5,6,7 impostos e inclusive reduzir tributo sobre salário é disso que estamos falando, não é nunca de aumento de imposto.” Fonte: IG.
Créditos: Brasil 247

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus é confirmado

Pesquisadores em Hong Kong relataram nesta segunda-feira o primeiro caso confirmado de reinfecção de covid-19. Trata-se de um homem de 33 anos que foi infectado pela primeira vez pelo coronavírus no final de março e, quatro meses e meio depois, contraiu o vírus novamente enquanto viajava pela Europa.

O caso levanta questões sobre a durabilidade da proteção imunológica contra o coronavírus. Mas também foi recebido com cautela por outros cientistas, que questionaram até que ponto o caso apontava para preocupações mais amplas sobre reinfecção.

Os pesquisadores da Universidade de Hong Kong sequenciaram o vírus das duas infecções do paciente e descobriram que elas não eram correspondentes, indicando que a segunda infecção não estava ligada à primeira. Eles também contaram que o homem teve apenas sintomas leves na primeira vez que ficou doente, e permaneceu assintomático na segunda.

“Nossos resultados provam que a segunda infecção é causada por um novo vírus, que ele adquiriu recentemente, em vez de uma disseminação viral prolongada”, afirmou Kelvin Kai-Wang To, microbiologista da Universidade de Hong Kong.

O tipo de vírus encontrado no paciente tem a sequência genética mais parecida a do vírus detectado na Europa nos meses de julho e agosto. Segundo informações, o paciente esteve na Espanha. O caso indica que a proteção imunológica pode durar apenas alguns meses, mas os pesquisadores dizem que são necessários mais estudos aprofundados para determinar esse tempo.

Créditos: Catraca Livre