sábado, 29 de maio de 2021

Protestos contra governo Bolsonaro reúne multidões

 Neste sábado (29), em muitas cidades brasileiras de vários estados, foram realizados protestos contra o governo Bolsonaro, multidões invadiram as ruas, "na maioria jovens", para manifestar sua insatisfação com o atual governo. Foram mais de 200 cidades que tiveram manifestações contra o governo federal.  Em muitas cidades do exterior também tiveram manifestações. 

As pessoas desafiaram os riscos "por causa da pandemia" e foram as ruas para protestar e exigir vacina para todos, alimentos e emprego além da saída do presidente. 

Em São Paulo, grande multidão ocupou a Av. Paulista, numa demonstração clara de que as pessoas não aceitam mais atitudes negacionistas e desrespeito com a saúde e a vida da população. 

O recado foi dado, a insatisfação é total e a população não aguenta mais a irresponsabilidade do presidente diante da situação atual. 

Com quase 3 anos de governo, Bolsonaro não tem nenhum projeto para o país e nenhum plano nacional de combate a pandemia que já vitimou quase meio milhão de pessoas. Além disso o presidente tentou sabotar desde o início medidas de combate a pandemia. 

Com o desemprego em alta, empresas fechando e a volta da inflação, à fome e a pobreza extrema tem atingido cada vez mais brasileiros. 

Depois do que se viu nas manifestações deste sábado, vai ser difícil segurar o povo, a exemplo de outros países em que as pessoas foram as ruas para protestar contra governos autoritários.

Brasil tem mais de 14 milhões de famílias na pobreza extrema

 A falta de alimentos e o aumento da extrema pobreza se tornaram realidade para 14,5 milhões de famílias brasileiras. O número de famílias na miséria registrado em abril de 2021 é o maior da série histórica do Ministério da Cidadania, iniciada em agosto de 2012.

Antes da pandemia, em fevereiro de 2020, já havia 13,4 milhões de famílias nesta situação.  É considerada situação de extrema pobreza quando a renda per capita é de até R$ 89,00 mensais, de acordo com o Governo Federal.

Há ainda 2,8 milhões de famílias vivendo em situação de pobreza, com renda entre R$ 90 e 178 per capita mensais. O acesso à alimentação é um direito garantido pela Constituição brasileira que não está sendo garantido.

Atualmente, 58 milhões de brasileiros correm risco de deixar de comer por não terem dinheiro. Isso significa que 27,7% da população vive uma situação de insegurança alimentar grave ou moderada, de acordo com um estudo feito pelo grupo Food For Justice.

Apesar da atual realidade, o Brasil já foi referência no combate à fome no mundo. Até 2011, o país liderou por três anos seguidos o ranking da ONG ActionAid que mede o progresso de países em desenvolvimento na luta contra a pobreza.

Um deles foi no início do século XX durante o Governo Vargas, quando foram criadas diversas leis trabalhistas, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Apesar de terem foco nos trabalhadores urbanos, tais medidas perduraram durante anos no país e garantiram diversos direitos sociais.

Outro período importante foi de 2003 a 2016, durante os governos Lula e Dilma, quando foram criados programas como o Fome Zero, Bolsa Família e a valorização do salário mínimo.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome oficialmente em 2014. Entre 2002 e 2013, caiu em 82% o número de brasileiros considerados em situação de subalimentação.

O Indicador de Prevalência de Subalimentação é um estudo que fornece a estimativa do número de pessoas sem acesso estável a alimentos nutritivos e suficientes durante todo o ano. Isso significa que a FAO analisa a situação das pessoas que possuem insegurança alimentar severa, as pessoas que passam fome e que possuem insegurança alimentar moderada.

O salário mínimo no Brasil é de R$ 1.100. Enquanto isso, segundo um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o custo médio de uma cesta básica no país é de R$ 600. Ficam, assim, apenas R$ 500 para despesas como aluguel, água, luz, internet e vestuário. Com o início da pandemia de Covid-19, a situação ficou ainda mais difícil para os brasileiros. Com informações das Agencias G1 e UOL. Por: Isabela Alves. Créditos: Observatório do Terceiro Setor

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Governadores pedem autorização para uso excepcional da Sputnik V

Diante do perigo de uma nova e devastadora onda de contaminações por Covid-19, provocada pela circulação de novas variantes como a indiana, o Consórcio Nordeste voltou a reforçar pedido de autorização excepcional para importação da vacina Sputnik V. A liberação da vacina continua sob análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na terça-feira (25), os governadores encaminharam novo ofício à agência pedindo urgência na autorização.

Segundo o ofício, o momento é de agir para impedir mais mortes. “No momento em que a média diária de mortes por Covid-19 se mantém em mais de 2 mil nos últimos 60 dias, no qual internações voltam a crescer e a assustar, o surgimento de novas variantes do vírus causador da doença exacerba as responsabilidades das autoridades públicas”, diz o documento assinado pelo governador Wellington Dias, presidente do consórcio e coordenador da temática das vacinas no Fórum dos governadores.

Na nota, os governadores propõem um compartilhamento das responsabilidades entre os estados que fizerem uso da vacina Sputnik V. Para isso, seria feita a assinatura de um Termo de Compromisso com as devidas atribuições e responsabilidades dos gestores que distribuirão o imunizante. O Termo de Compromisso estabelece, por exemplo, a realização de testes para controle de segurança de todos os lotes da vacina.

O documento prevê a realização de um estudo de efetividade, a partir da aplicação dos primeiros lotes, com regras definidas pela Anvisa e executadas com o apoio das universidades dos estados que receberão o imunizante.

Também seriam monitorados possíveis efeitos adversos, sob responsabilidade das autoridades estaduais de vigilância sanitária, de comum acordo com a Anvisa. Créditos: Agência PT

quarta-feira, 26 de maio de 2021

OMS alerta para nova pandemia 'mais mortal' do que a Covid-19


O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou durante reunião anual da agência das Nações Unidas, que um vírus mais transmissível e fatal do que a Covid-19 vai chegar e trazer uma nova pandemia mundial. Na ocasião, foram reunidos ministros da Saúde de 194 Estados-membros, na segunda-feira (24), onde Tedros garantiu “certeza evolutiva” para a previsão.

“Não se enganem, esta não vai ser a última vez que o mundo enfrenta a ameaça de uma pandemia. Há uma certeza evolutiva de que vai aparecer outro vírus com potencial de ser mais transmissível e fatal do que o SARS-CoV-2”, diz o diretor-geral da OMS.

Tedros emitiu também uma nota indicando que a quantidade de casos e óbitos em decorrência do coronavírus contabilizados tem diminuído há três semanas seguidas. Contudo, ele garante que o mundo continua em uma situação frágil, e ressaltou que as nações que acreditam estar fora de perigo estão enganadas, “não importando sua taxa de vacinação”.

Um alerta para aos governos doem doses de imunizantes contra a Covid-19 à COVAX (iniciativa apoiada pela OMS e GAVI Alliance), também foi pautado durante a reunião. De acordo com dados da OMS, cerca de 75% de todas as doses de vacinas foram administradas em apenas 10 países, e para Tedro, esta desigualdade está perpetuando a pandemia.

Mesmo com as novas variantes do vírus que surgiram pelo mundo, como a cepa, a eficácia para o diretor-geral da OMS continua. Ele chega a revelar que as variantes estão mudando constantemente, e que as futuras cepas podem tornar as ferramentas atuais ineficazes, fazendo com que o mundo retorne para a estaca zero. Créditos: O São Gonçalo

sábado, 22 de maio de 2021

Metade dos internados em UTI por covid-19 tem menos de 60 anos

As notificações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentaram, informa o Boletim Observatório Covid-19, divulgado na sexta-feira (21) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os casos de SRAG são responsáveis por incidências graves de doenças respiratórias, que demandam hospitalização ou levam a óbito. São atualmente, em grande parte, devido a infecções por Sars-CoV-2. 

Conforme o boletim, outro dado preocupante é que, pela primeira vez no Brasil, a mediana da idade de internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) de todo o país ficou abaixo de 60 anos. 

O ano de 2021 vem, a cada semana, apresentando rejuvenescimento da pandemia, alertam os pesquisadores. “Diferentemente das últimas semanas, mais da metade dos casos de internação hospitalar e internação em UTI ocorreram entre pessoas não idosas. Em relação aos óbitos, embora a mediana ainda seja superior a 60 anos, ao longo deste ano, houve queda num patamar de 10 anos. Os valores de mediana de idade dos óbitos foram, respectivamente, 73 e 63 anos”, diz o boletim.

A análise comparou a Semana Epidemiológica 1 (3 a 9 de janeiro) e a 18 (2 a 8 de maio) de 2021 e verificou que a mediana da idade das internações hospitalares (idade que delimita a concentração de 50% dos casos) foi de 66 anos na SE 1 para 55 anos na SE 18. Já a mediana de idade de internações em UTI foi de 68 anos na SE 1 para 58 anos na SE 18. 

A comparação da incidência das semanas epidemiológicas 8 e 9 e 18 e 19 mostra que poucos estados estão em patamar significativamente menor, como: Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Amapá, sendo que Mato Grosso, Paraná e as capitais dos estados da região Sul apresentam sinais de aumento.   

Segundo os pesquisadores da Fiocruz, os demais estados estão em níveis próximos ao observado em meados de março, ou mesmo acima, como é o caso de Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pernambuco, do Rio de Janeiro e Espírito Santo. “O aumento ou estabilidade em níveis muito altos e com taxas altas de ocupação são cenários altamente indesejados”, destacaram. Créditos: Agencia Brasil

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Sputnik fabricada no Brasil será exportada para países vizinhos

O primeiro lote de 100 mil doses da vacina contra o coronavírus Sputnik V, que foi vetada pela Anvisa, foi embalado para o envio na planta da farmacêutica brasileira União Química em Guarulhos (SP). Instituto Gamaleya de Moscou informou que as doses serão exportadas para países vizinhos da América do Sul.

A empresa farmacêutica brasileira União Química completou o primeiro lote da vacina contra o coronavírus Sputnik V, com ingredientes ativos e tecnologia fornecidos pela Rússia. De acordo com executivos do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), o primeiro lote de 100 mil doses da fábrica foi embalado em caixas rotuladas em espanhol, apesar de não ter sido decidido quais países as receberão. Segundo o Instituto Gamaleya de Moscou, que desenvolveu a vacina, o imunizante foi embalado para envio na planta da União Química em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

A companhia informou nesta quinta-feira (20) que as doses serão exportadas para países vizinhos da América do Sul, pois o Brasil não aprovou o imunizante russo para uso doméstico. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomendou a aplicação da Sputnik V sob o argumento de que a vacina contém vírus replicante (adenovírus capaz de reprodução, ou RCA), mas não chegou a fazer os testes necessários para barrar a importação do imunizante. Em consequência o órgão foi ameaçado de processo pelo fundo soberano da Rússia por difamação.

Executivo-chefe da União Química, Fernando Marques disse que Paraguai, Uruguai e Argentina estão interessados em comprar a vacina. A União Química poderá produzir oito milhões de doses por mês quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar seu uso no Brasil, disse ele à Reuters. O dirigente espera que a aprovação saia em junho, e sua empresa começará a produzir o ingrediente ativo em seu laboratório biomédico de Brasília, ao invés de importá-lo da Rússia.
O fundo russo disse que assinou contratos de produção da Sputnik V com 20 instalações de fabricação da Índia, Argentina, Coreia do Sul, China, Itália, Sérvia, Egito, Turquia, Belarus e Cazaquistão.

Por ora, a vacina já é produzida na Rússia, Sérvia, Egito, Turquia e Argentina, onde o primeiro lote de teste foi produzido no dia 20 de abril pelos Laboratórios Richmond, disse o fundo russo. Com informações da Reuters. Créditos: Brasil 247 .

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Novo tratamento contra a Covid-19 reduz carga viral em 99,9%

Cientistas da Universidade de Griffith, na Austrália, e do centro de pesquisas americano City of Hope desenvolveu uma terapia antiviral experimental para tratar a Covid-19. Em testes com camundongos, o tratamento reduziu em 99,9% a carga viral nos pulmões dos animais. A pesquisa foi publicada na revista científica Molecular Therapy.

Os pesquisadores utilizaram uma tecnologia chamada de siRNA, ou RNA de pequena interferência, para atacar o genoma do vírus diretamente, impedindo sua replicação.

Em vídeo, o pesquisador Nigel McMillan, professor e diretor do Programa de Doenças Infecciosas e Imunologia da Universidade de Griffith, explica que essa é uma tecnologia que funciona com pequenos pedaços de RNA que podem se ligar especificamente ao genoma do vírus e essa ligação faz com que o genoma "não funcione mais" e as células o destruam.

Os medicamentos de RNA precisam ser entregues em algo chamado de nanopartículas. Então nós injetamos na corrente sanguínea e as nanopartículas vão para os pulmões e se fundem nas células, entregando o RNA. O RNA busca o vírus e destrói seu genoma, então o vírus não pode mais se replicar — explica o pesquisador no vídeo de divulgação.

Ele acrescenta que o processo é "incrivelmente específico" apenas para o vírus, então as células normais não sofrem nenhum efeito colateral com o tratamento.

"O tratamento com siRNA específico para vírus reduz a carga viral em 99,9%. Essas nanopartículas furtivas podem ser entregues a uma ampla gama de células pulmonares e silenciar genes virais", afirmou McMillan, em nota.

Segundo o pesquisador, o uso da terapia em camundongos infectados com SARS-Cov-2 aumentou a sobrevivência dos animais. "Notavelmente, em sobreviventes tratados, nenhum vírus foi detectado nos pulmões", destacou McMillan.

Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que formulações de nanopartículas de siRNA podem ser desenvolvidas como uma terapia para tratar pacientes humanos com a Covid-19 e também poderiam ser utilizadas contra outros tipos de coronavírus. Créditos: O Globo