sábado, 5 de junho de 2021

Vítimas da cloroquina começam a processar governo dos EUA

Parentes de vítimas da covid-19 que morreram após receber tratamentos à base cloroquina e azitromicina, os remédios ineficazes e perigosos do "tratamento precoce", que foi alardeado por Donald Trump e Jair Bolsonaro, começaram a processar o governo dos Estados Unidos. 

Em março do ano passado, Steve Cicala levou sua esposa, Susan, ao pronto-socorro do Clara Maass Medical Center em Nova Jersey para tratar um agravamento da tosse e da febre, sem saber que ela tinha COVID-19.

Como sua respiração e pressão arterial se deterioraram, ela recebeu azitromicina e hidroxicloroquina e colocou um ventilador. Onze dias depois de ser admitida no mesmo hospital onde trabalhou por anos como enfermeira, Susan teve uma parada cardíaca e morreu aos 60 anos.

Steve Cicala é agora a primeira pessoa conhecida a perseguir uma reclamação COVID-19 com um fundo do governo dos EUA de uma década que tem até US$ 30 bilhões que podem ser usados ​​para compensar ferimentos graves ou mortes causadas por tratamentos ou vacinas na luta contra a pandemia.

Ele poderia receber cerca de US$ 367 mil do fundo virtualmente inexplorado se pudesse mostrar o tratamento que causou a morte de sua esposa. Ele não está alegando negligência contra o hospital, que é amplamente protegido de responsabilidade por uma lei de saúde emergencial. Com Reportagem da Reuters .Créditos: Brasil 247

quinta-feira, 3 de junho de 2021

71% das pessoas assassinadas no Brasil são negras


A população negra está mais exposta à violência no Brasil. É o que diz o Atlas da Violência 2018, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os negros representam 54% da população brasileira, mas são 71,5% das pessoas assassinadas a cada ano no país.

Entre o período de 2006 e 2016, a taxa de homicídios de indivíduos não negros (brancos, amarelos e indígenas) diminuiu 6,8%, enquanto no mesmo período a taxa de homicídios da população negra aumentou 23,1%.

Em 2016, a taxa de homicídios da população negra foi de 40,2 mortes por 100 mil habitantes. O mesmo indicador para brancos, amarelos e indígenas foi de 16.

As maiores taxas de homicídios de negros no país estão em Sergipe (79 por 100 mil habitantes) e no Rio Grande do Norte (70,5 habitantes por 100 mil). Algo que chamou a atenção no levantamento foi a situação de Alagoas, pois o estado possui a terceira maior taxa de homicídios de negros (69,7 por 100 mil habitantes) e a menor taxa de homicídios de não negros do Brasil (4,1). Por: Isabela Alves. Foto: USJ. Créditos: Observatório do Terceiro Setor

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Conflitos agrários cresceram 57,6% nos 2 últimos anos

Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), conflitos agrários no Brasil nunca foram tão numerosos como nos dois primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro. Em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, o total de conflitos foi de 2.054, envolvendo 914.144 pessoas, das quais foram 18 assassinadas. Esse é o maior número de conflitos por terra registrado desde 1985, quando a Comissão Pastoral da Terra (CPT) começou a fazer o monitoramento. Na segunda colocação ficou o ano de 2019, com 1.903 conflitos, 898.635 pessoas envolvidas e 32 assassinatos. Em 2020 os conflitos agrários foram 25% mais numerosos que no primeiro ano do governo Bolsonaro e 57,6% comparado a 2018. 

De 2019 para cá tiveram destaque as invasões, com 121.267 famílias envolvidas; a grilagem de terra, com 41.283 ações; e os desmatamentos ilegais, que se avolumaram, com 25.654. Os dados constam do relatório Conflitos no Campo Brasil 2020, divulgado pela CPT. É a 35ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas por agricultores, indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais do campo, das águas e das florestas.

Além disso, houve aumento acentuado da média de famílias impactadas por “invasão” e “grilagem”, na ordem de 260,6% e 108,6%, respectivamente. Um dado assustador, segundo os autores, é que de todas as famílias afetadas em invasões de terras, 56% são indígenas.

Chama atenção também que mais que dobrou o número (102,85%) de famílias que tiveram seus territórios invadidos na comparação de 2019 para 2020. “O Estado, por sua vez, mantém-se como um coadjuvante de luxo nessa tragédia, a interpretar o assecla dos agentes da violência, a quem beneficia com a impunidade, além de perseguir e criminalizar aqueles que lutam pelo direito à terra, ao território e à vida digna no campo, nas águas e nas florestas”, diz trecho do relatório. Fonte/Imagem: CPT. Créditos: Rede Brasil Atual

sábado, 29 de maio de 2021

Protestos contra governo Bolsonaro reúne multidões

 Neste sábado (29), em muitas cidades brasileiras de vários estados, foram realizados protestos contra o governo Bolsonaro, multidões invadiram as ruas, "na maioria jovens", para manifestar sua insatisfação com o atual governo. Foram mais de 200 cidades que tiveram manifestações contra o governo federal.  Em muitas cidades do exterior também tiveram manifestações. 

As pessoas desafiaram os riscos "por causa da pandemia" e foram as ruas para protestar e exigir vacina para todos, alimentos e emprego além da saída do presidente. 

Em São Paulo, grande multidão ocupou a Av. Paulista, numa demonstração clara de que as pessoas não aceitam mais atitudes negacionistas e desrespeito com a saúde e a vida da população. 

O recado foi dado, a insatisfação é total e a população não aguenta mais a irresponsabilidade do presidente diante da situação atual. 

Com quase 3 anos de governo, Bolsonaro não tem nenhum projeto para o país e nenhum plano nacional de combate a pandemia que já vitimou quase meio milhão de pessoas. Além disso o presidente tentou sabotar desde o início medidas de combate a pandemia. 

Com o desemprego em alta, empresas fechando e a volta da inflação, à fome e a pobreza extrema tem atingido cada vez mais brasileiros. 

Depois do que se viu nas manifestações deste sábado, vai ser difícil segurar o povo, a exemplo de outros países em que as pessoas foram as ruas para protestar contra governos autoritários.

Brasil tem mais de 14 milhões de famílias na pobreza extrema

 A falta de alimentos e o aumento da extrema pobreza se tornaram realidade para 14,5 milhões de famílias brasileiras. O número de famílias na miséria registrado em abril de 2021 é o maior da série histórica do Ministério da Cidadania, iniciada em agosto de 2012.

Antes da pandemia, em fevereiro de 2020, já havia 13,4 milhões de famílias nesta situação.  É considerada situação de extrema pobreza quando a renda per capita é de até R$ 89,00 mensais, de acordo com o Governo Federal.

Há ainda 2,8 milhões de famílias vivendo em situação de pobreza, com renda entre R$ 90 e 178 per capita mensais. O acesso à alimentação é um direito garantido pela Constituição brasileira que não está sendo garantido.

Atualmente, 58 milhões de brasileiros correm risco de deixar de comer por não terem dinheiro. Isso significa que 27,7% da população vive uma situação de insegurança alimentar grave ou moderada, de acordo com um estudo feito pelo grupo Food For Justice.

Apesar da atual realidade, o Brasil já foi referência no combate à fome no mundo. Até 2011, o país liderou por três anos seguidos o ranking da ONG ActionAid que mede o progresso de países em desenvolvimento na luta contra a pobreza.

Um deles foi no início do século XX durante o Governo Vargas, quando foram criadas diversas leis trabalhistas, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Apesar de terem foco nos trabalhadores urbanos, tais medidas perduraram durante anos no país e garantiram diversos direitos sociais.

Outro período importante foi de 2003 a 2016, durante os governos Lula e Dilma, quando foram criados programas como o Fome Zero, Bolsa Família e a valorização do salário mínimo.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome oficialmente em 2014. Entre 2002 e 2013, caiu em 82% o número de brasileiros considerados em situação de subalimentação.

O Indicador de Prevalência de Subalimentação é um estudo que fornece a estimativa do número de pessoas sem acesso estável a alimentos nutritivos e suficientes durante todo o ano. Isso significa que a FAO analisa a situação das pessoas que possuem insegurança alimentar severa, as pessoas que passam fome e que possuem insegurança alimentar moderada.

O salário mínimo no Brasil é de R$ 1.100. Enquanto isso, segundo um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o custo médio de uma cesta básica no país é de R$ 600. Ficam, assim, apenas R$ 500 para despesas como aluguel, água, luz, internet e vestuário. Com o início da pandemia de Covid-19, a situação ficou ainda mais difícil para os brasileiros. Com informações das Agencias G1 e UOL. Por: Isabela Alves. Créditos: Observatório do Terceiro Setor

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Governadores pedem autorização para uso excepcional da Sputnik V

Diante do perigo de uma nova e devastadora onda de contaminações por Covid-19, provocada pela circulação de novas variantes como a indiana, o Consórcio Nordeste voltou a reforçar pedido de autorização excepcional para importação da vacina Sputnik V. A liberação da vacina continua sob análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na terça-feira (25), os governadores encaminharam novo ofício à agência pedindo urgência na autorização.

Segundo o ofício, o momento é de agir para impedir mais mortes. “No momento em que a média diária de mortes por Covid-19 se mantém em mais de 2 mil nos últimos 60 dias, no qual internações voltam a crescer e a assustar, o surgimento de novas variantes do vírus causador da doença exacerba as responsabilidades das autoridades públicas”, diz o documento assinado pelo governador Wellington Dias, presidente do consórcio e coordenador da temática das vacinas no Fórum dos governadores.

Na nota, os governadores propõem um compartilhamento das responsabilidades entre os estados que fizerem uso da vacina Sputnik V. Para isso, seria feita a assinatura de um Termo de Compromisso com as devidas atribuições e responsabilidades dos gestores que distribuirão o imunizante. O Termo de Compromisso estabelece, por exemplo, a realização de testes para controle de segurança de todos os lotes da vacina.

O documento prevê a realização de um estudo de efetividade, a partir da aplicação dos primeiros lotes, com regras definidas pela Anvisa e executadas com o apoio das universidades dos estados que receberão o imunizante.

Também seriam monitorados possíveis efeitos adversos, sob responsabilidade das autoridades estaduais de vigilância sanitária, de comum acordo com a Anvisa. Créditos: Agência PT

quarta-feira, 26 de maio de 2021

OMS alerta para nova pandemia 'mais mortal' do que a Covid-19


O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou durante reunião anual da agência das Nações Unidas, que um vírus mais transmissível e fatal do que a Covid-19 vai chegar e trazer uma nova pandemia mundial. Na ocasião, foram reunidos ministros da Saúde de 194 Estados-membros, na segunda-feira (24), onde Tedros garantiu “certeza evolutiva” para a previsão.

“Não se enganem, esta não vai ser a última vez que o mundo enfrenta a ameaça de uma pandemia. Há uma certeza evolutiva de que vai aparecer outro vírus com potencial de ser mais transmissível e fatal do que o SARS-CoV-2”, diz o diretor-geral da OMS.

Tedros emitiu também uma nota indicando que a quantidade de casos e óbitos em decorrência do coronavírus contabilizados tem diminuído há três semanas seguidas. Contudo, ele garante que o mundo continua em uma situação frágil, e ressaltou que as nações que acreditam estar fora de perigo estão enganadas, “não importando sua taxa de vacinação”.

Um alerta para aos governos doem doses de imunizantes contra a Covid-19 à COVAX (iniciativa apoiada pela OMS e GAVI Alliance), também foi pautado durante a reunião. De acordo com dados da OMS, cerca de 75% de todas as doses de vacinas foram administradas em apenas 10 países, e para Tedro, esta desigualdade está perpetuando a pandemia.

Mesmo com as novas variantes do vírus que surgiram pelo mundo, como a cepa, a eficácia para o diretor-geral da OMS continua. Ele chega a revelar que as variantes estão mudando constantemente, e que as futuras cepas podem tornar as ferramentas atuais ineficazes, fazendo com que o mundo retorne para a estaca zero. Créditos: O São Gonçalo