quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Avanço da variante delta é atrasos na segunda dose elevam risco de nova onda de covid

 

 Mais de sete milhões pessoas não compareceram para tomar a segunda dose da vacina contra Covid-19.

Disseminação do contágio novo novo coronavírus, com a circulação da variante delta, preocupa os pesquisadores em saúde. A delta circula pelo país, mas ainda não é a cepa dominante. Hoje, no Brasil, a mutação da covid-19 mais detectada entre os infectados é a gamma, ou P1. Com o avanço da delta, o esperado é um novo crescimento de casos e mortos, especialmente entre os não vacinados. Como a porcentagem de imunizados no país ainda é baixa, os riscos são elevados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) argumenta para a necessidade de superar os 80% de vacinados.

A variante delta é até 70% mais contagiosa e derruba a eficácia das primeiras doses das vacinas. Diante disto, o número de pessoas que não retornaram para a segunda dose reduz a perspectiva positiva dos epidemiologistas. Além disso, o Ministério da Saúde divulgou hoje (10) que 7 milhões de brasileiros estão com a dose de reforço em atraso. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a tendência de queda nos indicadores já apresenta sinais de estabilidade. Ou seja, a pandemia já não está caindo com a mesma velocidade.

O Brasil registrou 1.211 mortes por covid-19 ontem (10). Com o acréscimo das últimas 24 horas, o país chega a 564.773 vítimas do vírus. O segundo país com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, ainda notificou 34.885 novas infecções. Desde o início da pandemia, em março de 2020, pelo menos 20.212.642 residentes do Brasil foram infectados. Os dados são das secretarias estaduais de Saúde, consolidados pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Após 15 dias de queda na média móvel de mortes diárias no Brasil, calculada em sete dias, os últimos cinco dias apresentaram leve elevação e está em 906. No dia 5 deste mês, o indicador estava em 887. Hoje é o décimo dia que esta porcentagem está abaixo de mil, algo visto apenas no fim de 2020.

Os números da covid-19 no Brasil seguem entre os mais elevados do mundo. Entretanto, o avanço da vacinação segue produzindo resultados positivos. Até o momento, 22,68% dos brasileiros estão imunizados com duas doses ou com vacinas de dose única, e 55,49% receberam a primeira etapa da imunização. Com isso, no mês de julho, 31% dos municípios brasileiros não registraram mortes pela doença, melhor percentual em cinco meses. Destas cidades, 71% possuem menos de 10 mil habitantes, mas o resultado é, evidentemente, positivo. Créditos: Rede Brasil Atual


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

99% das vítimas por covid-19 nos EUA recusaram as vacinas


Variante delta eleva mortes e internações nos EUA. O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmou na segunda-feira (9) que mais de 99% das mortes por covid-19 na última semana foram de pessoas que recusaram-se a se vacinar. Entre os internados, o percentual de não imunizados é de 97%.

Os estados do Sul, historicamente mais conservadores e alinhados com a direita e a extrema direita, apresentam aumento considerado explosivo de casos e internações.

Os estados do Sul, historicamente mais conservadores e alinhados com a direita e a extrema direita, apresentam aumento considerado explosivo de casos e internações.

Ao lado da agressividade da nova variante, o negacionismo de grande parte da população contribui para a nova aceleração da pandemia em território americano. No país, onde movimentos que rejeitam a ciência divulgam mentiras sobre as vacinas, apenas 46,13% da população está imunizada. Isso em uma nação que tem abundância de imunizantes, suficientes para 100% dos habitantes. Créditos: Rede Brasil Atual

sábado, 7 de agosto de 2021

Apologia ao nazismo cresceu 59% em 2020

Os casos de apologia ao nazismo, impulsionados pela extrema direita e pelo bolsonarismo, são crescentes no Brasil. No ano passado, o número de inquéritos abertos pela Polícia Federal cresceu 59% em comparação aos dois anos anteriores. De acordo com o jornal O Globo, foram abertas mais de 20 investigações do gênero em 2020, 69 em 2019, e 110 em 2020, uma média de um inquérito aberto a cada três dias.

De acordo com especialistas, o contexto do governo Jair Bolsonaro, que já registrou episódios de referências ao nazismo e ao supremacismo branco feitos por integrantes do próprio governo, estimula este tipo de comportamento e ajuda a explicar o aumento do número de inquéritos. 

“Uma narrativa de extrema-direita auxilia a naturalizar aspectos e discursos próprios de nichos de grupos supremacistas brancos e mesmo daqueles que possuem alguma forma de filiação neonazista. Algumas simbologias que são repetidas cotidianamente por membros do governo Bolsonaro acabam sendo um elemento de combustão, de certa legitimidade no campo político”, disse o historiador Odilon Caldeira Neto, da Universidade Federal de Juiz de Fora. Créditos: Brasil 247

domingo, 1 de agosto de 2021

14 mil famílias foram despejadas durante a pandemia


Mesmo com a crise sanitária devido a pandemia de coronavírus, os despejos continuam, á maioria acaba morando na rua.  

Desde o início da pandemia, em março de 2020, até junho deste ano, 14.301 famílias foram despejadas no Brasil. 

São Paulo foi o estado com o maior número de remoções (3.907), seguido do Amazonas (3.028), Pernambuco (1.325) e Rio de Janeiro (1.042). Os dados são de um levantamento produzido pela Campanha Despejo Zero. 

O levantamento também mostra que 84.092 famílias estão ameaçadas de remoção durante a pandemia. Foram registrados, ainda, 54 casos de suspensão. Isso significa que a pressão popular e os movimentos sociais impediram o despejo de 7.385 famílias durante este período. 

O direito à moradia foi incluído como direito constitucional apenas no ano de 2000, através da emenda de n. 26. Com a mudança, a moradia foi reconhecida como um direito humano fundamental e de caráter imediato. Mesmo assim, milhares de brasileiros seguem sem acesso a uma moradia digna. 

Desde o início da pandemia de Covid-19, uma das principais recomendações é permanecer em casa o máximo possível. Mas muita gente no Brasil não tem essa opção.

De acordo com a publicação, todas as regiões do país precisam de um plano habitacional para garantir moradia a todas as famílias, principalmente os locais onde existem mais de 20 mil habitantes. 

Com a pandemia, muitas pessoas perderam os seus empregos, o que impulsionou a crise habitacional do país, já que muitos não tiveram condições de pagar o aluguel ou recursos para financiar a casa própria. Créditos: Observatório do Terceiro Setor

sábado, 31 de julho de 2021

OMS alerta que a cepa viral, de alta transmissibilidade, deve se tornar dominante em todo o mundo.

 Cientistas afirmam que o cenário inspira cautela e medidas não farmacológicas seguem necessárias, como distanciamento social e uso de máscaras. O avanço da mutação delta do coronavírus deve pressionar o número de casos nas próximas semanas. A OMS alerta que a cepa viral, de alta transmissibilidade, deve se tornar dominante em todo o mundo. No Brasil, a cepa gamma, ou P1, segue sendo a de maior circulação.

Já o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aponta que a variante delta da covid-19 é mais contagiosa que outras cepas e tem mais probabilidade de causar variações graves da doença. As informações foram divulgadas em uma apresentação interna da agência.

A pesquisa diz ainda que a variante delta da covid-19 é mais transmissível do que os vírus que causam MERS, SARS, Ebola, resfriado comum, gripe sazonal e varíola. Além disso, é tão contagiosa quanto a catapora.

A variante delta derruba a eficácia das vacinas, em especial das primeiras doses. Além disso, estudos apontam que ela é até 70% mais transmissível. Créditos: Rede Brasil Atual

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Varejo acumula perdas de R$ 873,4 bilhões


Desde o início da pandemia de Covid-19 no país, o comércio varejista acumula perdas que somam cerca de R$ 873,4 bilhões, é o que mostra um estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com o economista Fábio Bentes, apesar de segmentos como supermercados, bebidas e gêneros alimentícios terem registrado crescimento nas vendas, outras áreas como equipamentos e materiais para escritório e de informática, tecidos, vestuário e calçados tiveram quedas expressivas. Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a estimativa da CNC é que o varejo cresça 4,5% ao longo deste ano. 

Pedro Renault, economista do Itaú Unibanco, destaca que o e-commerce “ganhou uma participação que não vai devolver mesmo após a pandemia” e que este crescimento também impulsionou outros segmentos, como o de logística. Já o economista- chefe da Deloitte observa que alguns setores, como o de eventos e turismo, devem apresentar uma recuperação mais lenta, em função do alto nível de endividamento de diversas empresas.

Um relatório do Banco de Compensações Internacionais (BIS) estima que as empresas de  de mercados emergentes poderão levar até dois anos para se recuperarem dos efeitos da crise e que as empresas mais endividadas terão que destinar até 45% do lucro líquido para quitar os débitos. Créditos: Brasil 247

quinta-feira, 22 de julho de 2021

A grande ameaça da América do Sul

 


As secas na América do Sul devem ser mais frequentes e intensas até o fim do século. É o que diz estudo que reuniu diferentes entidades de todo o mundo aponta para o agravamento de crises climáticas no continente. O documento foi publicado na revista científica Earth Systems and Environment e contou, no Brasil, com apoio e desenvolvimento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

“Se as emissões de gases de efeito estufa (GEE) continuarem no patamar atual, a temperatura média na América do Sul pode subir até 4 ºC até o fim do século; em um cenário mais pessimista. Tornando os eventos climáticos extremos – como secas, inundações e incêndios florestais – mais frequentes e intensos na região”, afirma a entidade, em nota assinada por Elton Alisson, da Agência Fapesp.

O estudo reafirma tendência já notada em relatório especial das Nações Unidas. A representante especial da ONU para redução de risco de desastres, Mami Mizutori, destacou que a seca pode ser a próxima “pandemia”. Em seu levantamento, regiões da América do Sul aparecem como especialmente frágeis. “A seca está prestes a se tornar a próxima pandemia, e não existe vacina para curá-la”, disse.

Grande parte da região amazônica é apontada pelo estudo como propícia à redução no regime de chuvas. “As projeções feitas com os novos modelos climáticos apontaram que, dependendo do cenário, o sul da Amazônia, por exemplo, experimentará condição maior de seca”, afirma o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coautor do artigo, Lincoln Muniz Alves.

“As projeções indicam que a contribuição relativa dos totais mensais acumulados para a média anual de chuvas na região está diminuindo significativamente em alguns meses. Se antes chovia dez milímetros em um determinado mês, esse número caiu pela metade”, afirma o pesquisador. Essas alterações implicam em dificuldades para diferentes áreas da sociedade. “Isso tem impactos nos setores agrícola e de geração de energia, por exemplo, que fazem seus planejamentos com base nos volumes de chuvas”, completa.

Mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global dão sinais preocupantes em outras regiões do planeta. No início do mês, por exemplo, regiões do Canadá apresentaram temperaturas recordes próximas à 50 graus. Também neste mês, no dia 1, a ONU confirmou a temperatura mais alta registrada na Antártica, 18,3 graus. “A verificação dessa temperatura máxima é importante porque nos ajuda a construir um quadro do tempo e do clima em uma das fronteiras finais da Terra”, disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas.

De acordo com o pesquisador, nos últimos 50 anos, a temperatura média da região subiu cerca de três graus. “Esse novo recorde de temperatura é consistente com a mudança climática que temos observado”, completa. O registro em questão foi verificado na Península Antártica, na estação de pesquisa Esperanza, da Argentina. Foto: SECOM-PB. Créditos: Rede Brasil Atual