quinta-feira, 14 de abril de 2022

Covid-19: não é hora de baixar a guarda, alerta OMS

O comitê de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu manter a classificação da covid-19 como pandemia. Por unanimidade, a entidade declarou que a doença continua a ser uma “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional”. “Não é o momento de baixar a guarda” disse o presidente do comitê, Didier Houssin, em entrevista coletiva na quarta-feira (13) em Genebra, na Suíça.

De acordo com boletim da OMS, o número de casos de covid segue caindo pela terceira semana consecutiva. Entre 4 a 10 de abril, a queda foi de 24%, na comparação com a semana anterior. As mortes tiveram queda de 18% no mesmo período.

Houssin disse, no entanto, que a circulação da doença ainda está “muito ativa”, e a mortalidade segue “elevada”. Além disso, ele destacou que o vírus evolui “de maneira imprevisível“. “Não é o momento de relaxar a respeito deste vírus, nem de descuidar da vigilância, dos testes e dos relatórios. Nem de relaxamento nas medidas sociais e de saúde pública, nem de renúncia na vacinação”, ressaltou.

Nesse contexto, a OMS manteve a meta de vacinar 70% das populações de todos os países do mundo até julho deste ano. Na semana passada, a organização alertou que um terço da população mundial ainda não se vacinou. Destes, 83% são africanos.

Por outro lado, a entidade se manifestou contra a obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinação em viagens internacionais. A comunicação, no entanto, deve ser prioridade dos países, como forma de alertar a população sobre os riscos da doença, bem como combater a desinformação e notícias falsas. Créditos: Rede Brasil Atual

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Inflação no Brasil é a maior em 28 anos

Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 11,30%. A inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acelerou para 1,62% em março deste ano, anunciou nesta sexta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice em fevereiro foi de 1,01%. 

Esse é o maior resultado para o mês de março desde 1994, antes da implantação do Real. A inflação acumulada do ano é de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores, informa o IBGE. 

Os dados são superiores às estimativas do mercado, que esperava alta de 1,30% no período e de 10,98% no acumulado em 12 meses. Créditos: Brasil 247

segunda-feira, 21 de março de 2022

Democracia brasileira recuou 10 anos

Um levantamento elaborado pelo  V-Dem Institute, da Suécia, um dos principais centros de pesquisa em todo o mundo sobre o estado da democracia, destaca que o Brasil vive um processo de "autocratização" e é “um dos cinco países onde a democracia sofre os maiores abalos no mundo na última década”. Segundo o estudo, a crise na democracia brasileira só não foi maior graças à atuação da Justiça, freando o presidente Jair Bolsonaro”, diz o jornalista Jamil Chade no UOL. 

De acordo com o instituto, “o Brasil não é uma democracia liberal, já que vive desafios para garantir que todos os critérios de um estado de direito consolidado sejam atendidos” e aparece “apenas como uma ‘democracia eleitoral’”. “Na modesta 59ª posição, o Brasil perde para países como Gana, Bulgária, Senegal, Armênia, Romênia, Cabo Verde, África do Sul ou São Tomé e Príncipe”, destaca Chade no texto. 

O índice da democracia é liderado pela por Suécia, Dinamarca, Noruega, Costa Rica, Nova Zelândia, Estônia, Suíça, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Bélgica e Portugal. Ainda segundo ele, o levantamento aponta que “o Brasil está entre os países que mais sofreram um processo de erosão da democracia na última década, ao lado de Hungria, Índia, Polônia, Sérvia e Turquia. Na América Latina, o Brasil faz parte de um grupo que conta com El Salvador, Nicarágua e Venezuela”.

“A deterioração da democracia no país só não foi maior por conta da resistência do Supremo Tribunal Federal, diante da pressão de Bolsonaro para deslegitimar o sistema eleitoral”, ressalta a reportagem. “Outra característica do Brasil é a ‘polarização tóxica’ no sistema partidário e no debate político” que “ começou a aumentar em 2013 e atingiu níveis tóxicos com a vitória eleitoral do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro em 2018”, diz o estudo. Créditos: Brasil 247

quarta-feira, 16 de março de 2022

China confina quase 30 milhões de pessoas por surto recorde de covid-19

(AFP) Quase 30 milhões de pessoas foram confinadas na China na terça-feira (15), depois que o país registrou o maior surto de covid-19 em dois anos: as autoridades determinaram testes em uma escala que não era observada desde o início da pandemia.

O país registrou 5.280 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número desde a primeira onda da pandemia no início de 2020, de acordo com dados da Comissão Nacional da Saúde (CNS).

Ao menos 13 cidades enfrentam um confinamento total e várias adotaram fechamentos parciais.

Com as restrições draconianas, o país conseguiu conter as infecções após a primeira onda da doença no fim de 2019 na cidade de de Wuhan, mas enfrentou recentemente vários focos vinculados à variante ômicron.

Na terça-feira foi o sexto dia consecutivo em que o balanço de casos diários supera mil contágios.

Os números são pequenos em comparação com outros países, mas dentro da estratégia chinesa de "covid zero" até o menor foco é enfrentado com medidas severas.

A província de Jilin (nordeste do país) foi a mais afetada, com mais 3.000 casos nesta terça-feira, de acordo com a CNS. A capital provincial Changchum, com nove milhões de habitantes, assim como outras cidades, estão em confinamento total.

O governador de Jilin prometeu fazer o possível para "alcançara a covid zero comunitária em uma semana", informou a imprensa estatal.

A metrópole tecnológica de Shenzhen (sul), com 17 milhões de habitantes e próxima de Hong Kong, também está confinada.

As medidas provocaram o fechamento de várias fábricas na cidade, entre elas a gigante taiwanesa Foxconn, principal fornecedora da Apple.

A Bolsa de Hong Kong registrou queda de 6,20% nesta terça-feira, enquanto Xangai fechou em baixa de 4,95%.

Dezenas de voos domésticos a partir dos aeroportos de Pequim e Xangai foram cancelados.

"O recente surto de covid e as novas restrições, em particular o confinamento em Shenzhen, pesarão sobre o consumo e causarão interrupções no abastecimento a curto prazo", afirmou Tommy Wu, da Oxford Economics, em um comunicado.

Ele acrescentou que, com isso, será um "desafio" para a China atingir a meta oficial de crescimento econômico de 5,5% para este ano. Foto: AFP. Créditos: Swissinfo

sábado, 12 de março de 2022

Inflação no país é a maior desde 2015

A inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 1,01% em fevereiro de 2022 na comparação com janeiro, sendo essa a maior variação para um mês de fevereiro desde 2015 (1,22%), conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na sexta-feira (11). O índice ficou 0,47 ponto percentual acima do registrado em janeiro (0,54%) e, no ano, acumula alta de 1,56%.  Na comparação anual, a alta foi de 10,54%.

A estimativa de analistas consultados pela Refinitiv era de que o IPCA tivesse subido 0,95% em fevereiro sobre janeiro e 10,50% contra um ano antes.

Em fevereiro, os principais impactos vieram da Educação (5,61%) e da Alimentação e Bebidas (1,28%).

“Em fevereiro, são incorporados no IPCA os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Portanto esse foi o item que teve o maior impacto no mês, com peso de 0,31 ponto percentual. O outro grupo que pesou bastante no mês foi o de Alimentação e bebidas, que acelerou para 1,28% e contribuiu com 0,27 ponto percentual. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 57% do IPCA de fevereiro”, ressalta o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. Créditos: InfoMoney


sábado, 5 de março de 2022

Rússia declara regime de cessar-fogo na Ucrânia

Rússia declarou o regime de cessar-fogo para que os civis possam sair de Mariupol e de Volnovakha, informou o Ministério da Defesa da Rússia.
Neste sábado, 5 de março, às 10h00 hora de Moscou (4h00 no horário de Brasília), o lado russo declara o regime de cessar-fogo e abre corredores humanitários para saída de civis de Mariupol e Volnovakha", informou a entidade de Defesa russa.

Acrescenta-se ainda que os corredores humanitários e as rotas de saída de civis foram acordados com o lado ucraniano.
As autoridades de Mariupol querem usar o regime de cessar-fogo para restaurar a infraestrutura crítica da cidade, bem como fornecer medicamentos e suprimentos e de primeira necessidade.

"Situação quanto ao estabelecimento de um corredor humanitário às 8h30 (hora local) (3h30 horário de Brasília). Exatamente neste momento está sendo determinada a hora de abertura de um corredor 'verde' humanitário e o início de regime cessar-fogo em Mariupol. 

Isto permitirá a restauração da infraestrutura crítica da cidade, luz, água, rede de comunicação. Será também possível fornecer a Mariupol medicamentos e produtos de primeira necessidade. 

Ontem, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que na maior parte do território da Ucrânia está se desenvolvendo uma situação humanitária desastrosa com tendências para agravamento. A situação mais complicada ocorre nas cidades de Kiev, Kharkov, Sumy, Chernigov e Mariupol. Foto: Ivan Rodionov  Créditos: Sputnik Brasil

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Guerra piora cenário econômico no Brasil

BBC-Com possibilidade de guerra entre Rússia e Ucrânia, as notícias não são boas para a economia no Brasil. 

O barril de petróleo foi negociado acima dos US$ 100 pela primeira vez desde 2014 ontem (24/2), após o início da invasão russa à Ucrânia, com bombardeios registrados em diversas cidades do país.

Ao mesmo tempo, os valores dos contratos de trigo e milho negociados na bolsa de Chicago chegaram a subir mais de 5% antes da abertura do mercado e atingiram o limite de alta após o início das negociações, que por conta disso foram temporariamente interrompidas.

Com a alta do milho e preocupações também com relação ao mercado de óleo de girassol - do qual a Ucrânia é o maior produtor do mundo - a soja também estava em alta no pregão desta quinta.

Até o dólar, que havia fechado a quarta-feira cotado a R$ 5, no menor valor desde junho de 2021, inverteu a tendência, e já é negociado acima dos R$ 5,10.

O combo formado por petróleo, grãos e dólar em alta, resultado da escalada da crise ucraniana, torna ainda mais complicado o cenário para a inflação no Brasil em 2022.

Segundo analistas, o movimento pode resultar em alta dos combustíveis, dos custos industriais e de alimentos básicos como pão e carnes, já que os grãos como milho e soja são utilizados na ração animal.

A magnitude dos reajustes, no entanto, vai depender da duração e da gravidade da crise no leste da Europa, já que os agentes do mercado devem se manter em espera durante esse primeiro momento de forte volatilidade, para aguardar os desdobramentos da guerra.

O choque internacional acontece num momento em que as coisas já não iam bem para a inflação brasileira.

Na quarta-feira, o IPCA-15, prévia da inflação de fevereiro, surpreendeu com uma alta de 0,99%, acima das expectativas dos analistas (0,87%) e maior resultado para o mês desde 2016, com alta de preços maiores do que o esperado em serviços e bens duráveis, como automóveis, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis.

Com as novas incertezas, as expectativas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medida oficial de inflação do país, devem continuar em alta.

Na segunda-feira, os analistas previam avanço de 5,56% para o IPCA em 2022, após seis semanas de revisões para cima da mediana das projeções no boletim Focus do Banco Central, que semanalmente consulta os economistas quanto às suas estimativas para a economia.

Com os cenários internacional e inflacionário mais turvos, o Banco Central tem um desafio a mais para definir os rumos da política monetária brasileira. Por Thais Carrança. Créditos: BBC Brasil