O câncer de mama foi responsável pela morte de uma mulher a cada dois dias nas sete cidades da região em 2011. De acordo com o dado mais recente do Datasus (Banco de dados do Sistema Único de Saúde), do Ministério da Saúde, 239 pessoas perderam a vida em decorrência da doença naquele ano. Apontada como a segunda maior causa de morte entre as mulheres no Brasil – a primeira é o câncer de colo de útero .
Apesar das campanhas de conscientização, como é o caso do Outubro Rosa, que simboliza alerta para que as mulheres façam o autoexame e mamografia periodicamente após os 50 anos, são esperados 52.680 casos neste ano, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Para especialistas, o alto número de óbitos é consequência do diagnóstico tardio, resultado, muitas vezes, da falta de informação e de acesso aos exames.
Segundo o diretor da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) e responsável por esse setor na FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Hospital Estadual Mário Covas, Ivo Carelli, ainda é alta a quantidade de mulheres que não fazem exames preventivos no País. O ideal, segundo ele, é que as visitas ao ginecologista aconteçam a cada seis meses e a mamografia seja realizada uma vez ao ano a partir dos 40 anos, e não aos 50, conforme recomenda o Ministério da Saúde.
O mastologista do Hospital da Mulher Guerino Barbalaco Neto destaca que a moléstia geralmente acomete pacientes com idade entre 45 e 60 anos. No entanto, já é possível observar aumento de casos entre as mais jovens. “Em 2012, quase 20 mulheres com menos de 35 anos operaram em razão do câncer de mama no Hospital da Mulher”, diz.
Carelli associa esse tipo de neoplasia ao cotidiano da mulher moderna. “Antes elas casavam cedo, tinham mais filhos e amamentavam por mais tempo.” Entre os fatores de risco, destaque para a hereditariedade (responsável por 5% a 10% dos casos), menopausa e menarca tardia, reposição hormonal, obesidade, tabagismo e alcoolismo, além do uso do contraceptivo.
Por outro lado, tratamentos mais avançados e com alcance maior sobre a população colaboram para que as taxas de sobrevida venham aumentando nos últimos anos no Brasil. Exemplo obtido na região é o índice do Hospital da Mulher, onde a porcentagem de casos de cura está na casa de 80% a 85%, enquanto a média nacional é de 70%.
Foto:www.huap.uff.br
Créditos: Diário do Grande ABC
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