Numa votação conduzida a toque de caixa pelo presidente da câmara, Rodrigo Maia (DEM), fiel escudeiro de Temer para avançar nos ataques contra a classe trabalhadora, os deputados acabam de aprovar PL4302 que permite terceirização de todas as atividades de trabalho, um verdadeiro atentado contra os trabalhadores e seus direitos.
A terceirização é responsável por milhares de acidentes de trabalho, jornadas extenuantes, salários baixíssimos com contratos temporários sem garantias de direito. A terceirização divide os trabalhadores, diferenciando salários de trabalhadores que realizam o mesmo trabalho que os efetivos. A aprovação desse projeto serve para que a crise gerada pelos capitalistas seja descarregada nas costas dos trabalhadores com a retirada de direitos elementares.
O projeto aprovado permite a terceirização de todas as relações de trabalho, o que significa um ataque aos direitos trabalhistas arrancados pela luta dos trabalhadores nos últimos anos. Verdadeiro atentado dos contra a CLT, a aprovação da PL da terceirização evidencia como os golpistas estão a serviço dos grandes empresários, eles já planejavam rasgar a CLT com a reforma trabalhista, mas não puderam esperar, desenterrando esse projeto neoliberal de 1998. Além disso, é um ataque à organização sindical - outra reforma exigida pelo patronato sedento de lucros - pois dividindo os trabalhadores de uma mesma categoria em vários sindicatos, coloca novos obstáculos para a organização contra os ataques patronais.
Na boca da direita está o discurso da necessidade da "modernização" das relações de trabalho, que tenta esconder que a terceirização significa o retrocesso das relações de trabalho em décadas, a superexploração absoluta.
As Centrais Sindicais que durante todos os últimos anos foram responsáveis por pacificar a oposição ao governo petista que abriu espaço para essa direita, vem se negando a dar qualquer batalha real contra os golpistas e seus ataques contra os trabalhadores. É preciso que rompam com a passividade imediatamente, porque é urgente levantar um plano de luta chamando assembleias nas categorias e a partir da organização de base construir a greve geral que pode derrubar os ataques, o governo e ir por mais.
Créditos: Esquerda Diário
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