Sob alegação de que os gastos com planos de saúde de funcionários estão muito altos, a Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) publicou nessa quinta-feira, 25, duas resoluções que estabelecem um teto para os benefícios de plano de saúde. Os trabalhadores vêm sofrendo pesados ataques com o desmonte das estatais que há anos assola as empresas públicas.
O governo Temer intensificou esses ataques logo que assumiu: 7 estatais vendidas ou extintas e demissão em massa de 43 mil funcionários, de forma direta ou com planos de demissão “voluntária”. Os ataques seguem em 2018 com as resoluções da CGPAR e os anúncios do governo de que pretende continuar privatizando empresas como a Eletrobrás ou dezenas de aeroportos.
A crise do setor público não é por acaso, é um projeto pensado para favorecer o setor privado e justificar mais privatizações, esse projeto vem de décadas passando pelos governos de FHC, Lula, Dilma e agora com Temer. Estatais foram sucateadas, saqueadas e abandonadas sem investimento para logo serem vendidas por estarem “deficitárias”, contraditoriamente muitos empresários disputam pela compra de empresas que (supostamente) dão prejuízo. Além disso, são massivos os investimentos públicos feitos diretamente em empresas privadas.
Os exemplos dos resultados catastróficos das privatizações vão desde a caríssima conta de telefone e internet paga pelos brasileiros hoje, até danos irreparáveis como o vazamento da barragem de Mariana, da Samarco que adquiriu parte da Vale do Rio Doce, que por sua vez foi privatizada por Fernando Henrique Cardoso.
Continua urgente que se construa a luta contra esses ataques e contra as reformas de Temer, ainda mais nesse momento que o judiciário avança de forma autoritária sobre diretos políticos como quer. As centrais sindicais precisam construir efetivamente uma Greve Geral para barrar as reformas e os ataques antidemocráticos. Assim podemos impor uma Constituinte Livre e Soberana para o povo tomar as decisões e não só barrarmos as privatizações, mas também estatizar os setores chave da economia sob controle dos trabalhadores para que serviços essenciais à população deixem de ser mercadoria para governos e empresários. Por Ricardo Cechin Bergamaschi.
Créditos: Esquerda Diàrio
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