Os custos econômicos anuais com o combate e com as consequências da criminalidade no Brasil subiram de R$ 113 bilhões para R$ 285 bilhões entre 1996 e 2015, o que equivale a um incremento real médio de cerca de 4,5% ao ano. Os custos da criminalidade no Brasil correspondem a 4,38% do Produto Interno Bruto (PIB).
Os dados são do relatório ‘Custos Econômicos da Criminalidade no Brasil’, que apontou os gastos administrativos (aqueles alocados na subfunção “Custódia e Reintegração Social” para a manutenção do sistema carcerário), gastos de custeio com pessoal e gastos com auxílio-reclusão.
De acordo com o relatório, apesar do aumento dos gastos com segurança pública nos últimos 20 anos, houve crescimento nos índices de homicídios no país. No período de 1996 a 2003, houve um aumento de 35 mil para 48 mil homicídios ao ano. No momento posterior, entre 2003 e 2007, houve uma queda de 48 mil para 44 mil vítimas ao ano. Finalmente, a partir de 2008, houve um novo aumento no número de vítimas, embora em ritmo menor do que antes de 2003, chegando a 54 mil em 2015.
O estudo também apontou a necessidade da análise das políticas existentes para possíveis adaptações ou até mesmo a descontinuidade quando não observada a eficácia. Uma solução apontada é a recondução de recursos destinados às políticas sem impacto e retorno social para ações mais promissoras.
Em 2015, os componentes dos custos econômicos com a criminalidade em ordem de relevância eram: segurança pública (1,35% do PIB); segurança privada (0,94% do PIB); seguros e perdas materiais (0,8% do PIB); custos judiciais (0,58% do PIB); perda de capacidade produtiva (0,40% do PIB); encarceramento (0,26% do PIB); e custos dos serviços médicos e terapêuticos (0,05% do PIB).
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
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