O relatório ‘Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira 2018’, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra dados assustadores do país.
As crianças brasileiras parecem ter sido esquecidas pelo Poder Público. O relatório mostra que 18,2 milhões de crianças de 0 a 14 anos vivem em situação de pobreza no país. Isso representa 43,4% de todas as crianças nessa faixa etária, ou 1 em cada 2,3 crianças.
As crianças de 0 a 14 anos compõem, proporcionalmente, a faixa etária mais atingida pela pobreza no país. Em seguida, vem a faixa etária de 15 a 29 anos (30,1% na pobreza).
Considerando pessoas de todas as faixas etárias, 54,8 milhões de brasileiros viviam em situação de pobreza em 2017, isto é, com menos de R$ 406 por mês para sobreviver.
O IBGE aponta que a proporção da população em situação de pobreza subiu de 25,7% para 26,5% de 2016 para 2017. A região Nordeste concentrou o maior percentual de pessoas em situação de pobreza em 2017: 44,8%, o que equivale a 25,5 milhões de pessoas. Entre os estados, a maior proporção de pessoas em situação de pobreza foi observada no Maranhão: 54,1%, mais da metade da população. Além do Maranhão, a proporção também foi alta em Alagoas: 48,9%.
Segundo o estudo, seria necessário investir R$ 10,2 bilhões por mês na economia para que a pobreza fosse erradicada no país. Além da opção de investimento na economia, o estudo também diz que outra alternativa seria garantir R$ 187 por mês a mais, em média, na renda de cada pessoa que está em situação de pobreza.
Segundo a pesquisa Desigualdade Mundial 2018, 1% da população detém quase 30% da renda do país. Outro dado, este do relatório ‘A distância que nos une – Um retrato das desigualdades brasileiras’,aponta que os 5% mais ricos da população recebem por mês o mesmo que os demais 95% juntos. Foto: Arquivo Observatório.
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
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