quarta-feira, 7 de agosto de 2019

3 bi para aprovar reforma da Previdência

Na terça-feira (06), cumprindo o acordo feito com os deputados para aprovar a reforma que nos fará trabalhar até morrer, Bolsonaro enviou ao congresso um projeto de lei que libera R$ 3 bilhões em “verbas extras” para que os deputados mantenham seus votos em segundo turno, evidenciando ainda mais a falência da tentativa do governo de impor seus métodos de coerção contra o congresso, como vem demonstrando desde o início do ano.

Contrariando todas as alegações de que "falta dinheiro" para investir nos serviços básicos como saúde e educação, Bolsonaro gasta bilhões dos cofres públicos para pagar a aprovação da reforma e mente aos trabalhadores dizendo que ela trará melhorias na economia do país.
Recentes análises de economistas burgueses escancaram a mentira que propagandeia pelas redes sociais e pela televisão, mostrando como os ataques do governo não devem parar por aí. Em entrevista à BBC, Jens Arnold, economista da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é responsável pelas análises sobre o Brasil, afirmou categoricamente ao jornal que somente a reforma não será o suficiente, que será necessário mais ataques.
A votação em segundo turno que se iniciou agora mostra como para além de precarizar nossas condições de vida, com uma taxa de desemprego que supera os 13% e entre a juventude chega aos 26,6%, que se submete aos trabalhos por aplicativo (Rappi, Ifood, Uber Eats) para tentar sobreviver, querem que trabalhemos até morrer, ou que a gente morra trabalhando para garantir mão de obra mais barata nesse avanço da empreitada imperialista na América Latina.
Se queremos batalhar contra o projeto de super exploração dos trabalhadores e da juventude que amargura no desemprego e na miséria, precisamos colocar toda a disposição de luta dos trabalhadores e da juventude em prol de uma perspectiva anticapitalista, atacando a raíz do problema e fazendo com que sejam os capitalistas que paguem pela crise que eles mesmo criaram, afinal, são eles ou nós!
Para isso, é necessário fazer balanços consequentes das traições das burocracias sindicais e estudantis nos dias 15 e 30 de Maio e o dia 14 de Junho, e a partir disso construir um polo anti-burocrático nos organismos dos trabalhadores e estudantes, que impulsione a auto-organização, para que possamos, a partir de um plano de lutas, unificar a luta contra os ataques e colocar nas ruas a força dos trabalhadores e dos estudantes, contra a escalada autoritária de Bolsonaro, do Congresso e do Judiciário que querem descarregar a crise em nossas costas. (Editado)
Créditos: Esquerda Diário

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