terça-feira, 30 de março de 2021
Queda de ministros indica 'limite da governabilidade'
segunda-feira, 29 de março de 2021
Estudo conclui que covid-19 saltou de morcegos para humanos através de outro animal
Um estudo conjunto da OMS e China diz que transmissão da COVID-19 de morcegos para humanos através de outro animal é o cenário mais provável e que a hipótese de vazamento de laboratório é "extremamente improvável".
A possibilidade de um vazamento do vírus de um laboratório é "extremamente improvável", de acordo com um estudo conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da China sobre as origens do novo coronavírus, informa a Associated Press.
No estudo, os pesquisadores analisaram quatro cenários por ordem de probabilidade. Os cientistas consideram muito provável que o vírus tenha sido transmitido por um segundo animal, enquanto a disseminação direta de morcegos para humanos é considerada apenas provável.
O documento não é conclusivo sobre se o surto começou no mercado de frutos do mar de Wuhan, onde se registraram os primeiros casos em dezembro de 2019. O relatório diz que "a distância evolutiva entre esses vírus de morcegos e o SARS-CoV-2 é estimada como extremamente afastada, o que sugere um elo perdido". Entretanto, a disseminação através de produtos alimentícios animais congelados também foi considerada improvável.
O surto do novo coronavírus foi declarado como pandemia em 11 de março de 2020. O relatório baseia-se em grande parte na visita de uma equipe de especialistas internacionais da OMS a Wuhan, a cidade chinesa onde a COVID-19 foi detectada pela primeira vez, de meados de janeiro a meados de fevereiro de 2021. Foto: Vladimir Fedorenco. Créditos: Sputnik
8 a cada 10 pacientes intubados com COVID morreram nas UTIs
A partir de dados do Ministério da Saúde, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelaram que, apenas entre novembro de 2020 e março deste ano, oito a cada dez pacientes intubados com COVID morreram nas UTIs dos hospitais brasileiros.
sábado, 27 de março de 2021
Mais de 1.300 cidades podem ficar sem medicamentos para intubação
Sem mortes por Covid-19 desde dezembro, Austrália realiza jogos e shows para milhares de pessoas
sexta-feira, 26 de março de 2021
Butantan cria primeira vacina 100% brasileira contra Covid
O Butantan é o maior produtor de vacinas do país e já fornece a Coronavac, fármaco de origem chinesa mais disponível hoje no Brasil. O imunizante se chama Butanvac e foi desenvolvido pelo instituto, que lidera um consórcio internacional do qual ele é o principal produtor — 85% da capacidade total de fornecimento da vacina, se ela funcionar, sairá do órgão do governo paulista.
O diretor do Butantan, Dimas Covas, diz ser possível encerrar todos os testes da vacina e ter 40 milhões de doses prontas antes do fim do ano. Há pelo menos outros sete estudos de imunizantes no Brasil, todos na fase anterior aos ensaios clínicos. "É uma segunda geração de vacina contra a Covid-19, pode haver uma análise mais rápida", afirmou.
O pedido de autorização se refere às fases 1 e 2 de testes da vacina, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários. Na fase 3, com até 9.000 indivíduos, é estipulada sua eficácia. A Butanvac já passou pelos testes pré-clínicos, nos quais são avaliados em animais efeitos positivos e toxicidade.
Como a Butanvac utiliza uma tecnologia já usada amplamente no próprio Butantan para fabricar a vacina anual contra a gripe comum, Covas crê que isso será um fator a mais para acelerar seu desenvolvimento. As vacinas que foram desenvolvidas mais rapidamente contra a Covid-19 no mundo demoraram menos de seis meses para completar suas fases 1 e 2. "Mas elas eram totalmente novas", pondera Covas. A vacina será testada nos dois outros países participantes do consórcio, Vietnã e Tailândia – neste último, a fase 1 já começou.
A tecnologia em questão utiliza o vírus inativado de uma gripe aviária, chamada doença de Newcastle, como vetor para transportar para o corpo do paciente a proteína S (de spike, espícula) integral do Sars-CoV-2.
A proteína é responsável pela ligação entre o vírus e as células humanas, e ao ser inserida sozinha no corpo estimula a resposta imune. Segundo Covas, ela já utilizará a proteína da variante amazônica, a P.1, mais transmissível e possivelmente mais letal.
Outra vantagem prevista, se o fármaco funcionar, é de escala e de independência. O seu vetor é criado dentro de ovos embrionados, o que aumenta bastante a rapidez de sua produção, e não há necessidade de nenhum insumo importado.
Hoje, tanto a Coronavac (Butantan) quanto a vacina de Oxford (Fiocruz) são formuladas e envasadas no Brasil com insumos vindo da China. A partir do segundo semestre, o órgão paulista prevê a fabricação nacional da vacina.
Na Butanvac, o vírus é inativado com produtos químicos e, como a doença de Newcastle não afeta humanos, é uma alternativa ainda mais segura do ponto de vista de efeitos colaterais.
A Coronavac, cujos estudos da fase 3 foram coordenados no Brasil pelo Butantan, utiliza o próprio Sars-CoV-2 inativado como vetor. A vacina de Oxford/AstraZeneca, que também está sendo usada no Brasil, utiliza um adenovírus causador de gripe em macacos para inserir a proteína S.
Outras vacinas usam tecnologias mais recentes, como é o caso dos fármacos da Moderna e da Pfizer, que utilizam material genético (RNA mensageiro). Foto: Reuters. Fonte: Folha de S. Paulo. Créditos: ClickPB.
quinta-feira, 25 de março de 2021
Governadores defendem Auxílio Emergencial de R$ 600
A carta sugere que o Congresso Nacional disponibilize os recursos necessários para que o valor do Auxílio supere os valores noticiados de R$ 150,00, R$ 250,00 e R$ 375,00.
“Exatamente há um ano, no início da pandemia, os governadores manifestaram-se favoráveis à implantação de uma renda básica no país. Hoje, mais do que nunca, é comprovada a sua necessidade, urgência e o impacto que se pode alcançar. Por isso, neste momento, defendemos auxílio emergencial de R$ 600,00, com os mesmos critérios de acesso de 2020”, diz a carta. Leia a íntegra da carta aqui. Créditos: WSCOM.
Governo reduz em 10 milhões doses de vacinas prometidas para abril
Ministério da Saúde reduziu a previsão de vacinas contra a Covid-19 que serão entregues pelos fabricantes no próximo mês, de acordo com novo cronograma disponível na plataforma ‘Localiza SUS’.
quarta-feira, 24 de março de 2021
Governo corta R$ 36 bi da saúde
segunda-feira, 22 de março de 2021
Países ricos bloqueiam produção de vacinas em nações em desenvolvimento
sábado, 20 de março de 2021
Bolsonaro veta internet gratuita a alunos e professores
sexta-feira, 19 de março de 2021
Governo reduz valor e exclui 22,6 milhões de pessoas do auxílio emergencial
Na primeira fase do auxílio emergencial, garantido pela oposição ao governo Bolsonaro no Congresso Nacional, 68,2 milhões de pessoas receberam o benefício de no mínimo R$ 600. Agora serão 45,6 milhões de pessoas.
quinta-feira, 18 de março de 2021
Estudo aponta falhas do plano brasileiro de imunização
segunda-feira, 15 de março de 2021
Soro desenvolvido pelo Butantan pode amenizar gravidade de pacientes com covid-19
O Instituto Butantan enviou para a Anvisa pedido para testar um soro anticovid em humanos. O objetivo é amenizar os sintomas da doença em pessoas já infectadas. Em entrevista ao Jornal da USP, Ana Marisa Chudzinski Tavassi, diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Instituto Butantan, comenta que a colaboração com a USP permitiu que estudos sobre os efeitos do vírus inativado no corpo fossem conduzidos.
Com base nesses estudos, o instituto passou a trabalhar com a possibilidade de desenvolver o soro, já que não existem antivirais específicos contra o coronavírus. O objetivo é “oferecer a alguém que já está infectado um anticorpo pronto”, afirma Ana. “A ideia é tratar pacientes hospitalizados”, completa. Segundo a diretora, os soros têm atividade rápida, o que auxiliará na diminuição da gravidade da doença.
Após os testes iniciais em células, a Anvisa sugeriu um ensaio pré-clínico em animais, que também foi conduzido pelo Butantan em colaboração com a USP. “O resultado mais importante foi que, um dia depois do tratamento com esse soro, já havia uma diminuição muito importante da carga viral nos pulmões dos animais e a preservação das estruturas do pulmão”, comenta Ana.
“O soro é um recurso fantástico porque você produz anticorpos contra as várias proteínas do vírus”, diz. As análises ainda estão em andamento, mas, por conta dessa abrangência, a perspectiva é que o soro, produzido em cavalos, possa ser eficaz inclusive contra as novas variantes do coronavírus.
A pesquisadora afirma que tanto o Butantan⁸ quanto a Anvisa estão comprometidos em conduzir os estudos da maneira mais rápida possível. Assim que a agência der o aval, os ensaios clínicos começarão imediatamente. Imagem: Google. Créditos: Jornal da USP
sábado, 13 de março de 2021
Consórcio NE anuncia compra de 39,6 milhões de doses de vacina
A negociação entre o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) e o Fundo Soberano Russo foi iniciada no ano passado, sob a condução do governador da Bahia, Rui Costa, e foi viabilizada com a sanção por parte do Governo Federal da Lei que facilita a compra de vacinas, insumos e serviços necessários à imunização contra a covid-19.
“Nós agradecemos ao ministro pela decisão efetiva e parabenizamos o governador Rui Costa pelo empenho para garantir a disponibilidade das doses. Estamos numa luta para salvar vidas. O Brasil precisa, mais do que nunca, da nossa união de forças pela vacina para que possamos vencer a pandemia”, ressaltou o governador da Paraíba, João Azevedo. Em reunião virtual, o ministro da saúde ainda apresentou uma estimativa de distribuição de doses aos estados para março. A previsão é de que sejam destinadas entre 22 milhões e 38 milhões de imunizantes contra a covid-19 até o final do mês. Créditos: A União
70% das famílias brasileiras estão endividadas
A pesquisa apontou que sete em cada dez pessoas têm pelo menos uma dívida em atraso. E 69% dos consumidores ouvidos pelo levantamento disseram ter uma dívida em atraso mesmo estando empregados e com carteira assinada.
A queda da renda durante a pandemia, além de aumentar em 40% os gastos, trouxe outro efeito colateral: 70% dos entrevistados passaram a ter problemas na hora de dormir. Ansiedade, perda de apetite e problemas dentro de casa também foram relatados na pesquisa.
E a pandemia no Brasil está longe do fim, com recordes de mortes e casos e com atraso na vacinação, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, adiou pela 5ª vez o prazo para entrega das vacinas. Festas de final de ano e o carnaval fizeram lotar ainda mais os hospitais com casos de Covid-19. Vários estados já estão entrando em colapso. Fonte: CNN Brasil. Foto: EBC. Créditos: Observatório do Terceiro Setor
sexta-feira, 12 de março de 2021
Programa de construção de cisternas no Semiárido sofre redução de 94%
quinta-feira, 11 de março de 2021
Governo corta verba de 72% dos leitos de UTI para covid-19
O governo cortou a verba federal para o financiamento de 72% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para pacientes com covid-19. Em dezembro, a União repassava verba para a manutenção de 12.003 leitos de UTI para covid-19. Hoje são financiados 3.372. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).
Dados do Conass mostram que o corte do financiamento de leitos de UTI para covid-19 pelo governo Bolsonaro foi total em Goiás, Maranhão, Acre e Rondônia. Em São Paulo, que tem o maior número de leitos de UTI do país, a redução foi de 81%. Semelhante ao ocorrido em Minas Gerais, Espírito Santo, paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Ceará, Paraíba e Sergipe. A redução no financiamento desses leitos bate com o período de colapso generalizado na saúde em todo o Brasil. Leia mais em: Rede Brasil Atual
quarta-feira, 10 de março de 2021
Catástrofe sanitária
terça-feira, 9 de março de 2021
Auxílio Emergencial ficará entre R$ 175 e R$ 375
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem (8) que a nova rodada do auxílio emergencial contemplará valores entre R$ 175 e R$ 375, dependendo da composição das famílias beneficiadas. Segundo ele, o valor médio será de R$ 250.
A PEC emergencial, que viabiliza a retomada do auxílio emergencial, foi aprovada na semana passada pelo Senado Federal, mas ainda passará pela Câmara dos Deputados. A expectativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é a de que o texto seja aprovado quarta-feira (10), se houver acordo.
"Esse é um valor médio [R$ 250], porque, se for uma família monoparental, dirigida por uma mulher, aí já é R$ 375. Se tiver um homem sozinho, já é R$ 175. Se for o casal, os dois, ai já são R$ 250. Isso é o Ministério da Cidadania, nós só fornecemos os parâmetros básicos, mas a decisão da amplitude é com o Ministério da Cidadania", declarou Guedes em entrevista no Palácio do Planalto.
A PEC Emergencial, que autoriza a extensão do auxílio, não detalha valores, duração ou condições para o benefício. O texto flexibiliza regras fiscais para abrir espaço para a retomada do programa. Isso porque, pela PEC, a eventual retomada do auxílio não precisará ser submetida a limitações previstas no teto de gastos.
A proposta prevê também protocolos de contenção de despesas públicas e uma série de medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos, regra que limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior. Créditos: ClickPB
Covi-19: Fiocruz prevê produção 1 milhão de vacinas por dia
segunda-feira, 8 de março de 2021
Brasil supera dez mil mortes por covid-19 em uma semana
Em sete dias, mais de dez mil pessoas morreram no Brasil em decorrência da covid-19, maior registro em um período de uma semana de toda a pandemia. Dados deste reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa no sábado (06) mostram 1.498 novos óbitos nas últimas 24 horas, totalizando 10.183 mortes desde o sábado passado. O número de vítimas da pandemia já ultrapassa 264 mil pessoas em todo o País, que obteve pelo oitavo dia consecutivo um novo recorde na média móvel diária de mortes, com 1.455 óbitos neste sábado.
Ao longo dos últimos sete dias, São Paulo respondeu por 1.989 do total de óbitos nacionais, enquanto outros 1.027 aconteceram no Rio Grande do Sul. O Estado vive uma crise no sistema de saúde, com 100% dos 3 mil leitos de UTI ocupados. Em Minas Gerais, as mortes desta semana chegaram a 928. Liderando as estatísticas absolutas, nas últimas 24 horas, São Paulo registrou 353 óbitos pela doença, seguido por 182 no Rio Grande do Sul, 155 em Minas Gerais e 146 no Paraná.
Ainda segundo dados do consórcio de veículos, 67.477 novos casos de covid-19 foram confirmados no País neste sábado, chegando a um total de 10.939.320. Segundo o Ministério da Saúde, 9.704.351 pessoas estão recuperadas da doença, em meio a 10.938.836 casos confirmados. Os números da pasta diferem em relação ao consórcio pelo horário de coleta dos dados. Créditos: Jornal do Comércio
Brasil perdeu R$ 172 bilhões em investimentos e 4,4 milhões de empregos com a Lava Jato
Desde que surgiu em 2014, a operação Lava Jato, provocou o fechamento de 4,4 milhões de empregos no país. Além disso, o Brasil perdeu R$ 172 bilhões em investimentos. Esses dados constam de estudo elaborado pelo Dieese a pedido da CUT.
A pesquisa diz que o setor mais atingido foi o da construção civil, que perdeu 1,1 milhão de postos de trabalho. A CUT fará o lançamento formal da pesquisa na terça-feira (9).
Esse trabalho que denuncia o ataque da Lava Jato a empregos e investimentos é o primeiro estudo feito com base em dados e documentos oficiais sobre o impacto desastroso da operação no mercado de trabalho e na economia. O levantamento, feito pelo Dieese a pedido da Central, consumiu um ano de pesquisas. Créditos: Rede Brasil Atual
quinta-feira, 4 de março de 2021
Com 1.910 mortes em 24 horas, Brasil é o epicentro da pandemia
quarta-feira, 3 de março de 2021
Governadores se unem para tentar desmontar sabotagem de Bolsonaro a vacinas e combate à covid
RBA-Em reunião na tarde desta terça-feira (2), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e 22 governadores acordaram a destinação de R$ 14,5 bilhões do Orçamento da União de 2021 para a área da Saúde e o combate à pandemia de covid-19, o que inclui a compra de vacinas pelos estados.
As verbas viriam de emendas parlamentares (R$ 12 bilhões) e do fundo emergencial de combate à pandemia (R$ 2,5 bilhões). Também será criado um grupo composto por um governador de cada região e representantes da Câmara, do Senado e do Ministério da Saúde para monitorar a importação de insumos e a fabricação das vacinas.
Coordenador do fórum de governadores, Wellington Dias (PT), do Piauí, disse que o grupo vai facilitar o diálogo entre os entes federativos. “Temos a perspectiva de sair dessa situação de superlotação dos hospitais e desse número elevado de óbitos”, disse.
Estiveram na reunião – virtual ou presencialmente, na residência oficial da Presidência da Câmara – governadores de 21 estados e do Distrito Federal, além da presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) da Casa, Flávia Arruda (PL-DF), e do relator do Orçamento, Márcio Bittar (MDB-AC). Entre governadores, só não participaram Gladson Cameli (Acre-PP), Renan Filho (Alagoas-MDB), Ronaldo Caiado (Goiás-DEM), Claudio Castro (Rio de Janeiro-PSC) e Mauro Carlesse (Tocantins -DEM).
As quatro prioridades discutidas na reunião, segundo o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), foram a compra de vacinas, recursos para a saúde, auxílio emergencial e criação de medidas para a recuperação econômica. “Reitero que esse é um momento de todos estarem unidos em prol da população brasileira, e o Congresso Nacional tem um papel fundamental nesse sentido”, escreveu nas redes sociais. Segundo Lira, o fundo emergencial de combate a pandemia é “um montante, que não extrapola o teto de gastos”.
Ontem, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) adiantou sua posição sobre a reunião. “Não tem como entender que o presidente da República não seja responsável por esse número de mortes no Brasil, uma vez que gera confusão”, disse em coletiva.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirma que pretende comprar 20 milhões de doses da vacina russa Sputnik V (“vê”, de vacina) para incluir no programa paulista de vacinação contra a covid-19, segundo a colunista Mônica Bergamo. Mas esse imunizante, assim com o da Pfizer e outros, tem sido objeto de entraves criados pelo governo Bolsonaro.
Embora os participantes da reunião tenham adotado um tom ameno nas declarações, a unidade dos chefes dos executivos estaduais se desenha como uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro e seu séquito negacionista, no auge da crise da pandemia no país. Já foram confirmados, até esta terça (2), 115 milhões de casos no mundo, dos quais 10,6 milhões (9,2%) no Brasil. As mortes em território brasileiro (258 mil) representam cerca de 10% dos óbitos no planeta, de um total mundial de cerca de 2,5 milhões de mortos.
Além do discurso contra as vacinas e máscaras, Bolsonaro adota práticas administrativas e políticas que facilitam o alastramento da doença. Também dificultam a adoção de uma política nacional coordenada de combate ao surto. Nesta terça, vieram a público os vetos de vários dispositivos da medida provisória – aprovada na Câmara em dezembro do ano passado e em fevereiro, no Senado –, que tinha o objetivo de acelerar a vacinação no país.
Bolsonaro vetou o artigo que previa que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedesse autorização emergencial para utilização de vacinas em até cinco dias após o pedido, desde que aprovadas por entidades e autoridades estrangeiras internacionalmente reconhecidas. Outro veto foi ao dispositivo que autorizava estados, municípios e o Distrito Federal a adotar medidas necessárias à imunização da população, “no caso de omissão ou de coordenação inadequada das ações de imunização de competência do Ministério da Saúde”. Por Eduardo Maretti, da RBA. Foto: Luiz Macedo. Créditos: Rede Brasil Atual
terça-feira, 2 de março de 2021
Enquanto pandemia recua no mundo, Brasil fracassa no combate à Covid-19
Enquanto a pandemia do novo coronavírus recua no mundo, com autoridades acelerando a imunização da população ao mesmo tempo em que decretam medidas de restrição de circulação, de âmbito nacional, mais rígidas, o Brasil, sem comando nacional, sem vacina, sem oxigênio de sem medicamentos básicos, enfrenta o momento mais duro da pior crise sanitária do século e fracassa no combate à Covid-19.
Para evitar o caos na saúde, alguns estados e cidades brasileiras adotaram medidas restritivas, como lockdown e toque de recolher, para conter a propagação da doença, sem apoio do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que trabalha contra as medidas, prioriza a economia e não as vidas. Governadores pedem que as medidas sejam em todo território nacional, mas Bolsonaro se recusa a adotar restrição de circulação.
De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo morreram desde o início da pandemia do novo coronavírus, mas o total de mortes e infecções vem caindo, ao contrário do Brasil, onde só aumenta. A marca de 2 milhões de mortes globais de Covid-19 foi registrada em 15 de janeiro. Até agora, pelo menos 114.208.352 casos de Covid-19 foram relatados mundialmente.
Os Estados Unidos (EUA) lideram com o maior número de mortes, seguidos por Brasil, México, Índia e Reino Unido. Em 22 de fevereiro, os EUA ultrapassaram a marca de 500 mil mortes totais de Covid-19, de acordo com a universidade.
Já o Brasil chegou a 200 mil mortes em 7 de janeiro. Em 48 dias depois atingiu a marca de 250 mil vidas perdidas desde o início da pandemia.
Os dados divulgados diariamente pelo consórcio de imprensa mostram que o país está em seu momento mais letal da pandemia, com média móvel acima de mil mortos desde 21 de janeiro, ou seja, há 38 dias. Ao menos em 17 capitais, a pressão pelos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está acima de 80%, e um colapso na rede hospitalar, na maior dimensão da crise sanitária, não está descartado por especialistas.
No Brasil, mais de 46,82 milhões de brasileiros estão vivendo sob toques de recolher para conter a propagação do novo coronavírus - número que pode aumentas nas próximas semanas.
Já os países que melhor enfrentaram a pandemia da Covid-19, já desfrutam de uma normalidade após a aplicação de medidas rígidas de isolamento social, enquanto outros, como o Brasil, repetem confinamentos diante de uma segunda e até terceira onda, pior que o início da crise.
De acordo com o monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS), quatro das seis regiões do mundo tiveram uma redução no número de casos do novo coronavírus. São elas: Américas, Europa, África e Pacífico Ocidental, que inclui, entre outros países, China, Austrália, Nova Zelândia e Japão.
Apesar do Brasil, que registra o pior momento na pandemia com recordes de mortes e internações, as Américas, por sua vez, continuam sendo a região com a maior queda no número absoluto de casos.
Já o Sudeste Asiático e Mediterrâneo Oriental, que inclui entre outros Afeganistão, Egito, Líbano, Emirados Árabes e Irã — registraram um aumento, de 2% e 7% respectivamente. Créditos: CUT
segunda-feira, 1 de março de 2021
País fecha 7 milhões de vagas de emprego em 2020
Com a perda acima de 7 milhões de vagas, o total de ocupados caiu para 86,053 milhões, menor quantidade da série. Foi uma queda disseminada, segundo o IBGE. Por exemplo, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado caiu 7,8%: menos 2,6 milhões, para 30,625 milhões de pessoas. Entre os trabalhadores domésticos, a retração foi ainda maior, recorde de 19,2%, para 5,050 milhões – perda de 1,2 milhão.
Desta vez, nem o setor informal foi capaz de segurar a deterioração do mercado de trabalho. Houve redução de 1,5 milhão (-6,2%) entre os trabalhadores por conta própria, que passaram a somar 22,720 milhões. E o universo de empregados sem carteira no setor privado caiu bem mais, 16,5% (menos 1,9 milhão), para 9,665 milhões. Até o total de empregadores recuou (8,5%, menos 373 mil), caindo para 4,030 milhões. A taxa de informalidade passou de 41,1%, em 2019, para 38,7%: são 33,3 milhões pessoas sem carteira assinada.
Outro recorde negativo foi o de desalentados, pessoas que que desistiram de procurar trabalho devido às condições do mercado. Esse contingente cresceu 16,1% em 2020 e chegou a 5,527 milhões, maior número da série histórica da Pnad. O total de subutilizados, que inclui desempregados ou pessoas que gostariam de trabalhar mais, também atingiu seu maior número: 31,194 milhões. Aumento de 13,1% em relação a 2019, ou mais 3,6 milhões no ano.
Entre os setores de atividade, a ocupação na construção, por exemplo, caiu 12,5%, fechando 840 mil vagas. Com retração de 8%, a indústria perdeu 952 mil postos de trabalho. As áreas de comércio/reparação de veículos teve queda de 9,6%: 1,702 milhão a menos. Nos serviços, o segmento que inclui alojamento perdeu 1,172 milhão (-21,3%). Apenas a administração pública cresceu: 1%, acréscimo de 172 mil pessoas, com destaque para as áreas de saúde e de educação.
“No ano passado, houve uma piora nas condições do mercado de trabalho em decorrência da pandemia de covid-19. A necessidade de medidas de distanciamento social para o controle da propagação do vírus paralisaram temporariamente algumas atividades econômicas, o que também influenciou na decisão das pessoas de procurarem trabalho”, diz a analista Adriana Beringuy. “Com o relaxamento dessas medidas ao longo do ano, um maior contingente de pessoas voltou a buscar uma ocupação, pressionando o mercado de trabalho.
”A ocupação teve queda acentuada e em período muito curto, com impactos em toda a pesquisa, lembra a especialista do IBGE. “Pela primeira vez na série anual, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país. Em 2020, o nível de ocupação foi de 49,4%”, destaca.
Estimado em R$ 2.543, o rendimento médio cresceu 4,7% no ano passado, o que indica eliminação, principalmente, de vagas de menor remuneração. Por outro lado, a massa de rendimentos caiu 3,6%, para R$ 213,412 bilhões. Ou menos R$ 8 bilhões em 2020.Apenas no último trimestre de 2020, a taxa de desemprego foi para 13,9%, ante o recorde de 14,6% no terceiro trimestre, bem acima de igualo período de 2019 (11%). O total de desempregados foi calculado em 13,925 milhões. “O recuo da taxa no fim do ano é um comportamento sazonal por conta do tradicional aumento das contratações temporárias e aumento das vendas do comércio”, observa a analista. Créditos: pt.org.br