quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Embaixador dos EUA é morto em ataque, diz governo líbio


Consulado dos EUA em BenghaziO embaixador dos Estados Unidos na Líbia, John Christopher Stevens, foi morto em um ataque ao consulado americano na cidade de Benghazi, na noite de terça-feira, segundo informações dadas à BBC por um representante do governo líbio.
Homens armados não-identificados invadiram o prédio da representação americana atirando e jogando bombas, antes de atear fogo na representação diplomática. Stevens teria morrido sufocado no incêndio.
O prédio ficou completamente destruído após o ataque.
A investida teria sido uma consequência da onda indignação surgida em alguns países islâmicos após a circulação, pela internet, de trechos de um filme que supostamente insulta o profeta Maomé.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou o ataque.
"Os Estados Unidos lamentam qualquer esforço para denegrir crenças religiosas, mas deixe-me ser clara: nunca há qualquer justificativa para atos violentos como este", disse ela em um comunicado.
Em um primeiro momento, o ministro do interior da Líbia, Wanis al-Sharif, tinha dito à agência de notícias AFP que "um funcionário americano foi morto e outro foi ferido na mão" e que "os outros funcionários foram evacuados do prédio em segurança".
A representação diplomática norte-americana na capital do Egito, Cairo, também foi atacada nesta terça-feira.
No início do dia, manifestantes atacaram a embaixada americana no Cairo, também por causa do filme. Eles rasgaram a bandeira americana, que estava a meio mastro por causa do 11 de Setembro, e colocaram cartazes islâmicos no lugar.
Os manifestantes egípcios condenaram o que chamaram de humilhação do profeta sob o pretexto de liberdade de expressão.
O vídeo teria sido produzido por um californiano de 52 anos, chamado Sam Bacile, e promovido por um expatriado egípcio copta, uma etnia da região que prega o cristianismo.
Os dois são descritos como tendo posturas críticas ao Islã.
Um trailer do filme de baixo orçamento foi postado no YouTube, traduzido para o árabe.

BBC Brasil

Religiosos fazem evento em SP para criticar 'voto de cajado'


Um grupo de religiosos ligado à defesa da cidadania e dos direitos sociais realiza no próximo dia 21 um encontro com evangélicos para debater o que eles chamam de "voto de cajado", que seria o equivalente ao "voto de cabresto" no meio religioso. 
Formada por cristãos de várias correntes, a Rede Fale trabalha contra esse tipo de interferência nas decisões políticas do cidadão e pretende estimular o consciente. O encontro acontecerá na Igreja Cristã da Família, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.
“O movimento contra o voto de cajado começou no Rio de Janeiro, contra o novo coronelismo de grandes poderes evangélicos”, explica Morgana Boostel, secretária-executiva da Rede.
Na disputa eleitoral de São Paulo, o caso de maior repercussão é o apoio da Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, ao candidato Celso Russomanno (PRB). Mas a secretária-executiva da entidade diz que não é intenção do grupo falar contra a atuação de grupos ou pastores específicos. 
"Edir Macedo não é necessariamente o grande nome, ou não é o único, talvez seja o mais midiático.”
Da mesma maneira, inversamente, a Rede Fale não defende o voto em candidatos em particular. “Se déssemos a orientação em quem votar, iríamos contra o foco do trabalho, que é a conscientização e a ampliação do debate político, levando as pessoas a conhecer melhor os candidatos”, diz Morgana. 
Por isso, explica, Russomanno não é visto como um candidato a se destacar. “Russomanno é como outro candidato qualquer, nossa intenção é que as pessoas olhem para as eleições e para os candidatos criticamente, seja em relação a José Serra (PSDB), a Fernando Haddad (PT), a Russomanno, a Carlos Gianazzi (PSOL).”
Sobre tendências políticas, Morgana afirma que a Rede se relaciona com partidos a partir da identidade programática. “A marca partidária não nos cerceia. Nossos interesses são a promoção da vida, a igualdade, a garantia de direitos”, define. Em função disso, a entidade se manifesta “contra qualquer tipo de violência, seja racial, sobre orientação sexual etc”. 
Rede Brasil Atual

Esgoto a céu aberto ainda é realidade em São Paulo


Saneamento avança, mas esgoto a céu aberto ainda é realidade em São Paulo Assim como no Antigo Egito, os gatos são cultuados na Fazendinha, um bairro de dois mil barracos de madeira ou alvenaria na região da Brasilândia, zona norte de São Paulo. Mas diferentemente de lá, os "gatos" daqui atendem às preces dos moradores por garantirem sua necessidade mais básica: a água. Ela chega de uma adutora vizinha graças a pequenos canos de plástico que emergem e submergem do chão de terra até cada torneira e chuveiro improvisado no que as pessoas chamam de casa.
“Cada um faz do seu jeito. A Sabesp já veio muitas vezes, já mediu, já pegou nossos nomes. Mas nada aconteceu até agora”, diz a líder comunitária Maurete Gomes Pires, enquanto combate o efeito causado pela poeira das vielas ressecadas com um copo de água gelada – mais uma benfazeja dos "gatos". Só que, na Fazendinha, milagre tem limite: a água chega bem de manhãzinha, antes das sete, ou só depois das dez da noite. No resto do tempo as pessoas se viram com baldes. “Já estão acostumadas”, se conforma. O cheiro e a vista também mostram que o improviso não consegue resolver tudo: a pestilência é parte do dia a dia, e o esgoto corre entre portas e janelas serpenteando morro abaixo. As estatísticas mais recentes mostram que o saneamento básico é bastante precário no país, mas nem tanto na cidade de São Paulo. O último ranking do Instituto Trata Brasil – que anualmente classifica os cem maiores municípios brasileiros quanto a distribuição de água, coleta de esgoto e tratamento de efluentes – colocou a capital no 18° lugar. Não é o mundo ideal, porém a situação progrediu nos últimos dez anos. Menos na Fazendinha.
Aprovado pelos vereadores e sancionado pela prefeita Marta Suplicy, em 2002, o Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo determinou que até 2012 o poder público deveria prestar aos cidadãos um serviço de abastecimento de água melhor e mais regular – e atingir cada vez mais gente. Deveria também reduzir a quantidade de água que se perde em encanamentos velhos e ligações clandestinas, além de ampliar a coleta de esgoto e encaminhá-lo às estações de tratamento.

Avanços

Embora a cidade ainda não tenha universalizado um direito tão básico, e ainda haja paulistanos obrigados a conviver com córregos imundos e enfermiços ao alcance dos pés descalços, os objetivos previstos pelo plano diretor, em partes, foram cumpridos. “São Paulo está melhorando”, avalia Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil. “O grande desafio agora é aumentar o tratamento de esgoto e diminuir as perdas de água.”
“O que melhorou muito foi a coleta",  continua Édison. "Em 2003, a Sabesp recolhia o esgoto de 87% dos domicílios paulistanos. Em 2010 passou para 96%.” A ideia da companhia é universalizar – nas áreas regularizadas – o recolhimento de esgoto em 2015, meta que o presidente do Instituto Trata Brasil acredita ser perfeitamente viável.
De acordo com os números da Sabesp, repassados anualmente para o Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento Básico (SNIS) do Ministério das Cidades, a capital paulista praticamente universalizou a distribuição de água à população: os dados oficiais dizem que 100% das residências são atendidas pela rede. Não é de todo verdade, porque a 20 quilômetros da Praça da Sé uma parte da Brasilândia vive no século 21 como nos anos 1940. Mas a empresa tem lá suas desculpas: apenas as áreas de ocupação irregular são carentes do serviço. A Sabesp se diz impedida pelas legislações civil e ambiental de atuar em áreas cuja situação fundiária não esteja em ordem, e argumenta que está sujeita à fiscalização constante dos órgãos competentes. A Fazendinha, nascida de um golpe imobiliário que vendeu terrenos sem escritura, é um desses lugares. “Em janeiro entramos em contato com a prefeitura de São Paulo e fomos informados de que não é possível autorizar a implantação de redes de água e esgoto no local, por se tratar de um terreno particular”, informa a empresa.
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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Pesquisa Consult/ Correio aponta liderança de Reginaldo Pereira em Santa Rita-PB


A pesquisa está registrada no TRE-PBCandidato pela coligação ‘Respeito e Prosperidade’ ( PR / PHS / PSDB / PT do B), o advogado Reginaldo Pereira da Costa ( PRP) lidera a corrida pela Prefeitura Municipal de Santa Rita faltando menos de 30 dias para as eleições de 7 de outubro.
Ele obteve 49,4 % das intenções de voto (pesquisa estimulada). É o que revela a pesquisa Consult, realizada em parceria com o Sistema Correio de Comunicação.
Em segundo lugar aponta o vereador Adones Júnior Pereira Júnior (PMDB), que encabeça a coligação ‘O Futuro é agora’ ( PRB / PDT / PT/ PMDB / PSC / PRTB / PMN / PSB / PC do B), com 25,4%. José dos Santos, do PSOL, que disputa em candidatura avulsa, ficou em terceiro lugar com 2%.
Dos eleitores entrevistados na pesquisa, 15,4% ainda estão indecisos (não sabem dizer) quanto ao candidato que votarão no dia 7. Já 7,8% responderam que não votarão em nenhum. O vereador José Paulo Vitorino, o Zé Paulo (PTB), chegou a registrar candidatura, mas renunciou à disputa.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) sob número 0059/2012 no dia 6 deste mês. A pesquisa de campo foi realizada no dia 04 deste mês. A margem de erro é 4 pontos percentuais para mais ou para menos com grau de confiabilidade de 95%.
Santa Rita é o terceiro colégio eleitoral do Estado com 89.433 pessoas aptas a votarem nas eleições deste ano. Ao todo, a Consult fez 500 entrevistas com eleitores de ambos os sexos, de todas as faixas etárias, níveis de escolaridade e rendimentos familiares. O prefeito da cidade, Marcos Odilon ( PSD), no segundo mandato consecutivo, decidiu não se envolver na campanha deste ano.
Adones: maior rejeição
  A pesquisa quis saber ainda sobre o índice de rejeição dos candidatos a prefeito. O peemedebista Adones Júnior foi o mais citado entre os entrevistados (pesquisa estimulada ) com 21,6%. Reginaldo Pereira, que já concorreu outras vezes ao cargo de prefeito município, aparece em segundo com 19,2%. José Silva vem em seguida com 17,8%. Já 6,2% disseram rejeitar todos os três candidatos postos à disputa e 35% responderam que não sabem dizer
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Russomanno recusa convite para debate entre candidatos

O candidato do PRB à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, recusou o convite para participar de um debate com seus adversários, promovido pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL. "Agradeço o convite, mas não vou participar", afirmou Russomanno, sem citar os motivos que o levaram a tomar a decisão. Com a recusa, o debate precisou ser cancelado, já que José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) afirmaram que só participariam caso Russomanno, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, estivesse presente.
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Mais planetas poderiam ser 'habitáveis'


 Kepler-22b. NasaCientistas escoceses desenvolveram um simulador para identificar planetas onde há condições para a existência de vida. O sistema poderá indicar a existência de diversos planetas habitáveis em sistemas solares distantes.
Até o presente estudo, da Universidade de Aberdeen, as estimativas sobre o número de planetas habitáveis eram baseadas na probabilidade de que houvesse água na superfície desses lugares.
Entre astrônomos, a teoria era a de que, para possuir água em forma líquida (estado que favorece a formação de vida), o planeta tinha de estar a uma certa distância de seu sol - na chamada zona habitável.O simulador, baseado em um modelo científico, permite, no entanto, que os pesquisadores identifiquem planetas com água subterrânea mantida em forma líquida, por calor gerado pelo próprio planeta. O estudo foi apresentado durante o British Science Festival, em Aberdeen.
Isso porque planetas muito próximos de seu sol perdem a água de sua superfície por meio da evaporação.
Já a água presente na superfície de planetas que orbitam regiões mais distantes de seus sóis - e portanto mais frias - transforma-se em gelo.

'Simples demais'

Sean McMahon, responsável pelo projeto, diz que entre os pesquisadores o conceito de zona habitável (também chamado de Goldilocks Zone), aumenta a sensação de que essa teoria é simples demais.
"Tradicionalmente as pessoas dizem que se um planeta está nessa Goldilocks Zone –nem tão quente nem tão frio- pode conter água líquida em sua superfície e ser um planeta habitável", diz.
McMahon lembra, no entanto, que um planeta é aquecido por duas fontes de calor – calor direto da estrela (energia solar) e calor gerado nas profundezas do próprio planeta, chamado de calor interno.
Quanto mais longe um planeta está de seu sol, menos energia ele recebe e a água em sua superfície congela. Conforme a distância aumenta, a água subterrânea também começa a congelar. Mas se o planeta é grande o suficiente e produz calor interno suficiente, poderia ainda manter reservatórios profundos de água líquida capazes de sustentar a vida, não importa quão longe ele estiver do sol.

'Vida primitiva'

O cientista John Parnell, da Universidade de Aberdeen, que também está liderando o estudo, disse que "há um habitat significativo para microorganismos abaixo da superfície da Terra, extendendo-se por muitos quilômetros abaixo".
"E alguns acreditam que a maior parte da vida da Terra poderia até mesmo residir nessa biosfera profunda", ressalta.
O simulador desenvolvido na Escócia quer apontar, justamente, os planetas distantes que possuem tais reservatórios subterrâneos de água líquida com a possibilidade de desenvolver vida alienígena.
"Se você levar em conta a possibilidade de biosferas profundas, então terá um problema em tentar relacionar isso com a ideia de que uma zona habitável é definida somente por algumas condições encontradas na superfície", disse McMahon ao explicar a lógica.
McMahon acredia que mesmo se um planeta estiver tão distante da estrela a ponto de receber quase nenhum calor solar, ele ainda poderia manter água líquida no subterrâneo. Por isso mesmo o cientista é otimista em relação aos frutos do experimento.
"Veremos muitos outros planetas (habitáveis)", diz.

BBC Brasil

Café previne depressão, diabetes e ajuda a emagrecer


Que gosto tem o Brasil? Se você nem parou para pensar e já disse café, acertou em cheio. O consumo desta bebida é o grande destaque na mesa dos brasileiros, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, finalizada em julho de 2011 - nem a mesmo a dupla formada por arroz e feijão é capaz de desbancar as xícaras com aroma de fazenda.
As dúvidas sobre o assunto, no entanto, às vezes tornam a pausa para o cafezinho num dilema. Medo de perder o sono, interferência da cafeína nos resultados do treino e até associação da bebida com o surgimento de algumas doenças estão entre as polêmicas. "Existem muitas pesquisas sobre o assunto e algumas trazem resultados conflitantes", afirma a endocrinologista Claudia Chang, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
O único consenso, por enquanto, estabelece a quantidade máxima recomendada por dia: de 300 a 400mg de cafeína, equivalentes a três ou quatro xícaras médias de café coado, ou a metade disso na versão expressa, que é mais concentrada. Limitando-se a essa dose, você aumenta suas chances de potencializar os efeitos positivos do café sem sofrer com os eventuais riscos dos exageros. Veja abaixo relações recentes que os pesquisadores descobriram entre o delicioso café e a saúde de quem não abre mão deste prazer.
1) O café pode proteger contra o câncer? 
As pesquisas divergem sobre o assunto. Mas há estudiosos já totalmente convencidos de que o café é capaz de proteger contra câncer de fígado, rim, colo-retal e câncer de mama no período da pré-menopausa. "O café é rico em antioxidantes, substâncias que promovem a renovação celular e ajudam o organismo a combater doenças, incluindo o câncer", afirma a endocrinologista Claudia Chang.
2) Cafeína acelera o ganho de massa muscular? 
A cafeína acelera a perda de gordura, e não o ganho de massa muscular. Isso acontece porque o café é uma bebida termogênica, ou seja, tem capacidade de aumentar o metabolismo basal e obrigar o corpo a gastar mais energia.
Segundo o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Brasileira de Nutrologia, a cafeína também diminui a fadiga e melhora o rendimento do atleta. "Graças ao aumento de disposição, o aluno treina mais pesado e ganha mais massa muscular", explica o médico.
3) Café ajuda na prevenção do Alzheimer? 
Já foi comprovado que a cafeína age como protetora do organismo contra o Alzheimer e outras demências. A explicação para o feito ainda não é clara: por enquanto, a ação antioxidante e anti-inflamatória da bebida competem pela atenção dos cientistas.
Mas há outra hipótese sendo testada: a cafeína estimularia a produção e a renovação do líquor, liquido que irriga o cérebro. "Conforme a idade avança, a produção deste líquido diminui. Com isso, as substâncias tóxicas demoram mais tempo para serem eliminadas e podem surgir danos no cérebro", explica a endocrinologista.
4) O café ajuda a tratar doenças do fígado? 
O consumo acima de três copos diários de cafeína diminuiria a progressão da fibrose do fígado, potencializando o efeito dos medicamentos usados para restaurar o funcionamento da glândula, segundo pesquisa publicada na Revista Cientifica de Hepatologia, do Reino Unido. A quantidade acima do recomendado, entretanto, pode trazer outros riscos, como:
- Elevação da pressão arterial (pessoas hipertensas devem evitar consumir mais de 500mg/ dia de cafeína);
- Arritmia cardíaca: a cafeína aumenta a freqüência cardíaca; 
- Piora de quadros gástricos, como refluxo e gastrite, porque a cafeína irrita o sistema digestivo, principalemente quando o consumo é em jejum; 
- Dificuldade para absorção do cálcio, pois a cafeína reduz a absorção intestinal desse mineral , contribuindo para o aparecimento da osteoporose.
Mas há notícias comprovadamente positivas: apenas uma xícara de café por dia contribui para proteger o fígado contra cirrose ao reduzir os níveis de enzima hepática (relacionada ao surgimento da cirrose alcoólica).
5) O café pode ajudar a prevenir doença de Parkinson? 
O consumo médio de três xicaras de café por dia diminui a incidência de Doença de Parkinson. "Isso ocorreria porque a bebida tem substâncias neuroprotetoras, que retardam a degeneração cerebral causadora da doença", explica a endocrinologista Claudia Chang.
6) O café pode ajudar a prevenir depressão? 
O consumo de cafeína diminui a inflamação na área do cérebro responsável pelas emoções, problema relacionado à depressão. "O café contém boas doses de ácido clorogênico, substância de conhecida ação anti-inflamatória, também encontrada em vegetais amarelos ou avermelhados, como tomate, cenoura, pimentão, abacaxi e morango", afirma a endocrinologista da SBEM.
O nutrólogo Roberto Navarro explica que pessoas mais predispostas à depressão por queda de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina (responsáveis pela atenção, cognição e bem-estar mental) têm uma aliada na cafeína. "A cafeína aperfeiçoa a ação desses neurotransmissores", afirma o especialista. "Mas é preciso ter cuidado com a dose, porque o excesso está associado à ansiedade".
7) Qual a relação do café com o diabetes? 
O consumo de cafeína está relacionado a uma menor incidência de diabetes, de acordo com estudo recente do Departamento de Nutrição de Harvard. O café, consumido logo após as refeições, diminui a absorção da glicose pelo organismo. "Além disso, a cafeína leva ao aumento dos níveis circulantes de uma proteína chamada SHBG, que reduz o desenvolvimento de diabetes tipo 2", diz o nutrólogo.
8) Café é capaz de prevenir doenças do coração? 
Sim, provavelmente por conta de seu efeito anti-inflamatório, que deixa as veias livres para o sangue circular. Mas atenção: a proteção cai por terra caso o consumo de café ou outras substâncias ricas em cafeína (como chá mate, chá preto e refrigerantes de cola) alcance mais de 800mg/dia cafeína.
9) O café interfere nos níveis de colesterol? 
Os especialistas orientam evitar o consumo do expresso, que possui cafestol, capaz de elevar os níveis de colesterol - essa substância sequestra os receptores do intestino responsáveis por manter essas taxas estáveis. Quando o café é coado, essas substâncias ficam retidas no filtro de papel e o efeito é cortado.
11) Crianças podem tomar café? E gestantes?
As crianças podem tomar café, desde que não ultrapassem 45mg/dia (cerca de meia xícara). O sistema neurológico infantil é mais sensível e o excesso de cafeína pode prejudicá-lo. "Mas, mantido este cuidado com a quantidade, o café pode aumentar a concentração e a disposição mental, ajudando crianças com déficit de atenção", afirma o nutrólogo.
Embora o consumo de cafeína não esteja relacionado à má formação ou retardo do crescimento uterino, o ideal é que a gestante não consuma quantidades muito altas de cafeína, sendo o limite seguro de 300mg/dia, isso por que o consumo excessivo de café pode levar à perda de peso da gestante e do feto.
11) Café realmente tira nosso sono?
Sim. Isso acontece porque o consumo de cafeína bloqueia a ação de um componente químico do cérebro, que determina a necessidade de sono e desperta a vontade de dormir. "Os efeitos da cafeína persistem por quatro a seis horas após o consumo. É preciso ter isso em vista para que uma xícara de café não se transforme em gatilho para a insônia", afirma a endocrinologista.
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