O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, John Christopher Stevens, foi morto em um ataque ao consulado americano na cidade de Benghazi, na noite de terça-feira, segundo informações dadas à BBC por um representante do governo líbio.
Homens armados não-identificados invadiram o prédio da representação americana atirando e jogando bombas, antes de atear fogo na representação diplomática. Stevens teria morrido sufocado no incêndio.
O prédio ficou completamente destruído após o ataque.
A investida teria sido uma consequência da onda indignação surgida em alguns países islâmicos após a circulação, pela internet, de trechos de um filme que supostamente insulta o profeta Maomé.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou o ataque.
"Os Estados Unidos lamentam qualquer esforço para denegrir crenças religiosas, mas deixe-me ser clara: nunca há qualquer justificativa para atos violentos como este", disse ela em um comunicado.
Em um primeiro momento, o ministro do interior da Líbia, Wanis al-Sharif, tinha dito à agência de notícias AFP que "um funcionário americano foi morto e outro foi ferido na mão" e que "os outros funcionários foram evacuados do prédio em segurança".
A representação diplomática norte-americana na capital do Egito, Cairo, também foi atacada nesta terça-feira.
No início do dia, manifestantes atacaram a embaixada americana no Cairo, também por causa do filme. Eles rasgaram a bandeira americana, que estava a meio mastro por causa do 11 de Setembro, e colocaram cartazes islâmicos no lugar.
Os manifestantes egípcios condenaram o que chamaram de humilhação do profeta sob o pretexto de liberdade de expressão.
O vídeo teria sido produzido por um californiano de 52 anos, chamado Sam Bacile, e promovido por um expatriado egípcio copta, uma etnia da região que prega o cristianismo.
Os dois são descritos como tendo posturas críticas ao Islã.
Um trailer do filme de baixo orçamento foi postado no YouTube, traduzido para o árabe.
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