quinta-feira, 18 de abril de 2013

Poderão chineses vencer em futuras guerras?

China, guerra, cultura, história


Existe uma série de estereótipos que, em grande parte, determinam a imagem da China não só no mundo, mas também na própria China. Acredita-se que os chineses não sabem e não querem guerrear, que a China historicamente não está inclinada nem é capaz de expansão, que a cultura chinesa implica passividade e pacifismo na política externa.

Esses estereótipos vêm do período semi-colonial da história chinesa, que começou com a Primeira Guerra do Ópio.
A literatura de ciência política muitas vezes faz referência a certos cânones de Confúcio, os quais, supostamente, indicam que os chineses têm tendência para o compromisso e para evitar conflitos violentos. Tais referências dificilmente podem ser consideradas corretas. Se a cultura chinesa é, basicamente, confucionista, a europeia é cristã. O cristianismo, em seu sermão de paz, de amor fraterno e de perdão aos inimigos vai muito mais longe do que qualquer outra religião de massa. Isso não impediu a Europa, no seu tempo, de se tornar a região mais militarizada do planeta, e os países europeus de conquistarem e subjugarem muitos países e povos. O impacto de fatores culturais e religiosos sobre a política externa e assuntos militares não deveria ser exagerado.
Na realidade, a expansão territorial da China foi contida ao longo da história, não por fatores culturais, ideológicos ou religiosos, mas por fatores naturais e técnico-militares. O império chinês, ainda durante a dinastia Han, atingiu os limites naturais, o avanço além dos quais era difícil de realizar. Estepes e desertos, montanhas e florestas densas eram obstáculos quase intransponíveis para os exércitos do impérios agrícolas pré-industriais. Mesmo que eles conseguiam passar por esses obstáculos, manter os ganhos em lugares tão dificilmente acessíveis era impossível por causa de dificuldades de provisionamento e gestão.
E, mesmo assim, ao longo de muitos séculos de sua história, "não tendendo para a expansão", o império chinês regularmente tentou se expandir para além dos limites ditados pela natureza. Mas as regularmente intentadas campanhas militares para Coreia, Indochina, Ásia Central, Tibete, pesadas e caras, ou terminavam em fracasso, ou então, as conquistas resultantes não podiam ser controladas por muito tempo.
As limitações naturais da expansão territorial do país foram superadas com a chegada ao poder, no século 17, da dinastia Manchu de Qing, que atraiu para as campanhas números significativos de cavaleiros manchus e mongóis, acostumados à natureza severa. Embora o governo de Qing muitos associam com estagnação, declínio e derrotas, no estágio inicial de sua história ele levou a China a aproximadamente um século de prosperidade sem precedentes e à mais rápida expansão territorial na história do país.
Infelizmente, a força da China virou sua fraqueza. Garantido pela própria geografia, o papel de potência regional hegemônica levou à estagnação no campo da organização militar. A China ficou fora da revolução nos assuntos militares que teve lugar na Europa nos séculos 15-17, e que tinha a ver não tanto com a proliferação de armas de fogo como com uma mudança de tática, do sistema de recrutamento e comando das tropas. Este período de fraqueza militar da China em face das potências ocidentais e do Japão, que se tornou bastante evidente ainda no século 18, dificilmente está relacionado com quaisquer características culturais, nacionais ou históricas dos chineses.
O pouco sucesso da China nas guerras do século 19 e início do século 20, e o estereótipo do chinês como um mau soldado são apenas um resultado de fatores políticos, econômicos e institucionais. Se tentarmos avaliar as qualidades morais e psicológicas individuais dos soldados chineses, não há necessidade de procurar por exemplos muito longe: milhares de chineses participaram na guerra civil na Rússia. Tendo sido incluídos numa organização militar moderna e eficaz, essas pessoas demonstraram qualidades individuais excepcionalmente altas.
A atitude da China para com a guerra e a expansão é um problema tanto da política global, como da política doméstica da China. Após a transformação da China numa superpotência econômica, inevitavelmente está acontecendo a sua emergência como a principal potência militar do mundo. Estão sendo divulgadas muito fortemente teorias sobre a ameaça chinesa. Por outro lado, a opinião pública chinesa está se inclinando cada vez mais em favor de uma proteção mais rígida dos seus interesses, inclusive por meios militares. O governo da China é muitas vezes criticado por sua fraqueza e indecisão.
Como acontece com outros países, a política da China é o produto de um complexo conjunto de fatores políticos e econômicos e de sua avaliação pela liderança chinesa. Como em qualquer outro país, sob a influência desses fatores, ela pode mudar de qualquer forma possível.

EUA:Explosão no Texas matou de 5 a 15 pessoas

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Segundo dados preliminares, de 5 a 15 pessoas foram mortas na explosão na usina de fertilizantes perto da cidade de Waco no Texas (EUA), declarou a jornalistas um porta-voz da polícia local.

O policial destacou que de 3 a 5 bombeiros são considerados desaparecidos.
Anteriormente, a mídia internacional relatou que até 70 pessoas poderiam ter sido mortas no acidente.
VOZ DA RÚSSIA

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Vinte cidades da Paraíba entram em colapso de água


Barragem Canafístula IICom a suspensão do abastecimento total de água em mais oito municípios do Estado, nessa segunda-feira (15),  a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) já contabiliza 20 municípios em colapso no abastecimento de água. O racionamento, por sua vez, persiste em outras 13 cidades do Estado, das quais três estão com previsão para sofrerem a interrupção total ainda este mês, se as chuvas não caírem com regularidade nos próximos dias. 

De acordo com Marle Bandeira, meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), para as cidades de Cacimba de Dentro, Solânea, Bananeiras, Araruna, Riachão, Tacima, Dona Inês e Damião as previsões de chuvas são animadoras e o colapso pode não se estender por muito tempo. “Para a população dessas cidades, que ficam localizadas no Brejo do Estado, a expectativa é que sejam beneficiados com o período chuvoso, que se estende de abril a julho. Por enquanto, as precipitações ainda foram irregularidades, mas a esperança é que o inverno seja positivo e contribua com a elevação no nível do açude que os abastece”, informou.

Para os demais municípios que sofrem com o colapso, em especial aos localizados no Cariri, a previsão é que a situação permaneça crítica por bastante tempo. Já no sertão, segundo a meteorologista, as chuvas que caíram nos últimos dias e que devem permanecer até maio, podem evitar que o colapso se instale. “A região do Vale do Piancó tem registrado índices bons de chuvas. Ainda não temos como precisar se será o suficiente para garantir o abastecimento por todo o restante do ano, mas acreditamos que elas serão capazes de se instalarem no subsolo e serem utilizadas através de poços”, disse Marle Bandeira.

Na lista dos municípios que enfrentam o desabastecimento total de água, estão Brejo dos Santos, Bom Sucesso, Triunfo, Imaculada, Pilões, Belém, Caiçara, Logradouro, Jericó, Mato Grosso, Lagoa, Diamante, Cacimba de Dentro, Solânea, Bananeiras, Araruna, Riachão, Tacima, Dona Inês e Damião. Os oito últimos eram abastecidos pelo açude Canafístula e já sofriam com o racionamento de água, desde o final do ano passado. 

Em março deste ano, quando o reservatório operava com apenas 11% de sua capacidade, os moradores contavam com apenas três dias com água e passavam quatro dias sem abastecimento. 

Agora, a Cagepa está levando água aos moradores em carros-pipa, uma vez que o açude possui apenas 6% de sua capacidade de armazenamento de água.

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Conflito no campo teve 54 'mortes anunciadas' desde 2000

Indígenas em MT

Seis meses antes de ser assassinado, o líder extrativista e ativista José Claudio Ribeiro da Silva disse em uma palestra: "Eu vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito. Por isso, vivo com uma bala na cabeça a qualquer hora".
O fato de achar que iria morrer logo não era apenas um palpite do ativista. Seu nome - assim como o de sua mulher, Maria do Espírito Santo - estava em uma lista de pessoas ameaçadas, organizada anualmente pela Comissão Pastoral da Terra, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 A freira americana Dorothy Stang, morta em 2005 a mando de proprietários de terra na Amazônia, também estava na listagem da Pastoral, bem como outras 51 pessoas assassinadas nos últimos 12 anos.
Organizada pela Pastoral a pedido da BBC Brasil, essa relação traz 54 nomes de pessoas que tiveram a morte anunciada, entre líderes ambientais, indígenas, sindicais, quilombolas e assentados e defensores dos direitos humanos. Nenhuma fazia parte do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, criado somente em 2007.
A iniciativa tem uma coordenação geral diretamente ligada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e uma equipe técnica federal, que realiza atendimentos e monitoramentos nos Estados em que não existe o programa.
De acordo com o site da Secretaria de Direitos Humanos, ao longo de 8 anos de existência, o programa realizou 721 atendimentos e protegeu 344 pessoas. Atualmente, 299 defensores dos direitos humanos são protegidos em todo o país.

Agrotóxicos e impunidade

Da lista de pessoas assassinadas que tiveram sua "morte anunciada", a maioria estava no Pará, com 20 casos desde 2000.
Um dos mais emblemáticos é o do líder sindical Bartolomeu Morais da Silva, o"Brasília". Em julho de 2002, a mando de grileiros, ele foi seqüestrado, torturado e assassinado com 12 tiros na cabeça na cidade onde vivia, Castelo dos Sonhos, a 700 quilômetros de Altamira, no sudoeste do Pará.
O que seria apenas mais um crime bárbaro no Estado acabou se transformando no primeiro caso na história do Pará em que um latifundiário foi condenado por ter ordenado a morte de um líder comunitário.
Mas os assassinatos no campo não são exclusividade do Pará. Outra vítima foi o agricultor José Maria Filho, conhecido como Zé Maria Tomé, que vivia em Limoeiro do Norte, no Ceará. Ele denunciava confrontos e combatia o uso indiscriminado de agrotóxicos nas plantações. Foi morto com 20 tiros em abril de 2010.
Característica comum em muitos casos listados pela Pastoral, o assassinato de José Maria está impune. No dia 21 deste mês, será organizada uma romaria para marcar os três anos da morte. A manifestação sai do local exato onde ele foi morto, próximo ao aeroporto local. Apesar de o Ministério Público ter apresentado em 2012 denúncia contra os acusados pelo crime, ainda não houve julgamento.
Para se ter uma ideia mais geral da impunidade, entre 1985 e 2010, 1.614 pessoas foram assassinadas no Brasil em conflitos no campo, segundo a Pastoral. No entanto, até 2010, apenas 91 casos haviam sido julgados.
Diante desse cenário, o julgamento dos acusados de matar os extrativistas José Claudio e Maria do Espírito Santo, ocorrido na semana passada, foi considerado uma vitória, justamente porque a emagadora maioria dos casos não chega nem perto de ser julgado.
No entanto, o júri foi criticado defensores dos direitos humanos porque os dois executores foram condenados, enquanto o mandante foi absolvido. O casal foi assassinado em maio de 2011, por se opor a uma ocupação ilegal de terras.
O ano de 2011, o último para o qual existem informações, foi marcado justamente pelo crescimento do número de ameaças de morte, de acordo com a Pastoral. As ocorrências saltaram de 125, em 2010, para 347, em 2011, um aumento de 177,6%.
Para o advogado da Pastoral da Terra, José Batista Afonso, outro problema que leva a esse quadro é a burocracia, que prejudica a implementação do programa de proteção, sob responsabilidade do governo federal.
"O programa é extremamente importante quando funciona, pois ajuda a proteger essas pessoas. Mas, em estados como o Pará, está praticamente paralisado", diz José Batista Afonso, advogado da Pastoral da Terra.
"Veja o que aconteceu com o José Claudio e a Maria. É preciso que o governo encare esse programa como prioridade, valorizando principalmente as parcerias com os órgãos locais que investigam as ameaças e as mortes. Aqui no Pará, o governo federal não consegue fechar convênios com as instâncias estaduais, como a Defensoria Pública, afetando todo o processo."
Questionada pela BBC, a Secretaria de Direitos Humanos do governo federal confirmou que o Pará, no momento, está sem parceria nesse sentido, mas negou que isso esteja prejudicando o programa.
"No Pará, em especial, está havendo a negociação de um novo convênio, dessa vez com o governo do Estado (e não mais com a Defensoria Pública do Estado). Estamos seguindo a legislação vigente e articulando com o Estado a reimplantação."
Segundo a Secretaria, o sistema de defesa e proteção atende 68 pessoas no Pará. A única diferença é que vem sendo realizado por equipes técnicas federais, que estão substituindo o trabalho de uma equipe específica formada por um eventual convênio com órgãos locais.

BBC Brasil




Emprego sobe na indústria paulista, e Fiesp fala em recuperação moderada


A indústria paulista abriu 13 mil vagas em março, informaram hoje (16) a Federação das Indústrias do Estado (Fiesp) e o Centro das Indústrias (Ciesp), que avaliaram o resultado como “morno”. No trimestre, foram criados 33.500 postos de trabalho (variação de 1,29%), ante variação nula em igual período do ano passado. Em 12 meses, o desempenho ainda é negativo, com 24.500 empregos eliminados (-0,93%).
“Não chega a ser uma apresentação empolgante quanto aos números porque não representa nem uma melhoria sensível nem uma perda sensível”, afirma o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, Paulo Francini. “Eu diria que o mês foi bastante morno quanto à questão de geração de emprego.” 
Das 13 mil vagas abertas no mês passado, 10.196 foram no setor de açúcar e álcool e 2.804 na indústria de transformação. No trimestre, o chamado setor sucroalcooleiro abriu 14.618 postos de trabalho e os demais segmentos, 18.882.
Para este ano, Francini espera uma recuperação moderada do setor. “Uma ligeira melhora, porém não entusiasmante, e que, talvez, ao final do ano, remova pelo menos parte das perdas.” As entidades projetam crescimento de 3% para o PIB, de 2,9% para o PIB industrial e 1,6% para o emprego na indústria.
Rede Brasil Atual.

Após mortes, Maduro promete 'mão dura contra fascismo'

Após mortes, Maduro promete 'mão dura contra fascismo' e proíbe marcha

 O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu ontem (16) aplicar “mão dura contra o fascismo”, ao mesmo tempo em que denunciou que grupos opositores planejam um golpe de Estado, após atos violentos serem registrados no país. Até o momento o saldo é de sete mortos, 61 feridos e diversas instalações públicas, como centros de saúde, danificadas.
“Isso é responsabilidade daqueles que convocaram a violência, que desacataram a Constituição e as instituições (...) o plano é um golpe de Estado”, afirmou Maduro em cadeia nacional de rádio e televisão. Ele foi eleito presidente domingo (14), porém, o candidato derrotado Henrique Capriles pede uma recontagem dos votos como condição para reconhecer o resultado. Capriles ainda não formalizou o pedido ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Conforme dita o regimento do órgão eleitoral, primeiro o candidato precisa apresentar um expediente administrativo e consignar a denúncia com todas as provas que possui. Em seguida, o CNE verificará o expediente e todas as provas incluídas e decidirá se dá razão ou não à solicitação de recontagem de votos. Em caso de negativa, o candidato ainda tem a possibilidade de enviar a solicitação ao Supremo Tribunal de Justiça.
Frente ao ambiente de tensão, Maduro disse que não permitirá a realização de uma marcha opositora na capital, Caracas, para evitar mais violência nas ruas. “A marcha ao centro de Caracas não será permitida, vocês não vão encher de morte e sangue o centro de Caracas. Não vou permitir. Façam o que quiserem fazer. Usarei mão dura contra o fascismo e a intolerância”, continuou.
"Essa marcha não vai entrar em Caracas. Não permitiremos outro 11 de abril", afirmou o chavista em referência à tentativa de golpe de Estado de 2002. Na ocasião, houve uma marcha da oposição, na qual resultaram mortos, atingidos por franco atiradores não identificados.

Mortos

As reações de Maduro aconteceram após a fiscal geral da Venezuela, Luisa Ortega, informar sobre o número de mortos e feridos nos incidentes registrados nesta segunda-feira (15/04). "Faleceram sete venezuelanos, sendo um deles policial do Estado de Táchira. Um dos feridos foi queimado vivo”, afirmou Ortega. “Pretendiam matá-la queimada, atenção para os níveis de agressividade e violência dessas pessoas neste momento”, sublinhou.
A fiscal geral disse que 135 pessoas foram detidas e que investigações contra os envolvidos estão sendo levadas a cabo. “Esses episódios podem ser configurados como instigação ao ódio, desobediência das leis e rebelião civil”, assinalou. Segundo ela, Capriles “argumenta uma série de razões, que deveriam ser expostas frente” ao CNE, o que ainda não aconteceu. 
REDE BRASIL ATUAL

Haverá recontagem dos votos na Venezuela?

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As manifestações com incessantes "concertos de caçarolas" é o símbolo mais evidente dos tempos políticos na Venezuela após as eleições presidenciais de 14 de abril.

Os apoiantes da oposição contestam a vitória do vice-presidente Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez, e saem às ruas, provocando ruído ensurdecedor batendo em panelas e caçarolas. Os oposicionistas exigem a recontagem dos votos, afirmando que os resultados das eleições teriam sido falsificados. As manifestações começaram segunda-feira, continuando terça e, pelos vistos, terão também lugar quarta-feira, 17 de abril.
Na América Latina, os “concertos de caçarolas” sempre tiveram um caráter econômico. As pessoas protestam assim contra a subida dos preços e os baixos salários. Na Venezuela, porém, tais manifestações ganharam matizes exclusivamente políticos. Como se espera, as caçarolas serão o objeto mais pesado com que a oposição pretende fazer ruído.
Segundo os resultados das eleições presidenciais antecipadas de 14 de abril, a vitória foi alcançada por Nicolás Maduro, que ultrapassou em aproximadamente 1,5% seu principal rival, Henrique Capriles, representante do MUD (Mesa de Unidade Democrática), que exigiu imediatamente recontar os votos.
Embora Nicolás Maduro não se manifeste contra tal procedimento, praticamente não há esperanças de que os votos sejam recontados. O Conselho Eleitoral Nacional, controlado plenamente pelo poder, já proclamou Nicolás Maduro como vencedor.
Washington apoiou a oposição de direita e a recontagem dos votos. Caso contrário, os Estados Unidos não irão reconhecer os resultados das eleições, disse Patrick Ventrell, representante do Departamento de Estado.
Entretanto, a vitória do novo presidente da Venezuela já foi reconhecida pelos principais vizinhos do país no continente. A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, telefonou a Nicolás Maduro, felicitando sua proclamação como presidente e expressando a disposição de trabalhar com a nova direção da Venezuela.
A Colômbia procedeu do mesmo modo. As eleições foram reconhecidas como honestas e livres pelos observadores da União de Nações Sul-Americanas (Unasur), que congrega 12 principais países da região, inclusive Argentina, Brasil, Chile, Bolívia, Peru e Equador.
Três representantes da Rússia também foram observadores nas eleições. “Não vimos quaisquer violações”, disse à Voz da Rússia Nikolai Konkin, secretário da Comissão Eleitoral Central da Federação da Rússia:
“A votação decorreu em conformidade com a legislação vigente da Venezuela. Só em duas mesas de voto vimos uma fila de pessoas na entrada em centros eleitorais, mas, em geral a votação decorreu tranquilamente, sem apelos e propaganda”.
A maioria de peritos opina que não haverá uma recontagem dos votos. Mas o escrutínio mostrou que o país se desintegrou em duas partes iguais: os partidários e os adversários de Nicolás Maduro. Nesta situação, para o novo presidente será difícil dirigir a Venezuela. Em qualquer caso, ele está longe de ser Hugo Chávez.