quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Safra de algodão colorido é recorde na região do Agreste

Algodão Colorido

Os empresários da Associação da Indústria do Vestuário da Paraíba - Aviest-PB estão comemorando a safra recorde do algodão colorido orgânico, que começou a ser colhida no assentamento Margarida Maria Alves, em Juarez Távora, no Agreste paraibano. Em uma área de 25 hectares será colhida 1,5 tonelada por hectare, em média, segundo a empresária Francisca Vieira. “É tanto algodão que a ‘maçã’ - como é conhecido o capuchinho - está arriando do pé”, comemora a empresária.
Apesar da colheita do algodão colorido não ser a principal fonte de renda dos agricultores daquela área - a renda vem da produção de feijão e milho, principalmente -, em valores, a cada hectare colhido será arrecadado R$ 5,6 mil. O quilo de pluma é vendido para a Aviest-PB a R$ 9,40, segundo Francisca Vieira.
Ela disse que a associação de empresários, que conta com oito empresas, fechou um “contrato no chão” para os agricultores plantarem o algodão colorido em uma determinada área do assentamento.
O processo de colheita deve se estender até janeiro do próximo ano, e, a partir do algodão nas mãos dos empresários, começa a “via crucis”, como enfatiza Francisca Vieira, para transformar o produto em roupa. “Temos que tecer, transformar em roupa e vender”, explica a empresária, criticando o trabalho que deveria ser feito de uma forma mais direta pelos técnicos da Emater - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba.
Os itens produzidos por meio do algodão colorido orgânico já estão sendo levados para as prateleiras de lojas de países como Alemanha, França, Estados Unidos, entre outros. A novidade, segundo Francisca Vieira, é o interesse do mercado japonês pelo algodão paraibano. Pelo menos dois representantes que atuam em Tóquio estão negociando a comercialização de produtos da moda feminina e acessórios, que serão expostos em um showroom.
A empresária disse que está seguindo para Tóquio no dia 26 para negociar a instalação do espaço reservado no showroom e os preços a serem cobrados. Francisca Vieira disse que a Aviest-PB tem uma carteira de seis distribuidores no exterior, mas, com a queda na safra passada, que não chegou nem perto das 10 toneladas, houve uma parada no processo de comercialização, já que não havia matéria-prima para produção das peças. A atual safra, estima a empresária, deve chegar a 30 toneladas.
O interesse dos europeus pelo algodão colorido orgânico é tão forte, que uma equipe da Biofach, considerada a maior feira de orgânicos do mundo, realizada na Alemanha, estará no assentamento Margarida Alves em novembro. Francisca Vieira disse que os alemães querem conhecer de perto a experiência dos agricultores paraibanos como a do ‘Seu” Aloísio, dono de um dos 10 lotes da região. “Nenhum agricultor utiliza fertilizante, é tudo esterco do gado”, revela Dona Preta, como é conhecida a agricultura Margarida Alves, tesoureira da Associação.
Créditos: Portal Correio

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Criação de emprego no Brasil reduz trabalho infantil, diz Dilma




A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem (8), durante a abertura da III Conferência Global sobre Trabalho Infantil, em Brasília, que o desemprego criado pela crise econômica pode aumentar o trabalho infantil e que, para evitar o problema, o Brasil vem assegurando políticas sociais e proporcionam emprego e renda, em especial para as famílias pobres.
Dilma afirmou que a economia mundial “continua frágil”. “Uma demonstração disso são os altos níveis de desemprego, que atinge a quase 200 milhões de pessoas, segundo a OIT, e que poderá seguir crescendo. Os efeitos tendem a recair justo sobre as crianças e jovens, a quem devemos mais proteção”, disse. “O fim do trabalho infantil depende de oportunidade de emprego e geração de renda para os adultos das famílias.”
“Desde 2008, quando estourou a crise, o Brasil adotou a postura de que a saída não viria pela redução da renda, pela queda no emprego formal ou pelo enfraquecimento das políticas sociais. Acreditamos e praticamos políticas consistentes com essa mensagem, que é necessário assegurar política de aumento do emprego e da renda. Desde que eu tomei posse geramos 4,7 milhões de empregos.”
Entre 2002 e 2012, o Brasil diminuiu em 67% o número de crianças entre 5 e 14 anos envolvidas com trabalho infantil, queda mais intensa que a média global, que foi de 36%, segundo Dilma. “Entre 2011 e 2012 reduzimos em 15%. Isso coincide com o período que o programa Brasil Sem Miséria ampliou a renda das famílias em extrema pobreza”, disse.
A presidenta reforçou que combater o trabalho infantil depende da articulação e do compromisso de governos, trabalhadores, empregadores e da sociedade civil. “Devemos às crianças uma infância sem medo e sem exploração. Com carinho, acolhimento e com a garantia de um futuro de plena proteção e de garantia de direitos”, disse. “O caminho que leva à superação da miséria é renda e trabalho para os adultos da família e educação pra as crianças.”
Dilma pediu, ainda, “ações firmes” no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. “Merece nossa especial atenção uma das piores formas de trabalho infantil: a exploração sexual e a pornografia infantil, que estão entre as mais perversas violações dos direitos humanos de crianças e adolescentes. O enfrentamento destes crimes só terá êxito com a ação coordenada entre todos nós.”
Durante o evento, o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, agradeceu Dilma pelo “exemplo” e “inspiração” do Brasil no combate ao trabalho infantil e à pobreza. Ele lembrou que a maioria das ocorrências está na Ásia, no Pacífico e, em especial, na África, onde uma em cada cinco crianças trabalha. “Temos de preparar nossos planos e não nossas desculpas”, pediu.
A conferência, que é organizada pela OIT, vai até quinta-feira (10). Delegações de pelo menos 140 países estão presentes para discutir políticas para acelerar o combate ao trabalho infantil no mundo.
Créditos: Rede Brasil Atual

Sexo em excesso mata machos

Antequino (imagem: Wikimedia Commons)Um novo estudo sugere que algumas espécies de marsupiais copulam com tanto vigor e intensidade que a atividade literalmente os mata.
Os cientistas dizem que os machos morrem em grande número após acasalarem com tantas fêmeas quanto possível em sessões sexuais que podem durar até 14 horas de uma só vez.Um fator-chave desse custoso processo é o comportamento promíscuo das fêmeas, que têm sua época de reprodução todas no mesmo período do ano. A reprodução suicida, ou semelparidade, é bem conhecida em muitas espécies de plantas e de peixes, mas é rara em mamíferos. O novo estudo, divulgado na publicação científica PNAS, analisa o comportamento de acasalamento de 52 espécies de pequenos marsupiais comedores de insetos na Austrália, na América do Sul e em Papua Nova Guiné. Eles verificaram que para alguns desses animais, como os antequinos, os fascogales e os kaluta, as tentativas dos machos de garantir sua descendência acaba custando suas vidas.
Isso torna mais provável que as fêmeas das espécies encurtem seu período fértil para somente dar à luz quando há fartura de comida.Esse traço dos animais é mais comum de ser encontrado em espécies que vivem em regiões onde os alimentos são abundantes em um determinado período do ano.
Nesses marsupiais, as fêmeas também sincronizaram seu ciclo reprodutivo.
Elas também são altamente promíscuas, já que o comportamento promove a competição entre os espermatozoides de diferentes machos, segundo explica a coordenadora do estudo, Diana Fisher, da Universidade de Queensland.
"As fêmeas que copulam com mais machos conseguem evitar os machos de baixa qualidade, por causa da competição entre os espermatozoides", diz.
"Aqueles que têm sucesso na fertilização são os de melhor perspectiva de sobrevivência", comenta.
Mas apesar de isso garantir descendentes resistentes, o processo é fatal para os pais.
Esses elementos químicos, por sua vez, elevam os níveis de hormônios do estresse, e seus sistemas não têm a capacidade de aguentar isso, segundo Fisher.Os machos tentam copular com o maior número possível de fêmeas, empurrados por altos níveis de hormônios, incluindo testosterona.
"Se nós, humanos, ficamos muito estressados, temos um sistema de compensação para reduzir isso", explica. "Mas os marsupiais continuam elevando o estresse mais e mais e são levados a passar todo o seu tempo copulando competitivamente", diz.
Segundo Fisher, isso representa seleção sexual movida pelas fêmeas. É uma estratégia diferente da de outros mamíferos, em que os machos às vezes brigam pelo direito de acasalar ou são selecionados pelas fêmeas com base na aparência ou na força.
A equipe de pesquisadores diz que a estratégia de perder metade dos indivíduos no ato da reprodução também pode funcionar bem como estratégia de evolução se há uma grande densidade populacional.
Créditos: BBC Brasil

Ação de Black Blocs desviou foco de reivindicações

Black Blocks no Rio de Janeiro

A diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Beatriz Lugão, disse à BBC Brasil que a ação dos Black Bloc nos protestos dos professores na segunda-feira desviou o foco do movimento.
"Na semana passada quando houve repressão no protesto da Cinelândia, a população se solidarizou com os professores agredidos", disse Lugão. "Ontem, o foco já foi na ação dos Black Bloc", afirmou. Segundo Beatriz, o objetivo do movimento é pressionar os governos estadual e municipal a negociar com a categoria.
O quebra-quebra começou por volta das 20h, com a ação de integrantes do movimento Black Bloc. Muitos professores se retiraram da manifestação deste momento. Lojas foram depredadas.Na segunda-feira, professores voltaram a se concentrar em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia, após uma marcha pelo centro da cidade. A polícia estima em 10 mil o número de manifestantes, já o movimento fala em até 50 mil pessoas.
Um dia após o protesto, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, defendeu a repressão policial.
"A determinacão foi garantir a manifestação e impedir a violência de vândalos. A polícia só começou a agir quando começou a atuação dos baderneiros", disse, fazendo referência aos Black Blocs. Ao todo, 18 pessoas foram detidas.
A diretora do sindicato, que se esquivou de dizer se a presença dos Black Bloc ajudou ou prejudicou o movimento, afirmou que o grupo agiu sozinho.
"Nossa manifestação terminou às 20h de forma pacífica. Depois o outro grupo que se uniu ao protesto começou a agir", afirmou.
Ainda segundo Lugão, a diretoria do movimento deve discutir em breve a participação dos Black Bloc nas próximas manifestações. O próximo ato da categoria deve acontecer no dia 15 de outubro, dia do professor. Ela não disse se os professores pretendem entrar em contato com o movimento.
Lugão afirma que apesar de a cobertura da imprensa ter priorizado seu desfecho violento, ela espera que o governo se sensibilize com as milhares de vozes que tomaram o centro do Rio em defesa dos professores.
Nesta terça-feira, a Polícia Civil do Rio anunciou que autores de vandalismo sejam enquadrados na nova lei de Organização Criminosa, que entrou em vigor em setembro. A legislação prevê que a reunião de quatro ou mais pessoas para prática criminosa seja considerada parte de uma organização criminosa.
O movimento logo virou quebra-quebra. Um carro da polícia foi virado e várias agências bancárias foram depredadas.O movimento dos professores do Rio ganhou o apoio dos colegas de São Paulo. Cerca de 300 pessoas se concentraram na praça da República, em frente à Secretaria de Estado da Educação.
A Secretaria de Segurança Pública informou a detenção de 14 manifestantes. Um casal chegou a ser preso com base na antiga lei de Segurança Nacional, dos tempos da ditadura, gerando controvérsia entre juristas.
Na terça-feira, o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou que os policiais voltarão a usar balas de borracha em manifestações. Esse tipo de armamento foi proibido durante os protestos de junho.
O governo também anúnciou a intenção de formar em conjunto com o Ministério Público uma força-tarefa especializada em tratar de manifestações.
Créditos: BBC Brasil

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Nordeste terá trem regional Costa do Sol, que vai interligar estados

Economia será beneficiada

O Trem Costa do Sol, projeto que vai interligar o Nordeste, partindo de Salvador (BA) a São Luís (MA), vai começar a tomar forma na próxima sexta-feira, com a assinatura do acordo de cooperação entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Conforme o superintendente da entidade, Luiz Gonzaga Paes Landim, o projeto deve começar a ser executado pelo trecho de João Pessoa ao Recife, que deve ser o mais dinâmico. A assinatura do convênio será feita durante o II Fórum Nordeste 2030: Visão Estratégica de Longo Prazo, que objetiva definir soluções para diminuir as desigualdades da região perante o País e fortalecer a indústria nordestina.
Luiz Gonzaga afirmou que a execução do projeto depende dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, e que será uma parceria público-privada, para garantir a agilidade de seu desenvolvimento. Segundo ele, o trem fará o percurso de Salvador a São Luís, mas, inicialmente, a atenção será para as áreas mais dinâmicas.
“Destacamos Salvador e Costa do Sauípe, na Bahia, Recife e Porto de Galinhas, em Pernambuco, Natal e Pipa, no Rio Grande do Norte, e Fortaleza e Canoa Quebrada, no Ceará, mas a Paraíba tem destaque porque o trecho de João Pessoa ao Recife é o mais dinâmico. Com o trem em funcionamento, vamos garantir o fluxo de pessoas e de riquezas entre as cidades, que, em alguns anos estarão unidas como um conglomerado”, explicou o superintendente da Sudene.
Ele afirma que o Trem Costa do Sol será uma opção para a mobilidade, no que se refere ao turismo, considerando que o Nordeste não tem uma malha aérea dinâmica, além de desafogar as rodovias. “O acesso ao Aeroporto Internacional de Jaboatão dos Guararapes estará facilitado, sendo a rota de trem bem mais viável do que pela rodovia”.
Indústria do NE deve ser recuperada
O II Fórum Nordeste 2030 vai acontecer na próxima sexta-feira, no Hotel Cabo Branco Atlântico, em João Pessoa, promovido pela Sudene, em parceria com o Governo da Paraíba e Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae). O evento será aberto pelo governador Ricardo Coutinho e vai contar com as presenças do presidente do Banco do Nordeste, Ary Joel Lanzarin; do superintendente da Sudene, Luiz Gonzaga Paes Landim; do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes; do presidente do Inae, João Paulo dos Reis Velloso; entre outras autoridades.
O secretário de Estado do Planejamento e Gestão, Gustavo Nogueira, destacou a importância do evento. “Serão discutidos os problemas do Nordeste, com vistas a encontrar caminhos, definir objetivos e estratégias de ação, para que possamos vislumbrar um novo estágio de crescimento econômico e de melhoria da qualidade de vida da população”, avaliou o secretário.
Luiz Gonzaga ressaltou que é preciso recuperar a indústria nordestina, que foi bastante produtiva nas décadas de 1960 a 1980, mas que perdeu fôlego. “Nossa economia não pode ser baseada no consumo de bens e serviços produzidos em outros estados, em outras regiões. Por exemplo, sai um caminhão de artigos agrícolas daqui para o Sudeste e chega um carregado de eletroeletrônicos com alto valor agregado”, exemplificou.
Ele disse que há um déficit muito grande na economia paraibana no que se refere à entrada e saída de bens. Segundo o superintendente da Sudene, em 2011, a Paraíba produziu R$ 9 bilhões em bens, mas importou muito mais, o que acarretou um déficit de R$ 6,6 bilhões. No ano seguinte a produção cresceu a R$ 12 bilhões e o déficit, a R$ 9,6 bilhões.
Microempresa
O desenvolvimento das micro e pequenas empresas também estão entre os objetivos da Sudene. “Estas empresas são a cara do Nordeste e precisam ter reforço, se fortalecerem, investirem em tecnologia e inovação para estarem inseridas na economia nacional e internacional”, frisou o dirigente da Sudene. Segundo ele, atualmente, as micro e pequenas empresas do Nordeste só representam 6% das exportações do País.
Programação
A programação vai ser aberta às 8h30, com a palestra Nordeste 2030: Perspectivas para o Desenvolvimento, ministrada por João Paulo dos Reis Velloso, presidente do Inae. Na sequência, o ministro do STF, Gilmar Mendes, profere a palestra O Nordeste e um Novo Pacto Federativo. Às 10h45, acontece a palestra Mercodeste: um Mercado Comum para o Nordeste, ministrada por José Queiroz de Oliveira, da ANTT, especialista em Marketing e Planejamento Estratégico.
Durante a tarde, os trabalhos começam com o tema ‘Nordeste Molhado: A Amazônia Azul e o Desenvolvimento do Nordeste’, abordado pelo contra-almirante Marcos Silva Rodrigues. O professor Waldir Duarte Costa, da Associação Brasileira de Águas Subterrânea, vai apresentar o tema Água Subterrânea: suporte para uma revolução agrícola no Nordeste. Na sequência, a presidente do Conselho do Centro Celso Furtado, Rosa Feire d’Aguiar, apresentará o tema Desenvolvimento e Cultural.
Créditos: Portal Correio

Produção industrial aumenta em sete Estados dos 14 pesquisados


A produção industrial cresceu em sete dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre julho e agosto deste ano, apesar de a produção nacional ter se mantido estável no período. As maiores altas foram observadas no Paraná (3,6%), em Goiás (1,7%) e Santa Catarina (1,6%).
Também tiveram avanço na produção os estados do Ceará (1%), de São Paulo (0,6%), Minas Gerais (0,3%) e do Rio Grande do Sul (0,2%).
Entre os sete estados com queda na produção, a Bahia foi o que mais apresentou recuo (-8,6%), devido ao desligamento do setor elétrico ocorrido em agosto no Nordeste. A região, como um todo, teve redução de 2,2%. Também tiveram quedas o Rio de Janeiro (-4,2%), Pará (-1,6%), o Espírito Santo (-1,4%), Pernambuco (-0,8%) e o Amazonas (-0,7%).
Na comparação de agosto deste ano com o mesmo período do ano passado, houve queda em nove dos 14 locais, com destaque para o Espírito Santo (-5,9%), Minas Gerais (-4,5%), o Rio de Janeiro (-3,9%), São Paulo (-3,4%) e o Amazonas (-3,2%), todos acima da queda nacional de 1,2%.
No acumulado do ano, 11 dos 14 locais tiveram avanço na produção, enquanto em 12 meses, oito dos 14 locais acumulam alta.

Câncer de mama mata uma mulher a cada 2 dias

O câncer de mama foi responsável pela morte de uma mulher a cada dois dias nas sete cidades da região em 2011. De acordo com o dado mais recente do Datasus (Banco de dados do Sistema Único de Saúde), do Ministério da Saúde, 239 pessoas perderam a vida em decorrência da doença naquele ano. Apontada como a segunda maior causa de morte entre as mulheres no Brasil – a primeira é o câncer de colo de útero .
Apesar das campanhas de conscientização, como é o caso do Outubro Rosa, que simboliza alerta para que as mulheres façam o autoexame e mamografia periodicamente após os 50 anos, são esperados 52.680 casos neste ano, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Para especialistas, o alto número de óbitos é consequência do diagnóstico tardio, resultado, muitas vezes, da falta de informação e de acesso aos exames.
Segundo o diretor da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) e responsável por esse setor na FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Hospital Estadual Mário Covas, Ivo Carelli, ainda é alta a quantidade de mulheres que não fazem exames preventivos no País. O ideal, segundo ele, é que as visitas ao ginecologista aconteçam a cada seis meses e a mamografia seja realizada uma vez ao ano a partir dos 40 anos, e não aos 50, conforme recomenda o Ministério da Saúde.
O mastologista do Hospital da Mulher Guerino Barbalaco Neto destaca que a moléstia geralmente acomete pacientes com idade entre 45 e 60 anos. No entanto, já é possível observar aumento de casos entre as mais jovens. “Em 2012, quase 20 mulheres com menos de 35 anos operaram em razão do câncer de mama no Hospital da Mulher”, diz.
Carelli associa esse tipo de neoplasia ao cotidiano da mulher moderna. “Antes elas casavam cedo, tinham mais filhos e amamentavam por mais tempo.” Entre os fatores de risco, destaque para a hereditariedade (responsável por 5% a 10% dos casos), menopausa e menarca tardia, reposição hormonal, obesidade, tabagismo e alcoolismo, além do uso do contraceptivo.
Por outro lado, tratamentos mais avançados e com alcance maior sobre a população colaboram para que as taxas de sobrevida venham aumentando nos últimos anos no Brasil. Exemplo obtido na região é o índice do Hospital da Mulher, onde a porcentagem de casos de cura está na casa de 80% a 85%, enquanto a média nacional é de 70%.