segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Síria: mudança radical na guerra

Síria: mudança radical na guerra

As causas de uma guerra nunca equivalem a seus horrores e consequências. Mais de 100 mil pessoas já foram mortas em resultado do conflito sírio. “Um milhão de pessoas abandonaram o país. Outros milhões mudaram de lugares de residência dentro da Síria e milhares continuam a atravessar diariamente a fronteira. A Síria avança rapidamente rumo a uma catástrofe de envergadura”, diz António Guterres, alto comissário para os refugiados das Nações Unidas.
 Nos últimos meses, o exército sírio faz recuar sensivelmente as forças da oposição. Desde o ponto de vista militar, tal deveria acontecer mais cedo ou mais tarde.
Ainda no verão de 2011, a oposição, quando começou a combater contra as tropas regulares da Síria, tinha por objetivo afastar do poder Bashar Assad e não alcançar uma vitória militar. Embora os combatentes comuns acreditem até hoje que o entusiasmo e hábitos elementares de disparar são suficientes para vencer, os militares profissionais têm o ponto de vista diferente.
Oficiais, que se passaram aos rebeldes e começaram a combater contra o exército, entendiam perfeitamente que as declarações da oposição sobre a capacidade de derrotar o regime pela força não eram mais que lemas políticos. Mesmo conjugando os esforços e obtendo importante apoio do exterior, os rebeldes nunca tiveram hipóteses para se transformar numa força capaz de resistir às tropas regulares.
Além de centenas de aviões e helicópteros de combate, faz frente aos rebeldes um exército regular, que, pelos cálculos mais modestos, tem 150 mil efetivos e 100 mil voluntários. As tropas sírias têm cerca de 5 mil tanques, 2500 veículos de transporte de pessoal, 500 veículos blindados, 500 canhões de assalto, 400 sistemas de defesa antiaérea Shilka e 1500 obuses. O exército tem um comando único e sistemas de abastecimento e de comunicação. As tropas são treinadas adequadamente e podem compensar eficazmente as perdas. A julgar pelos últimos acontecimentos, a motivação dos militares sírios de combater também é bastante alta.
O número de rebeldes, segundo diferentes estimativas, varia de 30 mil (serviços de inteligência da França e dos EUA) e 100 mil (Grupo de Reconhecimento de Fontes Abertos Jane´s). As últimas ampliações e uniões ostentativas de destacamentos da oposição não impressionaram os militares sírios. As tropas regulares não veem diferença entre seus inimigos que podem ser tanto jihadistas, como rebeldes “justos”. Não é importante também o seu número, se atuarem separadamente. É assim que acontece na Síria. Nas palavras do chefe adjunto do serviço de inteligência do Ministério da Defesa dos EUA, David Shedd, hoje no país há 1200 destacamentos de rebeldes, no mínimo, sem equipamentos pesados. Por isso, apesar de nomes ressonantes, todas as frentes, brigadas e batalhões da oposição não passam de grupos de guerrilha separados.
O lado forte da guerrilha são ações dinâmicas contra um inimigo passivo em sua retaguarda. Um grupo de guerrilheiros torna-se facilmente um alvo para armas pesadas, se não seja capaz de escapar da perseguição das tropas regulares. É exatamente isso que decorre na Síria, onde desde o início de novembro são mortos diariamente de 50 a 70 rebeldes.
O abastecimento das tropas é o mais importante fator do sucesso. Ainda em março o jornal governamental Al-Watan escrevia que o exército sírio tem suficientes forças para combater durante vários anos. Não se conhece se for assim, mas, pelo visto, os armazéns militares e o tesouro do país ainda não estão vazios.
Ainda há pouco tempo que os destacamentos oposicionistas tiveram canais estáveis de fornecimentos. Mas, quando entre os rebeldes foram fixados agrupamentos ligados à Al-Qaeda, o Ocidente começou a proceder com muito cuidado em relação à oposição. Ao que tudo indica, este exemplo foi imitado pela Turquia.
O último exemplo: atualmente, quando as tropas sírias estão cercando a cidade de Aleppo, o correspondente da Associated Press transmite queixas de rebeldes – fluxos de armas e munições através da fronteira com a Turquia diminuíram bruscamente, “porque Ancara se preocupa cada vez mais com o papel marcante de extremistas islâmicos”. Um comandante de campo disse numa conversa telefônica: “Não sei realmente o que acontece com a Turquia ou o Conselho (Conselho Militar de Aleppo). Não recebemos nada – é só isso que conheço”.
Será que as forças da oposição terão hipóteses para deter o avanço das tropas em Aleppo e em outras direções, se a Turquia recomeçar fornecimentos? A resposta, pelo visto, só pode ser negativa.
Foto: EPA
Créditos: Voz da Rússia

domingo, 17 de novembro de 2013

Papa Francisco alerta contra falsos líderes

O papa Francisco pediu a seus fieis neste domingo, dia 17, que não se deixem enganar pelos "líderes deste mundo", que querem "atrair para si mentes e corações". O Papa disse que "existem falsos salvadores" que tentam substituir Jesus. "Não vão atrás deles", pediu.
      O Pontífice apontou, durante o Angelus, que Cristo advertiu contra aqueles que "virão em meu nome" com um convite ao "discernimento". (ANSA)
Foto:    EBC
Créditos: Jornal do Brasil

Israel e Arábia Saudita preparam ataque conjunto contra o Irã

Israel e Arábia Saudita preparam ataque conjunto contra o Irã

Israel e a Arábia Saudita estão elaborando um plano conjunto para atacar o Irã, caso os resultados das negociações sobre a questão nuclear iraniana sejam insatisfatórios, escreve o jornal britânico Sunday Times, citando fontes anônimas.
 Israel e a Arábia Saudita estão descontentes com as negociações. Ambos os países acreditam que o potencial acordo com o Irã não será suficientemente duro e não poderá excluir a possibilidade de Teerã desenvolver uma arma nuclear. Riad concordou em oferecer sua base aérea a Israel, em caso de um ataque contra o Irã, e também tem a intenção de ajudá-lo com drones, helicópteros de resgate e aviões de carga.
Créditos: Voz da Rússia

Ministros do STF questionam decisão de Barbosa sobre prisões do mensalão

A expedição dos respectivos mandados de prisão de 12 réus do mensalão durante o feriado e final de semana gerou algumas críticas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao presidente da Corte e relator do caso, Joaquim Barbosa. Dos 12 mandados expedidos, apenas um não foi cumprido, o do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que fugiu para a Itália. Outros 11 presos, entre eles o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o publicitário Marcos Valério, se entregaram à Polícia Federal (PF) em seus respectivos Estados e, em seguida, levados para Brasília.
A medida tomada por Barb
osa de expedir os mandados de prisão em pleno feriado foi vista com ressalvas por alguns colegas da Corte. Eles afirmaram a pessoas próximas que não ficou claro no julgamento de quarta-feira como ocorreria a prisão dos réus do mensalão nem mesmo se houve a proclamação oficial do resultado do julgamento.
No final da sessão de quarta-feira, quando ficou decidido que as penas seriam executadas imediatamente, o presidente do STF começou a proclamar o resultado, mas foi interrompido por colegas durante a discussão relacionada à execução das sentenças. No final da sessão, Barbosa apenas disse: “Eu trarei amanhã (quinta-feira), eventuais aperfeiçoamentos à proclamação (de resultado) sugerida pelo ministro Luiz Fux. Está encerrada a sessão”.
No dia seguinte, Barbosa frustrou as expectativas e não citou o resultado do julgamento do dia anterior, determinando apenas a aprovação da ata de julgamento. Em tese, conforme alguns advogados, essa falha na proclamação do resultado pode gerar questionamentos e embasar eventuais pedidos de relaxamento de prisão dos réus. Em caráter reservado, nem mesmo os ministros entenderam se houve ou não a proclamação do resultado. Ministros também admitiram que isso é passível de questionamento futuro.
Alguns ministros também levantaram dúvidas sobre a determinação de Barbosa para que os 12 condenados fossem presos em Brasília antes de encaminhá-los aos seus respectivos domicílios prisionais. Um trâmite considerado inédito em termos de execução penal no País, já que, normalmente, presos condenados seguem direto para as unidades prisionais onde vão cumprir pena. Além disso, há casos como o do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que deverá inicialmente cumprir a pena em regime semiaberto e que está abrigado temporariamente em regime fechado. A defesa de Dirceu classificou isso como um “gravíssimo equívoco” e, assim como o advogado do ex-presidente do PT José Genoino, entrou com recurso.
Para pessoas próximas, o ministro Ricardo Lewandowski, por exemplo, classificou a prisão e a transferência dos presos para Brasília como um “mero espetáculo”. Do outro lado, o ministro Gilmar Mendes se disse “aliviado” por “finalmente chegarmos a um desfecho desse caso”. Apesar de não concordarem com os métodos, ministros contrários ao posicionamento de Barbosa admitem que é de responsabilidade dele a execução das prisões, independentemente da opinião do plenário.
Todos os ministros são favoráveis à execução de sentenças sobre as quais não cabe mais recurso, como as dos réus sem direito aos embargos infringentes, como é o caso de Henrique Pizzolato, e aquelas condenações que não foram alvo de embargos infringentes, como as de corrupção ativa de Dirceu. Mas eles acreditam que o presidente do STF poderia esperar mais uma semana para prestar melhores esclarecimentos de como seriam as prisões. “Não entendi essa pressa toda”, admitiu um ministro em caráter reservado ao iG.
Nos corredores do Supremo, a execução de prisão dos réus do mensalão em pleno feriado de Proclamação da República soa como mais um capítulo a ser utilizado pelo presidente do STF em uma eventual carreira política no futuro. Barbosa nega veementemente qualquer pretensão, mas admitiu pensar sobre o assunto quando deixar o Supremo.
Por Wilson Lima - iG Brasília 
Foto:EBCCréditos; Portal IG

Paraíba ganhará 6 shoppings que trarão até14,5 mil empregos

Área interna do Shopping Manaíra

Seguindo a tendência do País, e especialmente da região Nordeste, a Paraíba se prepara para inaugurar nos próximos dois anos seis novos shoppings centers. Desse total, dois serão edificados em Guarabira e Bananeiras, cidades consideradas de pequeno porte do Brejo paraibano, confirmando também a inclinação de interiorização desses empreendimentos.
Além disso, dois dos maiores shoppings do Estado - Manaíra e Boulevard - vão ampliar suas instalações. Ao todo, serão investidos quase R$ 870 milhões nas obras de edificação dos novos shoppings. A previsão é que quando estiverem em pleno funcionamento cheguem a gerar cerca de 14,5 mil empregos.
Segundo o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Luis Augusto Ildefonso, esse aumento de empreendimentos foi proporcionado pela estabilidade econômica do País, e a ascensão de classe social de 52 milhões de brasileiros. “Eles ascenderam e foram direto ao consumo de shoppings, criaram o hábito de adquirir seus produtos diretamente nesses estabelecimentos”, disse.
Ildefonso lembrou que com essa ascensão, os shoppings deixaram de ser projetados apenas para receber pessoas da classe A, como acontecia há dez anos. “Hoje eles vivem pelo consumo das classes A, B, C e até mesmo a D. Com 52 milhões de emergentes, rapidamente sentiram a necessidade de se adaptar. Antes essa camada da população entrava temerosamente em um shopping, comia um simples sanduíche, e tinha receio de entrar nas lojas. No entanto, quando perceberam que os preços eram os mesmos de rua, e que seu poder aquisitivo lhe dava condições, eles entraram com tudo, o que causou um aumento nas vendas”, destacou.
Créditos: Portal Correio

Chile vai às urnas em uma das eleições mais disputadas desde a democracia



 As eleições presidenciais de domingo (17) no Chile serão as mais disputadas desde o retorno à democracia, há 24 anos. Nunca houve tantos candidatos (são nove), nem tantas mulheres (são três as candidatas). E, apesar de todas as pesquisas de opinião indicarem que a socialista Michelle Bachelet será a vitoriosa, conquistando um segundo mandato presidencial de quatro anos, existem muitas dúvidas em relação ao futuro: desde os protestos estudantis de 2011, os chilenos mostraram que querem mudanças mais profundas, além da estabilidade política e econômica, conquistada nas últimas duas décadas.
“Avançamos muito nas últimas duas décadas, mas existem muitos sinais de que o ciclo, que inauguramos com o fim da ditadura, está chegando ao fim”, disse, em entrevista à Agência Brasil, o analista político Ernesto Ottone. “Recuperamos a democracia, promovemos o crescimento econômico e reduzimos drasticamente a pobreza. Não há inflação e o desemprego é baixo. Mas o Chile ainda é um país com altos índices de desigualdade social e a classe média agora tem mais expectativas. Um exemplo foi o movimento estudantil, que colocou milhares de jovens nas ruas em 2011, exigindo educação gratuita e de qualidade para todos”.
O problema é que o novo governo, seja ele qual for, não poderá avançar muito, sem reformar a Constituição. A atual, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), limita a atuação dos políticos: nenhuma reforma profunda pode ser realizada sem um consenso. Pelo atual sistema eleitoral chileno, o presidente eleito só terá maioria no Congresso se seus candidatos a deputado e a senador dobrarem os votos do concorrente.
“Foi um sistema desenhado para promover um empate entre dois blocos, de esquerda e de direita. Então, não importa se você escolheu um candidato de esquerda, por causa de suas promessas. Ele só pode fazer o que prometeu se negociar com a direita, e o resultado acaba sendo algo intermediário, que deixa a todos insatisfeitos”, explicou a prefeita de Santiago, Carolina Toha , aliada de Michelle Bachelet.
Mas até Rolf Luders, que foi ministro da Economia na ditadura, concorda que esse sistema já não funciona, porque hoje em dia os chilenos já não acreditam nos políticos – não importa o partido.
Uma incógnita dessas eleições diz respeito a quantos dos 12 milhões de chilenos em idade de votar irão às urnas. Pela primeira vez, o voto é opcional. Além de presidente (no Chile não há vice), os chilenos escolherão deputados federais e senadores. Michelle Bachelet dedicou boa parte de sua campanha para convencer os chilenos a votarem: ela pode ter a vitória assegurada, mas precisa conseguir o maior número possível de votos no Congresso, se quiser cumprir as promessas feitas.
Um dos temas principais dessa campanha é a reforma educacional. No Chile, todas as universidades são pagas e caras. Os estudantes pedem educação gratuita e de qualidade para todos. Atualmente, quem quer ter uma carreira universitária e não tem dinheiro precisa pedir um crédito, o qual levará dez anos para ser pago.
Outros temas da campanha são a estatização da água e do cobre, ambos privatizados na ditadura militar, além de uma reforma tributária e a reforma da Constituição.
Créditos: Agencia Brasil

Palmeiras é campeão brasileiro da série B 2013


Palmeiras derrota Boa Esporte com facilidade e é campeão da Série B

O Palmeiras sagrou-se neste sábado(16) campeão brasileiro da série B, ao vencer o Boa Esporte por 3-0, em jogo da 36ª rodada. 
O Chapecoense, segundo classificado, também sobe ao primeiro escalão, quando ainda estão por realizar as duas rodadas finais. Felipe Menezes, Leandro e Juninho assinaram os gols na vitória palmeirense.

Foto: Reprodução/Gazeta Press