domingo, 8 de dezembro de 2013

Temporal causa destruição e mortes na Bahia

Chuva em Lajedinho (Foto: Marcos Antônio Oliveira/Arquivo Pessoal)Um temporal causou destruição e mortes na noite de sábado (7), no município de Lajedinho, a cerca de 355 km de Salvador, na região da Chapada Diamantina. Até as 20h (horário da Bahia) deste domingo (8), a Defesa Civil do Estado e o prefeito do município confirmaram a localização de 10 corpos após a enxurrada que destruiu casas e arrastou carros. Sete pessoas estão desaparecidas. A Defesa Civil aponta que cerca de 200 famílias tiveram suas casas afetadas pelo temporal e ficaram desalojadas ou desabrigadas. Moradores relataram que o nível da água chegou a dois metros de altura. Segundo o prefeito Antonio Mario Lima, entre as 10 vítimas, dois corpos foram arrastados pela enxurrada para fora da cidade e encontrados por um fazendeiro, já no limite com o município de Ruy Barbosa, a 8 km de distância.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, choveu em 2 horas cerca de 120mm. O imóvel da Prefeitura de Lajedinho também foi atingido pela enxurrada, diversos equipamentos e documentos foram destruídos. A sede da Assistência Social também foi afetada.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Paulo Sérgio Luz, as buscas por pessoas desaparecidas continuam. Por volta das 12h40, o órgão tinha a informação de dez desaparecidos. De acordo com dados do IBGE, Lajedinho possui cerca de 4.079 habitantes.
Leia mais no portal G1
créditos: G1

STF deve decidir nesta semana se empresa pode financiar campanha política

Na próxima quarta-feira(11) O Supremo Tribunal Federal (STF) decide se empresas privadas podem fazer doações para candidatos e partidos políticos durante campanhas eleitorais. Está na pauta de julgamentos do tribunal uma ação na qual a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pede que sejam declarados ilegais trechos da legislação que autorizam o financiamento de campanhas eleitorais por pessoas jurídicas. O processo, cujo relator é o ministro Luiz Fux, é o primeiro item da pauta da sessão de quarta. Mas cabe ao presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, decidir o que será julgado primeiro.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi protocolada pela OAB em 2011. A entidade pediu uma decisão liminar (provisória) para proibir que as empresas financiassem campanhas, mas Fux decidiu que o tema deveria ser avaliado em definitivo pelo plenário em razão da "inegável relevância social". Em junho, Fux realizou audiência pública para ouvir argumentos favoráveis e contrários a doações de empresas para candidatos e partidos. Em outubro do ano passado, a Procuradoria Geral da República enviou parecer concordando com a ação da OAB e opinando pela inconstitucionalidade do financiamento por parte de empresas.
O documento, assinado pelo ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel afirmou que "a opção legislativa pela possibilidade de doações por pessoas jurídicas permite uma nefasta cooptação do poder político pelo poder econômico". Gurgel afirmou ainda ser contrário à regra que permite uso de recursos próprios dos candidatos durante a disputa por causar, segundo ele, "disparidade crassa entre as possibilidades competitivas e de êxito eleitoral dos cidadãos ricos e pobres". A Procuradoria pediu que, caso o Supremo declare as normas inconstitucionais, dê prazo de 24 meses para que o Congresso Nacional faça uma nova lei sobre financiamento de campanha para não se criar uma "lacuna jurídica".O atual procurador Rodrigo Janot deve falar em plenário sobre o tema na próxima quarta. Em fevereiro deste ano, o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho, pediu ao STF, logo após assumir o mandato na entidade, "preferência" para a análise do tema.
Créditos: EXPRESSOMT

Brasil e China lançam novo satélite de sensoriamento remoto

 Brasileiros e chineses colocam em órbita na segunda-feira (9) o quarto satélite de sensoriamento remoto produzido pelos dois países. À 1h26, horário de Brasília, será lançado o satélite que vai mapear e registrar os territórios e atividades agrícolas, desmatamento, mudanças na vegetação e expansão urbana.
O projeto faz parte do Programa Sino-Brasileiro de Satélites de 
Recursos Terrestres (Cbers, na sigla em inglês) e será lançado após três anos de ausência nesse nível de monitoramento, devido à desativação do anterior e a atrasos na nova operação.
Integrado ao foguete Longa Marcha 4B, o Cbers-3 vai viajar durante apenas 12 minutos e atingir 780 quilômetros de altitude, quando iniciará a etapa de estabilização e de entrada em órbita. Após ser posicionado e ter seus equipamentos acionados, o satélite passará por uma fase de checagem dos equipamentos e da qualidade das imagens, para, três meses depois, serem disponibilizadas ao público.
O Cbers-3, construído pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, retoma a transmissão de imagens enviadas anteriormente pelo Cbers-2B, que deixou de funcionar em 2010. Antes, o Cbers-1 e o Cbers-2 tinham sido enviados por Brasil e China em 1999 e 2003, respectivamente.
Para o Coordenador do Segmento de Aplicações do Programa Cbers, José Carlos Neves Epiphânio, mesmo com a interrupção do monitoramento feito pelos satélites Cbers, o Inpe manteve acordos com outros países para que os dados sobre o Brasil continuassem sendo usados. O órgão mantém um catálogo de imagens feitas por diversos satélites e disponíveis gratuitamente na internet, no endereço http://www.dgi.inpe.br/CDSR/.
O investimento brasileiro na construção do Cbers 3 chegou a R$ 300 milhões, entre as despesas do instituto, da contratação de empresas especializadas e da compra de equipamentos. De acordo com o coordenador, os efeitos da disponibilização das imagens a pesquisadores, instituições de ensino e cidadãos comuns conseguem superar o valor gasto. “Se há um programa caro neste país que se pagou é o CBERS, porque o benefício social é uma coisa espantosa.”
Segundo Epiphânio, que é pós-doutor em sensoriamento remoto, a construção do Cbers-3 foi dividida igualmente entre os dois países. Nos modelos anteriores, a China era responsável pela produção de 70% do satélite. Uma vez assinado o acordo, é definido o país que vai fabricar cada componente, como painel solar, controle térmico, sistema de gravação, além das câmeras que, acopladas ao satélite, produzem as imagens usadas em estudos ecológicos, industriais, geológicos e agrícolas.
“O legal do CBERS-3 é que ele vai ter um kit de câmeras bastante versátil. As câmeras foram totalmente remodeladas e, com isso, as fotos serão mais detalhadas. Será possível notar, por exemplo, a composição colorida dos objetos”, explica. Segundo Epiphânio, duas das quatro câmeras do satélite foram produzidas no Brasil.
Ele explica que o projeto para o Cbers-3 foi feito de acordo com o Cbers-4, que deve ser lançado daqui a dois anos. Como a responsabilidade é compartilhada, caberá aos brasileiros a organização do lançamento, sendo ou não no território brasileiro. A expectativa, segundo ele, é grande. Os engenheiros brasileiros estão confiantes porque foram feitos todos os testes, e o histórico do lançador de foguetes é satisfatório.
Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Antonio Raupp, e das Comunicações, Paulo Bernardo, acompanharão o lançamento em Taiyuan, província chinesa de Shanxi. No mês passado, o assunto foi discutido pelo vice-presidente, Michel Temer, quando chefiou a delegação brasileira na reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).
Créditos: Agencia Brasil

Vitória na OMC afunda jornalismo do contra

Edição/247 Fotos: Reuters | Shutterstock | Reprodução:  A tendência da maioria dos analistas da mídia brasileira em sempre enxergar fracasso mesmo nas situações mais positivas da economia e da política brasileira teve novo revés neste fim de semana. Colunistas, como o conservador Reinaldo Azevedo (de Veja.com e Folha), e seu aprendiz, Demétrio Magnoli (de Folha), foram extremamente pessimistas com a ação do brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). E viram suas previsões falharem diante do acordo mundial histórico fechado neste sábado (7), para derrubar barreiras comerciais e gerar até 1 trilhão de dólares em negócios.
O "The New York Times", principal jornal do mundo, viu o resultado final da reunião da OMC na Ilha de Bali, na Indonésia, como "um marco para os 159 membros" do organismo internacional. E disse mais: o acordo "resgata a OMC à beira do fracasso e irá reacender a confiança em sua capacidade de reduzir as barreiras ao comércio mundial após 12 anos de negociações infrutíferas" (leia artigo original - em inglês - aqui).
Mas os colunistas da mídia nacional, até a manhã deste sábado, viam o acordo da OMC como "um desastre". Para Demétrio Magnoli, em sua coluna na Folha, a OMC seria reduzida à condição de "ente vestigial, um tribunal de contenciosos comerciais". E continua na onda negativa: "O fracasso atinge em cheio o Brasil, evidenciando uma sequência de erros de política externa causados pela subordinação do interesse nacional ao imperativo da ideologia", escreveu Magnoli, acrescentando que "não faltaram alertas".
Diante do acordo firmado, ainda bem que esses "alertas" não foram ouvidos. Um desses gritos contra a OMC, que está desde maio nas mãos de um brasileiro, o Roberto Azevêdo, foi de outro Azevedo, o Reinaldo. O que ele disse? "Azevêdo na OMC significa que o resto do mundo aplaude a nossa incompetência. Até porque os EUA, a União Europeia, a China, o Canadá, o Chile e o Peru continuarão a fazer os seus acordos bilaterais, independentemente do evangelho de Azevêdo. Poderão até declarar o Brasil campeão moral do multilateralismo, mas continuarão mesmo a ganhar dinheiro com o bilateralismo".
A visão dos "fracassomaníacos" se mostrou equivocada. Mais uma vez. Graças a capacidade de um diplomata brasileiro, o mundo se surpreendeu com um acordo comercial que poderá ajudar a tirar os países da crise. Articulador da vitória de Azevêdo na OMC, o ministro Fernando Pimentel destacou desde o início "sua capacidade para o diálogo e construção do consenso". Acertou em cheio.
Na previsão que fez em maio, em artigo que publicou na Folha, Pimentel usou os seguintes termos: "Que entre para a história pelas razões mais nobres uma gestão que resgate a importância do multilaterismo e devolva à OMC sua função de reguladora das relações comerciais globais". É, Pimentel, a atuação de Roberto Azevedo já entrou para a história.
Créditos: Brasil 247

500 mil pessoas ficam incapacitadas por ano devido a lesões na medula

 Cerca de 500 mil pessoas ficam incapacitadas anualmente devido a lesões na medula espinhal, revelou estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O estudo, apresentado em Genebra, na Suíça, foi o primeiro elaborado em nível mundial sobre esta área da saúde. "A lesão espinhal é uma condição muito complexa do ponto de vista médico e com forte impacto na vida diária dos doentes", disse o diretor do departamento de Violência e Prevenção de Lesões e Incapacidades da OMS, Etienne Krug.
Segundo o estudo, cerca de 90% das lesões são causadas por traumas, como acidentes de carro, quedas de grandes alturas ou violência. Os percentuais, no entanto, variam de acordo com as regiões. Na África, por exemplo, 70% lesões da medula espinhal se devem a acidentes de trânsito; percentual que na Oceania cai para 55%. No Sudoeste Asiático e na zona oriental do Mediterrâneo, as quedas de grandes alturas representam cerca de 40% dos casos. No caso das lesões não traumáticas, as principais causas são tumores, espina bífida (má formação congênita da coluna vertebral) e a tuberculose – doença que na África Subsaariana representa um terço das lesões medulares não traumáticas.
Segundo o relatório, os homens têm mais risco de sofrer lesões na medula entre os 20 e os 29 anos e a partir dos 70 anos. As mulheres tem mais probabilidade de sofrer uma lesão dessa natureza entre os 15 e os 19 anos e depois dos 60.
O relatório alerta também que esse tipo de lesões contribui para o desenvolvimento de patologias secundárias que podem ser letais, como tromboses, infecções urinárias, ulceras ou complicações respiratórias. Além das consequências físicas, como a incapacidade ou a dor crônica, as lesões medulares têm também repercussões emocionais. Entre 20% e 30% das pessoas afetadas mostram sinais de depressão clinicamente significativos, indicou a coordenadora de Incapacidades e Reabilitação da OMS, Alana Officer.
O relatório informa que, no caso de crianças com lesão medular, a probabilidade de começarem a frequentar a escola é menor e, uma vez matriculadas, têm menos possibilidade de progredir. Em relação a adultos e mercado de trabalho, pessoas com esse tipo de lesão têm taxa de desemprego global de 60%.
Para a coordenadora da OMS, muitas consequências não são derivadas da lesão em si, mas da falta de atenção médica adequada no momento do acidente e no tratamento de reabilitação posterior; além das barreiras físicas e sociais que excluem estas pessoas da participação nas comunidades.
"Um diagnóstico rápido, a estabilização das funções vitais, a imobilização da medula para preservar as suas funções neurológicas e o controle sanguíneo e de temperatura corporal são cuidados que os lesionados devem receber no prazo de duas horas após o acidente", enfatizou a organização.
Créditos: Rede Brasil Atual

Banco Cidadão impulsiona jovens na criação de micronegócios

Jovens que não conseguem uma colocação no mercado de trabalho ou decidem se tornar empreendedores têm no Banco Cidadão da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) uma oportunidade para desenvolver suas atividades. A linha de crédito Jovem Empreendedor já emprestou a quantia de mais de R$ 422 mil, tendo beneficiado 149 jovens.

Este apoio ao jovem deverá aumentar no próximo ano, quando entrar em operação o Programa Territórios Empreendedores, que vai percorrer 27 comunidades de João Pessoa, oferecendo capacitação e microcrédito.
O universo de jovens atendidos pelo Banco Cidadão é bem maior do que a linha específica para as pessoas desta faixa etária. Secom - JP.
Créditos: Paraíba Total

Pesquisador da UERJ cria aplicativo com 64 rádios comunitárias

Facilitar e ampliar o acesso a rádios comunitárias do mundo inteiro foram inspirações para o jornalista Arthur William, pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) para criar o aplicativo RadCom (com versões para web, Iphone e Android). A premissa é que as culturas, as vozes e os ideais locais devem ser valorizados, e chegarem cada vez mais longe. A tecnologia, que reúne inicialmente 64 rádios comunitárias de 17 países, está preparada para cadastrar novas emissoras do mesmo gênero.
O aplicativo surgiu a partir de oficinas do projeto Rebaixada, que pesquisa e experimenta mídias alternativas e ativistas. “Existem outros aplicativos para ouvir rádios em smartphones, só que é difícil fazer esse filtro pelas emissoras comunitárias. E sabemos que a maioria das disponíveis nesses Apps é comercial”, explicou o pesquisador. O aplicativo reúne estações ligadas a redes livres e comunitárias, como AMARCProjeto Dissonante, Rizoma de Rádios Livres e o Projeto Orelha.
 O conceito principal do app, de acordo com o pesquisador, é que as novas tecnologias permitem uma nova ideia de comunidade. “Não é territorial”, aponta Arthur William. Sob essa ideia, as comunidades podem extrapolar fronteiras e culturas, conhecer novas experiências e manter o valor das próprias raízes. Outro detalhe é que o produto foi feito em software livre (saiba o que é). “Com baixo orçamento e poucos recursos podemos inovar e fazer uma comunicação que esteja próxima das pessoas, já que boa parte tem o celular como principal dispositivo no cotidiano", defende o pesquisador.
A iniciativa possibilita também a navegação por meio de um mapa interativo. O app pode ser baixado no site http://rebaixada.org/radcom. O projeto “Rebaixada”, que originou o aplicativo, foi resultado da pesquisa de mestrado de Arthur William, interessado em estudar as comunicações de periferias urbanas do Rio de Janeiro de alguma forma afetados ou isolados por obras para Copa do Mundo e Olimpíadas.
Créditos: Portal EBC