Facilitar e ampliar o acesso a rádios comunitárias do mundo inteiro foram inspirações para o jornalista Arthur William, pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) para criar o aplicativo RadCom (com versões para web, Iphone e Android). A premissa é que as culturas, as vozes e os ideais locais devem ser valorizados, e chegarem cada vez mais longe. A tecnologia, que reúne inicialmente 64 rádios comunitárias de 17 países, está preparada para cadastrar novas emissoras do mesmo gênero.
O aplicativo surgiu a partir de oficinas do projeto Rebaixada, que pesquisa e experimenta mídias alternativas e ativistas. “Existem outros aplicativos para ouvir rádios em smartphones, só que é difícil fazer esse filtro pelas emissoras comunitárias. E sabemos que a maioria das disponíveis nesses Apps é comercial”, explicou o pesquisador. O aplicativo reúne estações ligadas a redes livres e comunitárias, como AMARC, Projeto Dissonante, Rizoma de Rádios Livres e o Projeto Orelha.
O conceito principal do app, de acordo com o pesquisador, é que as novas tecnologias permitem uma nova ideia de comunidade. “Não é territorial”, aponta Arthur William. Sob essa ideia, as comunidades podem extrapolar fronteiras e culturas, conhecer novas experiências e manter o valor das próprias raízes. Outro detalhe é que o produto foi feito em software livre (saiba o que é). “Com baixo orçamento e poucos recursos podemos inovar e fazer uma comunicação que esteja próxima das pessoas, já que boa parte tem o celular como principal dispositivo no cotidiano", defende o pesquisador.
A iniciativa possibilita também a navegação por meio de um mapa interativo. O app pode ser baixado no site http://rebaixada.org/radcom. O projeto “Rebaixada”, que originou o aplicativo, foi resultado da pesquisa de mestrado de Arthur William, interessado em estudar as comunicações de periferias urbanas do Rio de Janeiro de alguma forma afetados ou isolados por obras para Copa do Mundo e Olimpíadas.
Créditos: Portal EBC
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