terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Dilma destina um orçamento recorde para programas sociais em 2014

Dilma destina um orçamento recorde para programas de distribuição de renda em 2014

Em um discurso marcado pela prestação de contas de 10 anos de PT no comando do executivo brasileiro, a presidente Dilma Rousseff disse durante a abertura da IX Conferência Nacional de Assistência Social, que o desenvolvimento social garante o desenvolvimento econômico do país.


"Estamos, na prática, confirmando o nosso mestre Celso Furtado. Ele dizia que crescimento só se transforma em desenvolvimento quando o projeto social prioriza a melhoria das condições de vida da população", afirmou Dilma.
O discurso favorável aos projetos de distribuição de renda faz todo o sentido para a presidente. Principalmente no instante em que já se joga clara e abertamente as fichas pela eleição presidêncial no segundo semestre do ano que vem, pleito em que Dilma é claramente favorita - a julgar pelas pesquisas que medem a popularidade de seu governo.
Não à toa, numa rápida análise do projeto de lei orçamentária para 2014 enviado pela presidente à câmara, fica evidente o quanto o governo planeja se escorar nas políticas de distribuição de renda neste último ano de mandato. Se aprovado pelos deputados, Programas como Bolsa Família, Mais Médicos e o Minha Casa, Minha Vida serão destinatários de um volume recorde de verba pública.
Como mostrou reportagem publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, o recém-criado Mais Médicos é o campeão em ampliação de verbas. O programa que prevê a captação de médicos estrangeiros para áreas do país com poucos profissionais de saúde - para o desespero das associações de médicos brasileiros - tem um aumento de 179,6% nas verbas, saltando dos atuais R$ 540 milhões (US$ 232,7 milhões) neste ano para R$ 1,51 bilhão (US$ 650,8 milhões) em 2014. Como um todo, a saúde brasileira, fonte de muitas críticas do eleitorado de Dilma, vai receber um incremento significativo de recursos: de R$ 90,5 bilhões (US$ 39 bilhões) para R$ 95 bilhões (US$ 41,25 bilhões), pouco mais de 8% do Produto Interno Bruto nacional.
Na sequência, aparecem os investimentos em educação (R$ 82,3 bilhões, cerca de R$ 25,4 bilhões acima do valor mínimo exigido constitucionalmente) e o Bolsa Família, apregoado por muito como o principal legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no campo. O programa deverá movimentar R$ 24,65 bilhões no ano que vem (0,47% do PIB). Como base de comparação, no ano em que foi inaugurado, em 2004, o programa tinha verba orçamentária de 0,29% do PIB.
A proposta que estabelece o Orçamento da União para 2014 passará nesta terça-feira, 17, pela Comissão do Orçamento. Em seguida, será encaminhada ao plenário do Congresso, onde será apreciada por deputados e senadores. A previsão para o ano que vem é de um orçamento de R$ 2,38 trilhões. Os fatos citados e as opiniões expressas são de responsabilidade do autor. Renato Jakitas
Créditos: Voz da Russia

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