O Ministério Público Estadual (MPE) paulista investiga 84 empresas suspeitas de integrar um esquema para fraudar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Segundo a Controladoria Geral do Município, o esquema pode revelar ter ligação das empresas investigadas com fiscais da Prefeitura – o golpe consistia em alterar a metragem e a classificação de grandes construções, incluindo shoppings centers e universidades, para que as empresas pagassem menos imposto.
A fraude consistia em alterar a metragem de grandes construções para que os empresários pagassem menos imposto. , o perfil das empresas envolvidas é amplo, incluindo shoppings centers, universidades e grandes construções.
Segundo o promotor de Justiça responsável pelo caso, Marcelo Mendroni, havia indícios da fraude desde o ano passado, surgidos durante a análise de documentos encontrados com o fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, um dos envolvidos noo escândalo do ISS (Imposto Sobre Serviços).
Mendroni disse que a análise de fichas cadastrais de imóveis, preenchidas a mão por Magalhães, era diferente do que mostravam os arquivos da Prefeitura. "A Controladoria usou fotos de satélite para checar a metragem das áreas", contou. O estudo mostrou que a área real de alguns imóveis chegava ao dobro dos números apontados pelo fiscal.
Ainda segundo o promotor, além dos fiscais já investigados pela máfia do ISS, de cinco a 10 outros auditores da prefeitura paulistana podem ter sua participação no esquema descoberta. Eles cobrariam propina das empresas em visitas "de trabalho", quando calculavam o imposto correto para calcular o valor pelo "desconto" na metragem lançada para os cálculos.
A promotoria disse ainda não ter um cálculo exato do prejuízo causado à cidade pela ação criminosa, nem precisar há quanto tempo o esquema estaria em prática. Até a tarde deste sábado (1º), nenhuma ordem de prisão havia sido decretada.
Créditos: Rede Brasil Atual