O chefe da diplomacia síria, Walid Muallem, acusou hoje os rebeldes de impedirem a entrada da ajuda humanitária em Homs ao exigirem um corredor humanitário para saírem com as suas armas e levarem a violência para outros locais.
Um dos principais líderes da oposição em Homs ameaçou que, se um comboio (de ajuda) entrasse, abriria fogo, porque o que quer não é ajuda mas sair com as suas armas para outras cidades, disse o ministro no final das conversações em Genebra.
O regime sírio aceitou no domingo permitir a retirada de mulheres e crianças das zonas de Homs controladas pelos rebeldes e cercadas há meses pelo exército, mas os rebeldes pediram que, antes, fosse encaminhada ajuda humanitária e dadas garantias de que aqueles que abandonassem Homs não seriam detidos.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, há cerca de 3.000 pessoas na zona cercada de Homs, onde a Cruz Vermelha não entra desde 2012.
Sobre as negociações da chamada conferência de paz Genebra II, Muallem, que chefiou a delegação enviada pelo regime de Bashar al-Assad, considerou não terem sido alcançados resultados tangíveis», responsabilizando a oposição, que acusou de «falta de responsabilidade e de seriedade».
Segundo o ministro, os representantes da oposição foram a Genebra com a vontade de impor as suas exigências.Disse em Montreux (onde decorreram os primeiros dois dias de conversações) que ninguém pode substituir a direção síria, disse Muallem.
Um dos principais pontos de divergência entre a oposição e o regime é que a primeira exige o afastamento de al-Assad, o que é recusado pelo governo.
Muallem recuperou por outro lado as críticas que já tinha feito aos Estados Unidos, afirmando que Washington fornece armas às forças da oposição na convicção, errada na sua opinião, de que há grupos moderados.
Não há moderados (...) são tudo organizações terroristas, disse.
Do Diário Digital com Lusa
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