domingo, 9 de fevereiro de 2014

Forte nevasca deixa 11 mortos e causa cortes de energia e transporte no Japão

Tóquio amanheceu coberta de neve (Foto: Aflo Images)A intensa tempestade de neve, que começou na madrugada de sábado (8), castigou o leste do Japão, provocando acidentes de trânsito, cortes de energia e interrompendo sistemas de transporte ferroviário e aéreo. Até o momento, já foram registradas 11 mortes.
A capital japonesa acumula 27 centímetros de neve, o maior nível em 20 anos. Segundo a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco), operadora da danificada usina em Fukushima, 48 mil casas ficaram sem luz na região. Entre elas, 26 mil continuam sem eletricidade.
Entre sábado (8) e domingo (9), foram registrados diversos acidentes graves de trânsito nas cidades de Ishikawa, Aichi e Nagano, nos quais morreram pelo menos dez pessoas, relatou a emissora pública NHK.
Um homem de 78 anos morreu ao sofrer uma queda enquanto retirava a neve de sua casa, em Chiba, ao leste de Tóquio. Outro idoso, de 69 anos, permanece em estado grave em consequência de um acidente similar.
Segundo a agência Kyodo, as companhias aéreas JAL e ANA também suspenderam voos por conta da nevasca. No aeroporto de Haneda, em capital japonesa, cerca de 98 mil pessoas não puderam pegar seus voos, enquanto em Narita, mais de 8 mil tiveram que passar a noite no aeroporto, já que a maioria dos meios de transporte também se encontravam cancelados.
Quase 300 mil passageiros foram afetados pelos atrasos que a nevasca provocou nas linhas de trem bala Tokaido e Sanyo, que unem Tóquio com a faixa ocidental da ilha de Honshu, a maior do Japão, detalhou a Agência EFE.
A Agência Meteorológica Japonesa alertou que a frente fria se desloca agora para a região nordeste de Honshu, onde a agência decretou o alerta de tempestade de neve e fortes ventos. Nessa região, nas cidades de Miyagi e Fukushima, também sofreram cortes de energia. Do Mundo-Nipo
 (Do Mundo-Nipo com a Emissora NHK, Agência EFE e Agência Kyodo).
Créditos: Mundo-Nipo


Cientistas descobrem novo asteroide

asteroide, espaçoNa lista dos pequenos planetas apareceu mais um nome. Os cientistas do Observatório Astrofísico de Ussuriysk (Seção do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia) descobriram um novo asteroide.

A descoberta única tornou-se possível graças ao mais potente telescópio do sistema Hamilton no Extremo Oriente. Esta aparelhagem foi instalada nesse observatório apenas no outono do ano passado.
Para os cientistas de Ussuriysk, a descoberta do asteroide foi uma verdadeira festa. Os especialistas do observatório conseguiram, pela primeira vez, encontrar um "desconhecido" espacial entre outros corpos celeste do principal eixo de asteroides. “Estudámos durante várias noites o corpo celeste antes de chegar à conclusão sensacional: este asteroide ainda é desconhecido do mundo”, declarou à Voz da Rússia Aleksei Matkin, um dos autores da descoberta:
“Um asteroide é um objeto comum que não representa qualquer perigo para a civilização terrestre. Atualmente, os dados orbitais dele estão a ser precisados para determinar a sua órbita mais precisa. Este é o primeiro asteroide que foi descoberto a partir do território do Extremo Oriente e, nomeadamente, no nosso observatório astrofísico”.
As dimensões do novo asteroide não ultrapassam as centenas de metros. A sua descoberta já foi confirmada no Centro Internacional de Pequenos Planetas de Harvard. O "desconhecido" espacial recebeu um número próprio no catálogo onde estão registados quatro mil e quinhentos pequenos corpos celestes.
Por este número, que é único, pode-se determinar rapidamente quando foi descoberto este ou aquele asteroide, explica o astrónomo Serguei Smirnov:
“Inicialmente, o objeto recebe um número de série prévio. As quatro primeiras cifras equivalem ao ano. No nosso caso: 2014. As letras latinas seguintes significam o intervalo de duas semanas durante o ano. Todo o ano é dividido em vinte e quatro setores. Depois vêm os símbolos que significam o número de série no interior desse intervalo de duas semanas. Só depois do número de série prévio é que o asteroide recebe o nome definitivo. Mas até esse momento podem passar várias décadas. Por enquanto, a maioria dos asteroides continuam apenas com números prévios, sem uma designação permanente”.
Hoje em dia, os cientistas descobrem anualmente até 200 pequenos planetas. Só uma pequena parte dessas descobertas é feita por investigadores russos. Pode dizer-se que o que foi feito no Observatório de Ussuriysk foi, em certo sentido, inesperado. Porque, até recentemente, os seus especialistas dedicavam-se a questões completamente diferentes, continua Serguei Smirnov:
“O Observatório de Ussuriysk foi inicialmente criado para estudar o Sol e a influência da radiação solar na vida do nosso planeta. Foi bom que se tenha alargado a temática do observatório, começaram investigações astrométricas. Por isso, o facto da descoberta do novo asteroide ter sido feita precisamente nesse observatório constituiu uma grande alegria para toda a nossa comunidade científica”.
É possível que o novo asteroide permita abrir ainda mais o véu dos mistérios do Universo. Para isso, considera o cientista russo, deve definir-se a que família pertence este corpo celeste:
“As famílias de asteroides são formadas, por vezes, devido a catástrofes espaciais, quando do choque de diferentes objetos do sistema solar. Ou, se o asteroide passa perto de um corpo grande, como Júpiter ou Marte, podem ocorrer mudanças dramáticas da órbita e até a destruição. Formações particularmente poderosas ocorreram num longínquo passado, há biliões de anos, no início da história do Sistema Solar. Mas podemos observar frequentemente pormenores dessa trituração de pedras: no voo gradual de objetos de uma família em vários sentidos”.
A propósito, precisamente nesta altura, a comunidade astrofísica mundial debruça-se sobre mais um mistério celestial. Os astrónomos do Observatório do Sul da Europa conseguiram literalmente dissecar o corpo do asteroide Itokav, descoberto em 1998. Os cientistas, com a ajuda de medidas supra-precisas, descobriram que suas diferentes partes têm uma densidade e estrutura diferente. Não obstante as investigações continuarem, uma descoberta rara já tem uma grande importância prática, nomeadamente do ponto de vista da luta contra uma possível ameaça asteroide.
Créditos:Voz da Russia

Seca gera desespero: população tem cisternas, mas não tem água

28 açudes na Paraíba estão em estado críticoA dificuldade por água de qualidade, sobretudo nas comunidades rurais da Paraíba causa desespero aos milhares de moradores das 203 cidades em situação de emergência. Afetados pela seca severa, eles esperam por chuvas para diminuir os problemas. Para minimizar os efeitos da estiagem, oferecer condições de convivência com a seca e universalizar o acesso à água, uma das principais alternativas tem sido a inserção de tecnologias sociais no campo, mas não há um programa de gestão eficiente que garanta água para encher os reservatórios e facilitar a vida das pessoas.  Todos os dias, ao sair à porta de sua casa, com um balde na mão para buscar água em uma cisterna que fica há cerca de 400 metros, Maria Aparecida, se depara com a frustração de ter uma cisterna e não ter condições de colocar água. 
Leia a reportagem especial na edição do jornal Correio da Paraíba deste domingo (9).
Créditos: Portal Correio

“Lula: “juiz que quer fazer política, mostre a cara”

ScreenHunter_3250 Feb. 08 16.20O recado de Lula é o recado de alguém que conhece a democracia por dentro. De alguém que tem a democracia em seu próprio DNA. Seu prestígio vem do voto. Lula falou uma verdade dura, que nenhum colunista da grande mídia tem coragem de falar aos ministros do STF.
 Juiz não pode ser político. Juiz tem de ser imparcial, moderado, sábio. Não deve falar sobre causas que está julgando ou irá julgar, o que fere o Código de Ética da Magistratura. Não deve também tomar posições partidárias ou falar mal de partidos (o que dá na mesma), porque isso é vetado na Constituição. Um juiz deve contribuir para a democracia, respeitar suas regras, e não avacalhá-la com invenctivas demogagócias contra as instituições, como costuma fazer Joaquim Barbosa.
Quando a Gilmar Mendes, seu ataque rasteiro aos cidadãos que contribuíram para a campanha dos petistas presos, por acreditarem se tratar de uma injustiça, não merece sequer comentários. É autodesmoralizante. Espero que a interpelação judicial do PT instigue ao menos um debate dentro do STF sobre o assunto. Conteúdo do Portal TIJOLAÇO. 
Créditos: TIJOLAÇO

Devedores devem evitar intermediários para “limpar nome”,

Os consumidores com dívidas, inscritos em algum serviço de proteção ao crédito (SPC) ou na Serasa, que centraliza os serviços de cobrança dos bancos, devem analisar com reservas os anúncios que prometem facilidades para retirar anotações de inadimplência, sem pagamento da dívida.
A advertência é do diretor jurídico da Serasa Experian, Silvânio Covas, para quem essas promessas são formas de enganar o consumidor. "Não existe fórmula mágica para ter a anotação da dívida cancelada, sem que ela seja renegociada ou paga”.
O consumidor deve ter, portanto, toda a atenção necessária na hora de “limpar o nome” para não se tornar vítima de golpistas, e entender que a melhor opção para regularizar uma pendência financeira é procurar diretamente o credor ou obter informações nos postos de atendimento gratuito na Serasa ou no SPC.
Na internet, por exemplo, é fácil encontrar sitesque vendem manuais, kits e CDs com “informações” sobre como tirar uma anotação de inadimplência sem pagar a dívida, muitas vezes com métodos ilegais. Em média, o consumidor desembolsa de R$ 20 a R$ 50 para obter as “dicas”.
Há, ainda, casos de empresas que se oferecem como intermediárias da renegociação da dívida, cobrando pelos serviços e outras taxas, e depois desaparecem sem fazer a quitação do débito. Outras vezes o cliente é orientado a fazer depósito prévio, para assegurar o pagamento do serviço, e ao perceber o golpe, não resta nada a fazer, pois essas empresas não têm endereço físico.
Por tais motivos, recomenda-se que o consumidor evite os intermediários. “Ele próprio pode procurar diretamente o credor ou se informar sobre os procedimentos para quitar a dívida. É mais prático, gratuito e seguro, pois o consumidor terá a certeza de que o débito será pago e a anotação de inadimplência será retirada dos órgãos de proteção ao crédito”, segundo Maria Zanforlin, superintendente de Serviços ao Consumidor da Serasa Experian.
Stênio Ribeiro – Repórter da Agência Brasil Foto: Zito Bezerra
Créditos: Agencia Brasil

Avião contratado pela Sabesp para induzir chuva não funciona, diz especialista

cantareira_Luciano-Claudino.jpg  Iniciada esta semana, a operação contratada pela Sabesp, estatal de abastecimento e saneamento paulista, para tentar induzir chuvas sobre o reservatório Cantareira é vista como inútil por quem acompanha o setor. O processo, chamado de "semeadura de nuvens", é feito pela empresa Modclima e consiste em pulverizar partículas de água entre as nuvens para causar um efeito "bola de neve": somadas à umidade das próprias nuvens, as partículas se transformariam em gotas pesadas demais para flutuar na atmosfera, causando precipitação. Poderia ser uma solução criativa para um quadro emergencial, já que o sistema conta com apenas 22% de sua capacidade total neste verão seco e quente, não fosse o fato de que, com as condições de clima e de infraestrutura atuais, a técnica não funciona.
"Teoricamente, a técnica funciona, mas há condições. Em primeiro lugar, você precisa ter umidade no ar para poder desencadear esse processo, e estamos em período de seca", explica a professora Maria Assunção da Silva Dias, do Instituto de Ciências Atmosféricas da USP. "Além disso, você precisa atingir um grande número de nuvens em um curto espaço de tempo para criar uma chuva suficiente para abastecer um reservatório de água. Não adianta chover em um único ponto, tem de chover muito sobre uma área muito grande da superfície do reservatório", completa. Segundo a professora, mesmo que essas condições fossem atendidas, não existem estudos científicos que comprovem o sucesso da técnica.
"Não entendo com base em qual indicador o governo estadual mantém esses contratos, já que os resultados não podem ser medidos. Toda época de seca eles voltam com os aviões, e os resultados nunca são perceptíveis", comenta Maria Assunção. "A logística para fazer essa teoria funcionar é muito complicada. Existe um momento exato para atingir a nuvem e causar a condensação de gotas, e, se o processo de evaporação já tiver começado, não funciona."
O Sistema Cantareira é um dos maiores do mundo, com área de drenagem de 2.307 km², mas, de acordo comreportagem da TV Cultura de 2009, apenas uma aeronave prestava o serviço de indução de chuva ao governo estadual naquele anoSabesp e Modclima foram procuradas pela RBA para confirmar os valores do contrato, a quantidade de aeronaves que prestam serviço atualmente e os resultados obtidos por meio da prática, mas não ofereceram respostas. Registros no Diário Oficial do Estado, porém, dão conta de que os contratos da Sabesp com a empresa têm valor médio de R$ 1,5 milhão por contratação, sempre feita sem licitação por se tratar da única prestadora de serviço na área. 
LUCIANO CLAUDINO/FRAME/FOLHAPRESS
Créditos: Rede Brasil Atual

Tem emprego no Brasil como nunca se viu

Tem emprego no Brasil como nunca se viu
Em 2013, o país experimentou seu menor índice de desemprego constatado por meio da atual metodologia, com apenas 5.3% da população economicamente ativa sem uma alternativa formal de renda.
  A notícia, na teoria, é boa, sobretudo quando se isola o mês de dezembro, período tradicionalmente turbinado pela oferta de vagas temporárias de trabalho, principalmente no varejo, em função das vendas de natal. No último mês de 2013, o país alcançou 4,3% de desemprego, cenário considerado por muitos de pleno emprego. Mas como eu disse, a história é boa apenas na teoria. Quando se observa os números do levantamento realizado pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, responsável pelas pesquisas em escala federal, nota-se que, na prática, isso não é lá essa coisas.

O desemprego é baixo não devido à economia brasileira em expansão em 2013, o que não aconteceu,  mas, sim, dado à herança de uma conquista já um pouco mais antiga, de sete, oito anos atrás, caracterizada pela expansão da renda da base da pirâmide social, ou se preferir, o aumento do poder de compra dos mais pobres. Explico: com um pouco mais de dinheiro no bolso, as famílias passaram a se dar ao luxo de pisar um pouco no freio, possibilitando que um filho opta-se por estudar  em vez de  trabalhar. Ou a mãe largando a ocupação profissional para cuidar da casa e dos filhos com mais atenção. 
Ao parar de procurar emprego, a mãe e o filho de nosso exemplo abandonaram a condição de economicamente ativas e, consequentemente, não entram mais na base de cálculos de empregados e desempregados da agência de estatísticas federal. Assim, não é que o volume de criação de empregos cresceu, mas foi a população economicamente ativa que diminuiu. E isso é bom para a economia? Na verdade, não. O que faz girar as engrenagens do mercado é o consumo. E quanto mais dinheiro, maior o poder de compra. Então o Brasil perde a demanda de compradores. Não é nenhuma tragédia, claro. O importante é que as pessoas que querem trabalhar, trabalham. Mas também não é para sair por ai soltando rojão.
Aliás, já que estamos falando de trabalho, vale ressaltar uma coisa nesse setor, uma outra características que ganhou visibilidade com o estudo do IBGE - esse dado, já mais preocupante. A atividade industrial está perdendo poder de atração de trabalhadores. Há dez anos, 17,6% das pessoas ocupavam um cargo na indústria aqui no Brasil. Em 2013, esse número caiu para 15,8%. Sabe o que significa isso? Que o setor da economia local que oferece os melhores salários está gerando menos emprego. Na verdade, está reduzindo de tamanho. Quem vem absorvendo essa mão de obra é a área de serviços, a que mais cresce (13,4% para 16,2% em igual período) e, justamente, a que pior remunera.
Caldo azedou
Já que estou no espinhoso campo da economia (prometo não me alongar no tema, mas tenho de aproveitar a rara oportunidade), uma decisão recentemente tomada pelo banco central dos Estados Unidos, o FED (Federal Reserve), azedou a relação dos emergentes com a turma que comanda o mercado financeiro no mundo.
O FED vinha ajudando o mercado norte-americano com um pesado programa de injeção de capital. Por mês, comprava US$ 75 bilhões em títulos de dívidas. Isso deixava os bancos de lá tranquilos, com muita liquidez, incluindo ai as muitas e influentes aplicações subsidiárias que eles mantêm em países como o Brasil, a Rússia, Turquia e todos os outros emergentes.
Mas aconteceu que, nos últimos meses, o mercado interno dos EUA começou a dar claros sinais de aquecimento e, mais que depressa, o FED anunciou que vai começar a reduzir esse aporte de recursos. Já para fevereiro serão US$ 10 bilhões a menos. E tudo indica que a torneira fechará de vez até dezembro que vem.
Com isso, os senhores do dinheiro do mundo (uma turma bem restrita) resolveram suspender parte do seu capital em aplicações de risco, o que em tese representa tirar dinheiro dos emergentes. O presidente do Banco Central brasileiro, Alexandre Tombini, fez recentemente uma boa metáfora sobre o momento. Segundo ele, a decisão dos EUA começou a funcionar como um grande “aspirador de pó” de dólares. Há risco de secura por parte desses países em linhas de financiamento, tão importantes para projetos estruturantes.
Até agora quem mais sofreu com o novo momento foi a Argentina e a Turquia. O país europeu (é também asiático, dependendo do lado da ponte que se está em Istambul) anunciou um pesado aumento de juros. Já a Argentina, tornada vulnerável ao longo de anos atrapalhados de kirchnerismo, experimenta forte fulga de capitais. O país provavelmente vai precisar da ajuda do Brasil para se segurar. Bom, esse é só o início de uma turbulência. Segundo o governo brasileiro, aqui estamos protegidos. Esse tem sido o discurso protocolar em casos de instabilidade. Vamos torcer para que estejam certos. Renato Jakitas  A opinião do autor pode não coincidir com a opinião da redação.
Créditos: Voz da Russia