terça-feira, 8 de abril de 2014

Relação entre André Vargas e doleiro será investigada pelo STF

A Justiça Federal no Paraná determinou ontem (7) que parte da investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, na qual o deputado federal André Vargas (PT-PR)  é citado, seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada pelo juiz Sérgio Fernando Moro após constatar ˜elementos probatórios˜ que apontam para relação entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef. O deputado não é investigado na operação, mas diálogos e mensagens entre os dois foram encontrados durante as investigações.
Moro determinou também que a Polícia Federal reúna, em uma investigação separada das provas colhidas na operação, os fatos que envolvem Vargas e o doleiro para que a relação entre os dois seja analisada pelo Supremo. De acordo com o juiz, a Justiça Federal não tem competência para processar e julgar fatos envolvendo o deputado federal. A remessa ao STF deve ocorrer em dez dias.
“Revendo os autos, constato que entre os diversos fatos investigados foram colhidos, em verdadeiro fortuito de provas, elementos probatórios que apontam para relação entre Alberto Youssef e André Vargas, deputado federal. Prematura a afirmação de que tal relação teria natureza criminosa”, afirmou o juiz.
O deputado André Vargas, primeiro-vice-presidente da Câmara, pediu hoje (7) licença da Casa pelo prazo de 60 dias para tratamento de assuntos de interesse particular. Nesse período, ele ficará afastado tanto do cargo de deputado quanto do de vice-presidente da Câmara.
Também na tarde de hoje, o PSOL entrou com nova representação na Mesa. O partido vai, ainda, entrar com ação no Ministério Público para que o órgão investigue Vargas. O PSOL pede que sejam investigadas a utilização do avião particular por André Vargas, a relação entre ele e o doleiro e as condutas do deputado no âmbito do Ministério da Saúde.
A Operação Lava Jato foi desencadeada no dia 17 de fevereiro. A Polícia Federal cumpriu 24 mandados de prisão e 15 de condução coercitiva, além de 81 mandados de busca e apreensão em 17 cidades. Cerca de 400 policiais participaram da operação.
A organização criminosa contava com quatro grupos, que tinham à frente doleiros que lucravam com câmbio paralelo ilegal, mas também praticavam crimes como tráfico de drogas, exploração e comércio ilegal de diamantes e corrupção de agentes públicos.
Créditos: Agencia Brasil

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Sobe para 29,5 mil o número de pessoas afetadas pela cheia em Rondônia

Subiu para 29.570 o número de pessoas afetadas em Rondônia pela cheia do Rio Madeira. A principal região prejudicada é Porto Velho e seus distritos em que 3.736 famílias tiveram que deixar suas casas, segundo o Corpo de Bombeiros. O governo estadual informou que o número de pessoas desalojadas e desabrigadas aumentou, pois muitas famílias ribeirinhas que resistiam a sair de casa acabaram tendo que ir para abrigos públicos nas cidades. O nível do rio em Porto Velho está hoje (7) em 19,54 metros, de acordo com medição da Agência Nacional de Águas, mas chegou a alcançar 19,70 metros, a máxima histórica.
Esta semana, 200 famílias que estão em escolas públicas em Porto Velho deverão ser levadas para barracas montadas no Parque de Exposições da capital. De acordo com o governo do estado, a iniciativa se justifica pela necessidade de liberar as escolas para iniciar o ano letivo.
Na quinta-feira (3), o governador Confúcio Moura decretou estado de calamidade pública em Rondônia para facilitar o atendimento às vítimas da enchente. Assim, todos os órgãos estaduais estão autorizados a colaborar com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil nas ações de resposta ao desastre. O decreto estadual também autoriza as equipes a entrar nas casas para prestar socorro ou determinar a evacuação, sob pena de serem responsabilizadas no caso de omissão.
No dia 17 de março, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional, reconheceu o estado de calamidade pública em Porto Velho. Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil
Créditos: Agencia Brasil

Petrobras tem recordes de produção no pré-sal e nas refinarias

A Petrobras quebrou Dois recordes los março dEste Ano: a Produção de Petróleo na Camada pré-sal EO refino de Óleo los SUAS unidades. Segundo nota divulgada Pela Estatal, sem Mês Passado FOI UMA MÉDIA produzida de 387 mil barris de Óleo POR dia na Camada pré-sal, devido à Entrada los Produção de Mais um poco no Campo de Sapinhoá, na Bacia de Santos.

O Poço 7-SPH-04-SPS temperatura capacity diaria de extrair 26 mil barris e ESTA Conectado à Plataforma FPSO Cidade de São Paulo, Opaco, POR SUA Vez, temperatura capacity diaria de Produzir 120 mil barris de Petróleo. Tambem contribuiu parágrafo ISSO o Poço SPS-77A, Ligado à MESMA Plataforma, Opaco Entrou los Produção EM meados de fevereiro e Hoje TEM uma Maior Produção fazer Pais (36 mil barris / dia).
Nas para Refinarias, um conseguiu UMA MÉDIA Petrobras diaria de Processamento de 2,15 Milhões de barris los março. O Recorde anterior havia Sido 2,14 Milhões de barris POR dia, obtido los julho do Ano Passado.
Créditos: Agencia Brasil

Vagão feminino do metrô não resolve o machismo

“Uma vez, quando eu tinha uns 9 anos, peguei um ônibus lotado e percebi que um senhor estava esfregando as partes dele na minha perna. Eu tentei me afastar, mas ele ficava se esfregando. Quando desci, vi que minha perna estava molhada. Só anos depois entendi o que era”. O caso da servente Anália Rodrigues, de 47 anos, mostra uma situação que ainda é realidade no transporte público brasileiro, mas que aos poucos está sendo combatida.
No Distrito Federal (DF), há nove meses as mulheres que pegam o metrô contam com um vagão exclusivo para elas e também para pessoas com deficiência. “É uma política afirmativa importante, mas não é o desejável. O correto é a gente não ser importunada no metrô e nem no ônibus. A gente tem o direito de ir e vir. Se nem isso as mulheres têm mais, estamos com um problema sério”, avalia a secretária de Enfrentamento à Violência, da Secretaria da Presidência da República, Aparecida Gonçalves.
A iniciativa do DF foi criada pela Lei Distrital 4.848 de 2012 e a operação teve início no dia 1º de julho de 2013. Funciona de segunda a sexta-feira, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 20h15. O Rio de Janeiro também conta com um vagão para mulheres. Em São Paulo, a iniciativa foi testada entre os anos de 1995 e 1997, mas não teve sucesso.
A professora Acsa Lima, de 21 anos, também disse que existem alguns homens mal intencionados no transporte público. “Comigo aconteceu uma vez. Eu estava em pé no ônibus, a princípio cheio, as pessoas iam passando e como não tinha opção ele precisava encostar em mim pra dar espaço. Mas conforme o ônibus foi esvaziando ele continuou atrás de mim. Aí eu percebi que estava mal intencionado e troquei de lugar.” A professora não usa o vagão para  mulheres porque diz que sempre vai muito apertado. “Tem muito mais homem que mulher pegando o metrô. Eu vou no vagão comum, mas fico em um canto, mais protegida”.
Para a assessora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfêmea), Leila Rebouças, deve haver uma mudança cultural para que muitos homens parem de ver mulheres como um objeto. Ela avalia que a criação do vagão é um paliativo. “A mudança definitiva só vem com a educação”, ressalta.
Segundo estatísticas do DF, mais de 90% das mulheres que sofrem abusos não denunciam. “Não denunciam por medo, porque depois ela vai descer em um lugar escuro, não tem um sistema de segurança adequado e podem sofrer mais violência”, explica Leila. Ela frisa que é fundamental as mulheres denunciarem e também aconselha que na hora do assédio a mulher procure chamar a atenção de quem está perto, procurando de alguma forma constranger o sujeito que está cometendo o abuso.
Já para Aparecida Gonçalves, as mulheres não denunciam por vergonha. “As mulheres ficam com vergonha, achando que são culpadas. Não são culpadas e têm que saber disso. Elas têm que denunciar. Temos que trabalhar o comportamento da sociedade brasileira”, frisou, acrescentando que o número 180 recebe todos os tipos de denúncia de violência contra mulher.
A titular da Secretaria da Mulher do DF, Olgamir Amância, diz que o vagão rosa é uma forma de chamar a atenção para o problema. “Ele desperta a atenção da população. Mas certamente, como somos a maioria, um vagão não é o suficiente”.
Créditos: Agencia Brasil

As ameaças dos laboratórios biológicos

laboratório, eua, estados unidos, biologia, laboratório biológico, ameça, armas biológicas, cazaquistão, pentágonoOs militares americanos continuam a construir laboratórios biológicos na Ásia Central. Dentro em breve, um desses centros começará a funcionar no Cazaquistão. 
Segundo os peritos, semelhantes centros poderão ameaçar a segurança da Rússia e dos países da região. O correspondente da Voz da Rússia, Galim Faskhutdinov, comunica-nos pormenores. Em Alma-Ata, está chegando ao fim a construção de uma nova estação de prevenção avançada de surtos de doenças na Ásia Central, financiada por um departamento militar dos EUA. Ela completa o trabalho do Laboratório Central de Referência que está sendo construído na base do antigo instituto de investigação científica soviético de combate à peste. Ambos os centros são criados para garantir a segurança em relação a portadores de doenças perigosas que ficaram no Cazaquistão do programa militar biológico soviético. Porém, segundo analistas russos, na realidade, semelhantes centros poderão ser utilizados para experiências biológicas militares que os Estados Unidos realizam, declarou Dmitri Popov, perito em problemas da Ásia Central do Instituto de Estudos Estratégicos da Rússia:
"Primeiro, eles permitirão recolher informação sobre a flora e os microrganismos do território. E isso poderá ser necessário para o fabrico de uma nova geração de armamentos biológicos ofensivos altamente eficazes. Porque é que serão altamente eficazes? Porque irão agir tendo em conta as condições climatéricas locais e os canais de transmissão de agentes patogênicos, concretamente dirigidos contra os países da Organização do Tratado de Segurança Coletiva e a China. E a segunda direção das ameaças: semelhantes centros criam possibilidades para a realização de operações de diversão com vista a prejudicar a economia, dizimar gado, desacreditar a produção nos mercados locais e prejudicar o potencial humano nos nossos países."
Segundo as palavras de Dmitri Popov, a prática de utilização pelos americanos de semelhantes centros noutros países mostra que eles deixam de estar sob o controle nacional. Ou seja, funcionam em regime fechado, são frequentemente dirigidos por militares ou por representantes de serviços secretos. Os centros empregam pessoal estrangeiro, incluindo pessoas com imunidade diplomática. O perito russo receia que o maior laboratório de referência dos EUA na Ásia Central funcione em regime fechado para, por exemplo, experimentar novos vírus. Segundo Dmitri Popov, há suspeitas de que os surtos de doenças atípicas no sul da Rússia em 2013 possam ter sido experiências biológicas:
"Os nossos especialistas consideram que esse pode ter sido precisamente o caso do surto de peste suína africana registrado em 2013 nas regiões meridionais e centrais da Rússia. Ela chama-se peste africana porque não existia nas nossas latitudes setentrionais. Mas, agora, adquiriu uma resistência atípica nas regiões da Rússia. É sabido, segundo dados públicos, que o trabalho com essas estirpes foi realizado pelo Laboratório de Referência do Pentágono na Geórgia e trazidas para o nosso país a partir de território georgiano."
No Instituto de Estudos Estratégicos da Rússia considera-se que os dirigentes do projeto de criação de laboratórios biológicos no Cazaquistão devem garantir a transparência do seu trabalho em todas as etapas, incluindo a construção e posteriores investigações. Nele também se chama a atenção para o fato da existência de um protocolo de 2010, no quadro da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, que proíbe a instalação de infraestruturas militares de Estados estrangeiros no território dos países-membros da organização. Ora, nas condições atuais, seria útil alargar semelhante esquema também à atividade de biólogos militares de terceiros países. Foto: topwar.ru Galim Faskhutdinov
Créditos: Voz da Russia

Jovem de assentamento rural representa o Brasil em competição internacional

World Skills AmericaJuliana Almeida saiu do assentamento Maísa, comunidade rural de Mossoró, Rio Grande do Norte, para representar o Brasil na 3ª edição da World Skills Americas, em Bogotá, Colômbia. Ela foi “descoberta” há dois anos, quando uma equipe do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) foi ao assentamento realizar uma ação voluntária, de corte de cabelo e manicure. E foi o cabelo de Juliana que chamou a atenção da coordenadora da equipe.
“Ela olhou pro meu cabelo, que era muito bem cuidado e bonito, e perguntou o que eu fazia. Aí eu contei que era eu mesma que cuidava e que aprendia técnicas nos vídeos que assistia em uma lan house perto do assentamento. Eu ia lá acessar a internet quando tinha dinheiro”, contou à Agência Brasil .
A coordenadora levou a história para o Senac e Juliana acabou ganhando uma bolsa para um curso de cabeleireiro auxiliar, oferecido a famílias com renda inferior a dois salários mínimos.
Aos 20 anos, Juliana diz que sempre gostou muito de beleza e que antes mesmo do curso já cortava cabelos. "Cortava do meu pai, das minhas irmãs, da minha mãe. De todo mundo lá em casa e cuidava do meu”, diz, mostrando as mechas que fez para vir a Bogotá.
A jovem terminou o curso de auxiliar e conseguiu uma bolsa para um curso de cabeleireiro profissional. “Logo o Senac viu que ela tinha um perfil diferenciado, era focada, concentrada e tinha um desempenho acima da média da turma”, contou Luana Batista, assessora do Senac.
Juliana começou então a ser testada e preparada para as provas das Olimpíadas do Conhecimento. Em agosto do ano passado, venceu a etapa estadual no Rio Grande do Norte e, em janeiro deste ano, a seletiva para representar o Brasil na World Skills Americas.
Para a competição, Juliana chegou a treinar 12 horas por dia e estudou técnicas, tendências e as provas. Com o treinamento intensivo, ela acabou fechando o pequeno salão de beleza que montou no assentamento.
“Eu tinha aberto um salão lá em casa para atender os vizinhos, mas não estava dando tempo”, comenta. Juliana diz que quer continuar se preparando para competir em outras edições da world Skills. Ela pode competir até os 23 anos.
“Ainda quero lutar para ir a World Skill Internacional e depois quero virar treinadora da competição”, planeja. Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil/EBC
Créditos: Agencia Brasil

domingo, 6 de abril de 2014

A Copa movimenta toda a economia e gera 14 milhões de empregos

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Um time de 14,4 milhões de pessoas, capaz de encher 180 Maracanãs. Essa é a estimativa de especialistas da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da consultoria internacional Ernst&Young para os empregos remunerados, permanentes e temporários, gerados nos últimos quatro anos pela Copa do Mundo. O gigantismo dos números mostra a força do futebol fora do campo que movimenta indústria, comércio, turismo, construção civil, telecomunicações e serviços. Até o início do evento, em 12 de junho, surgirão mais de 53 mil vagas, segundo o Comitê Organizador Local (COL). “O cronograma de contratações varia de acordo com a área, aumentando de forma gradativa e tendo como pico os meses de maio e junho”, diz Sandro Cabete, gerente-geral de recursos humanos do COL.

Só não vai ter vaga para tradutor de discursos oficiais na cerimônia de abertura, em São Paulo. Para evitar vaias, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, avisou que ele e a presidenta Dilma Rousseff não falarão ao público na ocasião. Nessa reta final, o maior número de contratações será feito pelo próprio COL, cerca de 27 mil. Entre os recrutados, 20 mil seguranças, dois mil motoristas e 12 mil profissionais para o setor de alimentação e recepção nos 12 estádios-sede. “Não é preciso qualificação nem experiência, basta ter 18 anos ou mais. Se for para recepcionar o púbico é exigido um segundo idioma”, explica Ana Luísa Pinheiro, diretora da CSM Catering, empresa contratada pela Fifa.

Para outras posições, porém, exige-se boa formação e prática. O hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio, por exemplo, contratou telefonistas bilíngues e uma especialista em atendimento, Melissa Muller, 34 anos. Ela trabalha em hotelaria e, após uma década na rede internacional de hotéis Pestana, agora é gestora de atendimento do hospital. “É gratificante participar de um evento mágico como a Copa, assim como poder incentivar a equipe a aprimorar seus conhecimentos para essa troca de experiência com gente do mundo todo”, diz Melissa, que fala cinco idiomas. De certa forma, o jogo já começou: restam poucos ingressos para os jogos. Na última rodada de vendas, aberta na quarta-feira 12, quase 300 mil tíquetes foram vendidos.  Por Wilson Aquino (waquino@istoe.com.br)
Créditos: ISTOÈ