sexta-feira, 2 de maio de 2014

Número de fumantes cai 28% em 8 anos

O Brasil conseguiu diminuir nos últimos oito anos o número de fumantes em 28%, segundo estudo Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) divulgado quarta-feira (30) pelo Ministério da Saúde. Em 2006, 15,7% da população era fumante, em 2013, o porcentual caiu para 11,3%. No último ano, a queda foi de 0,8 pontos percentuais. A parcela da população que fumava em 2012 era de 12,1% passando para 11,3% em 2013. Os homens ainda fumam mais que as mulheres. Enquanto 14,4% deles são fumantes, o porcentual entre elas alcança 8,6%.

A quantidade de pessoas que consomem mais de 20 cigarros por dia também caiu, mas em menor ritmo. Entre os fumantes, 4,6% consumiam 20 ou mais cigarros por dia, em 2013, o índice passou para 3,4%.
Número de pessoas acima do peso para de crescer no País, aponta pesquisa do Ministério da Saúde
O número de fumantes passivos se manteve estável em 10,2% de 2012 para 2013, com aumento entre homens e diminuição entre mulheres.
Porto Alegre é a capital com maior número de fumantes, 16,5% dos gaúchos são fumantes, seguida de São Paulo (14,9%). Já Palmas é a cidade com menor índice de fumantes, na capital do Tocantins, o porcentual é de 5,7%. Foto: Google
Créditos: Mídia News

Ex-prefeito é responsabilizado por trabalho escravo infantil

Trabalho escravo e infantil Ex-prefeito de Lábrea (AM), Gean Campos de Barros (PMDB) e seu genro, Oscar da Costa Gadelha, foram responsabilizados pela exploração de 21 pessoas em condições análogas a de escravos na produção de castanha-do-pará em Lábrea, no Amazonas. Entre os resgatados estavam dois adolescentes e quatro crianças, incluindo dois meninos de 11 anos que, assim como os demais, carregavam sacos cheios de castanhas em trilhas na mata e manuseavam facões longos, conhecidos como terçados, para abertura dos ouriços, os frutos da castanha. A reportagem tentou entrar em contato com os empresários para ouvi-los sobre o flagrante, mas não conseguiu localizá-los.
A libertação aconteceu em operação conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Polícia Federal, realizada entre 16 a 28 de março em castanhal localizado dentro da Reserva Extrativista do Médio Purus, acessível a partir da comunidade ribeirinha de Lusitânia, nas margens do rio Purus. “O que mais nos chamou a atenção foi a questão das crianças. Vimos meninos carregando sacos de 25 kg dentro da floresta, andando até quatro quilômetros descalças”, conta o auditor André Roston, coordenador do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do MTE. “Para ajudar, um policial pegou o saco e começou a carregar, mas ele não aguentou chegar até o final. É um trabalho muito pesado e as crianças estavam submetidas ao sistema de exploração estabelecido.”
Os facões, mais longos que o antebraço de alguns dos meninos, eram utilizados para abrir os duros frutos da castanheira e extrair as sementes. Nenhum dos trabalhadores utilizava proteção e, segundo a fiscalização, um dos garotos de 11 anos estava com o dedo indicador cortado, ferimento decorrente de acidente enquanto exercia a atividade. Tanto o “transporte, carga ou descarga manual de pesos” acima de 20 kg para atividades raras ou acima de 11 kg para atividades frequentes, quanto a “utilização de instrumentos ou ferramentas perfurocortantes, sem proteção adequada capaz de controlar o risco” estão entre as piores formas de trabalho infantil, conforme estipulado pela lei número 6.481/2008, com base na Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
À equipe de fiscalização, em depoimento, Oscar Gadelha confirmou o uso de trabalho infantil e defendeu que o emprego de crianças e adolescentes na atividade é “uma certa forma é até uma maneira de educar”.

Reserva extrativista 

A exploração de trabalho escravo infantil aconteceu em uma unidade de conservação federal, a Reserva Extrativista do Médio Purus. A área de preservação foi criada como resultado de intensa mobilização social, processo detalhado na obra “Memorial da Luta pela Reserva Extrativista do Médio Purus, em Lábrea: Registro da mobilização social, organização comunitária e conquista da cidadania na Amazônia””, e garante às comunidades ribeirinhas o direito de desenvolver atividades extrativistas na região.
Os castanhais, em questão, porém, eram tratados como propriedade privada, e o grupo econômico formado por Oscar Gadelha e o ex-prefeito Gean Barros determinava exclusividade na extração. Além de ser encaminhado ao MPT e à PF, que acompanharam a ação, o relatório da fiscalização foi enviado também ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Não é a primeira vez que Gean Barros se posiciona contra as áreas de proteção. Durante sua gestão, o político chegou a tentar impedir fiscalizações de crimes ambientais ocorridos nas reservas extrativistas, e foi processado pelo MPF por ter, em 9 e 10 de março de 2010, incitado “uma manifestação popular na praça central do município, com o objetivo de impedir a fiscalização do ICMBio e expulsar os fiscais do município”.
O controle da exploração comercial na reserva federal era feito por Oscar Gadelha, e o sistema era financiado e estruturado pelo ex-prefeito, o que configurou a formação de grupo econômico familiar, segundo a fiscalização. O coordenador da ação explica que a escravidão foi caracterizada por diferentes fatores, incluindo o uso do sistema de barracão, mecanismo clássico de exploração de trabalhadores, ribeirinhos e comunidades indígenas, ainda comum em frentes de trabalho e áreas isoladas na Amazônia. No controle das redes de abastecimento, os regatões (comerciantes de grandes barcos) e senhores de barranco como são conhecidos os que monopolizam o comércio, vendem itens básicos com sobrepreço e compram a preços irrisórios, criando relações de dependência, se beneficiando de dívidas e impondo restrições de locomoção.
No caso específico, Gadelha fornecia desde itens básicos como açúcar, café, óleo vegetal, sabão, arroz, carne em conserva, leite em pó, bolacha, até itens essenciais para o trabalho, como gasolina e diesel para o transporte por barcos, além de botas, terçados e lanternas. Na mata, ele cobrava cerca de 20% a mais do que o preço que os mesmos itens eram comercializados em Lábrea. Os trabalhadores só recebiam após o fim da safra, e dependiam do barracão para sobreviver.
Os bens adquiridos em um armazém eram descontados aos ganhos com produção, e, sem controle ou opção, alguns recebiam R$ 100 ou R$ 200 por todo trabalho realizado durante a safra. Há também depoimentos de trabalhadores que terminaram o período endividados e tiveram de trabalhar na safra seguinte para pagar o barracão. O emprego das crianças pelos pais está relacionado à preocupação das famílias em tentar aumentar os ganhos. “Estamos falando de um sistema de barracão com um barracão físico. Um paiol para armazenas as castanhas, além do armazém e da casa grande. É um sistema clássico”, explica o auditor André Roston.
Nesse contexto, mesmo os programas sociais têm limitações de alcance. Na área urbana de Lábrea, há denúncias de que comércios locais retêm cartões de benefícios como Bolsa Família e Bolsa Floresta, com as respectivas senhas a título de garantia de dívidas de ribeirinhos e índios.

Condições degradantes

Além dos 21 trabalhadores resgatados, a fiscalização também constatou que outros 16, incluindo mais crianças e adolescentes, foram submetidos anteriormente às mesmas condições. Eles não foram libertados porque não estavam trabalhando no período do resgate, mas também receberam seus direitos trabalhistas. Ao todo, o valor líquido das rescisões pagas ao grupo é de R$ 58.978,42.
Os trabalhadores viviam e trabalhavam em condições de degradação humana. Entre os resgatados durante a fiscalização, parte vivia em um abrigo improvisado, parte em um barco apertado e os demais em casas nas comunidades ribeirinhas vizinhas. Sem estrutura mínima, os alojamentos inadequados não garantiam nem privacidade nem proteção contra chuvas ou temporais. Nas frentes de trabalho, algumas distantes a mais de uma hora e meia de caminhada, não havia estrutura ou abrigo na mata, nem abastecimento de água potável, banheiros ou itens básicos de higiene, como papel higiênico. Os rios eram utilizados tanto como fonte de água quanto como espaço para lavar a louça e tomar banho. Sem banheiros ou fossas, as necessidades eram feitas na mata ou nas águas. Na fiscalização, a equipe encontrou a comida de todo o grupo, peixe com farinha, armazenada em um balde que já havia servido para transportar tinta. Sem pratos ou talheres, as pessoas comiam direto do balde com as mãos.
Além da degradação humana, também foram constatados riscos de segurança onde os adultos, adolescentes e crianças ficavam. Entre eles, a ameaça de o ouriço, o pesado e duro fruto da castanheira, se desprender da árvore e atingir pessoas. Nem capacetes, nem malhas metálicas para o manuseio de facas ou qualquer outro tipo de equipamento de proteção eram fornecidos pelos empregadores.
Além de André Roston, que coordenou a ação junto com a também auditora fiscal Márcia Ferreira Murakami, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia, também participaram os auditores João Ricardo Dias Teixeira, Júlio César Cardoso da Silveira, Marco Aurélio Peres; o procurador Rogério Rodrigues de Freitas da Procuradoria Regional do Trabalho de Bauru; e os policiais federais Camila Pinheiro Simmer e Fabiano Ignacio de Oliveira, da 11ª Delegacia; Júlio de Melo Arnaut, da 2ª Delegacia; Ruan Cleber Torres Cruz, 4ª Delegacia; Wandercleysson de A. Souza da 1ª Delegacia; e Willian Pascoal Pereira da 14ª Delegacia. Por Daniel Santini, do Repórter Brasil Matéria produzida com apoio da Fundação Rosa Luxemburg
Créditos: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dilma rebate ataques, anuncia medidas e pede apoio

dilma_pron_stuckert_planalto.jpgO pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff em alusão ao Dia do Trabalho, celebrado hoje (1º), foi marcado por anúncio de medidas, críticas ao papel desempenhado pela oposição e um pedido de apoio popular para levar adiante as reformas que ela pretende promover no Brasil.
Durante o discurso em cadeia nacional de rádio e TV, com duração de 12 minutos, a presidenta fez referência várias vezes a seu compromisso com o fortalecimento das causas dos trabalhadores e adotou um tom de reação aos ataques que ela, seu governo e empresas estatais vêm sofrendo nos últimos meses.
“Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial, nem o governo da mão dura contra o trabalhador. Nosso governo será sempre o governo dos direitos e das conquistas trabalhistas, um governo que dialoga com os sindicatos e com os movimentos sociais e encontra caminhos para melhorar a vida dos que vivem do suor do seu trabalho”, afirmou, depois de discordar de pessoas que entendem que é preciso retroceder em termos de direitos trabalhistas, uma alusão a dois de seus adversários na disputa ao Palácio do Planalto. Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) têm defendido em conversas públicas com empresários uma agenda mais liberal.
Dilma anunciou a edição de medida provisória que reajusta a tabela do Imposto de Renda, o que garantirá a inclusão de mais pessoas dentro da alíquota de isenção, e um aumento de 10% no benefício do Bolsa Família pago a 36 milhões de pessoas. Ela reafirmou ainda o compromisso com a política de valorização do salário mínimo. Pela legislação atual, está garantida até 2015 a fórmula que prevê que o reajuste seja calculado levando em conta o crescimento da economia de dois anos antes somado à inflação do ano anterior. Do começo do governo Lula até hoje, este sistema garantiu um aumento real (acima da inflação) de 72%, segundo o Dieese.
Um dos pontos mais enfáticos do discurso se deu em torno deste aspecto, ao citar sua diferença com aqueles que consideram que a valorização do mínimo é excessiva. Desde o ano passado os principais quadros econômicos do PSDB têm dito que é preciso revisar essa política, e alguns chegaram a afirmar que o ideal é que o país tenha um pouco mais de desemprego para não se ver às voltas com pressões por aumento de salário.
O aspecto que surgiu várias vezes ao longo do discurso foi a afirmação de que seu governo atua em prol dos trabalhadores e tem condições de seguir adiante, desde que encontre respaldo popular. Dilma reiterou sua visão de que é necessário promover reformas para combater a corrupção, aumentar a transparência, fortalecer a economia e melhorar a qualidade dos serviços públicos.
“Nosso governo tem o signo da mudança e, junto com vocês, vamos continuar fazendo todas as mudanças que forem necessárias para melhorar a vida dos brasileiros, especialmente dos mais pobres e da classe média. Continuar com as mudanças significa também continuar lutando contra todo tipo de dificuldades e incompreensões, porque mudar não é fácil, e um governo de mudança encontra todo tipo de adversários, que querem manter seus privilégios e as injustiças do passado, mas nós não nos intimidamos.”
A presidenta voltou a falar especificamente da reforma política, recordando que, após as manifestações de junho do ano passado, enviou ao Congresso a proposta de que fosse feita uma consulta popular em torno do tema. O Legislativo, porém, deixou de lado a ideia e depois aprovou mudanças na legislação eleitoral consideradas apenas cosméticas, sem alterar a lógica de funcionamento do sistema partidário. O Supremo Tribunal Federal acabou levando à corte a proibição de doações eleitorais por empresas privadas. Embora a tese já tenha alcançado maioria dos ministros, do STF, seis votos favoráveis, o ministro Gilmar Mendes pediu vistas do processo e interrompeu a conclusão da votação.
“Sem uma reforma política profunda, que modifique as práticas políticas no nosso país, não teremos condições de construir a sociedade do futuro que todos almejamos. Estou fazendo e farei tudo que estiver ao meu alcance para tornar isso uma realidade”, afirmou. “Por isso, além da ajuda do Congresso e do Judiciário, preciso do apoio de cada um de vocês, trabalhador e trabalhadora. Temos o principal: coragem e vontade política. E temos um lado: o lado do povo. E quem está ao lado do povo pode até perder algumas batalhas, mas sabe que no final colherá a vitória.”
Créditos: Rede Brasil Atual

Agressão contra mulher aumenta 95%

Covardia. Machismo. É como a coordenadora do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, Liliane de Oliveira definiu a atitude de um homem que agride uma companheira. No ranking da violência contra mulher, João Pessoa é classificada como a segunda cidade mais violenta do país, conforme o Instituto Sangari . De janeiro até o mês de abril 200 mulheres procuraram ajuda no Centro de Referência da Mulher. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um acréscimo de aproximadamente 95% no número de casos de violência contra mulher.
Apenas nesta semana, quatro mulheres foram vítimas de violência em João Pessoa. Em destaque, a advogada Érica Vanessa Lira que foi atingida com um tiro no rosto, continua internada no Hospital de Trauma, em estado grave. Outro caso é o da estudante, Katherine Galdino, 18 anos que foi supostamente jogada de um veículo em movimento na BR 230, e seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Segundo Liliane, esses dados confirmam a “epidemia” de violência contra a mulher na Capital. “Proporcionalmente João Pessoa é muito violenta, essa é uma realidade que convive diariamente com as mulheres”, disse.
Mais de três mil mulheres já foram atendidas em seis anos de existência da unidade de atendimento, afirmou a coordenadora. “Os dados ainda são inferiores, em relação ao número de mulheres que sofrem violência, e têm medo de denunciar”, enfatizou. O Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra é um espaço onde as mulheres são acolhidas, orientadas e encaminhadas para a Rede de Atendimento, através de uma ação intersetorial com as diversas políticas. Conta com uma equipe multiprofissional, composta por psicólogas, assistentes sociais, advogadas e arte educadoras. Informações pelo telefone 0800 283 3883, das 7h às 19h. Foto: Mundorealista.com
Créditos: Focando a Notícia

Manifestações políticas e festas pelo país marcam o 1º de Maio

Das 7h às 20h desta quinta-feira, atividades políticas e festivas marcarão o Dia do Trabalho. As principais manifestações estão previstas para a cidade de São Paulo, com atos promovidos por centrais sindicais no Vale do Anhangabaú, região central, e na praça Campo de Bagatelle. Os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego) estarão nos dois locais. Foto: Papeldeparedemais.com
Créditos: Rede Brasil Atual

Resistência de bactérias a antibióticos é ameaça à saúde

 A  Organização Mundial da Saúde (OMS), analisou dados de 114 países e afirmou que essa resistência está ocorrendo "em todas as regiões do mundo". A OMS disse que caminhamos rumo a uma "era pós-antibiótico", em que pessoas morrem de infecções simples que são tratáveis há décadas.
Ainda acrescentou que provavelmente haverão consequências "devastadoras" a não ser que medidas sejam tomadas com urgência. O relatório trata de sete bactérias que causam doenças comuns, ainda assim sérias, como pneumonia, diarreia e infecções sanguíneas.

O documento indica que dois antibióticos-chave não funcionam em mais da metade dos pacientes, em vários países. Um deles, o carbapedem, é usado como um "último recurso" para tratar infecções potencialmente mortais, como pneumonia, infecções sanguíneas e infecções em recém-nascidos, causadas pela bactéria K.pneumoniae.
Bactérias normalmente sofrem mutações até se tornarem imunes a antibióticos, mas o mal uso desses medicamentos - como sua prescrição desnecessária por médicos ou pacientes que não terminam seus tratamentos - faz com que isso ocorra mais rápido.
Créditos: BBC Brasil 

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Para movimento negro, campanha "#somostodosmacacos" reproduz racismo

 A campanha lançada pelo jogador Neymar Jr. gerou polêmica. De um lado, artistas, jornalistas e até a presidenta Dilma Rousseff manifestaram apoio à ideia de que “temos todos a mesma origem, e nada nos difere”, conforme escreveu a presidenta no Twitter. De outro, integrantes do movimento negro usaram as mesmas redes sociais para criticar a campanha "#somostodosmacacos".
O professor de história e integrante da UNEafro Brasil Douglas Belchior avalia que a postura do jogador Daniel Alves, que comeu uma banana jogada contra ele, em partida realizada no último domingo (27), foi “interessante, provocativa”, mas ele critica a campanha deflagrada em seguida. De acordo com Belchior, a associação de negros a macacos é uma forma de reprodução do racismo. Em seu blog, ele divulgou texto que explica as origens dessa compreensão: a tese evolucionista de que os seres humanos tiveram diferenças provocadas pela seleção natural, e de que africanos e aborígenes estariam mais próximos dos macacos do que os europeus, por exemplo.
 A polarização foi acentuada ontem, quando a origem da campanha, iniciada com a divulgação da foto de Neymar segurando uma banana, ao lado do filho, foi revelada. A imagem faz parte de uma campanha publicitária criada pela agência Loducca, em resposta ao pedido do pai do jogador, Neymar da Silva Santos, que procurou a empresa após o filho e Daniel Alves terem sido vítimas de racismo, na final da Copa do Rei, entre Barcelona e Real Madrid, no último dia 16. Foto: Folhadomate.com
Créditos: Agencia Brasil