quarta-feira, 23 de julho de 2014

EUA agora dizem que avião foi derrubado por engano

: O governo dos Estados Unidos acredita que separatistas pró-Rússia provavelmente derrubaram o avião da Malaysia Airlines "por engano", sem perceber que se tratava de um voo comercial de passageiros, disseram autoridades de inteligência norte-americanas nesta terça-feira.
Falando sob condição de anonimato, as autoridades disseram que "a explicação mais plausível" para o fato de os separatistas terem disparado o que os EUA acreditam ser um míssil terra-ar SA-11 de fabricação russa contra o voo MH17 é de que confundiram com outro tipo de aeronave.
"Cinco dias após a queda, parece que foi por engano", disse uma das autoridades em declaração a repórteres. As autoridades afirmaram que a conclusão delas foi sustentada por conversas interceptadas de separatistas pró-russos conhecidos, cujas vozes foram verificadas por agências norte-americanas. Os interlocutores inicialmente se gabaram sobre a derrubada de um avião de transporte, mas depois reconheceram que poderiam ter cometido um erro, disseram os funcionários.
A queda na semana passada da aeronave, que operava o voo MH17, matou todas as 298 pessoas a bordo, aprofundando acentuadamente a crise ucraniana. Homens armados separatistas no leste da Ucrânia, uma região onde a maioria da população fala russo, têm combatido forças do governo desde que manifestantes pró-Ocidente em Kiev derrubaram o presidente aliado de Moscou e a Rússia anexou a Crimeia em março.
O governo do presidente dos EUA, Barack Obama, disse estar convencido de que o voo MH17 foi derrubado na quinta-feira por um míssil SA-11 disparado do território no leste da Ucrânia controlado por separatistas pró-Rússia.A administração disse ainda que a avaliação foi comprovada por dados e informações não especificados e por postagens amplas em mídias sociais, tanto pelo governo ucraniano e como pelos separatistas.
As autoridades de inteligência afirmaram nesta terça-feira que tinham relatos de que dezenas de aviões foram alvejados em áreas controladas pelos separatistas durante dois meses de combates entre as forças governamentais e rebeldes ucranianos. Dois deles eram grandes aviões de transporte, disseram os funcionários.
Um deles afirmou que até o avião da Malaysia Airlines ser atingido, a maioria, se não todos os aviões que foram alvos, voava a baixa altitude.  Autoridades disseram que os EUA não sabiam que os separatistas tinham a posse ou o controle de sistemas de mísseis SA-11 até o ataque contra o avião malaio.
Líderes separatistas negaram ter derrubado o avião da Malaysia Airlines, e a Rússia rejeitou qualquer envolvimento no incidente, sugerindo que o governo ucraniano era o responsável.(Reportagem de Mark Hosenball-Reuters)
Créditos: Brasil 247

terça-feira, 22 de julho de 2014

Famílias do interior do país deverão impulsionar crescimento do consumo

De acordo com o estudo Brazil’s Next Costumer Frontier: Capturing Growth in the Rising Interior, do The Boston Consulting Group, as famílias de classe média e alta das cidades do interior do país serão o motor do crescimento do consumo do país. A previsão é de que estes consumidores representem um mercado de mais de US$ 600 bilhões em 2020, mais da metade do aumento do consumo no Brasil até lá.
Ainda segundo o estudo, poucas empresas conseguem aproveitar esta oportunidade, principalmente devido a falhas no atendimento a este mercado. Estas famílias do interior do país tem cerca de 20% a mais de renda disponível do que nas grandes cidades, mas consomem menos em certas categorias, como telefonia celular pós-paga e viagens.
Uma das razões apontadas para os gastos menores dos consumidores no interior é a falta de acesso ao pontos de venda. Aproximadamente 1400 cidades do interior com mais de 5 mil famílias não tem supermercados pertencentes à cadeia dos 20 maiores do país. Cerca de 5500 cidades não tem agências bancárias exclusivos do setor premium, voltadas para atender clientes de maior poder aquisitivo.
A pesquisa também mostra que estas famílias viajam menos por causa da distância em relação aos principais aeroportos e pela baixa oferta de voos para os destinos desejados por eles. Este público também é mais hesitante com compras pela internet, principalmente devido ao prazo de entrega e dificuldade de obter reembolso em caso de problemas.
Os consultores do Boston Consulting Group recomendam a expansão das empresas de varejo e também o desenvolvimento de campanhas de marketing locais, além de modelos de negócios que atinjam as necessidades desses consumidores, que tem padrões de consumo diferentes dos consumidores das grandes cidades.
O estudo é baseado em uma pesquisa com mais de 3.600 pessoas de famílias de classe média e alta nas capitais, regiões metropolitanas e cidades do interior de todas as regiões do Brasil, e pode ser encontrado em www.bcgperspectives.com.
Créditos: Jornal GGN

Brasil registra queda significativa em mortes por HIV


Estudo inédito divulgado ontem (21) pelo periódico inglês The Lancet indica que as mortes por HIV no Brasil caíram de 17 mil em 1996 para 10 mil em 2013. De acordo com a revista, uma das mais respeitadas publicações científicas na área médica, a ampliação do acesso ao tratamento para HIV/aids tem desempenhado papel importante para salvar vidas.
O estudo destaca que o ritmo de queda nas mortes e infecções vem se ampliando desde o ano 2000, quando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio foram estabelecidos na tentativa de frear o avanço dessas doenças até 2015.
Os números mostram que as mortes provocadas por HIV/aids no Brasil diminuíram a um ritmo de 1,5% entre 2000 e 2013, enquanto as mortes por tuberculose foram reduzidas a uma taxa de 3,7%.
“As mortes por HIV/aids no Brasil caíram de forma mais rápida que a média global, de 2,3% entre 2000 e 2013”, ressaltou o relatório. “As mortes por tuberculose não relacionadas à infecção por HIV caíram de forma mais rápida do que a média global de 4,5% entre 2000 e 2013”, completou.
A pesquisa cita o Brasil como um país de vanguarda na luta global para garantir acesso a medicamentos antirretrovirais, mas destaca que é preciso fazer mais para salvar as 10 mil vidas perdidas para o HIV todos os anos, desde os anos 90.
A estimativa é que, em 2013, foram registrados 92 casos de tuberculose para cada 100 mil habitantes, enquanto os casos de HIV/aids anotados no mesmo período foram de 12 novas infecções para cada 100 mil habitantes – a maioria homens.
Ainda em 2013, foram contabilizadas 7.912 mortes por HIV/aids em homens ante 2.305 em mulheres. As mortes por tuberculose e os novos casos da doença se concentram em pessoas do sexo masculino, com 4.184 mortes em homens e 1.604 em mulheres.
“Os pesquisadores descobriram que a expansão de intervenções para combater o HIV/aids – como a terapia antirretroviral, os programas para prevenir a transmissão entre mãe e filho e a promoção do uso do preservativo – ajudaram a reduzir os anos de vida perdidos para a doença”.Foto: EPA

Dilma reduz impostos de mais 174 remédios

: Os medicamentos que passaram a ter a isenção do PIS/COFINS chegam mais baratos nas farmácias a partir de ontem (21). O governo federal ampliou em 174 a lista de substâncias que ficam livres da cobrança desses tributos, o que deve levar a uma redução de 12%, em média, nos preços dos produtos. A chamada “lista positiva”, com a inclusão dos novos produtos, já soma mais de mil itens com sistema especial de tributação, o que representa 75,4% dos medicamentos comercializados em todo o País.
Atualmente, quase a totalidade dos medicamentos tarja vermelha e preta estão isentas de PIS/COFINS. Essa medida visa reduzir o custo para a população com medicamentos essenciais, utilizados para o tratamento de artrite reumatoide, câncer de mama, leucemia, hepatite C, doença de Gaucher e HIV, entre outros.
Os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) na seleção das substâncias que terão o benefício levam em consideração as patologias crônicas e degenerativas, os programas de saúde do governo instituídos por meio de políticas públicas e a essencialidade dos medicamentos para a população. Para fazerem jus ao benefício, os medicamentos devem estar sujeitos à prescrição médica e estarem destinados à venda no mercado interno.
A Câmara de Regulação é responsável pelo monitoramento dos preços dos remédios e por garantir que as reduções tributárias sejam integralmente refletidas nos preços fixados como teto para os produtos.
Créditos: Brasil 247

Seguro popular de carro é mais barato

Quem não tem condições de pagar por um seguro tradicional de carro encontra, no mercado, algumas opções que as empresas classificam como "populares". As estimativas do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP) mostram que, hoje, um seguro tradicional custa de 3% a 10% do preço do veículo. O preço depende do ano de fabricação do veículo, o fato de a marca ser ou não visada por bandidos e o perfil do motorista, entre outros critérios.
Assim, para um carro de R$ 30 mil, por exemplo, o valor do seguro pode variar de R$ 900 a R$ 3.000 por ano.
No caso dos seguros populares, os preços partem de R$ 220 por ano. Esses produtos, porém, têm uma série de restrições. Alguns não oferecem coberturas importantes, como contra roubo, furto e colisão. Por isso, alertam especialistas, não servem para todo mundo e devem ser contratados com atenção. Caixa Econômica Federal, Bradesco, Liberty e BNP Paribas Cardif são algumas das empresas que vendem, atualmente, produtos com preço mais em conta do que os dos seguros tradicionais de automóveis.
A contratação é facilitada e, algumas vezes, pode ser feita pela internet. A burocracia é mínima: o carro não passa por vistoria, por exemplo. Para atrair clientes, algumas seguradoras também associam, a esses produtos, sorteios mensais em dinheiro.
Créditos: WSCOM

Israel bombardeia Gaza apesar de esforços internacionais de paz

(Reuters) - Israel bombardeou a Faixa de Gaza nesta terça-feira, dizendo que nenhum cessar-fogo está próximo, e diplomatas da Organização das Nações Unidas realizaram conversas para tentar interromper os ataques que já custaram mais de 500 vidas.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, manteve conversações no vizinho Egito, ao passo que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, deve chegar a Israel ainda nesta terça-feira. Ambos expressaram preocupação com o crescente número de vítimas.
No entanto, não houve trégua nos combates em Gaza, com colunas de fumaça negra subindo ao céu, e a artilharia israelense bombardeando o território palestino.
O Hamas, grupo dominante na Faixa de Gaza, e seus aliados, dispararam mais foguetes contra Israel, fazendo soar as sirenes de alerta em Tel Aviv. Um deles acertou os arredores do Aeroporto Internacional Ben-Gurion, ferindo levemente duas pessoas, segundo autoridades.
Israel lançou sua ofensiva em 8 de julho para tentar parar os disparos de foguetes feitos a partir de Gaza pelo Hamas, que intensificou os ataques depois de uma repressão contra seus militantes na Cisjordânia ocupada e enfrenta dificuldades econômicas por causa de um bloqueio de Israel e do Egito ao território.
“Um cessar-fogo não está próximo”, disse a ministra da Justiça, Tzipi Livni, vista como a integrante mais moderada no gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
“Não vejo luz no fim do túnel”, disse ela à rádio do Exército de Israel.

Os militares de Israel disseram ter identificado os corpos de seis soldados mortos em um ataque contra seu veículo blindado em Gaza no domingo, e acrescentaram que estava tentando identificar o sétimo. Foto: BBC
Créditos: Reuters

Quase 25 mil candidatos disputarão as eleições de outubro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou ontem (21) no sistema de registro de candidaturas das eleições os nomes de todas as pessoas que pediram registro para concorrer ao pleito. De acordo com o levantamento, 24,9 mil candidatos devem disputar vagas de deputado federal, estadual e distrital, senador, governador e presidente da República. O número inclui suplentes de senador e vices aos governos estaduais e à Presidência da República.
Segundo informações do DivulgaCand, sistema do TSE que centraliza as candidaturas, o número maior de candidatos é para o cargo de deputado estadual (16,2 mil). Para deputado federal, são 6,7 mil. No Distrito Federal foram registradas mil candidaturas ao cargo de deputado distrital e 181 candidaturas foram recebidas para senador, primeiro e segundo suplentes. Nos estados, são 171 candidatos a governador e vice. Onze candidatos vão disputar as vagas de presidente da República e 11, de vice-presidente.
Em outubro estarão em disputa 1.059 vagas para deputado estadual. Na Câmara dos Deputados serão eleitos 513. Vinte e sete (um terço) das 81 cadeiras no Senado estão em disputa. A Casa renova alternadamente a cada eleição um terço e dois terços dos parlamentares. Para deputado distrital, são 24 cadeiras.
O número poderá ser atualizado até o dia da eleição, pois os pedidos de registro ainda serão julgados pelos juízes eleitorais e novas informações devem ser recebidas nos tribunais regionais eleitorais.  Após a decisão da Justiça Eleitoral, os candidatos estão aptos a concorrer. Além disso, as coligações podem mudar os candidatos que escolheram.
A entrega do registro não garante a participação do político nas eleições. Após parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), os pedidos são julgados por um juiz eleitoral, que verifica se as formalidades foram cumpridas.
Até o momento, o MPE já impugnou 1.850 registros de candidaturas às eleições em todo o país. Cerca de 20% (367) foram com base na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados em segunda instância pela Justiça. O número de impugnações deve aumentar até o levantamento final, previsto para o fim deste mês.
Para estar apto a concorrer às eleições de outubro e ter o registro deferido pela Justiça Eleitoral, além de não se enquadrar na Lei da Ficha Limpa, os candidatos devem apresentar declaração de bens, certidões criminais emitidas pela Justiça, certidão de quitação eleitoral que comprove inexistência de débito de multas aplicadas de forma definitiva, entre outros documentos, como previsto na Lei das Eleições (Lei 9.504/97).
O primeiro turno do pleito deste ano será em 5 de outubro. O segundo está marcado para o dia 26, nos casos de eleições para governador ou à Presidência da República em que o primeiro colocado não obtiver 51% dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos.