quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Governo britânico analisa licenças para fornecimento de armas a Israel

Reino Unido, Israel, armamentos

O governo britânico começou uma revisão de licenças para o fornecimento de armas e equipamento militares a Israel. Segundo informou a versão eletrônica do jornal The Guardian, a quantidade de entregas é estimada em 13,4 bilhões de dólares.
Espera-se que a verificação afete cada licença devido aos recentes acontecimentos na Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, o licenciamento de equipamento militar em Israel não será interrompido, visto que os ministros britânicos acreditam que o país tem "direito legítimo à autodefesa".
No entanto, os contratos (principalmente para software criptográfico e comunicações militares) serão examinados individualmente para garantir que eles não são utilizados para a repressão interna ou provocação de conflitos. "Estamos analisando todas as licenças de exportação para Israel para confirmar que elas são apropriadas", declarou o porta-voz do primeiro-ministro britânico.
Créditos: Voz da Russia

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Relator nega ter participado da combinação de perguntas na CPI da Petrobras

Relator nega ter participado da combinação de perguntas na CPI da PetrobrasO relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), divulgou nota nesta segunda-feira (4) na qual nega que tenha se reunido com depoentes da CPI para combinar perguntas e respostas. Pimentel é citado em reportagem da revistaVeja, do último fim de semana, segundo a qual investigados pela CPI combinaram com senadores da comissão as perguntas que seriam feitas em depoimento. A revista diz ter tido acesso à uma gravação que aponta a suspeita.

“As perguntas a cada depoente foram formuladas com base: a) no Plano de Trabalho aprovado; b) no denso material resultante da participação dos executivos da Petrobras em recentes audiências públicas, realizadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, dando prioridade a perguntas formuladas pela oposição nessas audiências; c) na Tomada de Contas Especial do TCU (inclusive Acórdãos) e em documentos da CGU; e d) nas denúncias publicadas pelos diversos veículos de imprensa e internet”, diz o senador, na nota.
O senador disse ainda que “protocolou dois requerimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito. O primeiro, solicita a instalação de procedimento de apuração, visando o esclarecimento dos fatos e, se for o caso, atribuir responsabilidades. O segundo, solicita ao presidente que requeira à revista Veja a íntegra do vídeo que deu origem à matéria, sob o compromisso de preservação do sigilo. O objetivo é contribuir com o trabalho da comissão de apuração”.
Neste domingo (3), o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que também integra a CPI da Petrobras, divulgou nota em que nega qualquer “suposição” envolvendo seu nome e os fatos relatados na reportagem. “Rejeito, com grande indignação, qualquer suposição de minha participação na articulação de depoimentos de quem quer que seja nas duas CPIs da Petrobras em andamento no Congresso Nacional”. Ele também é citado pela revista.
Créditos: EBC

Inflação medida pelo IPC avança em São Paulo no mês de julho

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na cidade de São Paulo teve alta de 0,16%, no encerramento de julho, acima da variação de junho (0,04%). A apuração feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)  mostra que cinco dos sete grupos pesquisados apresentaram aumentos em índice mais elevados do que no fechamento do mês passado.
A maior elevação ocorreu em despesas pessoais (de -0,12% para 1,03%). Os demais grupos que também pressionaram a inflação foram: habitação (de 0,28% para 0,45); saúde (de 0,27% para 0,58%) ; educação (de 0,03%  para 0,34%) e transportes (de -0,03% para 0,04%).
Em sentido oposto, o grupo alimentação  minimizou as altas com variação negativa de 0,58% na sexta queda consecutiva. Em junho, os itens alimentícios tinham recuado em 0,37%. No grupo vestuário, o índice indicou queda de 0,57% ante uma alta de 0,63%.
Créditos: Agencia Brasil

Palestina: Rendição incondicional ou aniquilação total

Gaza PalestinaExistem questões que resistem teimosamente ao assédio das palavras, como se a realidade houvesse decidido que nenhum pensamento, nenhuma razão poderia medir-se com os desatinos pelos quais elas insistem em desmentir o conjunto das inteligências e de seus planos.
E, aparentemente, poucas seriam as pessoas a recusar à questão palestina uma tal classificação.
Afinal, o que resta a dizer sobre o confronto entre israelenses e palestinos, o que não foi dito ainda que possa mudar uma vírgula que seja nas atas desse dossiê sangrento, redigido pelas mãos raivosas e descontroladas de ambas as “nações”, entregues a um incessante e insensato trabalho de rasurar as palavras alheias (como talvez tenhamos nos acostumado a imaginar essa perpétua troca de hostilidades)?
Se o braço palestino não fosse assim tão indisciplinado, se ao menos ele soubesse conter-se, permanecer quieto, sem provocar o seu irmão judeu, sem desferir-lhe golpes inopinados, talvez houvesse paz, e então o telejornal seria mais ameno, talvez se tornasse mesmo um pouco menos desagradável ao olhar e à conversa.
Como não desejar que os palestinos finalmente se submetam, que eles reconheçam de uma vez por todas e plenamente a legitimidade do Estado democrático de direito de Israel, renunciando decisivamente aos meios ofertados pelo terrorismo?
E, tão próxima, tentando equilibrar-se na corda-bamba dos assentimentos mútuos, a paz entretanto nunca chega; ligamos a tevê e, sem que sejamos realmente surpreendidos – tamanha a insensibilidade a que nos sujeita esse bombardeio de notícias sobre bombardeios –, ouvimos falar de três jovens israelenses sequestrados e mortos por terroristas palestinos.
Após, a Lei de Talião, traduzida numa ofensiva desaprovada pela ONU, mas que, ao mesmo tempo, não deixa de ter o seu aval, afinal, uma vez mais os palestinos optaram pela violência, e a Israel coube apenas revidar.
Importa realmente que as investidas militares dos israelenses tenham sido responsáveis pelas mortes de mais de 500 palestinos, em clara desproporção com os três judeus assassinados, ato isolado e sem qualquer relação real com a totalidade da população da faixa de Gaza?
E, em meio a semelhantes insignificâncias, decerto o fato de os palestinos da faixa de Gaza, o alvo dos recentes bombardeios, não contarem nem com um Estado e nem com um exército, e portanto não disporem de qualquer meio para efetuar um contra-ataque, não acrescenta em nada à discussão.
Ora, a função do governo de Israel é zelar pela segurança de seus cidadãos, e para tanto não se pode medir esforços.
Ou melhor, esta é exatamente a medida com que o governo de Israel aquilata todos os seus “esforços de guerra”, antecipando-se às cifras das baixas palestinas, dando-lhes em troca, como se em perfeita equivalência, a certeza de que os israelenses podem dormir tranquilamente à noite: segurança extorquida pelo horror infligido a seus adversários, tudo é permitido para garantir o bem-estar dos israelenses, e a negociação deixa-se absorver pelo cálculo das violências necessárias à sua consecução, tanto mais eficaz quanto mais sujeitos ao arbítrio israelense estiverem os palestinos (neste sentido, o controle da faixa de Gaza pelo governo de Israel é exemplar, limitando o seu acesso a bens e serviços básicos ao mínimo necessário à sobrevivência, e restringindo inclusive a ajuda humanitária, não importando a procedência dos grupos que se prontificam a realizá-la).
É quase como se, na Palestina sitiada, pudesse-se ouvir, do alto das caixas de som (lembrança ingrata?), que, se um terrorista palestino ainda vive, a nação palestina não merece viver. Ou pelo menos esse tem sido o fundamento da [ausência de] negociação levada adiante por Israel.
Reatualizando a semântica das guerras mais brutais, há muito Israel espera por uma rendição incondicional ou por uma aniquilação total (o que vier primeiro) – neste caso, nem tanto o produto de uma guerra interminável, posto tratarem-se de forças manifestamente dissimétricas (não cabendo uma denominação deste quilate quando há apenas um exército na lide), mas sim de uma pacificação perpétua (caricatura nefasta da solução kantiana para uma espécie de concerto das nações).
Melhor seria dizer, uma negociação incondicional, se é questão de desvelar o paradoxo que sustenta a lógica militarista e ocupacionalista de Israel: como bem sintetizou Alain Gresh, “o que é meu é meu; o que é seu, nós podemos negociar”, essa a sua [des]razão de Estado (o artigo deste autor, “o que é meu é meu; o que é seu, nós podemos negociar”, disponível no site do Le monde diplomatique Brasil, fala justamente das sucessivas recusas de Israel à negociação, numa verdadeira sabotagem do processo de paz com os palestinos).
Israel inventou assim uma nova tecnologia de governo das populações indesejáveis, recriando a lógica do menor dos males necessários, segundo a qual seria lícito recorrer a certos meios ilícitos para assegurar um bem maior: para evitar a violência contra os nossos, apliquemo-nos a exercer uma violência calculada e dirigida contra os potenciais inimigos, sendo portanto absolutamente necessário que estes, como sinal de boa fé, entreguem-se voluntariamente a essa violência mínima, de indefinido controle e repressão (de outra forma, deverão ser aniquilados; por contraposição, o “mínimo”).
Os israelenses, assim como todos os observadores dessa monstruosidade, deveriam começar a desconfiar dessa lógica, como aliás o fez uma célebre pensadora judia, Hannah Arendt: “Politicamente, a fraqueza do argumento tem sido sempre a de que aqueles que escolhem o menor dos males esquecem-se muito rapidamente que escolheram um mal”.
E talvez conviesse lembrar ainda que, como um outro pensador judeu, Baruch de Spinoza, soube distinguir muito bem, a paz não é a mera ausência da guerra. Assim, quem sabe, um pouco de razão poderá tornar à questão.
(Por Ivan de Oliveira Vaz, graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP))
Créditos: Viomundo

Ebola já matou 887 pessoas este ano

Ebola já matou 887 pessoas em quatro países da África este anoO vírus ebola já matou 887 pessoas este ano, em quatro países da África. Libéria, Serra Leoa e Guiné concentram o surto da doença, e na Nigéria, onde foi confirmada uma morte, há dois casos do vírus em pessoas que trabalham na área de saúde e em uma pessoa que viajou para a Guiné.
Os números foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e revelam que em apenas dois dias (31 de julho e 1º de agosto) foram notificados 163 novos casos, e morreram 61 pessoas com a doença. Entre casos confirmados, prováveis e suspeitos incluindo as 887 mortes, a OMS registrou 1.603 casos de virus ebola, que está se disseminando mais rapidamente do que as organizações podem controlar.
Desde o começo do surto, em março, a Guiné teve 485 casos, com 358 mortes; a Libéria contabilizou 468 casos, dos quais 255 mortes; Serra Leoa teve o maior número de infectados, com 646 casos, incluindo 273 mortes.
Na última sexta-feira (1º), a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, esteve em reunião com os presidentes dos três países onde o surto está instalado para planejar ações de combate à epidemia. Para a diretora, a situação está fora de controle.
Segundo a agência portuguesa de notícias Lusa, dois norte-americanos contraíram a doença na Libéria, e pelo menos um deles recebeu um remédio experimental para tratar a doença. O médico Kent Brantly e a missionária Nancy Writebol apresentaram febre, vômitos e diarreia, sintomas da doença, em julho, e os exames de laboratório confirmaram a doença.
Créditos: Agencia Brasil

Para 95% dos judeus de Israel, guerra é justa

Dentro de Israel, a perceção sobre a guerra em Gaza entre os judeus é quase unânime: ela é correta e necessária. É o que descobriu a pesquisa de julho do Israel Democracy Institute: 95% dos israelenses judeus aprovam o atual conflito. A pesquisa foi feita apenas com judeus, excluindo os árabes israelenses. O instituto não apoia nenhum partido político e mensalmente faz uma pesquisa entre os judeus. A do mês do julho se referia ao ataque a Gaza, por ar e por terra.
95% disse que a operação é completa ou parcialmente justificada. 80% respondeu que ela é completamente justificada. 1,4% não concorda com o ataque. O apoio judeu à guerra é imenso. Para efeito de comparação: a Guerra do Iraque de 2003 era apoiada por “apenas” 72% dos americanos. Outros dados da pesquisa mostram que o povo judeu em Israel, na maioria, é a favor de negociações de paz com a Palestina, mas a maioria não tem esperanças: quase 8 em 10 não crê que a paz será alcançada nos próximos anos. Foto: Cuba Debate
Créditos: Entrefatos

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Israel mantém ataques a Gaza, um dia depois de ONU alertar para 'ultraje moral'

Uma menina de oito anos morreu e outras 30 pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira (4) em um ataque israelense contra um campo de refugiados de Shati, na Cidade de Gaza, pouco após entrar em vigor uma trégua humanitária anunciada por Israel ontem.
De acordo com Ashraf al Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde na Faixa de Gaza, o ataque aconteceu minutos depois das 10h da manhã (horário local, 4h de Brasília), hora na qual Israel disse que tinha suspendido suas atividades ofensivas na faixa durante sete horas. O ataque atingiu a casa da família Bakri, onde morreu uma das filhas e outras 30 pessoas ficaram feridas.
Uma hora depois, Israel também atacou uma casa no campo de Nusseirat, no coração de Gaza, onde houve um número indeterminado de feridos, segundo o porta-voz. O cessar-fogo foi declarado de forma unilateral por Israel, sob alegação de assim possibilitar à população de Gaza receber provisões.
O Exército israelense anunciou que o cessar-fogo duraria sete horas em grande parte da Faixa de Gaza, mas que não se aplicaria em diversas áreas da cidade de Rafah (no Sul do território), na fronteira com o Egito, onde os militares israelenses continuam sua ofensiva contra militantes do grupo islamita palestino Hamas.
O anúncio do cessar-fogo veio horas depois de as forças israelenses bombardearem uma escola da ONU para refugiados palestinos em Rafah, no qual morreram pelo menos dez civis. O ataque foi qualificado como "um ultraje moral e um ato criminoso", pelo secretário-geral das Nações Unidas, o coreano Ban Ki-moon, em comunicado divulgado por seu porta-voz, no qual também lamenta "outra grave violação da lei humanitária internacional".
O diplomata ressaltou que os refúgios da ONU devem ser zonas seguras e lembrou que "informou repetidamente às Forças Armadas de Israel o local dessas instalações".
Créditos: Rede Brasil Atual