terça-feira, 7 de outubro de 2014

Ao menos 400 pessoas morreram em confrontos na Síria

Fumaça emana da cidade síria de Kobani, perto da fronteira com a TurquiaAo menos 400 pessoas foram mortas durante três semanas de confrontos entre o Estado Islâmico e combatentes curdos dentro e ao redor da cidade síria de Kobani, perto da fronteira com a Turquia, disse um grupo de monitoramento nesta terça-feira.
A cifra de mortos inclui combatentes de ambos os lados e também civis, disse o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A organização afirmou ter documentado 412 mortes a partir de fontes no terreno, mas o número real seria provavelmente o dobro. Foto: Reuters.
Créditos: Reuters

"Lua sangrenta" se apresentará a habitantes da Terra nesta quarta-feira

Lua, espaço, Terra

Na quarta-feira, 8 de outubro, os habitantes da Terra serão capazes de observar um fenômeno astronômico raro, a chamada "lua sangrenta", que se produz quando o eclipse lunar total coincide com o sol nascente ou poente, segundo noticia a publicação online Space.com.
Durante este fenômeno astronômico, a Lua entra na sombra da Terra e depois sai desta, "tingida" de diferentes tons de vermelho porque continua sendo iluminada mesmo durante o eclipse total. A "lua sangrenta" poderá ser contemplada por habitantes da Austrália, do Sudoeste da Ásia e das zonas litorais do Pacífico. Na Rússia, o eclipse lunar total poderá ser assistido no Extremo Oriente.
Os habitantes da Terra podem observar eclipses lunarer totais graças à atmosfera do nosso planeta, na qual as imagens da Lua e do Sol, distorcidas pela refração atmosférica, "sobem" sobre o horizonte. De forma que o Sol pode ser visto durante alguns minutos antes do seu nascer e a Lua, alguns minutos após o pôr.Foto: Flickr.com/Davide De Col/cc-by
Créditos: Voz da Russia

Espanha confirma 1º caso de contágio por ebola fora da África

Uma enfermeira da Espanha que tratou uma pessoa diagnosticada com ebola em Madri foi contaminada com o vírus e se tornou a primeira a contrair a doença fora da África, afirmaram nesta segunda-feira autoridades de saúde espanholas. O resultado da enfermeira deu positivo para ebola em dois testes separados, segundo relatórios. Ela fez parte da equipe que tratou o padre espanhol Manuel Garcia Viejo, que morreu de ebola no último dia 25 de setembro.
O padre morreu no hospital Carlos 3º de Madri depois de contrair ebola em Serra Leoa. Outro padre espanhol, Miguel Pajares, morreu em agosto após contrair o vírus na Libéria. A enfermeira foi hospitalizada na manhã desta segunda-feira com sintomas de febre alta, informou o jornal espanhol El País. Segundo a reportagem, os médicos isolaram o setor de emergência do hospital, onde ela está sendo tratada.
Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde anunciaram que cogitam submeter a checagens adicionais nos aeroportos os passageiros que desembarcar vindos de países afetados pela epidemia de ebola no oeste da África.
E esta é apenas uma das opções sendo analisadas pelo governo americano para tentar deter o contágio pela doença, depois de registrar o primeiro caso confirmado de ebola no país. O vírus foi encontrado na semana passada em um liberiano na cidade de Dallas, no Estado do Texas. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, afirmou que "uma discussão (sobre o assunto) está ocorrendo agora" para analisar todas as opções para conter o vírus.
A respeito das chegagens em aeroportos Fauci disse à rede de TV CNN que a questão é se "o nível extra de checagem vai valer a pena (em relação) aos recursos que você coloca nisto".
Os passageiros que saem dos países afetados já têm que ter a temperatura checada ao chegar nos Estados Unidos. As pessoas infectadas não transmitem o vírus a não ser que já demonstrem os sintomas da doença.
O liberiano diagnosticado com ebola em Dallas, Thomas Eric Duncan, foi monitorado para os sintomas quando saiu da Libéria, mas só desenvolveu a doença quatro dias depois, quando já estava em solo americano. Duncan está em estado crítico em um hospital da cidade. Dez pessoas tiveram contato direto com ele e estão sendo monitoradas, mas nenhuma delas apresentou sintomas da doença.
Quando questionado sobre as checagens para detectar a doença nos aeroporto, Tom Frieden, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças afirmou que as autoridades estão "analisando todas as opções para proteger os americanos".
Mas ele descartou a proibição do pousos nos Estados Unidos de voos vindos das regiões afetadas pois, para ele, isolar estes países apenas os prejudicaria.
Frieden também repetiu que não acredita que o ebola vai se espalhar pelos Estados Unidos. Uma pesquisa nacional feita pelo Centro de Pesquisas Pew tanmbém indica que os americanos confiam que o governo vai conseguir deter uma epidemia no país.
Cerca de 3,4 mil pessoas já morreram por causa da doença, principalmente no oeste da África. O ebola se espalha rapidamente por meio de contato com fluidos corporais de alguém que tenha o vírus. A única forma de conter a epidemia é isolar os infectados.
Até agora, já foram confirmados oficialmente cerca de 7,5 mil casos da doença. Autoridades afirmam, entretanto, o que o número real pode ser muito maior. Guiné, Serra Leoa e Libéria foram os países mais atingidos até agora.(BBC Brasil)
Créditos: WSCOM

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Papa pede a bispos que "não tenham medo de falar"

Papa pede a bispos que «não tenham medo de falar»O papa Francisco abriu os trabalhos do Sínodo Extraordinário sobre a Família e pediu aos bispos para "falarem claramente", "dizerem tudo o que sentem sem medo" e "ao mesmo tempo ouvir e acolher tudo com o coração aberto como têm os irmãos".
O Pontífice afirmou que "as duas atitudes de quem exerce a presença no Sínodo é falar com parrésia (franqueza) e ouvir com humildade" e disse que a sua presença é a garantia que todos podem ter de que terão liberdade para falar sobre o que pensam.  
O líder da Igreja Católica disse aos religiosos que estes devem prestar atenção às vozes das igrejas locais e de levar essas vozes para a discussão no Sínodo. "É uma grande responsabilidade levar as problemáticas das igrejas locais para caminhar na via que é o Evangelho das famílias. Uma condição de base é falar claro e ninguém pode dizer que ´uma coisa não pode ser falada assim ou assim. É preciso dizer tudo que se sente com parrésia", destacou.  
Usou como exemplo um encontro anterior sobre o mesmo tema, em Fevereiro deste ano, salientando que um cardeal lhe disse « que alguns cardeais não tiveram a coragem de dizer algumas coisas por medo do Papa ou por medo de que o Papa pensasse de outra maneira». Segundo Jorge Bergoglio, "isso não é bom e o Sínodo não serve para isso», pois «todos devem falar e ouvir todas as opiniões".  
O Sínodo prossegue até 19 de Outubro e debaterá, entre outros temas, a admissão de divorciados que se casaram novamente nos sacramentos católicos e o matrimónio gay. 
Créditos: Diário Digital

Dilma afirma que Brasil não permitirá volta dos 'fantasmas do passado'

A presidenta Dilma Rousseff escolheu a polarização com o passado do PSDB no primeiro pronunciamento após conhecidos os resultados do primeiro turno. A candidata do PT à reeleição terá confronto com o tucano Aécio Neves no segundo turno, o quarto seguido entre os dois partidos. No discurso, a candidata deu tom positivo aos números finais, menores que os esperados pelo governo e que os projetados pelos institutos de pesquisa – a petista teve 41,58% dos votos válidos, contra 33,57% do adversário e 21,31% de Marina Silva (PSB)
"O povo brasileiro diz 'Não quero os fantasmas do passado de volta'", afirmou,"como a recessão, o arrocho, o desemprego. Teremos novamente uma disputa com o PSDB, que governou para apenas um terço da população, abandonando os que mais precisam. O povo brasileiro não quer de volta os fantasmas do passado, aqueles que quebraram o país três vezes, juros de 45%, desemprego massivo, arrocho salarial, e jamais promoveram, quando tiveram oportunidades, políticas de redução da desigualdade."
Dilma argumentou que a sociedade saberá rejeitar "aqueles que viraram as costas para o povo" e conclamou a união de todos os que tiveram a vida melhorada pelos governos do PT para que evitem uma derrota do atual projeto. "O principal recado que recebi, que é um recado que me orgulha, me estimula, reforça as minhas convicções e as minhas energias é que o povo anseia por mais avanços, e disse ver no projeto que eu represento a mais legítima força de mudança. É uma responsabilidade que nós temos que assumir perante a história. A maioria do povo brasileiro votou dizendo que a melhor mudança, a mudança mais segura é acelerar o Brasil que estamos construindo."
No discurso, Dilma agradeceu especialmente ao vice-presidente Michel Temer, do PMDB, a quem classificou como um trabalhador incansável na campanha do PT, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela recordou brevemente a morte de Eduardo Campos, candidato do PSB vítima da queda de seu avião de campanha, em 13 de agosto, e se contrapôs à substituta de Campos, Marina Silva, com quem manteve tom de tensão ao longo de todo o primeiro turno.
Diferentemente de Aécio, que acenou com a intenção de contar com o PSB no segundo turno, a petista não fez menção direta a esta questão, e fez referência a uma frase recorrente da ex-ministra, que acusava o PT de tentar prejudicá-la vendendo a imagem de exterminadora do futuro. "Essa luta é a luta dos construtores de futuro, construtores de futuro que não deixarão jamais o Brasil voltar pra trás."
O tom do discurso de Dilma retomou linhas defendidas em seu último programa de TV no primeiro turno, quando prometeu "Governo novo, ideias novas". A presidenta reiterou a visão de que o melhor caminho para promover mudanças é garantir a continuidade de um governo que se vê comprometido com elas. Neste sentido, ela voltou a dizer que o combate à desigualdade e a luta contra a corrupção serão os eixos centrais de seu segundo mandato.
Dilma fez questão ainda de enfatizar a necessidade de mudanças no sistema político. Esta noite o PT viu sua bancada na Câmara cair de 88 para 70 deputados. "Tenho a absoluta certeza, absoluta, que nós precisamos fazer a reforma política. Reforma essa que é a mãe de todas as reformas. Vamos fazer tudo o que estiver no nosso alcance para que haja a possibilidade, e sobretudo a certeza de transformar essa reforma em realidade. O primeiro passo nós todos sabemos qual é: mobilizar a população num plebiscito."
Créditos: Rede Brasil Atual

Aécio acena para Marina: 'Este não é mais o projeto de um só partido'

aecio2.jpg O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, ressaltou, em seu primeiro pronunciamento após ter sido confirmado como adversário da presidenta Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da disputa, que seu projeto "não é mais de apenas um partido". "Este é um projeto de todo o povo brasileiros. É de todos que ainda tem a capacidade de se indignar, mas, mais importante que isso, também a capacidade de sonhar. Pregamos decência com eficiência", afirmou.
O tom do discurso já havia sido antecipado à TV Globo, a quem o tucano concedeu entrevista ao vivo instantes antes de seu pronunciamento público. Embora, no discurso, não tenha citado Marina Silva, Aécio destacou que o projeto que sua candidatura defende não pertence mais apenas ao PSDB em resposta a pergunta sobre aliança com Marina Silva. No discurso, instantes depois, Aécio relembrou ainda Eduardo Campos, em gesto que pode ser compreendido como aceno também ao PSB. "Quero aqui, desde já, deixar uma palavra de homenagem muito pessoal. A um homem público muito honrado, digno, que foi o governador Eduardo Campos. Minha reverência a ele. Saberemos, juntos, transformar seus sonhos em realidade", disse.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice-presidente na chapa de Aécio, também manifestou-se na noite deste domingo (5), e se disse confiante no embalo do candidato tucano, que cresceu cerca de 20 pontos nos últimos dois meses para conquistar a vaga no segundo turno contra Dilma. A candidata petista venceu o primeiro turno das eleições com 41% das intenções de voto; Aécio chegou a 33%, contra 21% de Marina.
Para o senador, o crescimento de Aécio na reta final das eleições se deu por conta de uma "onda da razão". "O Aécio se confirmou como opção mais segura para a mudança que o Brasil precisa. Foi a onda da razão. A vontade de mudar é importante, mas mudar com segurança é também muito importante", afirmou, durante entrevista concedida em São Paulo, onde compareceu ao evento de comemoração da reeleição de Geraldo Alckmin.
Para ele, o debate da última sexta-feira (3), na TV Globo, foi determinante para consolidar essa ascensão. "O desempenho de Aécio no debate deu impulso a esse movimento que já estava acontecendo [de crescimento nas pesquisas]. Aécio dizia: 'Me dê a vitória em São Paulo e lhes darei a vitória no Brasil'. E vamos ganhar em São Paulo com mais de 4 milhões de votos a mais que a Dilma", afirmou.
Sobre a possibilidade de aliança entre PSDB e PSB contra o PT no segundo turno, Aloysio também não foi direto, embora tenha reconhecido que os tucanos procurarão os socialistas. "Agora vamos começar as interlocuções para o segundo turno. Certamente, Marina e o PSB são interlocutores obrigatórios", limitou-se a comentar.
Créditos: Rede Brasil Atual

Candidatos nanicos somam 3,5% dos votos válidos para presidente

O primeiro turno das eleições teve 11 candidatos à Presidência da República, dos quais oito somaram apenas 3,54% dos votos válidos. Ao todo, 3,68 milhões de pessoas votaram nos chamados nanicos. Desses, quase a metade dos votos foram para Luciana Genro (PSOL), que ficou em quarto lugar na disputa, com 1,6 milhão.
Pastor Everaldo, que era apontado nas pesquisas de intenção de voto como o quarto colocado, depois de apuradas 99,99% das urnas, teve menos da metade dos votos de Luciana, com 0,75% do total, ou 780.376 votos. O candidato do PV, Eduardo Jorge, somou 0,61% dos votos válidos, o que significa 630.076. O polêmico Levy Fidélix (PRTB) ficou em sétimo lugar, com 0,43% ou 446.833 votos.
Os outros quatro candidatos juntos não alcançaram nem a metade da votação de Fidélix. Zé Maria (PSTU) teve 91.200 votos, que representam 0,09% do total de válidos. Eymael (PSDC) teve 61.242 votos, ou 0,06%. Mauro Iasi (PCB) teve 47.841 votos, ou 0,05% e Rui Costa Pimenta (PCO), 12.323, que significam 0,01% do total de válidos. Os quatro juntos somam 212.606 votos.
Os três primeiros colocados, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva, tiveram juntos 96,46% do total de votos válidos. Ao todo, mais de 100 milhões de brasileiros votaram neles.