O papa Francisco abriu os trabalhos do Sínodo Extraordinário sobre a Família e pediu aos bispos para "falarem claramente", "dizerem tudo o que sentem sem medo" e "ao mesmo tempo ouvir e acolher tudo com o coração aberto como têm os irmãos".
O Pontífice afirmou que "as duas atitudes de quem exerce a presença no Sínodo é falar com parrésia (franqueza) e ouvir com humildade" e disse que a sua presença é a garantia que todos podem ter de que terão liberdade para falar sobre o que pensam.
O líder da Igreja Católica disse aos religiosos que estes devem prestar atenção às vozes das igrejas locais e de levar essas vozes para a discussão no Sínodo. "É uma grande responsabilidade levar as problemáticas das igrejas locais para caminhar na via que é o Evangelho das famílias. Uma condição de base é falar claro e ninguém pode dizer que ´uma coisa não pode ser falada assim ou assim. É preciso dizer tudo que se sente com parrésia", destacou.
Usou como exemplo um encontro anterior sobre o mesmo tema, em Fevereiro deste ano, salientando que um cardeal lhe disse « que alguns cardeais não tiveram a coragem de dizer algumas coisas por medo do Papa ou por medo de que o Papa pensasse de outra maneira». Segundo Jorge Bergoglio, "isso não é bom e o Sínodo não serve para isso», pois «todos devem falar e ouvir todas as opiniões".
O Sínodo prossegue até 19 de Outubro e debaterá, entre outros temas, a admissão de divorciados que se casaram novamente nos sacramentos católicos e o matrimónio gay.
Créditos: Diário Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários aqui publicados são de responsabilidade de seus autores.