sábado, 25 de outubro de 2014

Ministro diz que ebola não terá disseminação maciça no mundo

Ministro diz que ebola não terá disseminação maciça no mundoO ministro da Saúde,  Arthur Chioro, disse ontem (24) que a disseminação do vírus ebola não ocorrerá de forma maciça pelo mundo. Ele reafirmou também que a chance de a doença chegar ao Brasil é muito pequena.
“A disseminação maciça pelo mundo não acontecerá. Não [há] nenhuma autoridade sanitária, nem na Organização Mundial da Saúde [OMS], nem na universidade, nem nos países, que reconheça que estamos vivendo um risco iminente de disseminação do ebola. Hoje, a epidemia está restrita a três países da África Ocidental [Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri]”, disse o ministro, após participar de evento de incentivo ao parto normal em hospitais privados.
De acordo com o Chioro, Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri enfrentam uma situação precária de combate à doença: “eles têm o sistema de saúde destruídos, caóticos, saíram de guerra civil, pobreza imensa, e uma dificuldade [financeira] muito grande, precisando de ajuda internacional”, salientou.
O ministro disse que a estratégia adotada está sendo eficiente para evitar que pessoas infectadas deixem os países com epidemia. Há uma linha de bloqueio nos aeroportos e portos dos três países, e uma segunda nos países para os quais há voos diretos: Marrocos, Nigéria, Estados Unidos, França e Inglaterra. “Nos cinco países se estabeleceu um segundo fluxo de bloqueio para identificar pacientes e pessoas. E pessoas [com sintomas da doença] já foram identificadas na primeira linha de bloqueio. Na segunda, não chega. Porque na primeira já foram identificados”, disse.
O ministro ressaltou que não há voos diretos, nem com conexões, dos países com epidemia com o Brasil. No entanto, há previsão de que cinco navios originários desses países atraquem no litoral brasileiro até o final do ano.
“A chance de a gente ter a chegada de algum paciente, que venha para o Brasil, é muito pequena. Vamos ter até o final do ano cinco navios. Mas nós sabemos em que dia chegam ao porto, em que porto  chegam, e assim por diante”, disse. “Eu continuo insistindo, e faço isso em cima de argumentações muito objetivas, que o risco de nós termos ebola no Brasil é muito pequeno. Mas temos”.
O ministro ainda minimizou a notícia de que um médico foi diagnosticado em Nova York com o vírus ebola. Ele era integrante da organização não governamental (ONG) Médicos sem Fronteiras, esteve no Oeste da África e regressou há dez dias. O profissional tem 33 anos e, segundo autoridades de saúde, está isolado desde quarta-feira (22), dia em que começou a ter febre, dor no corpo e náuseas . A informação foi divulgada pela rede de televisão CNN  e pelo jornal USA Today.
“Vocês vão ver que esse caso de Nova Iorque pode resultar em mais um, mais dois casos, e depois tem capacidade de interromper. Os mecanismos de transmissão do ebola favorecem as medidas de [controle da] saúde pública”, disse.
No Brasil, houve apenas um caso de suspeita de ebola. Um homem natural da Guiné-Conacri chegou ao Brasil no dia 19 de setembro. Em Cascavel, o africano sentiu febre no dia 8 de outubro e, no dia seguinte, procurou uma Unidade de Pronto-Atendimento. O Ministério da Saúde foi acionado e o paciente transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, onde permaneceu internado até que dois exames descartaram a presença do vírus. 
Créditos:Agência Brasil

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