O Partido dos Trabalhadores divulgou nota oficial no final da tarde de hoje (9) assinada pelo presidente nacional, Rui Falcão, em que “repudia com veemência e indignação” as denúncias de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, à Justiça Federal. Costa foi diretor da Gaspetro de maio de 1997 a dezembro de 2000, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
“O PT desmente a totalidade das ilações de que o partido teria recebido repasses financeiros originados de contratos com a Petrobras. Todas as doações para o Partido dos Trabalhadores seguem as normas legais e são registradas na Justiça Eleitoral”, diz a nota.
O partido afirma que “estranha a repetição de vazamentos de depoimentos no Judiciário” e que as acusações não são sustentadas por provas. “Lamentamos que estejam sendo valorizadas as palavras do investigado, em detrimento de qualquer indício ou evidência comprovada.”
A Direção Nacional do PT diz ainda que estuda a adoção de medidas judiciais cabíveis no caso.
Em entrevista coletiva ontem, Rui Falcão rebateu as acusações. “Não podemos levar para casa que somos os corruptos e que eles são os pudicos. Em matéria de corrupção os tucanos são recordistas”, disse.
Os ataques e denúncias ao partido se repetem em 2014 como às vésperas de eleições anteriores. Em 2010, três semanas antes do primeiro turno, quando a eleição de Dilma Rousseff era iminente, denúncias que ocuparam manchetes de todos os jornais e os noticiários televisivos colocaram Israel Guerra, filho da então ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, como envolvido em um suposto esquema de tráfico de influência. As denúncias ajudaram a levar a eleição para o segundo turno. Em 2012, a Justiça Federal de Brasília arquivou o inquérito que apurava o suposto tráfico de influência na Casa Civil durante a gestão de Erenice. A notícia foi discretamente veiculada na imprensa.
Também em nota divulgada hoje, a Secretaria Nacional de Finanças do PT informou que o secretário João Vaccari Neto “nunca tratou sobre contribuições financeiras do partido, ou de qualquer outro assunto, com o Sr. Paulo Roberto Costa”.
De acordo com o texto, “o depoimento prestado por ele à Justiça está carregado de afirmações distorcidas e mentirosas”. “Essas acusações, difundidas insistentemente por meio de notícias na imprensa, sem possibilidade de acesso de nossos advogados aos depoimentos, impedem o direito ao exercício constitucional da ampla defesa.”
Segundo a secretaria, o secretário nacional de Finanças, João Vaccari Neto, vai processar civil e criminalmente os responsáveis pelas acusações. Paulo Roberto Costa afirmou, entre outras acusações, que o PT ficava com até 3% do valor dos contratos da Petrobras.
Créditos: Rede Brasil Atual
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