O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, ressaltou, em seu primeiro pronunciamento após ter sido confirmado como adversário da presidenta Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da disputa, que seu projeto "não é mais de apenas um partido". "Este é um projeto de todo o povo brasileiros. É de todos que ainda tem a capacidade de se indignar, mas, mais importante que isso, também a capacidade de sonhar. Pregamos decência com eficiência", afirmou.
O tom do discurso já havia sido antecipado à TV Globo, a quem o tucano concedeu entrevista ao vivo instantes antes de seu pronunciamento público. Embora, no discurso, não tenha citado Marina Silva, Aécio destacou que o projeto que sua candidatura defende não pertence mais apenas ao PSDB em resposta a pergunta sobre aliança com Marina Silva. No discurso, instantes depois, Aécio relembrou ainda Eduardo Campos, em gesto que pode ser compreendido como aceno também ao PSB. "Quero aqui, desde já, deixar uma palavra de homenagem muito pessoal. A um homem público muito honrado, digno, que foi o governador Eduardo Campos. Minha reverência a ele. Saberemos, juntos, transformar seus sonhos em realidade", disse.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice-presidente na chapa de Aécio, também manifestou-se na noite deste domingo (5), e se disse confiante no embalo do candidato tucano, que cresceu cerca de 20 pontos nos últimos dois meses para conquistar a vaga no segundo turno contra Dilma. A candidata petista venceu o primeiro turno das eleições com 41% das intenções de voto; Aécio chegou a 33%, contra 21% de Marina.
Para o senador, o crescimento de Aécio na reta final das eleições se deu por conta de uma "onda da razão". "O Aécio se confirmou como opção mais segura para a mudança que o Brasil precisa. Foi a onda da razão. A vontade de mudar é importante, mas mudar com segurança é também muito importante", afirmou, durante entrevista concedida em São Paulo, onde compareceu ao evento de comemoração da reeleição de Geraldo Alckmin.
Para ele, o debate da última sexta-feira (3), na TV Globo, foi determinante para consolidar essa ascensão. "O desempenho de Aécio no debate deu impulso a esse movimento que já estava acontecendo [de crescimento nas pesquisas]. Aécio dizia: 'Me dê a vitória em São Paulo e lhes darei a vitória no Brasil'. E vamos ganhar em São Paulo com mais de 4 milhões de votos a mais que a Dilma", afirmou.
Sobre a possibilidade de aliança entre PSDB e PSB contra o PT no segundo turno, Aloysio também não foi direto, embora tenha reconhecido que os tucanos procurarão os socialistas. "Agora vamos começar as interlocuções para o segundo turno. Certamente, Marina e o PSB são interlocutores obrigatórios", limitou-se a comentar.
Créditos: Rede Brasil Atual
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