segunda-feira, 9 de março de 2015

Dilma defende ajustes econômicos


A presidenta Dilma Rousseff defendeu as medidas econômicas que estão sendo adotadas para o país voltar a crescer. Em pronunciamento feito ontem (8) em cadeia nacional de rádio e televisão, Dilma disse que o governo absorveu, até o ano passado, todos os efeitos negativos da crise econômica internacional, lançando mão do Orçamento para proteger o crescimento, o emprego e a renda das pessoas, mas não havia como prever que a crise mundial duraria tanto tempo.

Dilma destacou que as correções e os ajustes na economia, mesmo que signifiquem alguns sacrifícios temporários para todos e críticas injustas e desmesuradas ao governo, são a forma de dividir a carga negativa com os setores da sociedade. “São medidas para sanear as nossas contas e, assim, dar continuidade ao processo de crescimento com distribuição de renda, de modo mais seguro, mais rápido e mais sustentável”.

A presidenta destacou que as correções estão sendo feitas de forma com que todos suportem a sua aplicação. “As medidas estão sendo aplicadas de forma que as pessoas, as empresas e a economia as suportem. […] Este processo vai durar o tempo que for necessário para reequilibrar a nossa economia. […] Mais importante, no entanto, do que a duração dessas medidas, será a longa duração dos seus resultados e dos seus benefícios. Que devem ser perenes no combate à inflação e na garantia do emprego”.

Dilma lembrou que as medidas incluíram o corte de gastos do governo, a revisão de certas distorções em alguns benefícios e a redução, parcial, de subsídios de créditos e desonerações nos impostos, “dentro de limites suportáveis pelo setor produtivo”. Em seu pronunciamento, a presidenta ressaltou a importância da participação da população em todo esse processo de retomar o crescimento do país. “Você tem todo direito de se irritar e de se preocupar. Mas lhe peço paciência e compreensão porque esta situação é passageira. O Brasil tem todas as condições de vencer estes problemas temporários - e esta vitória será ainda mais rápida se todos nós nos unirmos neste enfrentamento”, disse.

Apesar das medidas, o governo diz que vai manter e melhorar os programas de infraestrutura. “Nossas rodovias e ferrovias, nossos portos e aeroportos continuarão sendo melhorados e ampliados. Para isso, vamos fazer, ainda este ano, novas concessões e firmar novas parcerias com o setor privado”, disse. 
Dilma destacou ainda o fortalecimento moral e ético do país, com a prática da justiça social em favor dos mais pobres e a justiça contra os corruptos. “É isso, por exemplo, que vem acontecendo na apuração ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras”, disse.
Créditos: Agencia Brasil

ONU apela ao mundo para impedir destruição de locais históricos no Iraque

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, manifestou nesse domingo (8) a sua indignação com a destruição, pelo grupo extremista Estado Islâmico, de locais culturais históricos no Iraque e pediu ao mundo que ajude a impedir essas ações. “O secretário-geral apela urgentemente à comunidade internacional para acabar com a hedionda ação terrorista e combater o tráfico de objetos culturais”, diz comunicado divulgado pelo seu porta-voz.

“A destruição deliberada da nossa herança cultural comum constitui crime de guerra”, afirmou, destacando que os que praticam esses atos devem ser responsabilizados. Militantes do Estado Islâmico devastaram a antiga cidade assíria de Nimrud, um dos principais sítios arqueológicos do Iraque e uma das cidades mais importantes da antiga Mesopotâmia, assim como o Museu da Civilização de Mossul, visando também à milenar cidade de Hatra, no Norte do país.

Ban Ki-moon manifestou-se “ultrajado”, ao citar recentes informações sobre a destruição em Hatra, cujas ruínas, com cerca de 2.300 anos, classificadas como Património Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), foram destruídas pelo Estado Islâmico.
Créditos: Agencia Brasil

domingo, 8 de março de 2015

Diferença salarial entre sexos é menor em pequenas empresas

A diferença do salário médio entre homens e mulheres é reduzida nas micro e pequenas empresas. Levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), aponta que quanto maior a empresa, maior a diferença salarial entre os sexos.
Os dados fazem parte do Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras Em Micro e Pequenas Empresas, divulgado na segunda-feira (3).
De acordo com a pesquisa, nas menores empresas os homens ganham 23% a mais que as mulheres, enquanto nas maiores a diferença pode chegar a 44,5%.
Entre 2002 e 2012, a diferença salarial entre homens e mulheres nas pequenas empresas passou de 26% para 23%. Nas grandes e médias empresas, houve aumento de 42,8% para 44,5%.
Além disso, o levantamento registra que 62% dos cargos com remuneração acima de dez salários mínimos são ocupados por homens e 38%, por mulheres.
De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, o número de emprego para mulheres em pequenas empresas cresceu 93% nos últimos dez anos. Para os homens, o aumento foi de 58%.
Créditos: Agencia PT

Crise na Petrobras já provocou 20 mil demissões

Alvo de uma onda de ataques especulativos da direita, proibida de captar novos recursos no mercado financeiro enquanto não for publicado seu balanço auditado do terceiro semestre de 2014 e com uma dívida de US$ 14 bilhões a ser paga durante o ano de 2015, a Petrobras tem evitado fazer novas contratações e diminuiu sensivelmente o ritmo dos investimentos em projetos já contratados. Essa nova realidade da maior empresa do Brasil já traz suas consequências sobre o nível de emprego na cadeia produtiva de óleo e gás e põe em xeque algumas metas de utilização de conteúdo nacional na exploração e produção do pré-sal.
A presença de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato da Polícia Federal na linha de frente de diversos projetos da cadeia do pré-sal torna a situação dos trabalhadores bastante difícil. Um relatório elaborado pela Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Fenatracop) aponta que as demissões já atingiram pelo menos 20.116 mil trabalhadores de 38 empresas, em sete projetos executados nos estados de Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Somente no Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj), no Rio de Janeiro, já ocorreram 2,5 mil demissões, segundo a Fenatracop. O projeto é executado pela empresa de engenharia Alumini (ex-Alusa), que deu entrada em pedido de recuperação judicial e cobra na Justiça R$ 1,2 bilhão da Petrobras pelo não pagamento de obras contratadas. A empresa deixou de pagar salários em 2015, o que tem provocado uma série de mobilizações e paralisações dos trabalhadores do Comperj desde janeiro.
A Alumini também está presente – ao lado das empresas Engevix, Multitek e COEG - no projeto da Refinaria do Nordeste (Rnest), também conhecida como Refinaria Abreu e Lima, que se encontra em fase final de construção em Pernambuco. Segundo o levantamento feito pela Fenatracop, este projeto teve o maior número de trabalhadores demitidos (5,7 mil) até agora.
Em nota divulgada em janeiro, a Alumini mistura os dois projetos para justificar a falta de pagamentos: “Por uma decisão da Justiça do Trabalho de Ipojuca (PE), as contas da empresa foram bloqueadas para o pagamento de rescisões dos trabalhadores que atuavam na Rnest. Isso ocorreu porque na Rnest a empresa não teve como honrar os compromissos com os trabalhadores, devido ao fato de ter mais de R$ 1,2 bilhão a receber da Petrobras referente a serviços já executados. E, com as contas bloqueadas, a Alumini não teve como pagar os salários dos funcionários do Comperj que deveriam ter sido depositados em 5 de janeiro, bem como a terceira e última parcela da rescisão dos funcionários no Comperj. Portanto, enquanto a conta estiver bloqueada, a empresa não tem como efetuar esses pagamentos”.
Outro caso emblemático é o da Enseada Industrial Naval (EIN), projeto de construção de um estaleiro executado na Bahia pelas empreiteiras OAS e UTC, contratadas pela empresa Sete Brasil, todas investigadas na Operação Lava-Jato. Desde o final do ano passado, quando não conseguiu a liberação de um empréstimo de R$ 10 bilhões junto ao BNDES, a Sete Brasil deixou de honrar seu pagamento às empreiteiras, o que, segundo a Fenatracop, é usado como justificativa para as a demissões que já atingiram 1,5 mil trabalhadores.
Os outros projetos ou unidades aonde vêm ocorrendo demissões em massa por conta da crise da Petrobras, segundo a Fenatracop, são: Cubatão (SP), com 3,6 mil demissões; Reduc (RJ, 1.757 demissões), Candeias (BA, 1,5 mil demissões), Fábrica Três Lagoas (MS, 1,5 mil demissões), Polo de Charqueadas (RS, 1,1 mil demissões), Regap (MG, 559 demissões) e Porto do Açu (RJ, 400 demissões).

Impacto social

O estudo mostra que demissões já ocorreram nas 23 empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato e em outras empreiteiras menores que trabalham em obras complementares: “A maioria das demissões acontece sem pagamento das rescisões de contrato de trabalho. Além disso, as empresas menores não têm bens ou créditos a serem arrestados pelos trabalhadores na Justiça do Trabalho, ficando somente a alternativa da solidariedade da Petrobras como contratadora principal dos trabalhos realizados por estes trabalhadores”, diz Wilmar Gomes dos Santos, presidente da Fenatracop.
Santos alerta que o impacto social das demissões ainda não foi completamente percebido: “Não estamos computando o impacto familiar destas mais de 20 mil demissões. Deve-se somar a cada trabalhador demitido pelo menos mais três dependentes, e há também os trabalhadores indiretos de apoio às obras. Desta forma, podemos, sem medo de errar, apontar um possível impacto até aqui na vida de 80 mil brasileiros de Norte a Sul do país”.

Conteúdo nacional

Para complementar o quadro de crise entre as empresas dos setores naval e de construção civil que integram a cadeia produtiva do pré-sal, a Petrobras decidiu convidar somente empresas estrangeiras para participar da construção de 24 plataformas – do tipo FPSO – previstas para 2015. A decisão desagradou aos trabalhadores, que sentem seus postos de trabalho ainda mais vulneráveis, e às empresas, que afirmam ter sido essa a derrocada definitiva das metas de conteúdo nacional estabelecidas pelo governo brasileiro para o setor.
Outra decisão da Petrobras recebida como uma bomba por toda a cadeia produtiva foi o cancelamento da construção das usinas Premium 1, no Maranhão, e Premium 2, no Ceará: “O mercado tinha se preparado para atender a um volume de demandas, e esse cancelamento corta uma parte das previsões que alimentariam as indústrias brasileiras fornecedoras nesse período de 2015, 2016 e 2017, pelo menos. Seria um derramamento de encomendas para a indústria, com o qual o mercado estava contando, mas que não vai mais haver. Então é uma notícia péssima”, resume Cesar Prata, presidente do Conselho de Óleo e Gás da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em entrevista à agência Petronotícias.
Créditos: Rede Brasil Atual

Vacina contra o ebola começa a ser testada

 A Guiné começou a testar a eficácia de uma vacina contra o ebola em uma das regiões do país mais afetadas pela doença, que causou mais de 9 mil mortes no mundo, anunciou nesta quinta-feira (5) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esta vacinação voluntária constitui a "fase 3" dos testes clínicos que estão sendo realizados agora com a vacina VSV-ZEBOV, desenvolvida no Canadá.
Os primeiros testes do medicamento foram promissores para prevenir a infecção do vírus do ebola.
"Se a vacina for efetiva, será a primeira ferramenta preventiva da história contra o ebola", disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan, em comunicado.
A vacinação com VSV-ZEBOV, cuja patente foi adquirida pela farmacêutica Merck, vai acontecer em uma zona da Guiné onde há uma maior incidência da doença. Outra vacina experimental, a Chade-EBO, da britânica GSK, também mostrou resultados promissores.
"A epidemia do ebola mostra sinais de retrocesso, mas não podemos baixar a guarda até que não haja nenhum caso", disse a diretora geral adjunta da OMS Marie-Paule Kieny, encarregada da pesquisa e luta contra o ebola da organização.
Vacina preventivaO objetivo desta vacinação voluntária com VSV-ZEBOV é por uma parte comprovar se é efetiva em pessoas que estiveram em contato com pessoas infectadas com o vírus e por outra ver se se transformam em um anel de proteção para impedir novos contágios. Além disso, será proposto vacinar o pessoal que atende os doentes na zona.
"Há mais de um ano estamos correndo contra o relógio para que a epidemia não se estenda", esclareceu Bertrand Draguez, diretor médico da Médicos Sem Fronteiras, ONG que participa do projeto em coordenação com as autoridades sanitárias guineanas e da Noruega.
Desde setembro de 2014, foram testadas duas vacinas contra o ebola em cerca de 15 países da África, Europa e América do Norte.
Segundo os dados mais recentes da OMS, 23.253 pessoas foram infectadas pelo vírus do ebola e 9.380 morreram durante esta epidemia, que começou em dezembro de 2013 em África Ocidental.
Após semanas de diminuição de novos casos, nas últimos dois houve um aumento, particularmente em Serra Leoa e na Guiné.
Na semana de 9 a 15 de fevereiro, em Serra Leoa foram registrados 74 novos casos, dos quais 45 ocorreram na capital, Freetown; e 52 na Guiné.
Créditos: WSCOM

Crianças com pais do mesmo sexo podem se tornar realidade dentro de dois anos

Bebês com dois pais biológicos do mesmo sexo estão próximos de se tornarem realidade. Uma pesquisa realizada na Universidade de Cambridge, Inglaterra, em parceria com o Wiezmann Institute, de Israel, demonstrou ser possível produzir células-tronco humanas a partir de células da pele.
No estudo, publicado na revista científica Cell, os pesquisadores documentaram como conseguiram criar células-tronco a partir de células já diferenciadas de humanos adultos. Desta forma, os cientistas acreditam que dentro de 2 anos a produção de gametas – e de bebês – possa ser feita em laboratório usando-se células diferenciadas. A descoberta abre as portas para que casais homoafetivos ou inférteis possam ter filhos biológicos, algo até então impossível.
Para Azim Surani, Professor da Universidade de Cambridge, que chefiou o estudo, este é o primeiro passo para a produção de gametas em laboratório.
“Nós tivemos sucesso no primeiro e mais importante passo deste processo, que foi demonstrar a possibilidade de criar estas células-tronco tronco humanas em estágio inicial in vitro”, afirmou em uma entrevista ao britânico Sunday Times.
Ele conta que o processo estudado foi capaz de “resetar” as células para um estágio pré-embrionário, sem mutações genéticas. Ou quase.
“Isso significa que a célula foi regenerada e resetada [sic], ou seja, enquanto as outras células do corpo sofreram a ação do tempo e contêm erros genéticos, essas não os possuem. Não podemos dizer que as mutações foram todas revertidas, mas a maioria delas não foram encontradas”, explica. Conforme o estudo detalha, a chave para a “reprogramação” das células humanas está num gene conhecido como SOX17, que havia sido deixado de lado nas pesquisas anteriores. 
A descoberta animou tanto ativistas de movimentos LGBTs quanto casais inférteis, uma vez que o estudo demonstrou a possibilidade desses casais terem filhos num futuro próximo. Outro detalhe que chama a atenção é o próprio currículo do professor Surani, que esteve envolvido nas pesquisas que levaram ao nascimento de Louise Brown, a primeira criança nascida após uma fertilização in vitro, em 1978.
A bagagem intelectual do Professor demonstra seu conhecimento e seu comprometimento com o assunto, o que atesta a confiabilidade dos resultados do estudo.
Além de Surani, outro especialista envolvido na pesquisa é Jacob Hanna, de Israel. Hanna já esteve envolvido em diversas outras pesquisas sobre células embrionárias e diferenciação celular, também com um extenso currículo acadêmico. Ele especula que dentro de 2 anos cientistas poderão trabalhar no desenvolvimento de gametas saudáveis que darão origem a bebês.
As contribuições do estudo também impactam a área de pesquisas voltadas para células-tronco. Com as novas descobertas, as pesquisas com células-tronco humanas devem acelerar e é possível que num futuro próximo elas sejam usadas para reparar tecidos de órgãos doentes.
Para os professores Martin Evans, laureado do Nobel de Medicina de 2007, e Robin Lovell-Badge, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Médica do Reino Unido, as conclusões deste estudo abrem ainda outras portas.
“[O estudo trouxe] uma nova explicação para um [elemento] da biologia humana”, diz Evans.
Já o Professor Robin vê novas possibilidades de estudo sobre o sistema reprodutor humano: “Isto [o estudo] será muito útil no desenvolvimento de espermas e óvulos, não somente como células germinativas, mas como células maduras. Isso será muito importante para entendermos as causas da infertilidade e para tratá-la”, afirma.
Apesar das boas expectativas em torno dos resultados e suas possíveis aplicações, os pesquisadores se mostram preocupados com as implicações éticas do estudo.
“Eu não sou a favor de criar seres humanos ‘em laboratório’ e as implicações sociais e éticas […] devem ser analisadas antes, mas estou muito confiante de que isso acontecerá e será muito relevante para qualquer um que perdeu sua fertilidade por causa de doenças”, afirmou Hanna.
Para David King, diretor da Human Genetics Alert, uma ONG dedicada à pesquisa e divulgação de implicações éticas da engenharia genética, as descobertas podem ter resultados não esperados e socialmente inaceitáveis.
“[Estou] preocupado que cientistas possam ver [a criação de células germinativas] como uma maneira conveniente para criarem bebês geneticamente manipulados.”
Mas para a felicidade de casais impossibilitados de terem filhos biológicos, é possível que resultados mais claros saiam em breve: o estudo completo está disponível gratuitamente no site da Revista Cell. Desta forma, mais pesquisadores da área poderão realizar estudos mais profundos sobre o assunto e, com algum tempo, desenvolverem técnicas para fertilização sem a necessidade da produção biológica de gametas.
Caso as expectativas se tornem realidade, serão necessárias algumas mudanças na legislação de alguns países para que a produção de gametas artificias possa ser feita em larga escala. Na última terça, um processo não menos polêmico, que permite a eliminação de defeitos mitocondriais – e dá origem a bebês com material genético de duas mães e um pai – foi aprovado pela Câmara dos Lordes, na Inglaterra, depois de ter passado, com uma pequena resistência, pela Câmara dos Comuns.
Assim, caso os anseios de Hanna confirmem-se, é provável que dentro de dois anos o Parlamento britânico esteja discutindo a legalidade de procedimentos laboratoriais para o desenvolvimento de gametas – e consequentemente, de bebês – a partir de outras células do corpo.
Créditos: Focando a Notícia

Sabesp demite funcionários e sindicato ameaça greve

A companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) está executando um severo plano de demissões nos últimos meses. A ordem segue um acordo coletivo assinado em maio de 2014, prevendo a demissão de até 2% do efetivo total. O motivo, segundo a empresa, é a necessidade de enxugar a folha de pagamento, após a redução de arrecadação por conta da diminuição no fornecimento de água.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema), de janeiro a fevereiro o governador Geraldo Alckmin demitiu cerca de 300 servidores. O diretor de comunicação do Sintaema, José Antônio Faggian, conta que na quinta-feira (5) foram mais de 20 dispensas e, nesta sexta (6), outros servidores seriam dispensados. Faggian acusa a empresa de estar demitindo desde o período eleitoral.
“Nesse período, em que é proibido por lei, foram demitidos cerca de 90 funcionários”, alerta Faggian.
O diretor criticou as demissões. Segundo ele, estão colocando na rua um corpo técnico experiente, que conhece o sistema e pode apresentar as soluções mais viáveis e imediatas para a crise.
“Estão demitindo justamente quem carrega o piano”, lamenta Faggian.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Urbanitários de Santos e Região (Sintius), Marquito Duarte, se a empresa demitisse metade dos assessores da presidência e diretorias, a economia poderia ser de R$ 6 a R$ 8 milhões, por ano.
“Seria uma economia muito maior que demitir trabalhador que ganha três ou quatro mil reais”, denuncia Duarte.
Duarte conta que o lucro líquido da empresa, entre 2005 e 2014, foi de aproximadamente R$ 12 bilhões, sendo que R$ 4 bilhões foram distribuídos entre os acionistas. O Estado de São Paulo detém 50% do controle acionário da Sabesp, 25% estão abertos na Bovespa e os outros 25% estão na Bolsa de Valores de Nova Iorque (EUA).
Em nota, a Sabesp informou que, entre 2002 a 2013, houve um aumento de 70% de produtividade na relação ligações de água e esgoto por empregado. Duarte contesta os dados e afirma que a companhia vem diminuindo, ano a ano, a força de trabalho. Segundo ele, de 16.978 servidores, em 2006, o número passou para 15.015, em 2013.
“Ou seja, uma redução de 11,56%, nesse período”, ressalta Duarte.
Faggian e Duarte informaram que a categoria se reunirá em assembleia, na terça-feira (10), quando será decidido pela indicação ou não de uma greve.
“Não é problema de pressão nas válvulas. Na prática, o governo está fechando os registros desde antes de assumir oficialmente o racionamento”, afirma Faggian.
 Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias