A pesca desenfreada pode ser mais prejudicial a ecossistemas marinhos que a poluição, alertou a diretora-geral da organização não governamental (ONG) Oceana no Brasil, Monica Peres. Nesta segunda-feira (8), comemora-se o Dia Internacional dos Oceanos.
A diretora-geral da ONG afirmou que o Brasil precisa investir na produção de dados e no manejo da pesca no país. "No Brasil, temos um problema muito grave de falta de manejo, de falta de dados, de falta de pesquisas necessárias para manejar bem essa atividade. Hoje em dia, não se sabe bem quantos barcos de pesca existem no país. Não sabemos, há muitos anos, sobre o que desembarca da pesca no Brasil. Isso é um problemão, e a pesca não manejada e intensa, acima da capacidade de as espécies se reporem, é um impacto talvez maior que o da poluição."
Para Monica, muitas pessoas pensam que os oceanos têm uma distribuição uniforme das formas de vida em toda a sua extensão quando, na verdade, há grandes agregações de seres vivos em espaços restritos e áreas gigantescas sem vida. Quando a pesca é feita sem o manejo adequado nessas áreas em que a vida se concentra, o equilíbrio dos ecossistemas é ameaçado. "Às vezes, a pesca é feita para retirar uma espécie que é abundante, mas vem junto com ela uma espécie que vive muitos anos, que fica adulta muito tarde, que tem poucos filhotes. Essas espécies mais vulneráveis não aguentam a intensidade de pesca que a espécie-alvo aguenta", disse Monica, destacando que é preciso proteger as espécies que são pescadas e usadas como alimento e as demais, que, quando acabam caindo nas redes de pesca, são devolvidas mortas ao mar sem que haja qualquer benefício com isso.
"A gente precisa respeitar a capacidade daquelas populações de se reporem. Toda extração de recursos vivos precisa ser feita dentro da capacidade do organismo de se repor".
Ações de preservação e de manejo, na visão da pesquisadora, servirão também para que os ecossistemas marítimos sejam mais capazes de resistir às mudanças climáticas no planeta. "O que se sabe hoje é que os ambientes marinhos e oceânicos serão os mais afetados pelas mudanças climáticas", disse ela. Mudanças na temperatura, explica Monica, podem provocar alterações, por exemplo, nas correntes marítimas e na disponibilidade de oxigênio e nutrientes na água. A falta de sódio, por exemplo, poderia levar à morte de corais. Foto: CMA
Créditos: Agência Brasil
segunda-feira, 8 de junho de 2015
domingo, 7 de junho de 2015
ONU chama atenção para desperdício de alimentos no mundo
O diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, chamou atenção para uma questão pouco tratada quando se pensa em preservação ambiental: o desperdício de alimentos e o impacto disso no mundo. “Um terço de todos os alimentos produzidos no mundo a cada ano, ou cerca de 300 milhões de toneladas, é jogado no lixo. A comida que jogamos fora ainda serve para o consumo humano e poderia alimentar mais de 800 milhões de pessoas no mundo”, explicou, em artigo no site da ONU.
Este, no entanto, não é todo o problema. O diretor ressaltou que a produção de alimentos em escala global é uma das principais responsáveis pelo desmatamento e o esgotamento da água. Nada menos que 80% do desmatamento é motivado pela expansão de áreas agricultáveis e pasto para animais de corte. A perda de espécies animais e de biodiversidade acaba sendo a “consequência natural”, deste processo descontrolado.
O modelo de agricultura e pecuária extensivos também é responsável por mais de 70% do consumo de água doce. “Um hambúrguer de carne no seu prato no almoço poderia exigir uma incrível quantidade de 2.400 litros de água nessa produção. Você gostaria de batatas fritas com quê? Adicione mais 100 litros, isso sem mencionar o impacto dos pesticidas e das embalagens não degradáveis. Bon appétit”, ironizou Steiner.
Sem modificar essa “fórmula”, o diretor avaliou que será difícil manter o nosso estilo de vida por muito tempo. E qualquer promessa ou projeto de tirar da pobreza absoluta cerca de um bilhão de pessoas que ainda carece de condições mínimas para viver será uma ilusão.
Até 2050, a população mundial deve chegar a 9 bilhões de pessoas. Todas precisando se alimentar. Isso vai ampliar a pressão sobre os recursos naturais. Somado a um provável aumento da poluição, a consequência para a humanidade pode ser catastrófica. “Secas recordes, inundações, poluição sufocante do ar e espécies ameaçadas de extinção tornaram-se notícias diárias”, lembrou Steiner, referindo aos últimos dez anos.
A saída defendida por ele é aumentar radicalmente o que os economistas chamam de “produtividade”: produzir mais gastando menos. Modificar os padrões de produção e consumo, revertendo a lógica de extração, produção, consumo e desperdício para uma economia verde. “Que imite os processos naturais onde não existe o conceito de 'sobra', apenas comida para outro organismo ou processo”, explicou Steiner.
Segundo o diretor da Pnuma, o consumo global já é 1,5 vez maior do que a capacidade do planeta de suportar tanto a extração de matérias-primas quanto a produção de resíduos. Mesmo assim, Steiner acredita que a mudança está a caminho. “Embora não tão rápido como necessário”, ressaltou.
De acordo com a ONU, 65 países já estão desenvolvendo ações de economia verde e estratégias relacionadas. Muitas outras aderiram à Parceria para a Ação pela Economia Verde (Page), articulação entre várias agências da ONU, para incentivar investimentos e desenvolvimento de políticas para tecnologias limpas, infraestrutura eficiente de recursos, ecossistemas em bom funcionamento, trabalhos verdes de qualidade e boa governança.
O setor de energias renováveis é o melhor exemplo, segundo Steiner. Em 2014, este setor foi responsável por quase metade de toda a capacidade de geração elétrica, excluindo as grandes centrais hidroelétricas. “A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que incentivar a eficiência energética poderia, não só proporcionar uma redução de 10% dessa demanda até 2030, mas também economizar US$ 560 bilhões”, afirmou.
“No geral, aproveitar tecnologias existentes e políticas apropriadas para aumentar a produtividade dos recursos poderia liberar US$ 3,7 trilhões por ano, em todo o mundo, que hoje são desperdiçados de outro modo. Estes fundos atualmente desperdiçados poderiam ser investidos em saúde, educação e desenvolvimento”, concluiu Steiner.
Créditos : Rede Brasil Atual
Este, no entanto, não é todo o problema. O diretor ressaltou que a produção de alimentos em escala global é uma das principais responsáveis pelo desmatamento e o esgotamento da água. Nada menos que 80% do desmatamento é motivado pela expansão de áreas agricultáveis e pasto para animais de corte. A perda de espécies animais e de biodiversidade acaba sendo a “consequência natural”, deste processo descontrolado.
O modelo de agricultura e pecuária extensivos também é responsável por mais de 70% do consumo de água doce. “Um hambúrguer de carne no seu prato no almoço poderia exigir uma incrível quantidade de 2.400 litros de água nessa produção. Você gostaria de batatas fritas com quê? Adicione mais 100 litros, isso sem mencionar o impacto dos pesticidas e das embalagens não degradáveis. Bon appétit”, ironizou Steiner.
Sem modificar essa “fórmula”, o diretor avaliou que será difícil manter o nosso estilo de vida por muito tempo. E qualquer promessa ou projeto de tirar da pobreza absoluta cerca de um bilhão de pessoas que ainda carece de condições mínimas para viver será uma ilusão.
Até 2050, a população mundial deve chegar a 9 bilhões de pessoas. Todas precisando se alimentar. Isso vai ampliar a pressão sobre os recursos naturais. Somado a um provável aumento da poluição, a consequência para a humanidade pode ser catastrófica. “Secas recordes, inundações, poluição sufocante do ar e espécies ameaçadas de extinção tornaram-se notícias diárias”, lembrou Steiner, referindo aos últimos dez anos.
A saída defendida por ele é aumentar radicalmente o que os economistas chamam de “produtividade”: produzir mais gastando menos. Modificar os padrões de produção e consumo, revertendo a lógica de extração, produção, consumo e desperdício para uma economia verde. “Que imite os processos naturais onde não existe o conceito de 'sobra', apenas comida para outro organismo ou processo”, explicou Steiner.
Segundo o diretor da Pnuma, o consumo global já é 1,5 vez maior do que a capacidade do planeta de suportar tanto a extração de matérias-primas quanto a produção de resíduos. Mesmo assim, Steiner acredita que a mudança está a caminho. “Embora não tão rápido como necessário”, ressaltou.
De acordo com a ONU, 65 países já estão desenvolvendo ações de economia verde e estratégias relacionadas. Muitas outras aderiram à Parceria para a Ação pela Economia Verde (Page), articulação entre várias agências da ONU, para incentivar investimentos e desenvolvimento de políticas para tecnologias limpas, infraestrutura eficiente de recursos, ecossistemas em bom funcionamento, trabalhos verdes de qualidade e boa governança.
O setor de energias renováveis é o melhor exemplo, segundo Steiner. Em 2014, este setor foi responsável por quase metade de toda a capacidade de geração elétrica, excluindo as grandes centrais hidroelétricas. “A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que incentivar a eficiência energética poderia, não só proporcionar uma redução de 10% dessa demanda até 2030, mas também economizar US$ 560 bilhões”, afirmou.
“No geral, aproveitar tecnologias existentes e políticas apropriadas para aumentar a produtividade dos recursos poderia liberar US$ 3,7 trilhões por ano, em todo o mundo, que hoje são desperdiçados de outro modo. Estes fundos atualmente desperdiçados poderiam ser investidos em saúde, educação e desenvolvimento”, concluiu Steiner.
Créditos : Rede Brasil Atual
Governo Federal investe R$ 600 mi em obras no Rio São Francisco
Entre janeiro e abril de 2015, o Projeto de Integração do Rio São Francisco recebeu R$ 600 milhões. Segundo informou o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, o valor representa a maior execução financeira registrada para esse período nos últimos quatro anos. O montante em 2014 foi de R$ 277 milhões.
“Esses investimentos demonstram a importância, para o governo federal, dessa obra que beneficiará todo o país”, disse Occhi.
As obras do projeto irão beneficiar 390 municípios. O empreendimento também terá 18 vilas produtivas, que irão assegurar moradia a 845 famílias lindeiras ao rio São Francisco. Segundo o ministro, já foram investidos R$ 1,7 bilhão em ações de revitalização.
Gilberto Occhi detalhou que as obras do projeto apresentam, atualmente, 74,5% de execução física e que os órgãos de controle estão cientes dos trabalhos realizados.
“A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) acompanham, monitoram e fiscalizam o empreendimento. É um trabalho conjunto dos órgãos de controle com o Ministério da Integração Nacional (MI)”, disse.
Outros investimentos também foram citados por Occhi. Para o projeto que contempla ações ambientais estão previstos R$ 1 bilhão, incluídos no orçamento vigente. Além disso, já foram investidos R$1,7 bilhão em ações de revitalização.
As informações foram divulgadas pelo ministro durante encontro no Senado com as comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo, de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, e Temporária para Acompanhamento das Obras da Transposição e Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, no fim de maio.
Na ocasião, o ministro ressaltou diversas obras do governo federal, como o Programa Água para Todos, que bateu a meta de implantação de cisternas – de 750 mil para quase 1,2 milhão. Além disso, ele falou sobre a implantação de 1,7 mil sistemas simplificados de abastecimento de água para atender 68 mil famílias, o mapa da infraestrutura hídrica no Nordeste e destacou as obras estruturantes como Adutora do Agreste, Adutora do Pajeú, Cinturão das Águas, entre outras.
’’ Com a conclusão dessas obras, juntamente com o Projeto São Franscisco e a permanente revitalização das bacias, levaremos segurança hídrica, principalmente, ao semiárido brasileiro, afirmou.
Créditos:Agência PT
“Esses investimentos demonstram a importância, para o governo federal, dessa obra que beneficiará todo o país”, disse Occhi.
As obras do projeto irão beneficiar 390 municípios. O empreendimento também terá 18 vilas produtivas, que irão assegurar moradia a 845 famílias lindeiras ao rio São Francisco. Segundo o ministro, já foram investidos R$ 1,7 bilhão em ações de revitalização.
Gilberto Occhi detalhou que as obras do projeto apresentam, atualmente, 74,5% de execução física e que os órgãos de controle estão cientes dos trabalhos realizados.
“A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) acompanham, monitoram e fiscalizam o empreendimento. É um trabalho conjunto dos órgãos de controle com o Ministério da Integração Nacional (MI)”, disse.
Outros investimentos também foram citados por Occhi. Para o projeto que contempla ações ambientais estão previstos R$ 1 bilhão, incluídos no orçamento vigente. Além disso, já foram investidos R$1,7 bilhão em ações de revitalização.
As informações foram divulgadas pelo ministro durante encontro no Senado com as comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo, de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, e Temporária para Acompanhamento das Obras da Transposição e Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, no fim de maio.
Na ocasião, o ministro ressaltou diversas obras do governo federal, como o Programa Água para Todos, que bateu a meta de implantação de cisternas – de 750 mil para quase 1,2 milhão. Além disso, ele falou sobre a implantação de 1,7 mil sistemas simplificados de abastecimento de água para atender 68 mil famílias, o mapa da infraestrutura hídrica no Nordeste e destacou as obras estruturantes como Adutora do Agreste, Adutora do Pajeú, Cinturão das Águas, entre outras.
’’ Com a conclusão dessas obras, juntamente com o Projeto São Franscisco e a permanente revitalização das bacias, levaremos segurança hídrica, principalmente, ao semiárido brasileiro, afirmou.
Créditos:Agência PT
Pesquisadores criam questionário para 'prever morte'
O mistério da morte pode começar a ser desvendado por um simples questionário da internet, segundo cientistas da Suécia. Eles criaram uma série de perguntas para dizer se você vai morrer nos próximos cinco anos.
O questionário é baseado em uma longa pesquisa realizada entre 2007 e 2010, que envolveu meio milhão de pessoas entre 40 e 70 anos de idade no Reino Unido.
Baseados em uma análise complexa de 655 aspectos do estilo de vida de cada um dos participantes no Centro de Pesquisas UK Biobank, os cientistas chegaram a um teste final de 13 perguntas para homens e 11 pra mulheres para determinar o risco de morte deles nos próximos cinco anos.
Para homens, a simples autoavaliação do estado de saúde (avaliada na pergunta "você considera sua saúde excelente, muito boa, boa, regular ou ruim?") foi o que mais influenciou no resultado final do risco de morte. Para mulheres, o diagnóstico anterior de algum tipo de câncer foi o fator mais forte.
Mas, para as pessoas que não têm nenhuma doença grave ou nenhum tipo de transtorno, o cigarro é o fator predominante para determinar a chance de elas morrerem nos próximos cinco anos.
As descobertas dos pesquisadores foram divulgadas na publicação científica Lancet. Além do questionário para determinar o risco de morte, disponível no site Ubble, os cientistas também desenvolveram um critério para dizer a "idade Ubble" dos que fizerem o teste.
Se ela for maior do que a idade real da pessoa, é melhor elas tentarem melhorar suas condições de vida – parando de fumar, por exemplo. Se for menor, significa que eles estão saudáveis.
Os resultados são baseados nas conclusões dos testes com moradores do Reino Unido, mas o questionário em inglês pode ser feito por qualquer pessoa que tenha entre 40 e 70 anos.
Conclusões
Das 500 mil pessoas entre 40 e 70 anos que participaram da pesquisa, 8.352 morreram ao longo dos anos de análise dos dados pelos cientistas.
Para homens, perguntas como "Quantos carros você tem?" aparecem no questionário - segundo os pesquisadores, quem tem muitos carros tem melhores condições financeiras, e isso influenciaria em uma menor chance de morrer nos próximos cinco anos.
Outras questões curiosas como "Como você descreveria o ritmo da sua passada?" também aparecem no questionário - os pesquisadores explicam que uma passada rápida é um indício de que a pessoa é saudável e, por isso, também tem menos possibilidade de morrer em breve.
Não foram levados em consideração fatores cardiovasculares, pressão alta ou obesidade porque, segundo os cientistas, isso não influenciaria em uma eventual morte nos próximos cinco anos.
Erik Ingelsson, dos autores do estudo, faz uma ressalva: apesar de os resultados da pesquisa serem interessantes e terem 80% de confiabilidade, não é possível tomá-los como "certeza absoluta".
"O fato de um resultado como esse poder ser medido em um questionário breve, sem necessidade de testes no laboratório ou exames físicos, é uma descoberta animadora", afirmou. "(Mas) claro que o resultado traz um grau de incerteza e não pode ser visto como uma previsão determinante e absoluta."
O cientista reforçou ainda que o risco de morte de uma pessoa pode ser reduzido com pequenas mudanças nos hábitos diários. "Para a maioria das pessoas, o alto risco de morrer nos próximos cinco anos pode ser reduzido apenas parando de fumar, fazendo atividade física e tendo uma dieta equilibrada."
As 500 mil pessoas que se voluntariaram forneceram o histórico médico delas para o Biobank, além de exames de sangue, urina e saliva. A saúde deles será monitorada pelo resto de suas vidas para permitir aos pesquisadores estudar mais as doenças e trabalhar na cura delas.
Créditos: BBC Brasil
O questionário é baseado em uma longa pesquisa realizada entre 2007 e 2010, que envolveu meio milhão de pessoas entre 40 e 70 anos de idade no Reino Unido.
Baseados em uma análise complexa de 655 aspectos do estilo de vida de cada um dos participantes no Centro de Pesquisas UK Biobank, os cientistas chegaram a um teste final de 13 perguntas para homens e 11 pra mulheres para determinar o risco de morte deles nos próximos cinco anos.
Para homens, a simples autoavaliação do estado de saúde (avaliada na pergunta "você considera sua saúde excelente, muito boa, boa, regular ou ruim?") foi o que mais influenciou no resultado final do risco de morte. Para mulheres, o diagnóstico anterior de algum tipo de câncer foi o fator mais forte.
Mas, para as pessoas que não têm nenhuma doença grave ou nenhum tipo de transtorno, o cigarro é o fator predominante para determinar a chance de elas morrerem nos próximos cinco anos.
As descobertas dos pesquisadores foram divulgadas na publicação científica Lancet. Além do questionário para determinar o risco de morte, disponível no site Ubble, os cientistas também desenvolveram um critério para dizer a "idade Ubble" dos que fizerem o teste.
Se ela for maior do que a idade real da pessoa, é melhor elas tentarem melhorar suas condições de vida – parando de fumar, por exemplo. Se for menor, significa que eles estão saudáveis.
Os resultados são baseados nas conclusões dos testes com moradores do Reino Unido, mas o questionário em inglês pode ser feito por qualquer pessoa que tenha entre 40 e 70 anos.
Conclusões
Das 500 mil pessoas entre 40 e 70 anos que participaram da pesquisa, 8.352 morreram ao longo dos anos de análise dos dados pelos cientistas.
Para homens, perguntas como "Quantos carros você tem?" aparecem no questionário - segundo os pesquisadores, quem tem muitos carros tem melhores condições financeiras, e isso influenciaria em uma menor chance de morrer nos próximos cinco anos.
Outras questões curiosas como "Como você descreveria o ritmo da sua passada?" também aparecem no questionário - os pesquisadores explicam que uma passada rápida é um indício de que a pessoa é saudável e, por isso, também tem menos possibilidade de morrer em breve.
Não foram levados em consideração fatores cardiovasculares, pressão alta ou obesidade porque, segundo os cientistas, isso não influenciaria em uma eventual morte nos próximos cinco anos.
Erik Ingelsson, dos autores do estudo, faz uma ressalva: apesar de os resultados da pesquisa serem interessantes e terem 80% de confiabilidade, não é possível tomá-los como "certeza absoluta".
"O fato de um resultado como esse poder ser medido em um questionário breve, sem necessidade de testes no laboratório ou exames físicos, é uma descoberta animadora", afirmou. "(Mas) claro que o resultado traz um grau de incerteza e não pode ser visto como uma previsão determinante e absoluta."
O cientista reforçou ainda que o risco de morte de uma pessoa pode ser reduzido com pequenas mudanças nos hábitos diários. "Para a maioria das pessoas, o alto risco de morrer nos próximos cinco anos pode ser reduzido apenas parando de fumar, fazendo atividade física e tendo uma dieta equilibrada."
As 500 mil pessoas que se voluntariaram forneceram o histórico médico delas para o Biobank, além de exames de sangue, urina e saliva. A saúde deles será monitorada pelo resto de suas vidas para permitir aos pesquisadores estudar mais as doenças e trabalhar na cura delas.
Créditos: BBC Brasil
Papa elogia diálogo na Bósnia e cobra continuidade da paz
O papa Francisco elogiou ontem (6), em Sarajevo, os progressos vividos na Bósnia-Herzegovina nos últimos anos, mas cobrou a continuidade do diálogo para a paz.
“Tenho o prazer de ver os progressos realizados, que devemos agradecer ao senhor e a tantas pessoas de boa vontade. No entanto, é importante não se contentar com o que já foi alcançado, mas procurar adotar novas medidas para fortalecer a confiança e criar oportunidades para que se aumente a compreensão e o respeito mútuo”, disse ao discursar durante a cerimônia de boas-vindas no palácio presidencial, na capital da Bósnia-Herzegovina.
Francisco fez um apelo à comunidade internacional, “em particular à União Europeia”, para que contribua para que “o processo de paz começado seja cada vez mais sólido e irreversível”.
O papa recordou a visita de João Paulo II em 1997 a Sarajevo, que ainda tentava se recuperar da guerra (1992-1995), e disse que está satisfeito por chegar à capital bósnia “como peregrino da paz e do diálogo”.
“Para mim é um motivo de alegria estar nesta cidade, que sofreu tanto por causa dos sangrentos conflitos do século passado e voltou a ser um lugar de diálogo e convivência pacífica”, enfatizou.
O papa disse que a Bósnia-Herzegovina “tem um significado especial para a Europa e para o mundo inteiro”, pois nestes territórios “existem comunidades que há séculos professam religiões diferentes e pertencem a etnias e culturas distintas, cada uma com as suas características peculiares e orgulhosa das suas tradições específicas”.
Francisco pediu às autoridades políticas do país que protejam “os direitos fundamentais da pessoa, entre os quais se destaca a liberdade religiosa” para assegurar “a efetiva igualdade de cada cidadão diante da lei, independentemente da sua origem étnica, religiosa e geográfica”.
O presidente da Bósnia-Herzegovina, o sérvio Mladen Ivanic, disse confiar que “o tempo da falta de entendimento, da intolerância e divisões ficou para trás”. Para ele, a população aprendeu a lição do passado recente e está diante de “um novo tempo de entendimento, reconciliação e cooperação”.
Ivanic estava acompanhado de outros membros que formam a composição presidencial do país, que é rotativa: o muçulmano Bakir Iztbegovic e o croata Dragan Covic.
“Desejamos edificar a Bósnia-Herzegovina como uma sociedade à medida do homem e de todas as religiões. O cumprimento deste objetivo não é fácil e representa um grande desafio, tanto para os líderes políticos e religiosos como para cada cidadão”, disse Ivanic.
Acrescentou que a “Bósnia-Herzegovina tem sido um símbolo do verdadeiro entendimento das diferenças étnicas e religiosas, mas também das profundas divisões, conflitos e sofrimentos”.
Depois da reunião com as autoridades bósnias, o papa seguiu para o Estádio Olímpico de Sarajevo para rezar uma missa para cerca de 65 mil fiéis.
Créditos : Agência Brasil
“Tenho o prazer de ver os progressos realizados, que devemos agradecer ao senhor e a tantas pessoas de boa vontade. No entanto, é importante não se contentar com o que já foi alcançado, mas procurar adotar novas medidas para fortalecer a confiança e criar oportunidades para que se aumente a compreensão e o respeito mútuo”, disse ao discursar durante a cerimônia de boas-vindas no palácio presidencial, na capital da Bósnia-Herzegovina.
Francisco fez um apelo à comunidade internacional, “em particular à União Europeia”, para que contribua para que “o processo de paz começado seja cada vez mais sólido e irreversível”.
O papa recordou a visita de João Paulo II em 1997 a Sarajevo, que ainda tentava se recuperar da guerra (1992-1995), e disse que está satisfeito por chegar à capital bósnia “como peregrino da paz e do diálogo”.
“Para mim é um motivo de alegria estar nesta cidade, que sofreu tanto por causa dos sangrentos conflitos do século passado e voltou a ser um lugar de diálogo e convivência pacífica”, enfatizou.
O papa disse que a Bósnia-Herzegovina “tem um significado especial para a Europa e para o mundo inteiro”, pois nestes territórios “existem comunidades que há séculos professam religiões diferentes e pertencem a etnias e culturas distintas, cada uma com as suas características peculiares e orgulhosa das suas tradições específicas”.
Francisco pediu às autoridades políticas do país que protejam “os direitos fundamentais da pessoa, entre os quais se destaca a liberdade religiosa” para assegurar “a efetiva igualdade de cada cidadão diante da lei, independentemente da sua origem étnica, religiosa e geográfica”.
O presidente da Bósnia-Herzegovina, o sérvio Mladen Ivanic, disse confiar que “o tempo da falta de entendimento, da intolerância e divisões ficou para trás”. Para ele, a população aprendeu a lição do passado recente e está diante de “um novo tempo de entendimento, reconciliação e cooperação”.
Ivanic estava acompanhado de outros membros que formam a composição presidencial do país, que é rotativa: o muçulmano Bakir Iztbegovic e o croata Dragan Covic.
“Desejamos edificar a Bósnia-Herzegovina como uma sociedade à medida do homem e de todas as religiões. O cumprimento deste objetivo não é fácil e representa um grande desafio, tanto para os líderes políticos e religiosos como para cada cidadão”, disse Ivanic.
Acrescentou que a “Bósnia-Herzegovina tem sido um símbolo do verdadeiro entendimento das diferenças étnicas e religiosas, mas também das profundas divisões, conflitos e sofrimentos”.
Depois da reunião com as autoridades bósnias, o papa seguiu para o Estádio Olímpico de Sarajevo para rezar uma missa para cerca de 65 mil fiéis.
Créditos : Agência Brasil
sábado, 6 de junho de 2015
Asus revela primeiro "PC de bolso" com Windows 10
Nos últimos meses, começou a crescer uma nova categoria de produtos: o “PC de bolso” que mais parece um pendrive. Agora foi a vez ASUS de revelar um aparelho do tipo, aproveitando a Computex, que acontece nesta semana em Taiwan. A diferença é que o Pen Stick já sai de fábrica com o Windows 10.
Como outros produtos da categoria, ele é feito para economizar espaço, o que significa que seus componentes devem ser compatíveis com o formato menor. Assim, ele obviamente não tem um desempenho muito alto, mas permite realizar tarefas simples e comuns.
Por dentro ele apresenta um processador Intel Cherry Trail, 2 GB de memória RAM, 32 GB de armazenamento interno. Também há um leitor de cartão micros, duas portas USB 2.0, para conectar periféricos como mouse e teclado, e uma microUSB, para a energia. O dispositivo também tem um conector de áudio para microfone e fones de ouvido, Bluetooth 4.0 e Wi-Fi.
Como é comum da categoria, o dispositivo conta com um conector HDMI, com o qual o usuário pode conectá-lo a um monitor para poder utilizá-lo.
A ASUS deu estimativas de quando e por quanto ele chega ao mercado, mas as informações ainda não são totalmente precisas. Segundo a empresa, o lançamento acontecerá no último trimestre de 2015 por um preço de cerca de US$ 150.
Via Ubergizmo
Créditos:Olhar Digital
Como outros produtos da categoria, ele é feito para economizar espaço, o que significa que seus componentes devem ser compatíveis com o formato menor. Assim, ele obviamente não tem um desempenho muito alto, mas permite realizar tarefas simples e comuns.
Por dentro ele apresenta um processador Intel Cherry Trail, 2 GB de memória RAM, 32 GB de armazenamento interno. Também há um leitor de cartão micros, duas portas USB 2.0, para conectar periféricos como mouse e teclado, e uma microUSB, para a energia. O dispositivo também tem um conector de áudio para microfone e fones de ouvido, Bluetooth 4.0 e Wi-Fi.
Como é comum da categoria, o dispositivo conta com um conector HDMI, com o qual o usuário pode conectá-lo a um monitor para poder utilizá-lo.
A ASUS deu estimativas de quando e por quanto ele chega ao mercado, mas as informações ainda não são totalmente precisas. Segundo a empresa, o lançamento acontecerá no último trimestre de 2015 por um preço de cerca de US$ 150.
Via Ubergizmo
Créditos:Olhar Digital
BNDES anuncia R$ 20 milhões em restauração da Mata Atlântica
Muito debatida e pouco colocada em prática, a restauração florestal dos biomas brasileiros não amazônicos ganhou um incentivo extra de pelo menos R$ 20 milhões na semana passada. Esse é o valor do investimento inicial que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aportará ao Programa BNDES Restauração Ecológica, lançado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA). A linha de empréstimo anunciada, não reembolsável, atenderá a Mata Atlântica em um primeiro momento, mas o banco estatal diz que a meta é estender a aplicação de recursos a programas de restauração da vegetação no Cerrado e nos Pampas.
De acordo com o programa, os recursos poderão ser investidos em projetos de recuperação executados em Unidades de Conservação (UCs), Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e Assentamentos da Reforma Agrária, além de outras modalidades de área pública.
As áreas a seren recuperadas deverão ter entre 200 e 400 hectares, e não precisam ser contínuas. A meta do BNDES e do MMA é recuperar doze milhões de hectares nos próximos 20 anos. Segundo o Ministério, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), ainda não concluído, já aponta a necessidade de restauração de 22 milhões de hectares de vegetação nativa em diversos biomas.
A direção do BNDES diz esperar que as exigências de regulamentação impostas pelo Código Florestal propiciem o desenvolvimento de uma cadeia produtiva no setor de restauração florestal: “Com o aumento da demanda, são incentivados os investimentos na cadeia produtiva de empresas reflorestadoras, viveiros, laboratórios, redes de sementes, pesquisa e geoprocessamento”, diz José Henrique Paim, diretor do banco e responsável pela condução do Programa de Restauração Ecológica. Para tanto, o BNDES prevê também o financiamento aos proprietários rurais para aquisição de mudas, sementes, insumos, máquinas, equipamentos e mão de obra, além da realização de pesquisas.
A Mata Atlântica foi definida como prioridade para a primeira fase do Programa para que o BNDES possa utilizar a expertise desenvolvida durante a aplicação da Iniciativa Mata Atlântica, que financiou 15 projetos, em um investimento total de R$ 43 milhões. A iniciativa possibilitou a recuperação de três mil hectares de vegetação nativa no bioma.
Créditos: Rede Brasil Atual.
De acordo com o programa, os recursos poderão ser investidos em projetos de recuperação executados em Unidades de Conservação (UCs), Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e Assentamentos da Reforma Agrária, além de outras modalidades de área pública.
As áreas a seren recuperadas deverão ter entre 200 e 400 hectares, e não precisam ser contínuas. A meta do BNDES e do MMA é recuperar doze milhões de hectares nos próximos 20 anos. Segundo o Ministério, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), ainda não concluído, já aponta a necessidade de restauração de 22 milhões de hectares de vegetação nativa em diversos biomas.
A direção do BNDES diz esperar que as exigências de regulamentação impostas pelo Código Florestal propiciem o desenvolvimento de uma cadeia produtiva no setor de restauração florestal: “Com o aumento da demanda, são incentivados os investimentos na cadeia produtiva de empresas reflorestadoras, viveiros, laboratórios, redes de sementes, pesquisa e geoprocessamento”, diz José Henrique Paim, diretor do banco e responsável pela condução do Programa de Restauração Ecológica. Para tanto, o BNDES prevê também o financiamento aos proprietários rurais para aquisição de mudas, sementes, insumos, máquinas, equipamentos e mão de obra, além da realização de pesquisas.
A Mata Atlântica foi definida como prioridade para a primeira fase do Programa para que o BNDES possa utilizar a expertise desenvolvida durante a aplicação da Iniciativa Mata Atlântica, que financiou 15 projetos, em um investimento total de R$ 43 milhões. A iniciativa possibilitou a recuperação de três mil hectares de vegetação nativa no bioma.
Créditos: Rede Brasil Atual.
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