segunda-feira, 20 de julho de 2015

Provas contra Eduardo Cunha envolvem contas na Suíça

Juiz Sergio Moro recebeu as informações da Suíça e deve compartilhá-las com o STF, uma vez que Cunha tem foro privilegiado.

A Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz Sergio Moro, rastreou pagamentos que teriam sido feitos na Suíça para, supostamente, beneficiar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação foi publicada no blog do jornalista Fausto Macedo, em reportagem dos jornalistas Ricardo Brandt, Valmar Hupsel, e Julia Affonso, além do próprio Fausto.
Moro rastreou pagamentos que teriam sido feitos pelo delator Júlio Camargo, da Toyo Setal, ao lobista Fernando Baiano, no âmbito da diretoria internacional da Petrobras, então ocupada por Nestor Cerveró.
De acordo com o mais recente depoimento de Camargo, tais pagamentos, da ordem de US$ 5 milhões, teriam como destinatário o atual presidente da Câmara.
Moro já recebeu as informações da Suíça e deve compartilhá-las com o Supremo Tribunal Federal, uma vez que Cunha tem foro privilegiado –rompido com o governo federal, Cunha se move para tentar agilizar processos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Nos próximos dias, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir que Cunha seja investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele pode, ainda, solicitar seu afastamento da presidência da Câmara,
Segundo a reportagem do blog de Fausto Macedo, "anteontem, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato na primeira instância, em Curitiba, anexou extratos bancários com movimentações das contas aos autos da ação penal em que Cunha foi citado por Camargo". Todos os documentos foram enviados por autoridades da Suíça
“A documentação relativa às contas secretas na Suiça, da Three Lions Energy Inc, no Banco Clariden Leu Ltd., supostamente controlada pelo acusado Fernando Antônio Falcão Soares, da Russel Advisors SA, no Banco UBP (Union Bancaire Privée), de Genebra, supostamente controlada pelo acusado Nestor Cuñat Cerveró, da Forbal Investment Inc, no Banco Heritage, de Genebra, supostamente controlada pelo acusado Nestor Cuñat Cerveró, encontra-se em arquivo eletrônico, na Secretaria deste Juízo”, informa despacho de Moro, anexado nesta sexta aos autos da Lava Jato.
Para o Ministério Público Federal no Paraná, as movimentações já detectadas entre as contas das offshores Piamont, atribuída a Camargo, para a Three Lions, atribuída a Fernando Baiano, e posteriormente para a Russel Advisors Inc, que seria mantida por Cerveró, comprovariam os pagamentos de propina no caso dos navios-sonda.
Por meio de sua assessoria, Cunha afirmou que "não faz parte disso" e denunciou uma suposta articulação da Procuradoria-Geral da República para enfraquecer o Poder Legislativo.
Créditos: WSCOM/Com Brasil 247

domingo, 19 de julho de 2015

Agricultura familiar e agronegócio são chave para crescimento



Representante da agência da ONU para Alimentação e Agricultura, Alan Bojanic afirma que políticas públicas voltadas para agricultura são fundamentais para erradicação da fome e desenvolvimento econômico. 

Recentemente divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o relatório Perspectivas Agrícolas 2015-2024 [elaborado em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)] aponta o Brasil como o maior exportador de alimentos da próxima década. “O mundo do futuro vai precisar de alimentos: ainda temos 800 milhões de pessoas passando fome”, observou o representante da FAO no País, Alan Bojanic, em entrevista.

Bojanic elogiou os programas do governo federal voltados ao fortalecimento da agricultura familiar e disse que o Brasil tem amplas possibilidades de se tornar o principal exportador de alimentos do mundo. “Temos que entender que de 50% a 60% do consumo nacional de alimentos vêm da agricultura familiar”, afirmou. “Então essa complementação entre uma agricultura exportadora e uma agricultura para o mercado interno é chave”, acrescentou Bojanic, antes de explicar que os setores contribuem, concomitantemente, para a redução da fome no Brasil e para a geração de divisas resultantes de vendas a outros países.

O representante da FAO no País elencou uma série de políticas, consideradas por ele acertadas, que têm garantido sustentabilidade à produção brasileira e respeito ao meio ambiente. “O Código Florestal, o CAR (Cadastro Ambiental Rural), o sistema de agricultura conservacionista, como o plantio direto: são muitas das opções que estão sendo implementadas no Brasil e que são corretas”, enumerou Bojanic. “Eu diria, são até modelo para outros países”, concluiu.

De acordo com Bojanic, a entidade vai conceder suporte ao Brasil em todas as políticas que contribuam para o fortalecimento da produção e no objetivo nacional de ocupar o topo entre os maiores exportadores de commodities alimentares. “A FAO vai apoiar tudo que tem a ver com esses tipos de programas, políticas, ações, atividades, para que o Brasil, em um período de cinco a 10 anos, possa atingir esse grande objetivo”, definiu o representante da FAO.
Fonte: Portal Brasil  

Cientistas descobrem genes da depressão

A busca por marcas genéticas que expliquem a depressão é realidade em diversos laboratórios pelo mundo, mas até o momento nada havia sido provado. Porém, um estudo realizado na Universidade de Oxford, e divulgado na publicação científica Nature, pode mudar a forma como os médicos encaram a doença.
O geneticista Jonathan Flint analisou dados de 5.303 pessoas com depressão, e mais 5.337 como grupo controle, e conseguiu descobrir as primeiras duas marcas genéticas ligadas à depressão severa. A descoberta deve auxiliar no desenvolvimento de novos medicamentos e pode ajudar no diagnóstico futuro da doença.
A análise indicou duas sequências genéticas que estariam ligadas à depressão: um pedaço de DNA que codifica uma enzima que ainda não está completamente compreendida e outra sequência próximo ao gene SIRT1, que é importante para estruturas celulares que produzem energia (mitocôndrias). A conexão com as mitocôndrias já havia sido observada em outras pesquisas, inclusive algumas do laboratório de Flint, que ligavam as anormalidades das mitocôdrias à depressão.
Mais de 350 milhões de pessoas têm depressão e os sintomas variam drasticamente entre os pacientes. Por isso, qualquer pesquisa genética precisaria de uma grande variedade de pessoas para se provar correta. Por isso, a pesquisa foi realizada na China, por causa da enorme população e também pelo baixo número de diagnósticos de depressão.
Segundo os pesquisadores, os chineses que sabem que têm depressão, em geral, já estão em um nível severo da doença. Para diminuir a variação das amostras, eles resolveram fazer o teste em mulheres chinesas diagnosticadas com depressão da etnia Han. Foto: DIC
Créditos: WSCOM

Número de ‘viciados’ em smartphone cresce 60%

Divulgação
Um estudo conduzido pelo instituto de pesquisas norte-americano Flurry Analytics aponta que o número de pessoas viciadas em smartphones cresceu quase 60% entre 2014 e 2015. No total, são 280 milhões de pessoas consideradas pelo estudo como viciadas no dispositivo móvel, contra 176 milhões registradas em 2014. Se fossem reunidos em um país, os viciados em smartphones já seriam a quarta maior nação do mundo, atrás da China, Índia e EUA e à frente da Indonésia. 

A pesquisa foi baseada em informações colhidas de apps usados em uma base total de 1,8 bilhão de smartphones ao redor do mundo. 
O grupo de viciados cresceu 59% em comparação a 2014, quando o total era de 176 milhões de viciados. São considerados viciados em smartphone pessoas que usam aplicativos mais de 60 vezes por dia. O número foi estabelecido pela Flurry Analytics após identificar em um estudo que, em média, cada usuário abre um app dez vezes por dia. Os viciados seriam, portanto, aqueles que usam esses apps seis vezes mais do que a média. 

São classificadas como "normais" as pessoas que usam apps até 16 vezes por dia (985 milhões, alta de 25%) e chamados de "super" usuários aquele que abrem apps entre 16 e 60 vezes por dia (590 milhões, alta de 34% na comparação com o ano anterior). 
Os aplicativos favoritos dos viciados são apps de mensagens e os sociais, usados 556% mais vezes por esse grupo do que por usuários comuns. Isso significa que eles acessam 6,5 vezes mais serviços como o Facebook, WhatsApp e o Twitter do que a média de usuários da web. 

Em seguida, aparecem como favoritos os apps utilitários e de produtividade (usados 427% mais pelos viciados do que pela média dos donos de smartphones), jogos (usados 202% mais pelos viciados), finanças (usados 155% mais) e notícias (usados 102% mais). 
A Flurry Analytics diz que o levantamento mostra que o vício em smartphones não é um fenômeno restrito aos Estados Unidos - onde uma pesquisa recente do Bank of America apontou que 71% dos norte-americanos dormem ao lado de seus smartphones -, mas uma tendência global.
Créditos: Bonde.com

Eduardo Cunha diz no Twitter que não fará pauta vingativa contra Dilma

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a se manifestar hoje (18) sobre a sua decisão de romper com o governo da presidenta Dilma Rousseff. Em sua conta no Twitter, o presidente da Câmara desmentiu notas que saíram em revistas semanais e disse que não tratou com o vice-presidente da República e articular político do governo, Michel Temer, sobre os depoimentos da Operação Lava Jato.

“Em primeiro lugar quero desmentir as notas que estão em colunas de revistas sobre suposta conversa minha com Michel Temer”, disse. “Não tratei com ele em nenhum momento de futura citação dele por delatores. Isso não faz parte dos nossos diálogos”, continuou. Em seguida, Eduardo Cunha reafirmou que a decisão de romper com o governo foi pessoal e que defenderá que o PMDB faça o mesmo somente no próximo congresso do partido. “Não busquei nem vou buscar apoio para isso, a não ser o debate na instância partidária competente”, disse na rede social. Ele também afirmou que não pretende buscar apoio fora do PMDB e disse que “cada partido tem e terá a sua postura dentro da sua lógica”.

Seguindo uma linha de argumentação, Cunha disse que não está buscando “ganhar número” para derrotar o governo e que, como presidente da Câmara, manterá a sua atuação de conduzir com “independência e harmonia com os demais poderes”. “Não existe pauta de vingança e nem pauta provocada pela minha opção pessoal de mudança de alinhamento político”, escreveu. “O que existe é eu, como político e deputado, exercer a minha militância, defendendo a posição diferente do que defendia antes”.

O presidente da Câmara também disse que não tem histórico de tentar causar caos na economia pautando matéria que coloquem as contas públicas em risco e voltou a negar a versão do delator da Lava Jato, Júlio Camargo, que afirmou ter entregue R$ 5 milhões a ele em propina. “Quando alguém cita um fato mentiroso, inventado, após várias versões diferentes, só existe uma resposta que desmentir com indignação. Não posso comentar detalhes de fatos inexistentes dos quais não participei”, disse.

Sobre a acusação recente, de Alberto Yousseff, de que sua família teria sofrido intimidações por um deputado membro da CPI da Petrobras a mando de Cunha, o presidente da Câmara disse que a comissão é independente e que a respeita. Ele também voltou a falar do juiz Sérgio Moro, a quem acusou de ter errado por tomar um depoimento que o citava, quebrando a sua prerrogativa de deputado de ter foro privilegiado. “Quanto ao juiz do Paraná, eu não fiz reparo a ele, só que realmente ele não poderia dar curso a participação minha, como detentor de foro”, disse. “Por várias vezes em oitivas ele interrompia as testemunhas e dizia que não podia tratar de quem tinha foro de STF. Ao que parece ele mudou. E quanto a isso meus advogados ingressarão com reclamação no STF”, pontuou.

Eduardo Cunha concluiu a sequência de postagens com uma foto dos últimos presidentes da República ainda vivos e o link para uma postagem sua no Facebook, na qual afirma que irá colocar em votação as contas pedentes dos governos em ordem cronológica de modo a “abrir caminho para a análise das contas de 2014 de Dilma”.
Créditos: Agencia Brasil

sábado, 18 de julho de 2015

Não há espaço para aventuras antidemocráticas, adverte Dilma

Não há espaço para aventuras antidemocráticas, adverte Dilma
Ao participar da 48ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, na sexta-feira (17), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que não há espaço para “aventuras antidemocráticas” na região. A chefe de Estado brasileira comemorou o crescimento e florescimento da democracia na região latino-americana. “A realização periódica e regular desses pleitos (eleições nos países do Mercosul) demonstra a capacidade de lidar com as diferenças políticas por meio do diálogo, do respeito às instituições e da participação cidadã”, disse.  “Temos de persistir neste caminho e evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a violência.

Não há espaço para aventuras antidemocráticas na América do Sul e na nossa região”, completou a presidenta. Na ocasião, a presidenta Argentina, Cristina Kirchner, ressaltou a importância da ratificação da cláusula democrática, que exclui do Mercosul e da Unasul o país que tiver o governo destituído por meio de golpe. A medida tem o propósito de preservar a democracia entre os países integrantes.
Dilma lembrou que o comércio intra-regional cresceu 12 vezes desde a criação do Mercosul, bem acima da média mundial do período, que foi cinco vezes. Quase 80% das exportações do Brasil para o Mercosul são produtos industrializados. A cooperação na área de educação, na avaliação da presidenta, deve ser fortalecida, com investimentos em programas de ciência, tecnologia e inovação. Ao final da cerimônia, os Estados partes assinaram a Declaração Sócio-laboral, com o objetivo de fortalecer o emprego e o trabalho decente entre os membros. “Fortalece igualmente a negociação coletiva, a organização sindical e condiciona a participação de empresas nos projetos financiamentos pelo bloco”, explicou Dilma Rousseff.
A presidência do bloco foi transmitida para o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, que ficará no cargo pelos próximos seis meses. “Me sinto muito honrado em assumir a presidência. É muito oportuno reiterar o reconhecimento da minha querida presidenta Dilma a quem me corresponde suceder”, afirmou Cartes.
Créditos: Agencia PT

Luz para Todos beneficiará moradores de áreas distantes

A alterações nas regras que regulamentam a instalação de sistemas do Luz para Todos vai facilitar a chegada do programa a áreas remotas, especialmente na região Amazônica. O decreto com as mudanças foi publicado na quinta-feira (15) no Diário Oficial da União. A iniciativa deve beneficiar cerca de 100 mil pessoas que moram em áreas isoladas e esperam ter luz em suas casas e locais de trabalho.

Com a nova regra, as distribuidoras de energia elétrica serão responsáveis por buscar alternativas de suprimento descentralizados, independentes das redes convencionais de energia. Entre as soluções que ganharão força nessas regiões, estarão as mini usinas fotovoltaicas, com placas solares, em complemento aos geradores. 

O novo processo dispensa o leilão, que era exigido na regra anterior, e que fazia o projeto demorar até dois anos para ser concluído. Agora, com a tarefa nas mãos das distribuidoras, a contratação dos equipamentos e sistemas ocorrerá da mesma forma que os demais contratos do Luz Para Todos em áreas já alcançadas pelo Sistema Elétrico. O preço dos ativos utilizados para a prestação do serviço será definido pela Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel), e as distribuidoras serão remuneradas segundo os normativos da agência por esse serviço.

O Luz para Todos é um programa do governo federal, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, operacionalizado pela Eletrobras e realizado em parceria com os governos estaduais, as concessionárias de energia elétrica e as cooperativas de eletrificação rural. Até o mês de junho de 2015, em todo o Brasil, o Luz para Todos atendeu 3.222.933 famílias, beneficiando mais de 15,5 milhões de moradores no meio rural.Os investimentos contratados pelo Programa totalizam R$ 22,7 bilhões.
Créditos: Portal Brasil