domingo, 19 de julho de 2015

Agricultura familiar e agronegócio são chave para crescimento



Representante da agência da ONU para Alimentação e Agricultura, Alan Bojanic afirma que políticas públicas voltadas para agricultura são fundamentais para erradicação da fome e desenvolvimento econômico. 

Recentemente divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o relatório Perspectivas Agrícolas 2015-2024 [elaborado em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)] aponta o Brasil como o maior exportador de alimentos da próxima década. “O mundo do futuro vai precisar de alimentos: ainda temos 800 milhões de pessoas passando fome”, observou o representante da FAO no País, Alan Bojanic, em entrevista.

Bojanic elogiou os programas do governo federal voltados ao fortalecimento da agricultura familiar e disse que o Brasil tem amplas possibilidades de se tornar o principal exportador de alimentos do mundo. “Temos que entender que de 50% a 60% do consumo nacional de alimentos vêm da agricultura familiar”, afirmou. “Então essa complementação entre uma agricultura exportadora e uma agricultura para o mercado interno é chave”, acrescentou Bojanic, antes de explicar que os setores contribuem, concomitantemente, para a redução da fome no Brasil e para a geração de divisas resultantes de vendas a outros países.

O representante da FAO no País elencou uma série de políticas, consideradas por ele acertadas, que têm garantido sustentabilidade à produção brasileira e respeito ao meio ambiente. “O Código Florestal, o CAR (Cadastro Ambiental Rural), o sistema de agricultura conservacionista, como o plantio direto: são muitas das opções que estão sendo implementadas no Brasil e que são corretas”, enumerou Bojanic. “Eu diria, são até modelo para outros países”, concluiu.

De acordo com Bojanic, a entidade vai conceder suporte ao Brasil em todas as políticas que contribuam para o fortalecimento da produção e no objetivo nacional de ocupar o topo entre os maiores exportadores de commodities alimentares. “A FAO vai apoiar tudo que tem a ver com esses tipos de programas, políticas, ações, atividades, para que o Brasil, em um período de cinco a 10 anos, possa atingir esse grande objetivo”, definiu o representante da FAO.
Fonte: Portal Brasil  

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