terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Seminário aponta a educação do campo como ferramenta de luta contra o capital

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Nesta última sexta-feira (11), o Assentamento Oziel Alves, em Wenceslau Guimarães, no Baixo Sul baiano, foi palco do 1º Seminário de Educação do Campo e Agroecologia. Com o tema “Educação do campo e agroecologia. Por uma escola pública e popular”, o seminário contou com a participação de 100 trabalhadores Sem Terra dos assentamentos e acampamentos do MST na região, em que discutiram o projeto popular de educação em contraposição ao modelo do capital. 

Além disso, construiu linhas de atuação e posicionamentos políticos em defesa de uma educação do campo de qualidade, contextualizada e que forme politicamente os trabalhadores. Lucinéia Durães, da direção estadual do MST, acredita que a luta por educação dentro do Movimento existiu desde a ocupação do primeiro latifúndio. 

“Precisamos discutir e avançar cada vez mais neste debate. Ocupando o latifúndio do saber e construindo lutas por uma educação pública de qualidade e popular”, enfatizou. Já Obede Guimarães, do coletivo estadual de educação, destacou quatro pontos fundamentais para que a educação do campo cumpra o papel de fortalecer a luta pela Reforma Agrária Popular. 

Para ele, a escola tem que ser no campo e trabalhar de maneira contextualizada o conteúdo. Em seguida, precisa ser produtiva e envolver os educandos em atividades que fortaleçam a identidade camponesa. Depois, precisa ser coordenada pelo o povo do campo e por fim, a escola precisa ser um espaço de luta.

Acompanharam de perto as discussões a secretária de desenvolvimento agrário do município, Edinalva Reis, o vereador e militante do MST, Álvaro Souza, a diretora do Colégio Municipal Nair Lopes, Patrícia, e a coordenação da brigada, Antônio Marcos e Elaine Fritz.

O seminário foi mais um passo dado pelo setor de educação do Movimento para organizar politicamente o primeiro colégio de ensino médio da região que está sendo construído no Assentamento.  O Colégio leva o nome da militante Marlene Luíza, que deixou um legado de luta na região em defesa da Reforma Agrária.
Créditos: MST

PF faz operação de busca e apreensão na casa de Eduardo Cunha

Brasília - A Polícia Federal está na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Lago Sul em Brasília, para cumprir mandados de busca e apreensão (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Polícia Federal (PF) está na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Lago Sul em Brasília. Três viaturas da PF, com aproximadamente 12 agentes, isolam o local e cumprem mandados de busca e apreensão, no âmbito da Operação Lava Jato. Os mandados estão sendo cumpridos também na residência de Cunha no Rio de Janeiro.
O Comando de Operações Táticas da PF chegou à Península dos Ministros, onde fica a residência oficial do presidente da Câmara, às 5h50, e a operação começou às 6h. A Polícia Legislativa acompanha os trabalhos da Polícia Federal. Informações preliminares indicam que novos mandados estariam sendo cumpridos em outros locais de Brasília e em alguns estados.

Hoje, o Conselho de Ética da Câmara pode votar o parecer sobre a representação contra Eduardo Cunha por suposta quebra de decoro parlamentar. O novo relator da representação movida pelo PSOL e pela Rede, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO), apresenta o parecer favorável ao prosseguimento das investigações.
Créditos: Agencia Brasil

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Reservas internacionais de US$ 370 bilhões ajudam a proteger Brasil da crise

As reservas internacionais do Brasil dispararam nos últimos anos, passando de US$ 37,7 bilhões, ao fim de 2002, para o nível atual de US$ 370 bilhões. As reservas compõem uma poupança valiosa que blinda a economia, dando garantia de que o País honrará seus compromissos com credores nacionais e estrangeiros, mesmo em situações de crise, e barrando riscos de disparada da dívida pública 

As reservasinternacionais começaram a ser acumuladas de forma mais volumosa na década passada, com ganhos obtidos com o mercado interno dinâmico e divisas geradas pelas exportações.. A importância das reservas internacionais em ajudar a proteger a economia é um dos indicadores destacados pelo Ministério da Fazenda e Banco Central, que apontam essa elevada cifra como fator que aumenta a capacidade do Brasil em enfrentar dificuldades internas e externas.

Em recente apresentação no Senado Federal, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que as reservas representam “um colchão de proteção” de importância reconhecida pelas agências de classificação de risco (agências internacionais que avaliam a capacidade de pagamento dos países em geral). Na avaliação do professor do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Piscitelli, as reservas internacionais, no volume em que se encontram, dão conforto, posicionando o Brasil entre os maiores detentores no mundo desse tipo de seguro contra riscos.

“Isso nos dar certa tranquilidade, garantia. Temos capacidade de solvência, podemos pagar as dívidas e nos socorrermos diante de emergência”, diz. Recentemente as reservas mostraram seu valor. Em meio à maior oscilação do câmbio, na paridade entre o real e o dólar, o Banco Central usou pequena parte desse montante para ofertar dólares na economia em um momento de oscilação da paridade entre o dólar e o real.
Essa oferta –feita por meio da venda de moeda no mercado futuro (programa de swap cambial)— gerou tranquilidade entre os agentes econômicos, mostrando que o Brasil possui instrumentos a serem usados em momentos de volatilidade. Roberto Piscitelli lembra que esse alto volume de recursos está aplicado em ativos que não rendem ganhos elevados, mas são seguros. Os US$ 370 bilhões estão em aplicados em diferentes tipos de ativos. Os valores estão em ouro, moeda estrangeira (dólar e outras divisas), títulos públicos, depósitos e em recursos mantidos no Fundo Monetário Internacional (FMI). com informações do Banco Central com informações daUnB 
Créditos: Portal Brasil

Protestos a favor do impeachment foram um fracasso

O fracasso dos protestos a favor do impeachment
As marchas pró-impeachment ganharam as ruas, mas sempre sem a adesão do povo. Ainda que com o esforço de alguns grupos de mídia e sua publicidade claramente favorável aos protestos para pedir o impedimento de Dilma Rousseff. Uma coisa é certa: o processo impeachment não é coisa das ruas e não será. 
Ele nasceu no Congresso, por engendros e decisões irresponsáveis de Eduardo Cunha, ligado à oposição feito unha e carne. E com todos os problemas que o Brasil enfrenta, com toda a paralisação que enfrentará com este processo, uma coisa precisa ficar clara: o processo de impeachment de 1992 não é o mesmo de 2005. 
Sem a força popular – e motriz – dos protestos a pedir a queda de Dilma, qual será o discurso daqueles que insistem em ferir a democracia? Marcos Coimbra, na Carta Capital retrata o ambiente neste início de semana conturbado em Brasília.
Em meio à vasta quantidade de bobagens suscitadas pela abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, uma se destaca: o recurso à ideia de que “as ruas” estão na origem de tudo e vão determinar seu desfecho.
Volta e meia, a ideia aparece, ora em termos pretensamente elevados e filosóficos, ora em sentido comezinho. “As ruas” são usadas pelos próceres oposicionistas e seus intelectuais tanto para justificar o impeachment, e dar ao processo fundamento e legitimidade, quanto para auxiliá-los na definição de uma estratégia de tramitação da matéria no Congresso. Trata-se de uma dupla impostura. Nem o processo de impeachment nasce nas ruas nem delas virá sua solução.
Uma boa maneira de percebê-lo é lembrar o que aconteceu em 1992, no impeachment de Fernando Collor. Como é recente e tem sido a toda hora invocado, vale a pena discutir os paralelismos e distâncias em relação aos fatos de hoje.
O primeiro elemento que salta à vista é quão diferentes eles são, a começar pelo papel “das ruas” nos dois episódios. O impeachment de Collor nasceu efetivamente nelas, quase por geração espontânea. Ao contrário, o processo contra Dilma é uma fabricação de gabinete, um produto de laboratório.
Collor havia se salvado politicamente na reforma ministerial do início de 1992. Trouxe para seu lado os líderes dos partidos da oposição atual e só não nomeou Fernando Henrique Cardoso seu chanceler por causa do veto de Mario Covas. As demais legendas se acomodaram alegremente, pouco se importando com as denúncias existentes a respeito das movimentações nada ortodoxas de Paulo César Farias e associados.
Ninguém precisou induzir, convocar, mobilizar ou financiar os cidadãos que foram às ruas contra Collor. Depois da entrevista de seu irmão, Pedro, e, especialmente, das denúncias do motorista Eriberto França, que demonstraram que suas contas privadas eram pagas com dinheiro originado do tesoureiro de sua campanha, os manifestantes ocuparam as ruas de forma espontânea.
Nos protestos não estavam apenas os petistas, os esquerdistas, aqueles que votaram em Lula. À semelhança do ocorrido em 1983, nas mobilizações das Diretas Já, uma genuína e crescente amostra da sociedade brasileira deixou claro que desejava o impeachment de Collor.
O que se passou ao longo de 2015 é completamente diferente. Com seu reacionarismo antediluviano, sua beligerância e intransigência, seus heróis caricatos, os manifestantes de agora nada possuem da força simbólica dos caras-pintadas de 1992. Quem desfilou neste ano foi uma parte não representativa do Brasil, muito distante do que temos de melhor.
Um pedaço que definhou com o tempo, até chegar ao tamanho dos últimos eventos, com inexpressivo número de participantes, que só continuam a merecer a atenção da mídia por ser a brasileira o que é.
A principal razão da diferença entre 1992 e agora é a ausência do sentimento de indignação moral que marcou a opinião pública naquela época. A convicção de que o presidente da República era moralmente indigno de ocupar o cargo unificou a opinião pública, desarticulou seu apoio parlamentar e terminou por derrubá-lo. O impeachment de Collor nasceu nas ruas e foi imposto à maioria do sistema político e aos principais grupos de mídia. Não foi preciso inventá-lo.
Portanto, 2015 não é 1992 e falar “nas ruas” hoje é mera figura retórica. As oposições partidárias, seus aliados no Judiciário, nas corporações de Estado e nos meios de comunicação passaram o ano à cata de alegações para derrubar o governo, por qualquer motivo.
Sem o combustível da indignação moral efetiva, que provoca a falta de movimentos espontâneos respeitáveis, invocar o sentimento das ruas é somente um pretexto.
Tudo o que acontece agora são manobras e movimentações de bastidor, a maioria impublicáveis e inconfessáveis. Votações secretas, conluios e acordos em surdina são a regra. O processo de impeachment contra Dilma Rousseff nada tem do autêntico espírito das ruas.
Créditos: Nossa Política

Extrema-direita não vence em nenhuma região em eleição na França


A extrema-direita francesa fracassou neste domingo no segundo turno das eleições municipais, ao não conquistar qualquer região, nesta última votação crucial antes da presidencial em 2017, apesar dos resultados históricos no primeiro turno, segundo estimativas dos institutos de pesquisa. 

Segundo os resultados definitivos, a oposição de direita venceu em sete das 13 regiões da França, entre elas a Ile-de-France (a região de Paris), que a esquerda governava há 17 anos.

  A esquerda, que atualmente está na presidência da república e até agora dirigia todas as regiões menos uma, limitou as perdas e ganhou em cinco regiões. Na Córsega, ganharam os nacionalistas, que desejam a independência. Os partidos tradicionais se beneficiaram com uma maior mobilização do eleitorado, com uma taxa de participação que subiu para 58,53, oito pontos a mais que no primeiro turno.

A eleição foi marcada por pedidos de políticos e inúmeras associações, que pediram "bloquear o caminho" da extrema-direita encarnada pela Frente Nacional (FN). "O perigo da extrema-direita não está descartado, longe disso", reagiu o primeiro-ministro socialista, Manuel Valls. Ele saudou um "resultado muito digno", mas assegurou que "não traz nenhum alívio, nenhum triunfalismo".

Estes resultados são um verdadeiro golpe para as três figuras emblemáticas da Frente Nacional: sua presidente, Marine Le Pen, amplamente superada no norte por seu adversário de direita, sua sobrinha Marion Maréchal-Le Pen, que perdeu no sul, e Florian Philippot, figura estratégica do partido, no leste.

"Nada vai poder nos segurar", afirmou Marine Le Pen após os resultados serem divulgados, criticando os chamados a bloquear a extrema-direita. Ela denunciou, por sua vez, "um regime agonizante". "Existem vitórias que são uma vergonha para os vencedores", disse Le Pen, num discurso que seus seguidores escutaram em silêncio.

Apesar de tudo, a FN tem motivos para considerar um consolo o recorde de 6,8 milhões de votos que recebeu, acima dos 6,4 milhões da eleição presidencial de 2012, quando o comparecimento às urnas foi maior. O jornal Liberation afirma que "esta vitória é sobretudo uma não derrota", antes de destacar que "o medo da extrema-direita mobilizou a esquerda e não a a adesão".
Para o jornal Le Figaro, os resultados exigem aos adversário da FN que "se mostrem à altura da confiança que o eleitorado voltou a depositar". (Da France Presse)
Créditos: G1

Antidepressivos durante a gravidez aumentam risco de autismo em 87%,

O uso de antidepressivos durante a gravidez aumenta em 87% o risco de autismo para a criança, mostra estudo canadense publicado nos Estados Unidos, no Journal of the American Medical Association, PediatricsAs conclusões do trabalho são importantes, já que de 6% a 10% das mulheres recebem a prescrição de antidepressivos, destacam os pesquisadores que analisaram os dados médicos de 145.456 grávidas na província de Quebec.

"As diversas causas do autismo continuam a ser pesquisadas, mas os trabalhos demonstram que a genética e o ambiente podem ser fatores de risco”, explica a professora Anick Bérard, da Universidade de Montreal e do Centro Hospitalar Universitário Sainte-Justine, principal autora do estudo.

“A nossa investigação permite observar que tomar antidepressivos, sobretudo os que atuam sobre a serotonina (um neurotransformador), durante o segundo ou o terceiro trimestre da gravidez, quase duplica o risco de autismo no bebê”, acrescentou. Bérard e sua equipe acompanharam 145.456 crianças desde a gestação até os 10 anos.
Créditos: Agencia Brasil

domingo, 13 de dezembro de 2015

Freiras se passam por prostitutas para resgatar vítimas do tráfico humano

São cerca 1.100 religiosas que atuam em 80 países para combater o tráfico humano e a escravidão.
Elas fazem parte da rede Talitha Kum e chegam a se infiltrar em bordéis e comprar crianças comercializadas como escravas.

O grupo, que foi criado em 2004 pelo banqueiro e filantropo John Studzinski, calcula que 1% da população mundial é traficada de alguma forma. Estamos falando de 73 milhões de pessoas, ou seja, o equivalente à soma da população inteira da Argentina, do Uruguai, do Paraguai, do Chile e da Bolívia (ou, no Brasil, dos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná, os cinco mais populosos depois de São Paulo).

70% das pessoas traficadas no mundo são mulheres – metade delas, com 16 anos ou menos.
John Studzinski é vice-presidente do banco de investimento norte-americano The Blackstone Group. À Conferência das Mulheres, ele detalhou casos de tráfico e escravidão como o de uma mulher forçada à prostituição que foi mantida presa durante uma semana sem comida e obrigada a comer as próprias fezes por ter-se recusado a continuar mantendo relações sexuais com uma meta diária de 12 “clientes”.

Studzinski explicou ainda que as freiras que fazem parte da rede se vestem como prostitutas e se infiltram em bordéis, além de agirem também no combate a esquemas de venda de crianças escravas na África, Filipinas, Brasil e Índia.

“Essas irmãs não confiam em ninguém. Elas não confiam nos governos, não confiam nas corporações, não confiam na polícia local e, em alguns casos, não podem confiar nem no clero masculino”, afirma o filantropo. Talitha Kum significa “Menina, levante-se”, em aramaico. A frase foi pronunciada pelo próprio Jesus Cristo ao ressuscitar uma menina de 12 anos de idade, filha de Jairo, um dos chefes de uma sinagoga (cf. Mc 5, 41).
Créditos: Aleteia