Nesta última sexta-feira (11), o Assentamento Oziel Alves, em Wenceslau Guimarães, no Baixo Sul baiano, foi palco do 1º Seminário de Educação do Campo e Agroecologia. Com o tema “Educação do campo e agroecologia. Por uma escola pública e popular”, o seminário contou com a participação de 100 trabalhadores Sem Terra dos assentamentos e acampamentos do MST na região, em que discutiram o projeto popular de educação em contraposição ao modelo do capital.
Além disso, construiu linhas de atuação e posicionamentos políticos em defesa de uma educação do campo de qualidade, contextualizada e que forme politicamente os trabalhadores. Lucinéia Durães, da direção estadual do MST, acredita que a luta por educação dentro do Movimento existiu desde a ocupação do primeiro latifúndio.
“Precisamos discutir e avançar cada vez mais neste debate. Ocupando o latifúndio do saber e construindo lutas por uma educação pública de qualidade e popular”, enfatizou. Já Obede Guimarães, do coletivo estadual de educação, destacou quatro pontos fundamentais para que a educação do campo cumpra o papel de fortalecer a luta pela Reforma Agrária Popular.
Para ele, a escola tem que ser no campo e trabalhar de maneira contextualizada o conteúdo. Em seguida, precisa ser produtiva e envolver os educandos em atividades que fortaleçam a identidade camponesa. Depois, precisa ser coordenada pelo o povo do campo e por fim, a escola precisa ser um espaço de luta.
Acompanharam de perto as discussões a secretária de desenvolvimento agrário do município, Edinalva Reis, o vereador e militante do MST, Álvaro Souza, a diretora do Colégio Municipal Nair Lopes, Patrícia, e a coordenação da brigada, Antônio Marcos e Elaine Fritz.
O seminário foi mais um passo dado pelo setor de educação do Movimento para organizar politicamente o primeiro colégio de ensino médio da região que está sendo construído no Assentamento. O Colégio leva o nome da militante Marlene Luíza, que deixou um legado de luta na região em defesa da Reforma Agrária.
Créditos: MST
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