domingo, 13 de dezembro de 2015

Freiras se passam por prostitutas para resgatar vítimas do tráfico humano

São cerca 1.100 religiosas que atuam em 80 países para combater o tráfico humano e a escravidão.
Elas fazem parte da rede Talitha Kum e chegam a se infiltrar em bordéis e comprar crianças comercializadas como escravas.

O grupo, que foi criado em 2004 pelo banqueiro e filantropo John Studzinski, calcula que 1% da população mundial é traficada de alguma forma. Estamos falando de 73 milhões de pessoas, ou seja, o equivalente à soma da população inteira da Argentina, do Uruguai, do Paraguai, do Chile e da Bolívia (ou, no Brasil, dos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná, os cinco mais populosos depois de São Paulo).

70% das pessoas traficadas no mundo são mulheres – metade delas, com 16 anos ou menos.
John Studzinski é vice-presidente do banco de investimento norte-americano The Blackstone Group. À Conferência das Mulheres, ele detalhou casos de tráfico e escravidão como o de uma mulher forçada à prostituição que foi mantida presa durante uma semana sem comida e obrigada a comer as próprias fezes por ter-se recusado a continuar mantendo relações sexuais com uma meta diária de 12 “clientes”.

Studzinski explicou ainda que as freiras que fazem parte da rede se vestem como prostitutas e se infiltram em bordéis, além de agirem também no combate a esquemas de venda de crianças escravas na África, Filipinas, Brasil e Índia.

“Essas irmãs não confiam em ninguém. Elas não confiam nos governos, não confiam nas corporações, não confiam na polícia local e, em alguns casos, não podem confiar nem no clero masculino”, afirma o filantropo. Talitha Kum significa “Menina, levante-se”, em aramaico. A frase foi pronunciada pelo próprio Jesus Cristo ao ressuscitar uma menina de 12 anos de idade, filha de Jairo, um dos chefes de uma sinagoga (cf. Mc 5, 41).
Créditos: Aleteia

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