sábado, 9 de janeiro de 2016

Nota mínima para entrar na USP pelo Enem chega a 700 pontos

A Universidade de São Paulo (USP) divulgou ontem (8) as notas mínimas para ingresso dos alunos pelo Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Esta é a primeira vez que a universidade utilizará a nota do exame como forma de entrada na instituição. A medida foi aprovada em junho de 2015 pelo conselho universitário. A pontuação mínima exigida chega a 700 pontos para alguns cursos. As notas do Enem serão divulgadas ainda hoje.
Ao todo, 13,5% das 11.057 oferecidas pela instituição serão disputadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). São 1.489 vagas em 105 cursos. Sendo que 1.038 das colocações serão preenchidas por alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas e 123 por candidatos pretos, pardos ou indígenas. 
As notas de corte variam de 450 pontos para cursos como sistemas da informação, têxtil e moda e gestão de políticas públicas a 700 pontos para engenharia florestal e engenharia agronômica. Para o curso de ciências contábeis e engenharia de materiais são exigidos 600 pontos em todas as provas do Enem (redação, matemática, linguagens e códigos, ciências humanas e ciências da natureza). Algumas carreiras, como engenharia química pedem nota diferencial em determinadas provas. No caso, 650 em matemática e 600 nas demais.
Segundo o Ministério da Educação, no Enem de 2014, última análise disponível, a média nacional em ciências humanas foi 546,5; em ciências da natureza foi 482,2; em linguagens e códigos, 507,9; e, em matemática, 473,5. Mais da metade dos candidatos tirou nota igual ou menor a 500 na redação.
As notas do Enem são calculadas com base na teoria de resposta ao item (TRI), ou seja, o valor de cada item varia de acordo com o número de candidatos que acertaram ou erraram a resposta. Quanto mais candidatos acertarem, mais fácil é considerado o item e menos vale. Ao contrário, se menos candidatos acertarem, o item é considerado difícil e vale mais. Dessa forma não é possível dizer quantos itens é preciso acertar para obter determinada nota.
Créditos: Agencia Brasil

Estudo sugere caminho para frear Alzheimer

Um estudo britânico sugere que o bloqueio da produção de novas células do sistema imunológico no cérebro pode reduzir problemas de memória comuns em casos do mal de Alzheimer. Pesquisadores da Universidade de Southampton dizem que a descoberta reforça a teoria que dá ainda mais credibilidade à teoria de que a doença é provocada por inflamação no cérebro.
Um remédio usado para bloquear a produção destas células imunológicas - chamadas micróglias - no cérebro de ratos teve resultados positivos. Os especialistas afirmam que os resultados são animadores e poderão levar à criação de novos tratamentos para a doença.
A maioria dos medicamentos usados atualmente para tratar demência têm como alvo as placas amiloides detectadas no cérebro de pessoas com o mal de Alzheimer. Mas esta última pesquisa sugere que, na verdade, é preciso enfrentar a inflamação no cérebro causada pelas células micróglias para conter o avanço da doença. A pesquisa foi publicada na revista especializada Brain.
Diego Gomez-Nicola, pesquisador líder do estudo, disse que a descoberta expôs o papel ativo destas células imunológicas do cérebro no desenvolvimento do mal de Alzheimer. — O próximo passo é trabalhar com nossos parceiros na indústria [farmacêutica] para encontrar um remédio seguro e compatível que possa ser testado para ver se funciona em humanos.
Os ratos da pesquisa receberam o medicamento para bloquear o receptor CSF1R responsável pelo aumento das micróglias no cérebro, pela diminuição da memória e por problemas de comportamento que foram notados durante a pesquisa. O remédio também evitou a perda de pontos de comunicação entre células nervosas no cérebro, o que geralmente ocorre nas pessoas que sofrem do mal de Alzheimer.
Mark Dallas, professor especializado em neurociência celular e molecular na Universidade de Reading, também na Grã-Bretanha, disse que esta é uma "descoberta animadora" que pode explicar "a razão de os medicamentos criados para combater o Alzheimer não terem sido bem-sucedidos até agora".
— Esta pesquisa científica básica fornece provas convincentes, mas o desafio agora é desenvolver medicamentos para pessoas com demência, então nós aguardamos o desenvolvimento de tratamentos clínicos com muito interesse. Frequentemente este é o obstáculo para transformar as observações de laboratório em terapias viáveis.
Doug Brown, diretor de pesquisa da organização britânica Alzheimer's Society, disse que as descobertas dos pesquisadores da Universidade de Southampton são "promissoras". BBC Brasil).
— Com uma população que está envelhecendo e nenhum novo medicamento para a demência [lançado] em mais de uma década, a necessidade de encontrar tratamentos que possam desacelerar ou parar o avanço da doença é maior do que nunca. (
Créditos: R7 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Pequenas empresas passam a ter prioridade em licitações públicas

Os pequenos negócios agora têm prioridade nas compras feitas pelo governo federal. Na quarta-feira (6), entrou em vigor o decreto 8.538, de 6 de outubro de 2015, que estabelece tratamento favorecido e simplificado para o setor nos processos de licitação.
As licitações no valor de até R$ 80 mil passam a se destinar exclusivamente para os candidatos de pequeno porte. Nas contratações que superarem esse valor, a lei abre a possibilidade de criação de lotes exclusivos para o setor.
São beneficiadas as micro e pequenas empresas, os agricultores familiares, os produtores rurais (pessoa física), os microempreendedores individuais (MEI) e as cooperativas de consumo em todas as contratações realizadas por órgãos e autarquias da União. Dispensa da comprovação de regularidade fiscal no momento da candidatura e preferência em casos de empate são alguns dos benefícios para as pequenas empresas previstos no decreto.
A legislação também estabelece que, nas licitações para compra de bens de pronta entrega ou locação de materiais, os pequenos negócios não são obrigados a apresentar o balanço patrimonial mais recente. No ano passado, 16,9% dos gastos em compras do governo federal foram destinados a pequenas e médias empresas. Em números absolutos, isso representa R$ 7 bilhões de um total de R$ 41,6 bilhões, segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Créditos: Correio do Estado

Multa para quem estaciona em vagas reservadas aumenta 140%

Brasília - Já está em vigor a lei que aumenta em 140% o valor da multa para quem estacionar em vagas reservadas sem a devida autorização. A multa sobe de R$ 53,20 para R$ 127,69 (Valter Campanato/Agência Brasil)Está em vigor desde o começo da semana a lei que aumenta em 140% o valor da multa para quem estacionar em vagas reservadas sem a devida autorização. A multa, que era de R$ 53,20, aumentou para R$ 127,69 para quem estacionar em vagas reservadas a deficientes, idosos e gestantes sem ter o direito a fazê-lo. O infrator ainda receberá cinco pontos na carteira de habilitação. Antes, eram três pontos.

A mudança no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi determinada pela Lei nº 13.146, mais conhecido como Estatuto da Pessoa com Deficiência, que entrou em vigor no último sábado (2).  A alteração vale para todo tipo de vaga exclusiva, inclusive de bombeiros, polícia, entre outras. A medida também é válida em estacionamentos privados, onde a fiscalização ocorrerá da mesma forma.
Além disso, a infração não é mais considerada média. Com a mudança, estacionar em vagas exclusivas passou a ser infração grave. 

Para ter direito a estacionar em uma vaga reservada, a lei especifica que os veículos “devem exibir, em local de ampla visibilidade, a credencial de beneficiário, a ser confeccionada e fornecida pelos órgãos de trânsito, que disciplinarão suas características e condições de uso”. A nova legislação, chamada de Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, garante condições de acesso a educação e saúde e estabelece punições para atitudes discriminatórias contra essa parcela da população.
Hoje no Brasil existem 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. A lei foi sancionada pelo governo federal em julho e passou a valer essa semana, 180 dias após a publicação no Diário Oficial da União.
Créditos: Agencia Brasil

STF autoriza quebra de sigilo de Eduardo Cunha

O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de sua mulher, Cláudia Cruz, de sua filha, Danielle Dytz da Cunha, além de pelo menos três empresas ligadas à família.

A decisão foi do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, e atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República. O período de análise será de 2005 a 2014.

O deputado, a mulher e a filha são investigados no Supremo por suspeita de terem mantido contas secretas no exterior que teriam sido abastecidas com recursos desviados de negócios da Petrobras na África.

Parte dos dados fiscais já foram enviados pela Receita Federal aos procuradores que atuam na Lava Jato e embasaram o pedido de busca e apreensão na residência oficial da Câmara e endereços relacionados ao peemedebista, realizada em dezembro com autorização do Supremo.

A Receita identificou indícios de aumento patrimonial incompatível com os rendimentos da família de Cunha que totalizam R$1,8 milhão entre 2011 e 2014. O deputado nega.

Com a quebra, os investigadores querem obter detalhes da movimentação financeira do presidente da Câmara e do possível uso irregular de suas empresas na área de comunicação, além de avaliar a relação do deputado com pessoas próximas, como o corretor de valores Lúcio Funaro.

Entre os alvos da quebra estão as empresas Jesus.com, C3 Produções e Rádio Satélite. Investigadores suspeitam que contas mantidas em um banco suíço teriam repassado valores para uma das empresas.
A Procuradoria aponta ainda que, direta ou indiretamente, Funaro pagou veículos no valor de pelo menos R$ 180 mil em favor de empresa de Eduardo Cunha.

Na busca realizada na casa de Cunha no Rio, segundo a Procuradoria, foram encontrados diversos documentos de origem bancário-financeira (recibo, contrato de mútuo e contrato de fomento mercantil) relacionados ao corretor de valores, além de recibo no valor de R$ 720 mil relacionado a uma empresa de Funaro.

Cunha minimizou a quebra do sigilo pelo STF, afirmando que a decisão era antiga e mostra que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, "atua politicamente, escolhendo a quem investigar".

O presidente da Câmara disse "que o PGR alega como um dos motivos do pedido do meu afastamento [do comando da Casa e do mandato] um deputado ter pedido quebra de sigilo de parentes do doleiro Alberto Youssef, família de um réu confesso reincidente, e pede a quebra da minha família".
Créditos: Folha de S. Paulo

Exportação de veículos cresce 25% em 2015

A venda no exterior de carros produzidos no Brasil cresceu 24,8% no ano passado, na comparação com 2014, conforme balanço divulgado, ontem (7), pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram comercializados 417 mil veículos entre janeiro e dezembro de 2015, ante 334,2 mil no mesmo período do ano anterior. 

A expectativa é que as exportações cresçam 8,1% em 2016. “Acreditamos que, em 2016, haverá um aumento das exportações, ocasionado pelo esforço das empresas em expandir negócios externos em um momento cambial oportuno”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.

De acordo com a entidade, somente em dezembro foram vendidos no exterior 46,2 mil veículos, o que representou um crescimento de 97,2% em relação ao total de 23,4 mil registrado no último mês de 2014. O aumento expressivo nas exportações na reta final do ano coincide com a assinatura de acordos comerciais firmados pelo governo brasileiro com países da América Latina. Os mais expressivos acordos bilaterais foram acertados com o México, que prevê isenção de imposto de importação para os veículos brasileiros até 2019.

Em 2016, o acordo prevê uma cota livre de impostos de até US$ 1,56 bilhão em carros brasileiros no mercado mexicano. Já com a Colômbia, a isenção tributária começa neste ano para 12 mil unidades, com aumento de carros até 2018, quando serão liberados de impostos 50 mil veículos.

O Brasil renovou, ainda, o acordo de exportação para a Argentina e firmou um amplo acordo de livre comércio no setor com o Uruguai – o primeiro do gênero firmado no âmbito do Mercosul. Um novo tratado está sendo concluído com o Paraguai, tendo como contrapartida a compra pelo Brasil de autopeças fabricadas no parceiro do Mercosul.

As exportações de caminhões tiveram alta de 17,7%, com a comercialização de 20,9 mil unidades em 2015, ante 17,7 mil em 2014. Já a remessa externa de ônibus atingiu 7,3 mil unidades, após crescimento de 10,9% sobre as 6,6 mil de 2014.
Créditos: Portal Brasil

Hipertensão é a maior causa de partos prematuros não espontâneos

Lorenzo nasceu com 935 gramas em Campinas (Foto: Jamile Fernanda Tomasetto Soster / Arquivo Pessoal)
A hipertensão nas gestantes é a causa de mais de 90% dos partos prematuros não espontâneos no Brasil, ou seja, aqueles que precisaram ser programados após indicação médica. A constatação foi feita por um estudo comandado pelo Hospital da Mulher (Caism) da Unicamp em Campinas (SP), que envolveu outros 19 hospitais de referência no país.


Estar presente em mais de 90% das indicações foi uma grande surpresa. (…) Foi a primeira vez que esse estudo, com essa proporção, foi realizado no Brasil” Renato Teixeira de Souza, obstetra e pesquisador da Unicamp. “A gente sabia que a hipertensão teria um papel central como motivadora, mas a expressividade como ela apareceu foi uma supresa. Estar presente em mais de 90% das indicações foi uma grande surpresa. Está entre as principais causas de mortalidade materna no Brasil. A outra causa é a hemorragia no parto”, afirma o obstetra e pesquisador da Unicamp Renato Teixeira de Souza.
O estudo com foco nos partos terapêuticos, como também são chamados, foi concluído após quatro anos desde o início da pesquisa. Esses partos são intervenções muitas vezes salvadoras, tanto para a mãe como para o bebê. O Caism idealizou e organizou os trabalhos, que receberam o nome de Emip – Estudo Multicêntrico de Investigação em Prematuridade.

Entre abril de 2011 e julho de 2012, todos os partos nas 20 maternidades selecionadas no país, maioria públicas e especializadas em gestação de alto risco, foram avaliados pelos pesquisadores; ao todo foram 33.740 ocorrências. Destes, 4.150 partos foram prematuros, sendo 1.468 terapêuticos. O número significa 35,4% de nascimentos de bebês por indicações médicas. O Brasil está, portanto, no meio termo entre países desenvolvidos – com 50% de partos terapêuticos, o que indica evolução nas técnicas de salvamento – e os menos desenvolvidos – que possuem taxa de 10% a 20% de partos indicados e menor assistência adequada -, segundo o pesquisador.

“Foi a primeira vez que esse estudo, com essa proporção, foi realizado no Brasil. É um estudo fundamental para que os próximos passos sejam dados. Todas as políticas públicas podem ser discutidas a partir desse estudo. Como, onde atuar e de que forma”, diz o pesquisador, que concluiu o mestrado com esse trabalho e faz doutorado na Unicamp também explorando o tema.(G1).
Créditos: Focando a Notícia