segunda-feira, 2 de maio de 2016

Adoçantes artificiais aumentam a velocidade do efeito do álcool

Uma nova pesquisa mostra que a escolha de uma mistura em algumas bebidas pode alterar a rapidez com que a embriaguez acontece. Foi constatado que bebidas dietéticas são mais inebriantes do que as versões açucaradas. Embora a descoberta possa parecer estranha, o efeito é grande o suficiente para deixar alguém bêbado de forma muito mais rápida.
 Os pesquisadores dos EUA disseram que as mulheres, principalmente, devem estar conscientes sobre o estudo, pois são mais propensas a misturar suas bebidas com bebidas diet para reduzir calorias. O teste envolveu 20 homens e mulheres, após beberem uma mistura de vodka com limonada adoçada com açúcar ou com adoçante.
 A quantidade de álcool era a mesma em ambos os casos, mas os índices de embriaguez foram até 25% superiores em quem consumiu a mistura de baixo teor calórico. Acredita-se que o motivo seja que bebidas açucaradas diminuem a passagem do álcool na corrente sanguínea. Enquanto que os adoçantes artificiais encontrados em bebidas dietéticas não possuem este efeito, explica o jornal Drug and Alcohol Dependence.
 Pesquisas anteriores feitas pela mesma equipe, na Northern Kentucky University, mostraram que pessoas que tendem a optar por misturas dietéticas têm mais problemas no trabalho e são mais propensas a apagões. Outro de seus estudos descobriu que optar por uma dieta de baixa caloria, em vez da açucarada, poderia causar um aumento no consumo de bebidas alcóolicas.
Apesar disso, os participantes no experimento não se sentiram mais embriagados, e tiveram a mesma probabilidade de pensar que estavam aptos a dirigir. Os pesquisadores disseram que a falta de consciência sobre o efeito poderia levar as pessoas, involuntariamente, à alcoolemia, ou seja, presença de álcool no sangue.
 Segundo Cecile Marczinski, autora do estudo, além da preocupação com as mulheres ser maior, por conta das dietas, elas também correm o risco de perder a consciência sem perceber, situação que viabiliza problemas como assédio e gravidez indesejada. 
A coautora do estudo, Amy Stamates disse que também é uma “preocupação real” que o álcool possa causar mais danos ao fígado e ao resto do corpo quando misturado com bebidas dietéticas. No geral, os danos causados ​​por essas bebidas de baixa caloria podem superar os benefícios de evitar calorias.
 “Materiais de prevenção ao álcool devem informar aos indivíduos que os danos para a saúde associados às elevadas concentrações de álcool, podem superar os benefícios de adicionar bebidas dietéticas para evitar o ganho de peso”, concluíram os pesquisadores.(Daily Mail / Foto: Reprodução ).
Créditos: Jornal Ciência

Dilma anuncia reajuste do Bolsa Família

Dilma anuncia reajuste do Bolsa Família
A presidenta Dilma Rousseff anunciou, na tarde deste domingo (1º), quando é comemorado o Dia do Trabalhador, um pacote de reajuste de programa sociais e direitos trabalhistas. Entre as principais novidades, estão o reajuste no valor do Bolsa Família e a correção de 5% na tabela do Imposto de Renda. 
“Eles gostam de falar que o governo acabou, fazem isso numa tentativa de nos paralisar. […] Mas, enquanto isso, nós estamos autorizando um reajuste no Bolsa Família, que vai resultar em um aumento médio de 9% para as famílias”,explicou a presidenta.
O anúncio foi feito durante ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, onde Dilma discursou para milhares de pessoas. A presidenta lembrou que o índice de reajuste não foi inventado em cima da hora e faz parte da proposta de orçamento para 2016, enviado ao Congresso em agosto, e aprovado em seguida.
“Esta proposta foi aprovada pelo Congresso e diante do quadro atual tomamos medidas que garantem o aumento na receita deste ano e dos próximos para viabilizar este aumento. Tudo isso sem comprometer o quadro fiscal”, garantiu. Em seguida, Dilma divulgou a medida que altera a tabela do Imposto de Renda. “Estamos propondo uma correção no Imposto de Renda, uma correção de 5%”, disse.Entre as outras medidas anunciadas está o aumento do tempo de licença-paternidade para os homens do serviço público. Com isso, os funcionários públicos terão 20 dias, em vez de cinco, para ficar com os filhos recém-nascidos.
“Estamos propondo a ampliação da licença-paternidade para os funcionários públicos, em vez de cinco, [vão] gozar de 20 dias. Estamos incentivando os homens funcionários públicos desse País a ajudar as mulheres”, explicou. A presidenta também ainda falou que o governo federal vai lançar, nos próximos dias, o Plano Safra da Agricultura Familiar. E lembrou o anúncio, feito no Palácio do Planalto, de prorrogação da presença de profissionais estrangeiros do Mais Médicos no País.
Créditos: Nossa Política

domingo, 1 de maio de 2016

Plano de Temer prega privatizar 'tudo o que for possível'

No documento que será apresentado como uma espécie de plano de governo do vice-presidente Michel Temer para a área social, o PMDB prega a transferência "para o setor privado [de] tudo o que for possível em matéria de infraestrutura". A menção ao aumento das privatizações e concessões integra o capítulo do estudo intitulado "A Travessia Social" que trata da "regeneração do Estado". O trecho foi publicado na sexta-feira (29) pelo jornal "O Globo" e, depois, obtido pela Folha de S.Paulo.
O plano afirma ainda o governo precisa estabelecer um novo modelo de relações com o setor privado, inclusive modificando a atual lei de licitações. "É necessário um novo começo nas relações do Estado com as empresas privadas que lhe prestam serviços e que são muito importantes para a economia do país".
O documento faz uma menção ao que chama de "lições que estamos vivendo" e diz que o cenário atual obriga a fazer uma "reengenharia das relações com o setor privado" para "reduzir ao máximo as margens para a transgressão e o ilícito".
A "Travessia" diz ainda que a corrupção "parece ter se tornado endêmica" no país hoje. A peça é uma tentativa de Temer de se defender das acusações de que uma eventual gestão capitaneada por ele poderia interferir na Operação Lava Jato ou mesmo patrocinar uma administração leniente com maus feitos.
Créditos: O Tempo

Deputados defendem consulta sobre eleições antecipadas

Diante do avanço do golpe institucional no Brasil, parlamentares do PCdoB defendem que a população seja consultada sobre a realização ou não de eleição presidencial antecipada e em que prazo. A proposta é que seja feito plebiscito em outubro deste ano.
Setores do Legislativo, do Judiciário e da mídia apostam em artimanhas para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, eleita com 54 milhões de votos, e colocar o vice-presidente Michel Temer (PMDB) em seu lugar. O processo de impeachment chegou ao Senado no dia 18 de abril. O afastamento de Dilma por 180 dias até o julgamento final do caso deve ser votado no dia 11 de maio.
“Um golpe está em curso no Brasil, ele é contra o povo e a nação. O governo que emergir dessa agressão à democracia não terá legitimidade para enfrentar os problemas do país. É necessário encontrar saídas que apontem para o retorno da normalidade democrática. Neste sentido acredito que devemos dialogar com amplas forças nacionais em torno da proposta de um plebiscito que convoque imediatamente novas eleições”, destaca a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE).
Com o agravamento das crises política e econômica, o líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), avalia que o caminho é resgatar a soberania do voto. “Temos de consultar o eleitor se ele quer eleição direta ou não para a Presidência da República. Temer não pode assumir o poder sem qualquer legitimidade ou voto popular. É um absurdo querer usar o impeachment, sem existir crime de responsabilidade, como um instrumento de eleição indireta de presidente,” afirma.
O objetivo dos opositores é executar um projeto político neoliberal com enxugamento de direitos sociais e trabalhistas, o que já foi rejeitado pelos cidadãos nas urnas em 2014. “Dilma com muita humildade tem dito que aceita o encurtamento do seu mandato, desde que seja respeitada a soberania do voto. O plebiscito tem mais valor, porque cabe ao povo definir se deve haver eleição antecipada ou não,” diz a vice-líder do governo, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Créditos: Rede Brasil Atual

Crise internacional e problemas internos são causas do desemprego no Brasil

O Brasil chega ao Dia do Trabalho, neste 1º de maio, com taxa de desemprego de 10,9%, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já os números de março do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mostram supressão de 1,85 milhão de vagas formais em 12 meses. O aprofundamento do desemprego atinge as economias emergentes em geral. Mas o caso brasileiro é agravado pelas crises política e fiscal.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) projeta aumento em 2,4 milhões no número de desempregados nas economias emergentes em 2016. Steven Tobin, do Departamento de Pesquisa da OIT, explica que a deterioração do mercado de trabalho nesses países está ligada à redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país). Na América Latina e Caribe, a situação é considerada mais grave, com contração do PIB em 2015.

“Enquanto as economias emergentes navegaram pela primeira fase da recessão global relativamente bem, elas recentemente experimentaram marcada deterioração nas perspectivas econômicas e do mercado de trabalho. A situação é particularmente crítica na América Latina e Caribe. A região deve crescer significativamente abaixo da média mundial nos próximos anos”, destaca Tobin.

O pesquisador ressalta que, dadas as características de alguns países emergentes, os efeitos sociais do desemprego podem se tornar mais nefastos. “Desde que muitas dessas economias não têm um sistema de benefícios abrangente, ou políticas ativas para o mercado de trabalho, os efeitos de um aumento do desemprego nesses países pode afetar negativamente os padrões de vida e a qualidade dos empregos”, afirma citando com uma das consequências o aumento do emprego informal.

Particularmente no Brasil, Tobin cita a diminuição da demanda externa, em especial da China, e a queda nos preços das commodities (produtos primários com cotação internacional) como fatores que contribuíram para o aumento da taxa de desemprego. No entanto, diz ele, esse cenário acabou revelando fraquezas estruturais do país, como a baixa produtividade. Segundo o pesquisador, o Brasil teve “excessiva confiança” na exportação de commodities durante os anos de prosperidade.

Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a situação do país se torna mais difícil devido a uma crise fiscal. O governo tenta cortar despesas para equilibrar as contas públicas, afetadas por gastos elevados e também pela queda na arrecadação tributária causada pela recessão. Paralelamente, o Brasil vive uma crise política que impacta a economia e cujo episódio mais recente, a aprovação do pedido de abertura de um processo de impeachmentcontra a presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados, paralisa as ações que poderiam melhorar o cenário econômico.

“Há um travamento da economia brasileira que é um terço decorrente da crise internacional e dois terços, dos nossos problemas internos. Associada à crise internacional, temos a crise fiscal, hídrica e a Operação Lava Jato. Ao atuar no sentido de coibir a corrupção, ela trava o setor da construção, que era muito forte. Vários fatores estão atuando simultaneamente”, afirma o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio.

Para o economista Gilberto Braga, professor da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Ibmec, o quadro é “desorientador”. Ele diz que só haverá perspectiva de melhora no emprego com a solução da crise política. “É preciso que o imbróglio político seja resolvido para que exista a possibilidade de a economia se reaprumar. O nível de emprego demora a reagir. Quando os índices macroeconômicos pioram, o emprego é o último cair. E também é o último a voltar ao normal”, destaca

Braga recomenda também que quem perdeu o emprego nunca perca de vista a qualificação. “O importante é se qualificar, sempre. Hoje em dia, com o mercado mais fechado, quem tem o currículo melhor tem mais chances. Não se deve desistir de fazer cursos, estágios e de procurar emprego”, aconselha. Ele lembra que o empreendedorismo é uma tendência em épocas de desemprego alto. “Entretanto, justamente por ser tendência, há muita concorrência”, alerta.
Créditos: Agencia Brasil

Cientistas identificam 'segredo da juventude'

Cientistas holandeses afirmam ter identificado pela primeira vez um gene que tem, em parte, o papel em fazer as pessoas parecerem mais jovens do que realmente são.
Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Erasmus, na Holanda, em trabalho conjunto com cientistas da companhia Unilever, sugerem que as pessoas que têm uma variante em particular do gene MC1R aparentavam ser dois anos mais jovens, independente da idade cronológica, sexo e quantidade de rugas.
O MC1R tem instruções para a produção de um receptor chamado melanocortina 1. Esse receptor tem um papel na determinação da cor da pele, cabelo e olhos.
Este gene tem muitas formas diferentes, ou variantes. Uma certa variante do gene é frequentemente encontrada em pessoas com pele clara, cabelo ruivo e sardas, daí o apelido "gene ruivo".
A redução na função do gene MC1R está associada à alta sensibilidade ao sol e a alguns tipos de câncer de pele. Também já se sabe que ele tem vários outros papéis, incluindo respostas a inflamações e reparo de DNA danificado. Essa pode ser a chave para compreender como essa variante do gene parece manter as pessoas com uma aparência mais jovem.
David Gunn, cientista da Unilever que participou da pesquisa, afirmou que a aparência de envelhecimento é algo que todos observam. "Você encontra duas pessoas que você não viu durante dez anos. Aí você nota que uma parece que não envelheceu um dia sequer e, ao olhar para a outra pessoa, pensa: 'Uau, o que aconteceu com ela?'", disse Gunn à BBC. A descoberta foi divulgada na revista especializada Current Biology.
O teste
Cientistas mostraram a pessoas fotos de 2.693 voluntários que não usavam maquiagem – as imagens também não tinham nenhum tipo de melhoramento (ou seja, zero Photoshop). Elas tinham de adivinhar qual era a idade dos voluntários nas fotos, e os cientistas então comparavam o que essas pessoas disseram com a idade real de cada um.
O passo seguinte da pesquisa foi coletar o DNA das 2.693 pessoas das fotos para descobrir se havia diferenças ou mutações mais comuns entre aqueles que pareciam mais jovens do que realmente eram.
O resultado: todas as provas encontradas pelos pesquisadores apontavam para o MC1R. O estudo sugeriu que algumas das variantes do gene levam as pessoas a parecerem, em média, dois anos mais jovens do que as pessoas que trazem em seu DNA outras formas do MC1R.
"A parte animadora é que nós encontramos o gene. E o fato de que fomos os primeiros a descobrir significa que poderemos saber muito mais", disse à BBC Manfred Kayser, professor da Universidade de Erasmus. "E é animador, pois é um fenômeno conhecido que, até agora, não tinha explicação – por que algumas pessoas parecem tão mais jovens?"
Os cientistas não conseguiram, porém, esclarecer por que o MC1R tem este efeito. Eles tentaram testar a ideia de que as diferentes variantes do gene poderiam alterar o dano que o sol causa na pele, mas esse não parece ser o caso.
Como o estudo é relativamente pequeno, os autores esperam aumentar o número de pessoas testadas em pesquisas futuras para tentar revelar os efeitos da variante do gene em populações mais jovens e nas não europeias.
Sem fonte da juventude
O professor Ian Jackson, da Unidade de Genética Humana do Conselho de Pesquisa Médica da Grã-Bretanha, disse que a pesquisa holandesa é interessante, mas alerta que não é a descoberta da "fonte da juventude". "O MC1R é o grande gene envolvido (em características) como cabelo vermelho e pele clara, e o que eles estão tentando dizer é que ele tem uma influência para fazer você parecer um pouco mais jovem. E isso não tem a ver com a pele clara, mas não tenho tanta certeza", afirmou.
David Gunn, cientista da Unilever, espera que as descobertas levem à criação de um produto que faça as pessoas parecerem mais jovens."Esse é o primeiro estudo genético a respeito da aparência da idade. Idealmente vamos querer algo que melhore (o funcionamento deste) gene para todo mundo", disse.
Mas ainda não está claro se, a partir desta descoberta, será possível diminuir a aparência de idade de uma pessoa. "Essa descoberta é interessante e mostra como a genética pode influenciar o processo de envelhecimento independentemente do desenvolvimento de doenças", disse Tim Frayling, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, ao comentar a pesquisa.
"Mas, mesmo sendo interessante, os autores admitem que precisam encontrar mais variações genéticas para ter alguma chance de prever a aparência de alguém a partir apenas do DNA dessa pessoa", afirmou.
Créditos: WSCOM

sábado, 30 de abril de 2016

Proposta do PMDB: 'Fere direitos básicos do povo brasileiro' diz Dilma

A presidenta Dilma Rousseff criticou as propostas do vice-presidente Michel Temer de acabar com as vinculações constitucionais para os gastos em saúde e disse se sentir orgulhosa de ter ampliado os investimentos sociais.
Dilma fez referência indireta ao programa lançado em outubro do ano passado denominado "Uma ponte para o futuro", do PMDB, partido do qual Temer é presidente nacional licenciado. Nas próximas duas semanas, o processo de impeachment contra ela será analisado pelo Senado, o que vem sendo constantemente classificado por ela de “golpe”.
“Qualquer um que propõe fazer ajuste fiscal diminuindo as despesas com saúde da população está propondo um grande retrocesso, indo na contramão do interesse da população. Muito pior ainda se ousar eliminar a vinculação obrigatória e constitucional dos gastos com a área de saúde, prevista emenda 29 da Constituição”, afirmou a presidenta.
Segundo Dilma, “além de rasgar” os preceitos constitucionais, a proposta “fere os direitos básicos do povo brasileiro. “Alguns me acusam de ter ampliado os gastos sociais. Eu me sinto orgulhosa por estar cumprindo o papel de ampliação de gastos sociais. Aliás, é obrigação do presidente eleito por voto direto da população”, disse.
A presidenta fez as declarações durante cerimônia no Palácio do Planalto em que assinou medida provisória que prorroga a participação de profissionais no programa Mais Médicos por mais três anos. Com a proposição, que tem força de lei, os médicos estrangeiros e os brasileiros formados no exterior vão poder permanecer atuando no país sem a necessidade de revalidar o diploma. Dilma voltou a repetir que não cometeu crime de responsabilidade, que não é acusada de corrupção e que não possui contas no exterior.
Dilma elencou os seis decretos que assinou e que embasam o pedido de impeachment, dizendo que não são suficientes para afastar um presidente. “A minha luta, como hoje aqui, é para garantir e preservar conquistas históricas da população brasileira, como é o Mais Médicos, como é o SUS (Sistema Único de Saúde), e para garantir que a democracia tenha um sentido substantivo.
"Tenho clareza que é muito importante que a gente perceba que conquistas sociais, programa de crescimento e ferimentos à democracia estão sendo praticados neste momento no Brasil. Acredito que ter clareza disso é algo que nós devemos para o presente e para o futuro”, disse.

Apoio

Durante a cerimônia, os presentes puxaram palavras de apoio à presidenta e contra o impeachment. Gritos como “Dilma guerreira da pátria brasileira” e “Dilma querida” foram entoados pela plateia.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Santos, mencionou em seu discurso “tempos difíceis” que, segundo ele, ameaçam o Estado democrático de direito e se caracterizam como um “golpe”.
“Uma parte dos que hoje dão as costas ao governo neste ano se beneficiou da avaliação política da população a respeito dessa política. Há uma forte resistência do Congresso Nacional em aprovar novas fontes de financiamento que possam garantir a continuidade das políticas que representam os direitos sociais inscritos na Constituição Federal. Entendemos que lutar contra subfinanciamento da saúde é lutar pela defesa democracia", disse.
Eduardo Tadeu Pereira, presidente da Associação Brasileira dos Municípios, elogiou a “coragem” de Dilma para enfrentar as oposições ao Mais Médicos, e afirmou que ela possui “disposição” para garantir saúde e tudo “que o povo brasileiro precisa”.
“Neste momento, fazer a prorrogação, representa mais uma vez essa coragem do seu governo, principalmente neste momento que a gente está sofrendo com a possibilidade de ter retrocessos em coisas fundamentais como a democracia e a garantia dos direitos que a gente tem conquistado nas últimas décadas. Significa dizer: 'Eu estou com o povo, com os mais pobres, com os que mais precisam do Estado brasileiro'”, afirmou.
Créditos: Rede Brasil Atual