Diante do avanço do golpe institucional no Brasil, parlamentares do PCdoB defendem que a população seja consultada sobre a realização ou não de eleição presidencial antecipada e em que prazo. A proposta é que seja feito plebiscito em outubro deste ano.
Setores do Legislativo, do Judiciário e da mídia apostam em artimanhas para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, eleita com 54 milhões de votos, e colocar o vice-presidente Michel Temer (PMDB) em seu lugar. O processo de impeachment chegou ao Senado no dia 18 de abril. O afastamento de Dilma por 180 dias até o julgamento final do caso deve ser votado no dia 11 de maio.
“Um golpe está em curso no Brasil, ele é contra o povo e a nação. O governo que emergir dessa agressão à democracia não terá legitimidade para enfrentar os problemas do país. É necessário encontrar saídas que apontem para o retorno da normalidade democrática. Neste sentido acredito que devemos dialogar com amplas forças nacionais em torno da proposta de um plebiscito que convoque imediatamente novas eleições”, destaca a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE).
Com o agravamento das crises política e econômica, o líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), avalia que o caminho é resgatar a soberania do voto. “Temos de consultar o eleitor se ele quer eleição direta ou não para a Presidência da República. Temer não pode assumir o poder sem qualquer legitimidade ou voto popular. É um absurdo querer usar o impeachment, sem existir crime de responsabilidade, como um instrumento de eleição indireta de presidente,” afirma.
O objetivo dos opositores é executar um projeto político neoliberal com enxugamento de direitos sociais e trabalhistas, o que já foi rejeitado pelos cidadãos nas urnas em 2014. “Dilma com muita humildade tem dito que aceita o encurtamento do seu mandato, desde que seja respeitada a soberania do voto. O plebiscito tem mais valor, porque cabe ao povo definir se deve haver eleição antecipada ou não,” diz a vice-líder do governo, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Créditos: Rede Brasil Atual
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