sábado, 7 de maio de 2016

Crise política no Brasil preocupa papa Francisco

A crise política no Brasil, com o iminente afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), é acompanhada de perto pelo papa Francisco. É o que diz o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, que se reuniu com o Pontífice na última quarta-feira.
“Eu falei com o santo padre e lhe pedi para rezar pelo nosso país, o Brasil, nesse momento delicado de sua vida [política]. E o santo padre disse que está preocupado e que reza pelo nosso país”, disse o religioso à Rádio Vaticano.
Perguntado se Francisco segue o desenrolar da crise brasileira, Tempesta respondeu: “Sim, me disse que acompanha e sabe o que está acontecendo”. Segundo o cardeal, a Igreja Católica “confia nos poderes da República e que as autoridades realizam o próprio trabalho de maneira responsável”.
“Sabemos que, dentro da Igreja, há pessoas que são a favor e contra a presidente, assim como pessoas a favor e contra o ex-presidente Lula, mas a Igreja deve permanecer unida”, completou o arcebispo, definindo a situação do Brasil como “feia e difícil”. Foto: Sebastian Rodriguez
Créditos: Agencia Brasil

Governo anuncia contratação de 25 mil casas para 100 mil sem-teto e camponeses

A presidenta Dilma Rousseff  assinou, ontem (6), contratos para a construção de 25 mil unidades habitacionais. A assinatura, no Palácio do Planalto, vai beneficiar mais de 100 mil pessoas, com renda mensal de até R$ 1,8 mil. As unidades integram as modalidades Rural e Entidades do programa Minha Casa Minha Vida, nas quais organizações sociais urbanas e camponesas elaboram projetos e pleiteiam financiamento na Caixa. 

A ministra das Cidades, Inês Magalhães, afirma que as modalidades atendem "públicos específicos", como quilombolas, indígenas, agricultores familiares e os trabalhadores urbanos sem moradia . “Dentre as vantagens que nós temos nessa parceria, as pessoas desenham os seus próprios projetos a partir das suas necessidades e dos tamanhos das famílias”, diz.

Na modalidade Entidades serão cerca de 13 mil imóveis contratados que beneficiarão famílias de 18 estados. Na Rural, serão contratadas 12 mil moradias em zonas rurais por todo o País. Podem ser beneficiados agricultores familiares, trabalhadores rurais e comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas, pescadores, extrativistas, etc) com renda familiar anual de até R$ 78 mil.
Os projetos foram aprovados pela Secretaria Nacional de Habitação entre dezembro de 2015 e abril deste ano. “O objetivo é fazer com que os movimentos sociais sejam parceiros na implementação do programa”, diz.

A liberação de recursos não representa aumento de gasto do governo federal, uma vez que já constam da dotação orçamentária do Minha Casa Minha Vida. “Os recursos já estão no orçamento. Nós não estamos inventando uma coisa nova, estamos fazendo o que já estava dentro da programação [do orçamento]”, observa Inês.
Créditos: Portal Brasil

Nordestinos temem retrocesso com saída de Dilma

Nordestinos temem retrocesso com saída de DilmaA perspectiva de que a presidenta Dilma Rousseff seja afastada após a votação da abertura do processo de impeachment pelo Plenário do Senado Federal, na próxima semana, assusta os moradores da Caatinga. O maior temor é que os anos de desenvolvimento que a região Nordeste vivencia desde o início do governo Lula fiquem para trás. A presidenta visita nesta sexta (6) a segunda estação de bombeamento (EBI-2) do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Cabrobró. Segundo o Ministério da Integração Nacional, 86,6% das obras nos dois eixos estão concluídas.
“Se a Dilma sair o medo que eu sinto é que a gente volte a sofrer como era antes”, conta Cícero Joaquim, agricultor de 61 anos, morador da região de Cabrobró, em Pernambuco. “Ninguém nunca se interessou pelo Nordeste”.
O mesmo sentimento angustia Maricleide Taveiro, dona de casa de 40 anos, moradora do Vila Produtiva Rural (VPR) Retiro, em Penaforte, no Ceará. Ela teme que a água, que está cada vez mais perto de sua casa, acabe não chegando. Maricleide vive de um poço artesiano perfurado pelo governo que tem a água dividida por todos os moradores. Aqui, eles estão sendo educados a não desperdiçar o líquido a que antigamente não tinham acesso. “Se ela não sair, a água tem tudo para chegar logo. Aqui pertinho tem um canal”, conta. “Já fizeram muito por nós. Se sair, não sei o que vai acontecer”.
Aline Santos, 18 anos, também é contra o afastamento da presidenta. Mas seus motivos são outros. Às vésperas de entrar numa faculdade, sabe que só concluiu o Ensino Médio por conta das escolas técnicas que surgiram na região nos últimos anos. “Olha, sou contra. Sabe a razão? Porque se não fosse por este governo eu nunca teria esta oportunidade”, acrescenta.
Sua mãe, Lucineide dos Santos Leite, que luta para criar um filho com deficiência auditiva, também sabe porque é contra a saída da presidenta. Graças a um curso no Pronatec ela conseguiu aprender a linguagem de libras para se comunicar com o menino. “Eu não quero que Dilma saia, como é que pode?! As pessoas não olham o lado da gente. Acho que o povo dos outros lugares não entende esta parte aqui. O Nordeste é muito sofrido”, argumenta.
Plantador de cebolas em Cabrobró e já beneficiado com parte da água que passa pelo canal, Joaquim Soares Neto, o Quinho de Bananal, 62 anos, acha que a presidenta está sofrendo uma injustiça. Para ele, a crise do Brasil está nas costas da oposição, porque não aprova os projetos de Dilma para o País voltar a crescer. “A oposição não se conforma porque foi derrotada nas urnas e quer tirar uma presidenta que trabalha em benefício da população mais pobre”, diz.
Créditos: Nossa Política

Empresária cria lâmpada revolucionária que funciona com água salgada

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 Aisa Mijeno, uma arquiteta e cientista da Filipinas, é criadora de uma lâmpada revolucionária, que funciona em um copo de água salgada, sem a necessidade de baterias. 

Chamada de SALt (Sustainable Alternative Lighting), que, em português, significa Iluminação Alternativa Sustentável, a lâmpada fornece uma alternativa responsável e ecológica para iluminar seu país, principalmente por usar uma fonte de luz alternativa adequada para pessoas em áreas costeiras. Sua ideia surgiu depois de passar algum tempo com os moradores da tribo Butbut, na província de Kalinga, onde não há acesso à eletricidade.
 A lâmpada, aparentemente, pode funcionar por oito horas com apenas duas colheres de sopa de sal e um copo de água. “Ela é feita de compostos experimentais e aperfeiçoamentos químicos, catalisadores e ligas de metais que, quando submersos em eletrólitos, geram eletricidade”, explicou Mijeno. A ideia subjacente é a conversão química de energia. Mas, ao mesmo tempo que funciona pelo princípio científico da célula galvânica, ela não é tóxica – por fazer uso de uma solução salina inofensiva -, ao contrário de eletrólitos perigosos.
 Esta lâmpada de água salgada não só torna a iluminação disponível em áreas remotas, como também é muito mais barata do que querosene ou lâmpadas elétricas convencionais; é consideravelmente mais segura, pois não possui componentes e compostos que podem pegar fogo; e, mais importante, é inofensiva ao meio ambiente, não emitindo gases tóxicos. “Este não é apenas um produto, é um movimento social”, exaltou Mijeno.
Embora a lâmpada de sal ainda não esteja sendo produzida em massa, já recebeu reconhecimento global. Mijeno ganhou vários prêmios e concursos nas Filipinas, no Japão, em Cingapura, na Coréia do Sul e nos EUA. O jornal estadunidense The New York Times relatou que, recentemente, a jovem participou de uma discussão sobre a mudança climática oferecida pelo presidente Obama, onde ela falou em detalhes sobre a lâmpada de sal. O presidente dos EUA exaltou sua “ideia esplêndida”, ao se referir a ela como “o exemplo perfeito de jovens empresários que investem em tecnologia”.
Agora, o principal desafio de Mijeno é encontrar uma maneira de fabricar a lâmpada para que ela permaneça durável, econômica e fácil de ser mantida. Caso consiga levar adiante o projeto, a SALt pode produzir cerca de 90 lumens de luz por apenas 20 dólares americanos (cerca de 77 reais), com o custo de mais 3 dólares (11 reais) para substituir o ânodo de seis em seis meses. SALt também possui uma porta USB que pode ser usada para carregar telefones celulares ou outros dispositivos elétricos. Se tudo correr conforme o planejado, Mijeno acredita que o produto deve estar disponível no mercado em 2016. 
“Lâmpadas (de querosene) podem causar acidentes envolvendo fogo. Queremos oferecer uma opção de iluminação que é mais rentável, segura e sustentável por meio de uma lanterna que usa soro fisiológico ou água do oceano como catalisador para gerar eletricidade. Imaginem só, caso possamos fornecer energia para uma ilha inteira usando água do oceano. Isso é o que nós estamos tentando fazer no momento”, concluiu ela.
 Em sua conversa com o presidente Obama, Mijeno ressaltou que 70% da água encontrada no planeta é salgada, ou seja, saber aproveitar este grande volume de água oceânica seria uma verdadeira revolução.( ABS-CBN News / Pick Juan /Foto: Divugação ).
Créditos: Jornal Ciência

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Comissão do Senado aprova relatório a favor do impeachment de Dilma

A Comissão Especial do Impeachment no Senado aprovou há pouco o parecer do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável à admissibilidade do processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Foram 15 votos a favor e cinco contra. O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), não votou, porque, em geral, ele só vota em caso de desempate.

O resultado, anunciado pelo presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), deverá ser lido no plenário da Casa na sessão ordinária marcada para as 14h da próxima segunda -feira (9).

A leitura marca também o começo da contagem do prazo de 48 horas para deliberação da fase de admissibilidade do processo no plenário pelos 81 senadores, o que, de acordo com o calendário votado no início dos trabalhos da comissão especial, deve ocorrer na quarta -feira (11). Assim como ocorreu na comissão especial, no plenário a votação é por maioria simples, ou seja, metade mais um dos senadores presentes. Se aprovado o parecer de Anastasia no plenário da Casa, a presidenta Dilma será notificada e imediatamente afastada do cargo por 180 dias. Com isso, quem assume é o vice-presidente Michel Temer.

No prazo de 180 dias, o impeachment deve ser aprovado pelo plenário do Senado. A votação, desta vez, será comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e exige votos de dois terços (54 dos 81 senadores) para a condenação.

Em caso de absolvição, a presidenta reassume o mandato de imediato. Se condenada, Dilma é automaticamente destituída e Temer assume até o fim do mandato.

Encaminhamento

Antes da decisão, senadores da base aliada e da oposição encaminharam votos em nome das bancadas. Pela Bloco da Oposição e em defesa do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) encaminhou o voto sim.

Ao reforçar argumentos pelo impeachment, o tucano destacou que a lei tem de valer para todos, inclusive para presidentes da República. O parlamentar acrescentou que o impeachment não trata da honestidade de quem quer que seja, não julga crimes comuns, mas é um "remédio amargo" para punir o governante com seu afastamento.

O senador Zezé Perrela (PTB-MG) também defendeu o relatório de Anastasia e encaminhou o voto sim. Perrela defendeu a adoção do parlamentarismo no Brasil e justificou a defesa do impeachment “por tudo que aconteceu no país nos últimos tempos”.

Perrela avaliou ser inadmissível um governo cobrar juros de 12% a 13% e emprestar para empresários, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela metade dessa taxa, segundo ele, com carência de uma década para começar a pagar. “Voto a favor dos 11 milhões de trabalhadores desempegados, voto pela esculhambação que a Lava Jato está nos mostrando”, justificou.

Em defesa da presidenta, a primeira a encaminhar voto contrário à admissibilidade do processo foi a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Segundo ela , Dilma é uma presidenta "que não dá tapinha nas costas e não está afeita aos jogos da política". Ela enfrentou gente grande e corporações fortes", completou a senadora.

Ex-ministra chefe da Casa Civil de Dilma, Gleisi afirmou que Dilma desafiou as elites brasileiras ao investir em programas sociais e destacou programas do governo como o Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos e o Ciência sem Fronteiras.

Ao acrescentar que a presidenta também assegurou medidas para garantir a transparência e a administração pública, Gleisi Hoffmann destacou a continuidade das investigações de corrupção que, segundo a senadora, garantiram a independência da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

O 11º senador a se pronunciar foi o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB). Ele afirmou ter certeza de que o Senado "não faltará ao povo brasileiro". Engrossando o coro dos que apoiam a admissibilidade do processo, Cunha Lima destacou “que todo processo de impeachment é traumático e doloroso e que o processo em curso não foge à regra".

Uma das grandes defensoras da presidenta Dilma no Senado, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) encaminhou voto não ao relatório de Anastasia e disse que tomar a atitude mais fácil nem sempre é o mais justo. Vanessa voltou a falar que afastar a presidenta significa golpe e que essa discussão nunca será superada.

“Quem denuncia relata o processo. O que é isso se não um colégio eleitoral de exceção”, questionou Vanessa, ressaltando que "denúncia saída da sede do PSDB e que custou R$ 45 mil não é legitima".
Créditos: Agência Brasil

Novo presidente da Câmara pode barrar impeachment

O deputado Waldir Maranhão poderá anular o golpe de Eduardo Cunha contra a presidente Dilma Rousseff. Após decisão de Supremo Tribunal Federal de afastar Cunha, caberá agora ao novo presidente da Câmara, Waldir Maranhão, avaliar um recurso de Dilma para anular o impeachment.
Em petição de 25 de abril, o advogado-geral José Eduardo Cardozo requer que os autos do processo voltem à Câmara e que seja declarada a nulidade da votação.
“Com uma canetada, Maranhão pode agora levar o impeachment à estaca zero”, diz um aliado Cunha, segundo a colunista Natuza Nery.
Maranhão votou contra a deposição da presidente.
O advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira (5), que vai pedir a anulação do processo de impeachment contra Dilma com base no afastamento de Cunha. "Nós já estamos pedindo e vou pedir. A decisão do Supremo mostra clarissimamente. Indiscutível. Eduardo Cunha agia em desvio de poder", afirmou Cardozo.
O governo alega que Cunha deu andamento ao processo de impeachment de Dilma após o PT se recusar a participar de uma manobra para evitar sua cassação na Câmara. (247).
Créditos: WSCOM

Dilma inaugura usina hidrelétrica de Belo Monte

A presidenta Dilma Rousseff inaugurou, ontem (5), a usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no município de Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. Construída no rio Xingu, a usina é a maior hidrelétrica 100% nacional e a terceira maior do mundo. Com capacidade instalada de 11.233,1 MW, terá carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 estados, o que representa cerca de 40% do consumo residencial de todo o País.

Duas turbinas já começaram a gerar energia comercialmente desde abril, uma localizada na Casa de Força Principal, no Sítio Belo Monte, e a outra, na Casa de Força Complementar, no Sítio Pimental. Juntas, adicionam 649,9 MW ao Sistema Interligado Nacional (SIN), operação também autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A usina de Belo Monte foi leiloada, em 2010, por R$ 25,8 bilhões para a empresa Norte Energia S.A, responsável pela construção e operação da hidrelétrica. Segundo informações da empresa, as obras civis do empreendimento estão praticamente concluídas e a previsão é que a cada dois meses, em média, seja ativada uma nova turbina até o pleno funcionamento da hidrelétrica, em 2019.

A construção de Belo Monte atende aos interesses do governo brasileiro de produzir energia limpa, renovável e sustentável para assegurar o desenvolvimento econômico e social do País. Os primeiros estudos começaram na década de 1970 e, desde então, o projeto original sofreu várias modificações para que fossem reduzidos os impactos ambientais da usina.


Através da interligação dos reservatórios por um canal, o chamado modelo de usina a fio d’água permitiu que Belo Monte ocupasse uma área 60% menor do que a prevista no projeto original. A mudança garantiu que nenhuma aldeia indígena próxima ao empreendimento fosse inundada e a hidrologia do rio Xingu, preservada. A piracema também não comprometida, graças a colocação de escadas de peixes que preservam o equilíbrio da fauna aquática do rio Xingu.

Cerca de 14% do total do orçamento de Belo Monte, cerca de R$ 4 bilhões, foram investidos em melhorias em 12 municípios da área de influência da usina. Entre essas ações, estão a instalação da rede de saneamento básico de Altamira, construção de escolas e unidades de saúde, melhora da qualidade da água e dos igarapés da cidade e na transferência de mais de 30 mil pessoas dessas áreas de risco para cinco novos bairros construídos pela Norte Energia.

Para preservar a floresta às margens do Rio Xingu, a empresa comprou 26 mil hectares em uma faixa contínua, onde a vegetação está sendo enriquecida com espécies nativas. Como compensação ambiental pelo empreendimento, foram repassados R$ 135 milhões ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para criar ou regularizar unidades de conservação ambiental.
Créditos: Blog do Planalto